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85 | II Série A - Número: 052 | 22 de Dezembro de 2014

Nos últimos dois séculos, a rudeza da atividade de extração mineira envolveu completamente toda esta região, moldando-lhe os hábitos e as tradições, ditando-lhe a maior ou menor grandeza do ganha-pão, o bulício do dia-a-dia.
Conhecida desde tempos imemoriais pelas suas jazidas minerais, não há certezas quanto à época em que estas terão começado a ser sistematicamente exploradas. Contudo, as diversas ocupações aqui existentes, desde a Idade do Cobre, apontam para que a exploração tenha começado, de forma incipiente, 3 000 anos antes de Cristo.
É com a ocupação romana entre os séculos I e IV d.C. que se inicia a exploração em larga escala do minério, que era fundido no local e posteriormente transportado para Roma.
Deste período existem numerosos vestígios, nomeadamente poços de mina no “Chapçu de Ferro” de Algares e diversos escoriais entre Algares e a ribeira de Feitais, onde foram encontradas duas placas de bronze, que contêm as normas que regiam aquele Couto Mineiro, então designado por Vicus Vipascensis.
Após a ocupação romana, estas minas deixaram de ser exploradas intensivamente, tendo sido retomada a atividade mineira em larga escala em 1849.

III- Razões de Ordem Demográfica e Geográfica

Aljustrel ocupa uma área de 191,41 km², que corresponde a cerca de 41,76% do território concelhio (458,4 km²). Constitui juntamente com a aldeia da Corte Vicente Anes, a do Carregueiro, os bairros mineiros de Vale D’oca, de São João do Deserto, do Plano, dos Algares e Azul e vários montes isolados, uma das cinco freguesias do concelho de Aljustrel (a maior em área e em população). Situa-se sensivelmente a 36 km da sua capital de distrito, Beja. É ainda de salientar, o seu distanciamento relativo em relação à capital do país (Lisboa) que é de aproximadamente 164 km. As principais ligações rodoviárias são feitas através da EN2, EN 261 e EN 263 e da A2 (Autoestrada do sul), com um “nó” de saída a 5 km. Esta via contribui para que Aljustrel fique mais perto dos grandes centros urbanos, reduzindo assim o isolamento que é próprio das vilas do interior.
De acordo com INE (censos 2011) a população de Aljustrel é de 5127 habitantes, menos 432 que em 2001 em que a população era de 5559 habitantes, sendo 2544 do sexo masculino e 2583 do sexo feminino.
Este decrescimento demográfico é semelhante á maioria das freguesias rurais do interior, devido a fenómenos de emigração e outros, levando também a que a renovação das gerações não se realize e exista uma elevada percentagem de idosos.
Ainda assim, Aljustrel é o 3.º núcleo urbano do distrito de Beja, sendo considerado, no âmbito do PROT (Plano Regional de Ordenamento do Território Alentejo), um centro urbano estruturante, tendo importância regional.
A sua importância no contexto regional provém principalmente do seu protagonismo como um novo centro de oportunidades, de investimento, de emprego e consequente aumento da oferta habitacional, sem nunca esquecer a valorosa qualidade de vida que pode proporcionar.
Estas potencialidades advêm da sua excelente localização geográfica e rede viária, facilidade de ligação com grandes centros urbanos e de negócios, com o Litoral Alentejano, Algarve, Lisboa e Espanha que aliadas à reabertura e laboração da mina e aos recentes investimentos no sector do turismo, contribuem para a sua abertura ao exterior, colocando Aljustrel numa posição privilegiada para a sua afirmação no contexto regional.

IV – Caracterização Económica e Social

Aljustrel apresenta uma economia muito assente na exploração mineira, em algumas unidades transformadoras e produtos agroalimentares e no funcionamento de um sector agrícola com expressão económica local e com alguma representatividade sub-regional.
No sector agrícola, em grande parte, ainda se pratica a cultura de cereais em regime extensivo. Contudo, neste sector de atividades merece destaque particular a agricultura de regadio praticada no perímetro do Roxo, com produções de hortícolas e horto-industriais especialmente tomate, mas também milho, oleaginosas e leguminosas. O aglomerado beneficia ainda, do projeto de expansão e modernização do atual perímetro de rega que lhe permitirá não só um maior aproveitamento agrícola e agroindustrial mas também o desenvolvimento de outras atividades complementares (turismo, comercio, energia, entre outros), com importantes mais-valias para

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