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7 DE NOVEMBRO DE 2019

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desmotivadora da utilização do transporte público, não iria resolver o problema do congestionamento automóvel

que se verifica na zona, antes pelo contrário agravaria ainda mais o tráfego.

Por ocasião deste novo anúncio, o Ministro da Saúde voltou a reiterar que a decisão da localização da

maternidade estaria tomada faltando a partir dai lançar o concurso de projeto e executar a obra.

Decorrido mais um ano, em junho de 2019, a Ministra da Saúde afirmou, dando seguimento ao que vinha

sendo referido pelos seus antecessores, que a nova maternidade de Coimbra passaria por se localizar no

perímetro dos Hospitais da Universidade, alegando que todos os estudos técnicos apontam para essa solução

corroborando os estudos apresentados pelo CHUC.

Este anúncio motivou, mais uma vez, a contestação pública de muitos profissionais de saúde pelo facto de

uma maternidade no bloco central dos HUC vir a sobrecarregar ainda mais o espaço e agravar os problemas do

trânsito e do estacionamento, agudizando também o congestionamento de serviços que resultou da criação do

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Porém, em meados do passado mês de setembro, a Ministra da Saúde, não excluiu uma nova localização,

indicando que daí a um mês, em outubro, estaria concluído um novo estudo tendo em conta a localização da

nova Maternidade de Coimbra no Hospital Geral (Covões).

A insistência da localização da nova maternidade no polo de Celas, por parte da administração e do governo,

poderá estar associada à pretensão de levarem por diante o desmantelamento do Hospital Geral (Covões) onde

se acentuou o esvaziamento de serviços e valências após a fusão e respetiva integração no CHUC.

Todavia, tem havido uma ampla oposição por parte de profissionais de saúde, Câmara Municipal,

Comunidade Intermunicipal, forças vivas da cidade de Coimbra, utentes e população em geral que têm tomado

posição a favor da implementação da nova maternidade junto ao Hospital Geral (Covões), impedindo que se

sobrecarregue ainda mais o Hospital Universitário. Nesse sentido, em julho de 2018 foi entregue uma petição

na Assembleia da República com mais de 4500 subscritores que defendem que a maternidade de Coimbra seja

integrada no espaço do Hospital Geral (Covões).

A concentração excessiva da oferta de serviços e pessoas nos HUC obrigará por conseguinte a mais pressão

e respostas além do que foi planeado podendo comprometer a qualidade e eficiência dos serviços prestados, e

por conseguinte, a saúde de todos os utentes.

No que concerne ao sistema urbano, a inserção da nova maternidade no polo dos HUC, para além das

dificuldades de trânsito já existentes devido à localização de outras unidades de saúde e estabelecimentos de

ensino na zona de Celas, iria criar grandes perturbações e agravar a mobilidade pelo aumento do tráfego,

bloqueio na circulação, ocupação de espaço, procura de estacionamento, comprometendo a qualidade

ambiental e de vida de quem aí reside, trabalha ou acede aos serviços.

A solução cada vez mais consensual passará pela instalação da maternidade no campus do Hospital Geral

(Covões), onde existem serviços hospitalares complementares, instalações e espaço adequado se necessário

para a construção de uma unidade de raiz.

A integração no campus do Hospital Geral (Covões) será a melhor opção, permitindo desde logo reativar

este hospital, reforçando as suas valências e inverter o processo de esvaziamento que se acentuou após a fusão

com os HUC.

A nova maternidade a implementar nos terrenos contíguos ao Hospital Geral (Covões), em vez da

concentração na periferia dos HUC, equipando-o com especialidades próprias de um hospital central que se

articulem com as especificidades e exigências de apoio à Maternidade é uma oportunidade para garantir a

continuidade deste hospital, rentabilizando-o, reforçando a rede e oferta pública dos serviços de saúde.

Do ponto de vista de segurança e proteção civil, parece evidente que concentrar, esvaziando tudo em volta,

sem uma alternativa funcional como o Hospital Geral (Covões), poderá, em situação de emergência,

comprometer igualmente a resposta a dar às populações pelo que se justifica que Coimbra possua duas grandes

unidades hospitalares públicas.

Ao nível do ordenamento do território, do sistema urbano e da mobilidade em Coimbra a inserção da

maternidade nos Covões não dificultaria o acesso, nem condicionaria a mobilidade da zona esquerda do

Mondego, antes pelo contrário até iria aliviar o tráfego na margem direita do rio, nem se colocava em causa o

espaço para estacionamento.

Hoje há o reconhecimento de todos da necessidade urgente de construir uma nova maternidade, moderna e

funcional que dê uma resposta adequada ao conjunto das maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos,

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