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84 | II Série A - Número: 102 | 24 de Abril de 2014

O Cerro da Amoreira ainda hoje é um local estratégico, dominante, de onde se avistam vários concelhos em seu redor e o Tejo, de Vila Franca até ao mar.
Em épocas recentes, em meados do século passado, a Serra da Amoreira era local escolhido pela burguesia lisboeta para passar férias, local de lazer e mesmo para cura de doenças pelos bons ares, vegetação e boas águas que possuía.

Património Estação Arqueológica do Castelo da Amoreira É um Castro Amuralhado da Idade do Bronze / Ferro (Séc. V AC). Está classificado como Património Municipal.
O Cerro da Amoreira, também designado por Serra da Amoreira, no qual se localiza a estação arqueológica, tem por coordenadas centrais: P – 38.º48'35"?M – 0.º03'57" W Cota – 313 m. (Vértice Geodésico BICA) Geologicamente é constituído por um importante afloramento basáltico assente a poente sobre bancadas de calcário do Cenomaniano Superior.
A estação arqueológica pela área que ocupa, pela forma e disposição dos seus amoralhados e espólio recolhido, situa-se no âmbito da cultura Alpiarça. A datação atribuída a esta cultura, ronda a passagem do século V para o IV AC. Constitui um dos maiores castros reconhecidos da época do Ferro, no sul do nosso território. Tem semelhanças indesmentíveis com outros povoados da mesma cultura, que se localizam na sua proximidade. É o caso do povoado da mesma época reconhecido no Claustro da Sé de Lisboa e provável ocupação do Castelo, no povoado de Santa Eufémia (Sintra), no grandioso Castro do Socorro (Torres Vedras), na Pena do Barro (Torres Vedras), todo um horizonte cultural que corresponde em data, aos clássicos «Lusitanos» da nossa Proto-História. Esta magnífica atalaia, senhorial, vigiava e protegia a numerosa população sediada nos casais agrícolas, que já foram também reconhecidos no aro do Concelho (Marzagão, Abrunheira), e que formavam a base do povoamento destes chãos riquíssimos para a agricultura, tal como ainda acontece hoje.

Casa do Vasco Santana Edifício de significado patrimonial, não tanto pela sua forma arquitetónica, mas antes pelas suas vivências, a casa de Vasco Santana está em risco de se perder. De facto, aquela que foi a residência onde ocorreram alguns dos dias de grande significado das vidas dos atores Vasco Santana e Mirita Casimiro, que ali detiveram residência por longos anos, corre sérios riscos face à intenção de, naquele mesmo espaço, se viabilizar a construção de uma nova urbanização.

III – Razões de ordem demográfica e geográfica

Caracterização da Freguesia da Ramada A freguesia da Ramada faz fronteira com as freguesias de Caneças, Famões, Odivelas e com o Concelho de Loures.

Recentemente, com a construção de boas acessibilidades, o território da Freguesia da Ramada foi procurado pelo investidores no urbanismo e pelas pessoas de menores posses, o que originou desenvolverem primeiro os bairros ilegais e depois os legais, grandes e densas urbanizações. Esta invasão eliminou a maior parte da sua vegetação secular e algumas linhas de água que encaminhavam a água para a Ribeira de Caneças.
Se tudo continuar como até aqui, a Serra da Amoreira que conhecemos desaparecerá por completo. Não será necessária uma década para que o seu fim se concretize Consultar Diário Original