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5 DE JUNHO DE 2015 51

Caparica e Sobreda/Charneca. Cabia a cada uma das varas a organização de quatro em quatro anos da

peregrinação coletiva da população local ao Cabo Espichel. A divisão da paróquia da Caparica em varas

(então reduzidas a quatro) está ainda implantada em finais do século XIX, sendo com base nessa divisão que

Duarte Joaquim Vieira Júnior descreve a paróquia da Caparica na sua obra “Villa e Termo de Almada,

apontamentos antigos e modernos para a história do Concelho”, publicada em 1897.

A partir dos finais do século XIX o desenvolvimento industrial do concelho de Almada e o aumento

populacional que lhe está associado, a par da decadência da atividade agrícola, terão contribuído para a

transformação sociocultural da população, atenuando a importância do calendário religioso, profundamente

marcado pelos ciclos agrários. Consequentemente, tradições de feição rural como o referido Círio do Cabo

foram-se perdendo, deixando de haver necessidade de dividir o território em varas.

Nesse sentido, no início do século XX as freguesias do concelho de Almada correspondiam grosso modo à

divisão eclesiástica que compreendia duas paróquias: Santiago, abrangendo a zona urbana e a envolvente à

vila de Almada; e Caparica, cobrindo o restante território, ocupado por quintas e povoações rurais. A primeira

freguesia a ser desanexada do território da Caparica foi a da Trafaria em 1926, à qual se seguiu em 1949 a

Costa de Caparica.

A Freguesia da Sobreda foi criada em 4 de Outubro de 1985, sendo elevada à categoria de vila em 1993 e

extinta em 2013.

II. Razão de Ordem Demográfica e Geográfica

A Freguesia da Sobreda foi criada em 4 de Outubro de 1985 e estende-se para Norte até ao I.C. 20, a via

rápida Almada — Costa de Caparica; para Sul até Vale do Rosal e Vale de Figueira; para Nascente contacta

com as Freguesias do Feijó, Laranjeiro e Corroios; e para Poente até ao Areeiro e Lazarim.

Confronta a Norte com a freguesia da Caparica, limitada pelo traçado da via rápida Almada — Costa de

Caparica I.C. 20. Para Sul confronta com a freguesia da Charneca e para nascente.

Segundo os censos 2011 a Sobreda tem uma população residente total de 15.166 pessoas o que confere

um aumento de 40,15% relativamente aos censos 2001.

III. Atividades Industrial e Agrícola

Localizada numa área afastada das principais vias de comunicação que atravessavam o território do

concelho, a povoação da Sobreda manteve características rurais até à segunda metade do século XX.

Poderemos considerar que a Sobreda se caracteriza por um conjunto de antigas quintas, algumas das quais

referenciadas desde o século XVII e XVIII. Estas propriedades agrícolas encontravam-se na posse de famílias

da nobreza que aqui fundaram os seus morgadios, entre os quais a família Zagallo, cujo solar marca o centro

do antigo núcleo habitacional da Sobreda. A vinha constituiu desde o período medieval até ao século XIX a

principal produção agrícola da Caparica, e consequentemente das quintas da Sobreda. Os cereais,

nomeadamente o trigo e o milho seriam igualmente cultivados nos solos mais férteis, situação comprovada

existência de estruturas de moagem na zona. Nas hortas, onde a existência de poços permitia a rega durante

os meses mais secos, existiam pomares cultivavam-se hortaliças e legumes. Nas zonas como Vale de

Mourelos e a Várzea da Sobreda, por se tratar de áreas húmidas e de terrenos férteis de aluvião, dada a sua

localização em cotas topográficas mais baixas, encontram-se ainda hoje pequenos lotes de exploração

agrícola intensiva.

A decadência da atividade agrícola na região de Almada observa-se a partir de meados do século XIX

devido a um conjunto de fatores. A falta de trabalhadores locais para as tarefas agrícolas obrigava os

lavradores a contratar fora do concelho mão-de-obra para algumas das atividades sazonais, como a vindima e

a poda das vinhas, situação que onerava a produção vitícola.

Na região de Vale Figueira existia muitas fábricas de tijolo e de telha e ainda hoje podemos ver as suas

chaminés. A maior e mais importante era a “Cerâmica do Sul”.

Hoje a atividade industrial e de serviços situa-se em Vale Figueira, onde existe uma zona industrial e os

estaleiros dos Serviços Operacionais da Câmara Municipal de Almada.

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