Página 1
Terça-feira, 6 de outubro de 2020 II Série-A — Número 12
XIV LEGISLATURA 2.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2020-2021)
S U M Á R I O
Projeto de Lei n.º 556/XIV/2.ª (PS, PSD, BE, PCP, CDS-PP, PAN e PEV): Primeira alteração à Lei n.º 103/2019, de 6 de setembro: — Alteração do título e do texto iniciais do projeto de lei. Projetos de Resolução (n.os 618/XIV/1.ª e 690 a 692/XIV/2.ª): N.º 618/XIV/1.ª (Apoio às instituições do sector social e solidário que disponham de estrutura residencial para pessoas idosas no âmbito das medidas excecionais e temporárias relativas à situação epidemiológica da COVID-19): — Alteração do texto inicial do projeto de resolução. N.º 690/XIV/2.ª (IL) — Portal online de transparência e monitorização do processo de execução dos Fundos Europeus. N.º 691/XIV/2.ª (PCP) — Recomenda ao Governo que estude a criação de uma estratégia nacional sobre a anemia.
N.º 692/XIV/2.ª (PSD) — Recomenda ao Governo que promova, com urgência, a ampliação e reabilitação da Escola Secundária de Porto de Mós do Agrupamento de Porto de Mós, deste mesmo concelho, distrito de Leiria. Propostas de Resolução (n.os 13 a 15/XIV/2.ª): N.º 13/XIV/2.ª (GOV) — Aprova o Acordo sobre Transporte Aéreo entre a República Portuguesa e o Reino dos Países Baixos, relativamente a Curaçao, assinado em Lisboa, em 25 de junho de 2019. N.º 14/XIV/2.ª (GOV) — Aprova a Convenção Sobre a Repressão de Atos Ilícitos relacionados com a Aviação Civil Internacional, adotada em Pequim, em 10 de setembro de 2010. N.º 15/XIV/2.ª (GOV) — Aprova o Acordo entre a República Portuguesa e a República do Paraguai sobre a Transferência de Pessoas Condenadas, assinado em Lisboa, em 11 de maio de 2017.
Página 2
II SÉRIE-A — NÚMERO 12
2
PROJETO DE LEI N.º 556/XIV/2.ª (1) PRIMEIRA ALTERAÇÃO À LEI N.º 103/2019, DE 6 DE SETEMBRO
Considerando que a disposição transitória prevista na Lei n.º 103/2019, de 6 de setembro, não reflete o espírito do legislador quanto ao momento da aplicação do regime estabelecido naquela lei no que respeita às comissões de serviço em curso, torna-se necessário consagrar expressamente o alcance que era pretendido relativamente à aplicação da lei àquelas situações.
Nestes termos, os Deputados abaixo assinados apresentam, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o seguinte projeto de lei:
Artigo 1.º Objeto
A presente lei procede à primeira alteração à Lei n.º 103/2019, de 6 de setembro, que altera a Lei n.º
23/2011, de 20 de maio.
Artigo 2.º Alteração à Lei n.º 103/2019, de 6 de setembro
É alterado o artigo 4.º da Lei n.º 103/2019, de 6 de setembro, que passa a ter a seguinte redação:
«Artigo 4.º […]
1 – [Corpo do artigo.] 2 – O n.º 3 do artigo 27.º da Lei n.º 23/2011, de 20 de maio, na redação conferida pela presente lei, aplica-
se aos encarregados operacionais parlamentares cujas comissões de serviço se encontram em curso a partir da data de produção de efeitos prevista no artigo 5.º».
Artigo 3.º
Entrada em vigor A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
Assembleia da República, 6 de outubro de 2020.
Autores: Eurídice Pereira (PS) — José Silvano (PSD) — Isabel Pires (BE) — Duarte Alves (PCP) — João Pinho de Almeida (CDS-PP) — André Silva (PAN) — Mariana Silva (PEV).
(1) O título e o texto iniciais foram substituídos a pedido do autor da iniciativa a 6 de setembro de 2020 [Vide DAR II Série-A n.º 11 (2020.10.02].
———
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 618/XIV/1.ª (2)
(APOIO ÀS INSTITUIÇÕES DO SECTOR SOCIAL E SOLIDÁRIO QUE DISPONHAM DE ESTRUTURA RESIDENCIAL PARA PESSOAS IDOSAS NO ÂMBITO DAS MEDIDAS EXCECIONAIS E TEMPORÁRIAS
RELATIVAS À SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA COVID-19)
Exposição de motivos
Desde o início da atual crise provocada pela COVID-19 que o CDS defendeu que deveria existir uma maior
Página 3
6 DE OUTUBRO DE 2020
3
atenção e medidas mais concretas e diferenciadas para os grupos que, devido à sua caracterização, se encontram numa situação mais vulnerável perante este vírus – desde logo os idosos, particularmente os que se encontram institucionalizados.
O CDS sempre reconheceu que as instituições do terceiro setor, onde estes idosos se encontram, não só são um parceiro imprescindível, como também estão numa situação de especial risco, devido aos serviços que prestam, facto que ganha maior relevo nos atuais tempos pandémicos.
Por esse motivo, ainda no decorrer do mês de março, demos entrada de uma iniciativa legislativa onde constavam, entre outras, as seguintes medidas de apoio às instituições da economia social:
• Fornecer às instituições do setor social e solidário os equipamentos de proteção individual (EPI)
necessários para todos os que trabalham ou são utentes dos lares; • Alargar, em articulação com os municípios, a operação de testes de despiste da COVID-19 em todos os
lares de idosos de todo o país, quer aos seus utentes, quer aos seus trabalhadores. Apresentamos estas medidas porque cedo percebemos – vendo, de resto o que se passava noutros países
– que, caso existisse um foco de contágio numa destas instituições, a disseminação seria muito rápida e os efeitos provocados potencialmente gravosos.
Contudo, não fomos acompanhados pela maior parte dos partidos com assento parlamentar e o projeto foi rejeitado com votos contra do PS e do PSD e abstenções do BE, do PCP, do PEV, do CH e da Deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.
Lamentavelmente, e pelos piores motivos, o tempo veio dar-nos razão e mostrar que as medidas que propusemos em março e que foram rejeitas em abril, teriam sido importantes para impedir a proliferação de focos de contágio nos lares de idosos e, mais relevante, para diminuir os efeitos causados.
Um dos casos mais mediáticos de propagação de um foco de contágio e onde os efeitos provocados, particularmente o número de mortes, foi o que aconteceu no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, em Reguengos de Monsaraz.
Ao ler o Relatório da Ordem dos Médicos ao surto COVID-19 na Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, lê-se que uma das falhas referidas foi que «As equipas gerem-se praticamente a si próprias e são notórias as dificuldades de controlo de entradas e saídas no espaço, por exemplo dos voluntários, que desconhecem, ou não aplicam, procedimentos tão básicos como vestir, usar e despir EPI».
O mesmo conta do Relatório da Autoridade de Saúde Pública (citado pela «Renascença»), em que se afirma que: «Sobre a força de trabalho recrutada pelo ERPI foi-nos assegurado que tinham experiência em prestação de cuidados a idosos. Mesmo assim, e considerando o risco, os peritos em controlo de infeção do ACES AC realizaram formação em uso de EPI para prestação de cuidados a doentes COVID-19 previamente à entrada em funções. A Saúde Pública foi recebendo relatos de práticas de controlo de infeção menos adequadas por parte dos voluntários».
No Relatório da Ordem dos Médicos, foi também referido que «Não existem circuitos definidos de «sujos» e «limpos». Não existem condições para as equipas vestirem e despirem os EPI em segurança. Não existem protocolos de tratamento de resíduos infetados. A maior parte das pessoas que prestam voluntariamente apoio aos idosos infetados não têm formação sobre atuação em cenário COVID».
Infelizmente este caso não foi único no país e um pouco por todo o território foram sendo conhecidos vários surtos de COVID-19 em lares, onde faleceram muitos idosos e alguns profissionais. A título de exemplo, citam-se casos em: Matosinhos, Vila Real, Vila Nova de Foz Côa, Alcobaça, Queluz, Odivelas, Torres Vedras, São Domingos de Rana, Sintra, Alcabideche, Santarém, Porto, Arouca, Costa da Caparica, Barreiro.
Neste sentido, tal como o CDS propôs, e pediram os presidentes da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade Social (CNIS) e o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), ficou evidente que o Governo devia ter apoiado mais e mais cedo o Terceiro Setor com medidas excecionais e temporárias relativas à situação epidemiológica de COVID-19 – só em agosto surgiu o Programa «Adaptar Social +», com uma dotação total de 10 milhões de euros.
Ainda a este propósito, segundo notícias em diversos órgãos de comunicação social, o Presidente da Assembleia da República terá referido, na reunião sobre a evolução da COVID-19 em Portugal, de 7 de setembro «Como é que se compreende que continuem apenas a fazer-se testes quando há pessoas que
Página 4
II SÉRIE-A — NÚMERO 12
4
acusam positivo. Quando há uma pessoa num lar que acusa positivo, o caminho já está prejudicado, o caminho para uma vaga nesse lar já é muito forte», acrescentando que «é isso que não consigo perceber porque é que não se apreenderam lições da primeira fase e não se retiraram lições para a evolução da situação em julho e em agosto, nomeadamente».
Precisamente neste sentido, retomamos algumas das propostas que apresentámos em março, conscientes de que, perante um novo aumento dos casos ativos – o que pode ser já um segundo surto – há uma necessidade imperativa de planear e agilizar respostas eficazes. Aprender lições e não repetir erros.
Pelo exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais, legais e regimentais aplicáveis, os Deputados do CDS-PP abaixo assinados apresentam o seguinte projeto de resolução:
Nos termos da alínea b) do artigo 156.º da Constituição e da alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do Regimento,
a Assembleia da República recomenda ao Governo que, às instituições do sector social e solidário que disponham de estrutura residencial para pessoas idosas, no âmbito das medidas excecionais e temporárias relativas à situação epidemiológica de COVID-19:
1 – Forneça os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários para todos os trabalhadores,
voluntários ou utentes, renovando o Programa «Adaptar Social +», em termos a articular com a CNIS e a UMP.
2 – Em articulação com a autoridade de saúde local e os municípios, realize periodicamente aos trabalhadores, voluntários e utentes, operações de teste de despiste da COVID-19;
3 – Desenvolva, também em articulação com os municípios, ações de informação e de formação, destinadas a funcionários e a voluntários, que incluam o cumprimento correto das normas e orientações da Direção-Geral da Saúde, no que diz respeito ao combate à pandemia COVID-19.
Palácio de São Bento, 6 de outubro de 2020.
Os Deputados do CDS-PP: Telmo Correia — João Pinho de Almeida — Ana Rita Bessa — João Gonçalves Pereira — Cecília Meireles.
(2) Texto inicial substituído a pedido do autor da iniciativa a 6 de setembro de 2020 [Vide DAR II Série-A n.º 141 (2020.09.11].
———
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 690/XIV/2.ª PORTAL ONLINE DE TRANSPARÊNCIA E MONITORIZAÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO DOS
FUNDOS EUROPEUS
Independentemente do modo como os vários partidos alocariam os fundos europeus que Portugal vai receber nos próximos 10 anos, é consensual que a sua alocação deve ser o mais transparente possível para a sociedade. Não só por ser o que é moralmente correto numa democracia como a nossa, mas também porque tal contribui para o escrutínio que a sociedade civil, a comunicação social, a Assembleia da República e demais entidades têm a obrigação de levar a cabo. Só assim se garantirá uma melhor e mais cuidada utilização desses mesmos fundos.
É fundamental que este dinheiro – que todos iremos ter de repagar, mais tarde ou mais cedo – tenha um impacto real na vida das pessoas, para que Portugal não desperdice esta oportunidade para se modernizar. Ao contrário do que já aconteceu com parte da utilização de fundos europeus anteriores, os quais foram usados de forma pouco útil e pouco transparente. Além disso, nos melhores anos de execução dos fundos estruturais, Portugal conseguiu aplicar pouco mais de três mil milhões de euros por ano. Nos próximos anos, o
Página 5
6 DE OUTUBRO DE 2020
5
país terá de executar por ano cerca de seis a sete mil milhões de euros, isto é, mais do dobro dos nossos melhores anos.
O tema tem ainda mais relevância quando, como noticia o jornal Expresso, o «Governo quer mexer no Código de Contratos Públicos» para criar «medidas especiais de contratação pública» que acelerem a execução dos fundos europeus prestes a chegar, abrindo a porta para que concursos de obras públicas possam «avançar apenas com um programa preliminar», sem precisarem de projetos de execução. No entanto, um parecer do Tribunal de Contas deixa um aviso claro: mudar a lei significa que «a excepção passa a ser a regra», o que aumenta as probabilidades de «conluio», «distorção da concorrência», «cartelização» e «corrupção na contratação pública».
Sempre defendemos uma maior agilização de procedimentos para uma mais rápida e eficaz execução dos fundos. No entanto, há uma série de riscos associados a essas alterações, o que deve aumentar a nossa vigilância quanto à aplicação do elevado volume de fundos europeus que Portugal irá receber. Acresce que é hoje extremamente difícil analisar os dados relativos à contratação pública. A extração de dados do Portal Base é essencialmente manual e devolve informação extremamente deficitária, com uma grande percentagem de contratos públicos não publicados, não abertos por padrão e impossíveis de trabalhar de forma automática, o que impede várias análises importantes.
Torna-se, por isso, urgente e essencial a criação de um portal online de acesso público. Um portal onde todos os cidadãos possam monitorizar e escrutinar todo o processo relacionado com a execução dos fundos europeus, de forma transparente e que permita a fácil extração de dados. Até António Costa Silva partilha esta opinião: no documento «A Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030» elaborado para o Governo, pode ler-se que «Deve ainda ser criado um portal público em que seja reportada a atribuição dos Fundos Europeus, as entidades beneficiadas, os critérios estabelecidos e o grau de execução, de forma a assegurar a transparência e integridade de todo o processo de prestação de contas».
Assim, tendo em consideração o acima exposto, ao abrigo da alínea b) do número 1 do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, o Deputado único abaixo assinado da Iniciativa Liberal apresenta o seguinte projeto de resolução:
Resolução
Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, a Assembleia da República delibera
recomendar ao Governo que: – Crie um portal online, de livre acesso público, cujos dados sejam fáceis de extrair de forma automática e
que permita consultar, em tempo real: 1 – A identificação de todos os projetos financiados ou participados por fundos europeus, categorizados
por instrumento, por programa e por área de execução, de acordo com o definido no Plano de Recuperação e Resiliência.
2 – Relativamente a cada projeto, a identificação de: a. Montantes afetos ao projeto e respetiva modalidade; b. Calendário de execução e grau de realização, em tempo real; c. Objetivos a atingir, sejam de natureza financeira ou outra, devidamente quantificados e calendarizados,
com grau de atingimento, em tempo real; d. Entidades promotoras dos projetos, bem como os seus detentores e beneficiários efetivos, parceiros e
fornecedores; e. Entidades responsáveis pela seleção e atribuição dos apoios a cada projeto. 3 – Toda a documentação submetida pelos promotores e toda a correspondência entre estes e as
instâncias decisoras do Estado, desde que não sujeitas a sigilo legal.
Página 6
II SÉRIE-A — NÚMERO 12
6
Palácio de São Bento, 4 de outubro de 2020
O Deputado do IL, João Cotrim de Figueiredo.
———
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 691/XIV/2.ª RECOMENDA AO GOVERNO QUE ESTUDE A CRIAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA NACIONAL SOBRE A
ANEMIA
Exposição de motivos
A anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde como a condição na qual os níveis de hemoglobina no ser humano se encontram abaixo do valor de referência, de acordo com o respetivo sexo, faixa etária, estado fisiológico e altura, e afeta um quarto da população mundial.
Significa que, o corpo humano não dispõe dos eritrócitos indispensáveis ao seu normal funcionamento, o que afeta o transporte de oxigénio no organismo.
Pode ser diagnosticada em qualquer momento da vida, registando-se com maior incidência nas crianças, adolescentes, mulheres em idade fértil, grávidas e idosos.
Durante a gravidez, a probabilidade de desenvolvimento de anemia é maior, e está relacionada com o crescimento do bebé e à necessidade de aumento da produção de sangue. Deverá por isso ser detetada o mais rápido possível de modo a reduzir o risco de complicações graves, tais como o baixo peso ao nascer, parto prematuro e infeção e até a mortalidade materna.
Fora desta circunstância particular, e que merece especial cuidado a fadiga mental e perda de concentração, o cansaço e algumas limitações físicas, dores de cabeça, irritabilidade, falta de apetite, transtorno do sono, sensação de desmaio, tensão arterial baixa e ritmo cardíaco acelerado são alguns dos sintomas da anemia, e olhando a cada um deles podemos facilmente concluir que têm um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas com anemia.
Conhecida a causa e gravidade da doença é ponderado o tratamento mais adequado, o qual incidirá sempre na normalização dos elementos em falta no organismo, para que este retome níveis normais de glóbulos vermelhos e hemoglobina no sangue.
No entanto, a multiplicidade de sintomas associados à anemia atrás referidos, e que se encontram descritos em tantas outras patologias dificultam o diagnóstico precoce, e início do respetivo tratamento.
Os estudos realizados pela Anemia Working Group Portugal apontam para isso mesmo, ao situarem a prevalência desta patologia em 20%, e destes a imensa maioria desconhece ter a doença. Razão pela qual devem ser desenvolvidas ou repensadas as melhores estratégias para a prevenção da anemia, principalmente nos grupos de maior risco, como são as mulheres, grávidas, idosos e pessoas com baixos rendimentos.
Para mais, verificando-se em Portugal um índice de prevalência da doença superior ao da média dos países desenvolvidos, tal circunstância deve ser analisada no contexto de um efetivo problema de saúde pública em que a resposta a dar deve possibilitar a prática do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico e terapêutico adequado.
Pelo exposto, nos termos da alínea b) do artigo 156.º da Constituição e da alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do Regimento, os Deputados do Grupo Parlamentar do PCP propõem que a Assembleia da República adote a seguinte resolução:
Resolução
A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao
Governo que:
Página 7
6 DE OUTUBRO DE 2020
7
1 – Elabore uma estratégia nacional para a anemia que integrada no quadro das políticas de promoção da saúde e prevenção da doença, incluindo linhas de intervenção multidisciplinares e específicas ao nível da educação nutricional, possibilite o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos doentes com anemia e, de forma especial os grupos vulneráveis e de riscos;
2 – Promova a realização de rastreios que tenham como destinatários os grupos sociais mais vulneráveis, especialmente crianças, adolescentes, mulheres em idade fértil, grávidas e idosos;
3 – Para a elaboração da estratégia nacional se envolva a Direção-Geral de Saúde e outros organismos do Estado e especialistas e sociedades científicas que estudam a Anemia;
4 – Dote os estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde dos meios humanos, financeiros e técnicos adequados ao desenvolvimento e implementação da estratégia nacional para a anemia;
5 – Reforce a formação nos cuidados de saúde primários, e dos seus profissionais para a anemia, que possibilite aprofundar o conhecimento desta patologia, em particular o rápido diagnóstico e tratamento.
Assembleia da República, 6 de outubro de 2020.
Os Deputados do PCP: Paula Santos — João Dias — João Oliveira — António Filipe — Diana Ferreira — Duarte Alves — Alma Rivera — Bruno Dias.
———
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 692/XIV/2.ª RECOMENDA AO GOVERNO QUE PROMOVA, COM URGÊNCIA, A AMPLIAÇÃO E REABILITAÇÃO
DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE PORTO DE MÓS DO AGRUPAMENTO DE PORTO DE MÓS, DESTE MESMO CONCELHO, DISTRITO DE LEIRIA
Exposição de motivos
O Agrupamento de Escolas de Porto de Mós tem na sua constituição diferentes estabelecimentos de ensino entre os quais a escola sede, a Escola Secundária de Porto de Mós, um edifício com mais de 40 anos de existência. Neste agrupamento estão matriculados aproximadamente 2349 alunos, dos quais 903 pertencem ao 3.º ciclo e ensino secundário, distribuídos por turmas do ensino regular e ensino profissional, em duas escolas secundárias.
A Escola Secundária de Porto de Mós com mais de 40 anos, frequentada por cerca de 700 alunos, tem vários problemas de segurança e de desconforto térmico pelo que requer uma tomada de decisão, urgente na sua reabilitação e ampliação.
Esta escola é de tipo pavilhonar, composta por sete blocos com uma cobertura, que contém amianto. As salas de aula são geladas no inverno e insuportavelmente quentes no verão.
O estado de degradação de vários elementos construtivos, nomeadamente dos muros de sustentação de terras – em perigo de ruir- e do pavimento exterior, colocam em causa a segurança dos seus utilizadores.
Em janeiro de 2020, em reunião entre o município de Porto de Mós e a Secretaria de Estado da Educação foi discutida a requalificação e ampliação da escola secundária tendo sido manifestada a abertura do Ministério da Educação para que a intervenção tão necessária ocorra.
A solução que o município de Porto de Mós já propôs a este e ao anterior Governo consiste na requalificação e ampliação da Escola Secundária de Porto de Mós para que seja possível acolher os alunos da Escola Básica Dr. Manuel de Oliveira Perpétua do mesmo agrupamento de escolas, sita na Corredoura, porque também esse edifício necessita de obras de requalificação que são da responsabilidade do Ministério da Educação.
Esta solução já proposta pelo Município ao Ministério da Educação permite, assim que ampliada e requalificada a Escola Secundária de Porto Mós, acolher os alunos dos 5.º e 6.º anos promovendo melhores condições de ensino e aprendizagem viabilizando a melhor articulação pedagógica entre ciclos de
Página 8
II SÉRIE-A — NÚMERO 12
8
escolaridade. É absolutamente premente, indispensável e urgente a realização da ampliação e requalificação da Escola
Secundária de Porto de Mós. Assim nos termos constitucionais e regimentais, os deputados do Grupo Parlamentar do Partido Social
Democrata apresentam o seguinte projeto de resolução: A Assembleia da República resolve, nos termos da alínea b) do artigo 156.º da Constituição da República
Portuguesa, recomendar ao Governo que realize com urgência a intervenção de ampliação e requalificação da Escola Secundária de Porto de Mós e proceda à cabimentação dos recursos financeiros.
Assembleia da República, 2 de outubro de 2020.
Os Deputados do PSD: Luís Leite Ramos — Cláudia André — António Cunha — Olga Silvestre — Hugo Patrício Oliveira — Margarida Balseiro Lopes — Pedro Roque — João Gomes Marques — Firmino Marques — Alexandre Poço — Carla Madureira — Isabel Lopes — Maria Gabriela Fonseca — Duarte Marques — Emídio Guerreiro — Hugo Martins de Carvalho — Isaura Morais — José Cesário — Maria Germana Rocha — Pedro Alves.
———
PROPOSTA DE RESOLUÇÃO N.º 13/XIV/2.ª APROVA O ACORDO SOBRE TRANSPORTE AÉREO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E O
REINO DOS PAÍSES BAIXOS, RELATIVAMENTE A CURAÇAO, ASSINADO EM LISBOA, EM 25 DE JUNHO DE 2019
A negociação deste Acordo teve por base a necessidade de conferir um enquadramento legal mais sólido e estável à prossecução dos serviços aéreos entre Portugal e Curaçao, uma vez que o Memorando de Entendimento assinado entre as autoridades aeronáuticas, em 1990 – que possibilitou a operacionalização, numa base transitória, de serviços aéreos entre os dois territórios – não constitui o instrumento legal adequado para enquadrar a operação de serviços aéreos.
Este acordo permitirá a cada Parte designar várias empresas de transporte aéreo (multidesignação), às quais será concedido o exercício dos direitos de sobrevoo e de escala técnica no território da outra Parte, contribuindo, deste modo, para o desenvolvimento das relações bilaterais entre Portugal e os Países Baixos, bem como para a salvaguarda do serviço às comunidades portuguesas (nomeadamente a que se encontra radicada na Venezuela).
Assim: Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 197.º da Constituição, o Governo apresenta à Assembleia da
República a seguinte proposta de resolução: Aprovar o Acordo sobre Transporte Aéreo entre a República Portuguesa e o Reino dos Países Baixos,
relativamente a Curaçao, assinado em Lisboa, em 25 de junho de 2019, cujo texto, nas versões autenticadas nas línguas portuguesa, holandesa e inglesa, se publica em anexo.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de outubro de 2020.
Pel’ O Primeiro-Ministro, Pedro Siza Vieira — O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Ernesto Santos Silva — O Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, José Duarte Piteira Rica Silvestre Cordeiro.
Página 9
ACORDO SOBRE TRANSPORTE AÉREO ENTRE
A REPÚBLICA PORTUGUESA E O REINO DOS PAÍSES BAIXOS,
RELATIVAMENTE A CURAÇAO
A República Portuguesa
e
o Reino dos Países Baixos, relativamente a Curaçao, (doravante designadas “as
Partes");
Sendo Partes da Convenção sobre Aviação Civil Internacional, aberta à assinatura em
Chicago, a 7 de dezembro de 1944;
Desejando organizar, de forma segura e ordenada, serviços aéreos internacionais e a
promover, o mais amplamente possível, a cooperação internacional no âmbito de tais
serviços; e
Desejando concluir um Acordo para fomentar o desenvolvimento de serviços aéreos
regulares entre e para além dos seus territórios;
Acordam o seguinte:
ARTIGO 1.º
DEFINIÇÕES
Para efeitos deste Acordo, entende-se por:
a) "Convenção", a Convenção sobre Aviação Civil Internacional, aberta à assinatura em
Chicago, a 7 de dezembro de 1944, incluindo qualquer Anexo adotado ao abrigo do
artigo 90.º da referida Convenção e qualquer emenda aos Anexos ou à Convenção, ao
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
9
Página 10
abrigo dos seus artigos 90.º e 94.º, na medida em que esses Anexos e emendas
tenham sido adotados por ambas as Partes;
b) “Tratados UE”, o Tratado da União Europeia e o Tratado sobre o Funcionamento da
União Europeia;
c) “Autoridades Aeronáuticas”, no caso da República Portuguesa, a Autoridade
Nacional de Aviação Civil; no caso do Reino dos Países Baixos, relativamente a
Curaçao, o Ministro responsável pela aviação civil; ou, em ambos os casos, qualquer
pessoa ou organismo autorizado a desempenhar as funções atualmente exercidas
pelas referidas autoridades, ou funções semelhantes;
d) "Empresa de transporte aéreo designada", qualquer empresa de transporte aéreo
designada e autorizada em conformidade com o artigo 3.º deste Acordo;
e) "Território", que este tem o significado que lhe é atribuído no artigo 2.º da
Convenção;
f) "Serviço aéreo", "serviço aéreo internacional", "empresa de transporte aéreo" e
"escala para fins não comerciais", que estes têm o significado que lhes é atribuído no
artigo 96º da Convenção;
g) "Tarifa”, os preços a pagar pelo transporte de passageiros, bagagem e carga, bem
como as condições que regem a aplicação desses preços, incluindo os preços e as
condições referentes aos serviços de agência e outros serviços auxiliares, mas
excluindo remuneração ou condições para o transporte de correio; e
h) "Anexo", o Quadro de Rotas apenso a este Acordo, bem como quaisquer cláusulas ou
notas que constem desse Anexo.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
10
Página 11
ARTIGO 2.º
DIREITOS DE TRÁFEGO
1. Cada Parte concede à outra Parte os seguintes direitos relativamente aos serviços
aéreos internacionais explorados pelas empresas de transporte aéreo designadas da
outra Parte:
a) O direito de sobrevoar o seu território sem aterrar; e
b) O direito de fazer escalas no seu território, para fins não comerciais.
2. Cada Parte concede à outra Parte os direitos especificados neste Acordo para
efeitos de exploração de serviços aéreos internacionais regulares nas rotas
especificadas na secção apropriada do Quadro de Rotas, anexo a este Acordo. Tais
serviços e rotas são doravante designados, respetivamente, "os serviços acordados" e
"as rotas especificadas". Na exploração um serviço acordado numa rota especificada,
as empresas de transporte aéreo designadas por cada Parte deverão gozar, para além
dos direitos especificados no número 1 deste artigo, e em conformidade com o disposto
neste Acordo, do direito de aterrar no território da outra Parte, nos pontos especificados
para essa rota no Quadro de Rotas deste Acordo, com o objetivo de proceder ao
embarque e desembarque de passageiros, bagagem, carga e correio.
3. Nada no disposto no número 2 deste artigo será interpretado como conferindo às
empresas de transporte aéreo designadas de uma Parte o direito de proceder, no
território da outra Parte, ao embarque de tráfego transportado mediante remuneração
ou em regime de fretamento e destinado a outro ponto no território dessa Parte.
4. Se, por motivo de conflito armado, perturbações de ordem política, ou circunstâncias
especiais e extraordinárias, as empresas de transporte aéreo designadas de uma Parte
não puderem explorar serviços aéreos nas suas rotas normais, a outra Parte esforçar-se-á
por facilitar a continuidade desse serviço através de adequados reajustamentos de tais
rotas, incluindo a concessão de direitos, pelo período de tempo que for necessário, para
facilitar a viabilidade das operações. O disposto neste número será aplicado sem
discriminação entre as empresas de transporte aéreo designadas das Partes.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
11
Página 12
ARTIGO 3.º
DESIGNAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DE EXPLORAÇÃO DAS EMPRESAS DE
TRANSPORTE AÉREO
1. Cada Parte tem o direito de designar, por escrito, empresas de transporte aéreo com
o propósito de explorar os serviços acordados nas Rotas Especificadas no Anexo, bem
como o direito de retirar ou alterar tais designações. Essas designações serão
efetuadas por escrito e transmitidas à outra Parte, por via diplomática.
2. Aquando da receção da notificação da designação, bem como da apresentação dos
programas de uma empresa de transporte aéreo designada, na forma e de acordo com
as modalidades estabelecidas para as autorizações de exploração e permissões
técnicas, a outra Parte, no prazo procedimental mínimo, concederá as autorizações de
exploração e permissões apropriadas, desde que:
a) No caso de uma empresa de transporte aéreo designada pela República
Portuguesa:
(i) A empresa de transporte aéreo se encontre estabelecida no território
da República Portuguesa, nos termos dos Tratados UE e seja titular
de uma licença de exploração válida em conformidade com o Direito
da União Europeia; e
(ii) O controlo efetivo de regulação da empresa de transporte aéreo seja
exercido e mantido pelo Estado-Membro da UE responsável pela
emissão do seu Certificado de Operador Aéreo e a autoridade
aeronáutica competente esteja claramente identificada na designação;
e
(iii) A empresa de transporte aéreo seja detida, diretamente ou através de
participação maioritária, e seja efetivamente controlada pelos
Estados-Membros da UE ou da Associação Europeia de Livre
Comércio e/ou por nacionais desses Estados.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
12
Página 13
b) No caso de uma empresa de transporte aéreo designada por Curaçao:
(i) A empresa de transporte aéreo se encontre estabelecida no território
de Curaçao e seja titular de uma licença de exploração válida em
conformidade com o Direito aplicável; e
(ii) O controlo efetivo de regulação da empresa de transporte aéreo seja
exercido e mantido por Curaçao e Curaçao seja responsável pela
emissão do Certificado de Operador Aéreo e a autoridade aeronáutica
competente esteja claramente identificada na designação; e
(iii) A empresa de transporte aéreo seja detida, diretamente ou através de
participação maioritária, e seja efetivamente controlada por Curaçao
e/ou pelos seus nacionais;
c) A empresa de transporte aéreo designada preencha as condições
estabelecidas na legislação nacional que a Parte que aprecia a ou as
candidaturas aplica normalmente à exploração de serviços aéreos
internacionais.
ARTIGO 4.º
RECUSA, REVOGAÇÃO, SUSPENSÃO OU LIMITAÇÃO DE DIREITOS
1. Quanto aos direitos especificados no artigo 2.º deste Acordo, cada Parte tem o
direito de recusar, revogar, suspender ou limitar as autorizações de exploração ou
permissões técnicas de uma empresa de transporte aéreo designada pela outra Parte,
ou de sujeitar o exercício desses direitos às condições consideradas necessárias,
quando:
a) No caso de uma empresa de transporte aéreo designada pela República
Portuguesa:
(i) A empresa de transporte aéreo não se encontre estabelecida no
território da República Portuguesa nos termos dos Tratados UE ou
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
13
Página 14
não for titular de uma licença de exploração válida, em conformidade
com o Direito da União Europeia; ou
(ii) O controlo efetivo de regulação da empresa designada não seja
exercido ou mantido pelo Estado-Membro da UE responsável pela
emissão do Certificado de Operador Aéreo, ou a autoridade
aeronáutica competente não esteja claramente identificada na
designação; ou
(iii) A empresa de transporte aéreo não seja detida, diretamente ou através
de participação maioritária, ou não seja efetivamente controlada por
Estados-Membros da UE ou por Estados da Associação Europeia de
Livre Comércio e/ou por nacionais desses Estados;
b) No caso de uma empresa de transporte aéreo designada por Curaçao:
(i) A empresa de transporte aéreo não se encontre estabelecida no
território de Curaçao ou não seja titular de uma licença de exploração
válida em conformidade com o Direito aplicável; ou
(ii) O controlo efetivo de regulação da empresa de transporte aéreo não
seja exercido ou mantido por Curaçao ou Curaçao não seja
responsável pela emissão do Certificado de Operador Aéreo e a
autoridade aeronáutica competente não esteja claramente identificada
na designação; ou
(iii) A empresa de transporte aéreo não seja detida, diretamente ou
através de participação maioritária, ou não seja efetivamente controlada
por Curaçao e/ou pelos seus nacionais;
c) No caso da empresa de transporte aéreo designada não satisfazer as
condições estabelecidas na legislação que a Parte que aprecia a ou as
candidaturas aplica normalmente à exploração de serviços aéreos
internacionais; ou
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
14
Página 15
d) No caso dessa empresa de transporte aéreo designada não cumprir a
legislação da Parte que concede a autorização ou permissão; ou
e) No caso da empresa de transporte aéreo designada não explorar os
serviços acordados, em conformidade com as condições previstas neste
Acordo e no seu Anexo.
2. A menos que a imediata recusa, revogação, suspensão, limitação ou imposição das
condições referidas no número 1 deste artigo sejam essenciais para evitar novas
infrações à legislação, o direito de recusar, revogar, suspender, limitar ou impor
condições apenas será exercido após a realização de consultas com a outra Parte. As
consultas realizar-se-ão no prazo de trinta (30) dias a contar da data da proposta para a
sua realização, salvo acordo em contrário.
ARTIGO 5.º
APLICAÇÃO DE LEGISLAÇÃO E PROCEDIMENTOS
1. A legislação e os procedimentos de uma Parte relativos à entrada, permanência ou
saída do seu território de aeronaves utilizadas em serviços aéreos internacionais, ou
relativos à operação e navegação de tais aeronaves no seu território, aplicar-se-ão às
aeronaves de ambas as Partes à chegada, partida ou permanência no território da
primeira Parte.
2. A legislação e os procedimentos de uma Parte relativos à entrada, à permanência,
ao trânsito e à saída do seu território de passageiros, tripulação, bagagem, carga e
correio transportados a bordo da aeronave, tais como a legislação relativa à entrada, ao
despacho, à imigração, a passaportes, às alfândegas e ao controlo sanitário, deverão
ser cumpridos pela empresa de transporte aéreo designada da outra Parte, ou em
nome de tais passageiros, tripulação, ou dos titulares da bagagem, carga e correio,
tanto à chegada, saída ou permanência no território desta Parte.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
15
Página 16
ARTIGO6.º
ISENÇÃO DE DIREITOS ADUANEIROS E OUTROS ENCARGOS
1. As aeronaves utilizadas em serviços aéreos internacionais pela empresa de
transporte aéreo designada de qualquer uma das Partes, bem como o seu equipamento
normal, as peças sobressalentes, as reservas de combustíveis e lubrificantes, outros
consumíveis técnicos e provisões de bordo (incluindo alimentos, bebidas e tabaco), que
se encontrem a bordo de tais aeronaves, serão isentos de direitos aduaneiros, taxas de
inspeção e outros encargos semelhantes, à chegada ao território da outra Parte, desde
que esse equipamento, essas reservas e provisões permaneçam a bordo das
aeronaves até serem reexportados, ou utilizados na parte da viagem efetuada sobre
esse território.
2. Além desses, serão igualmente isentos dos mesmos direitos, taxas e impostos, com
exceção dos encargos relativos aos serviços prestados:
a) As provisões de bordo embarcadas no território de uma Parte, dentro dos
limites fixados pelas autoridades competentes dessa Parte, e para utilização
nos voos de partida de aeronaves utilizadas em serviços aéreos
internacionais pelas empresas de transporte aéreo designadas da outra
Parte;
b) As peças sobressalentes e o equipamento normal de bordo trazidos para o
território de uma das Partes tendo em vista a manutenção ou reparação de
aeronaves utilizadas em serviços aéreos internacionais pelas empresas de
transporte aéreo designadas da outra Parte;
c) Combustíveis, lubrificantes e outros consumíveis técnicos destinados ao
abastecimento de aeronaves em voos de partida, utilizadas em serviços
aéreos internacionais pelas empresas de transporte aéreo designadas da
outra Parte, mesmo quando estes aprovisionamentos se destinem a ser
consumidos na parte da viagem efetuada sobre o território da Parte em que
são embarcados.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
16
Página 17
3. Todos os artigos referidos no número 2 deste artigo podem ter de ficar sob a
supervisão ou controlo aduaneiro.
4. O equipamento normal de bordo, bem como os artigos e aprovisionamentos
existentes a bordo das aeronaves das empresas de transporte aéreo designadas de
qualquer uma das Partes, só podem ser descarregados no território da outra Parte
mediante autorização das autoridades aduaneiras dessa outra Parte. Nesses casos,
podem ser colocados sob a supervisão das referidas autoridades aduaneiras até serem
reexportados ou lhes ser dado outro destino, de acordo com os regulamentos
aduaneiros.
5. As isenções previstas neste artigo também deverão ser possíveis nos casos em que
as empresas de transporte aéreo designadas, de qualquer uma das Partes, tenham
estabelecido acordos com outra ou outras empresas de transporte aéreo para o
empréstimo ou a transferência, no território da outra Parte, dos artigos especificados
nos números 1 e 2 deste artigo, desde que essa outra ou essas outras empresas de
transporte aéreo também beneficiem das mesmas isenções junto dessa outra Parte.
6. Nada neste Acordo impede a República Portuguesa de aplicar, numa base não
discriminatória, impostos, taxas, direitos aduaneiros, custas ou encargos sobre o
combustível fornecido no seu território para utilização em aeronaves de uma empresa
de transporte aéreo designada de Curaçao e que opere entre um ponto situado no
território da República Portuguesa e outro ponto situado no território da República
Portuguesa ou no território de outro Estado-Membro da União Europeia.
ARTIGO 7.º
TAXAS DE UTILIZAÇÃO
1. Cada Parte pode impor ou permitir que sejam impostas taxas justas e razoáveis pela
utilização de aeroportos e de outras instalações relacionadas com serviços de tráfego
aéreo que estejam sob o seu controlo.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
17
Página 18
2. Tais taxas não serão mais elevadas do que as impostas às aeronaves utilizadas
pelas empresas de transporte aéreo designadas de cada Parte, em serviços aéreos
internacionais semelhantes.
ARTIGO 8.º
TRÁFEGO EM TRÂNSITO DIRETO
O tráfego em trânsito direto através do território de qualquer uma das Partes e sem sair
da área do aeroporto reservada para esse fim deverá ser sujeito apenas a um controlo
simplificado, exceto no que diz respeito a medidas de segurança contra a ameaça de
interferência ilícita, tais como violência e pirataria aérea e medidas ocasionais de
combate ao tráfico ilícito de drogas. A bagagem e a carga em trânsito direto estarão
isentas de direitos aduaneiros, taxas e de outros impostos semelhantes.
ARTIGO 9.º
RECONHECIMENTO DE CERTIFICADOS E LICENÇAS
1. Os certificados de aeronavegabilidade, os certificados de competência e as licenças
emitidas, ou validadas, em conformidade com a legislação e os procedimentos de uma
Parte, incluindo, no caso da República Portuguesa, as leis e os regulamentos da União
Europeia, e cujo prazo de validade não tenha expirado, deverão ser reconhecidos como
válidos pela outra Parte para efeitos de exploração dos serviços acordados, desde que
os requisitos a que obedeceram a sua emissão ou validação sejam sempre
equivalentes ou superiores aos padrões mínimos estabelecidos em conformidade com
a Convenção.
2. O número 1 deste artigo também se aplica a uma empresa de transporte aéreo
designada pela República Portuguesa cujo controlo de regulação seja exercido e
mantido por outro Estado-Membro da União Europeia.
3. No que respeita a voos sobre o seu próprio território, cada Parte reserva-se o direito
de não reconhecer os certificados de competência e as licenças concedidas ou
validadas aos seus próprios nacionais pela outra Parte ou por qualquer outro Estado.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
18
Página 19
ARTIGO 10.º
REPRESENTAÇÃO COMERCIAL
1. As empresas de transporte aéreo designadas de cada Parte deverão poder:
a) Estabelecer no território da outra Parte escritórios para a promoção do
transporte aéreo e a venda de bilhetes de avião, bem como outras
instalações necessárias à prestação de serviços de transporte aéreo, em
conformidade com a legislação da outra Parte;
b) Trazer para o e manter no território da outra Parte – em conformidade com a
legislação dessa outra Parte relativa à entrada, à residência e ao emprego –,
pessoal executivo, comercial, técnico, operacional e outro pessoal
especializado necessário à prestação de serviços de transporte aéreo; e
c) Proceder diretamente e, se as empresas de transporte aéreo assim o
entenderem, através dos seus agentes, à venda de transporte aéreo no
território da outra Parte.
2. As autoridades competentes de cada Parte tomarão todas as medidas necessárias
para assegurar que os representantes das empresas de transporte aéreo designadas
pela outra Parte possam exercer as suas atividades de forma regular.
ARTIGO 11.º
ATIVIDADES COMERCIAIS
1. As empresas de transporte aéreo designadas de cada Parte podem vender
transporte aéreo no território da outra Parte, sendo qualquer pessoa livre de comprar o
referido transporte na moeda daquele território ou em moedas livremente convertíveis
de outros Estados, em conformidade com os regulamentos vigentes em matéria
cambial.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
19
Página 20
2. No exercício das atividades comerciais, os princípios referidos no número 1 deste
artigo deverão ser aplicados às empresas de transporte aéreo designadas de ambas as
Partes.
ARTIGO 12.º
CONVERSÃO E TRANSFERÊNCIA DE LUCROS
1. Cada Parte concede às empresas de transporte aéreo designadas da outra Parte o
direito de transferir livremente, à taxa de câmbio oficial da moeda, as receitas isentas
de impostos e os excedentes de receitas auferidas sobre as despesas incorridas
relacionadas com o transporte de passageiros, bagagem, carga e correio nos serviços
acordados no seu território e em conformidade com o Direito interno aplicável no
território da Parte a partir do qual é efetuada a transferência.
2. Para os efeitos deste artigo, o Direito interno aplicável na República Portuguesa
inclui todas as medidas adotadas pela União Europeia.
ARTIGO 13.º
CONCORRÊNCIA LEAL
1. As empresas de transporte aéreo designadas de ambas as Partes deverão beneficiar
de uma oportunidade justa e equitativa para explorarem os serviços acordados nas
rotas especificadas.
2. Cada Parte permitirá que cada empresa de transporte aéreo designada determine a
frequência e capacidade de serviços aéreos internacionais que oferece, com base em
considerações comerciais de mercado. De acordo com esse direito, nenhuma das
Partes pode limitar unilateralmente nem o volume de tráfego, a frequência ou a
regularidade do serviço, nem o tipo ou tipos de aeronaves operadas pelas empresas de
transporte aéreo designadas pela outra Parte, exceto se exigido por motivos
alfandegários, técnicos, operacionais ou ambientais, em condições uniformes,
compatíveis com o artigo 15.º da Convenção.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
20
Página 21
3. Nenhuma das Partes permitirá que a sua ou as suas empresas de transporte aéreo
designadas abusem, em conjunto com qualquer outra empresa ou empresas de
transporte aéreo ou separadamente, do poder de mercado, tendo por efeito, ou sendo
suscetível de ter ou pretendendo ter por efeito enfraquecer seriamente um concorrente
ou excluí-lo de uma rota.
4. Nenhuma das Partes concederá ou permitirá a concessão de subvenções ou auxílios
estatais à sua ou às suas empresas de transporte aéreo designadas, quando afetem
adversamente as oportunidades justas e equitativas da concorrência oferecidas às
empresas de transporte aéreo da outra Parte, na prestação de serviços aéreos
internacionais.
5. Porsubvenções ou auxílios estatais entendem-se os apoios concedidos, direta ou
indiretamente, pelo Estado ou por um organismo público ou privado designado ou
controlado pelo Estado, numa base discriminatória, a uma empresa de transporte aéreo
designada. Tais apoios podem incluir, mas não estão limitados a compensação de
perdas de exploração; entradas de capital, apoios a fundo perdido ou empréstimos em
condições privilegiadas; concessão de vantagens financeiras sob a forma de não
perceção de benefícios ou de não cobrança de créditos; renúncia a uma remuneração
normal dos fundos públicos utilizados; isenções fiscais; compensação por encargos
financeiros impostos pelas autoridades públicas; ou acesso discriminatório a
instalações aeroportuárias, combustíveis ou outras instalações adequadas, necessárias
à exploração normal de serviços aéreos.
6. Quando uma Parte concede subvenções ou auxílios estatais a uma empresa de
transporte aéreo designada em relação a serviços aéreos explorados ao abrigo deste
Acordo, deverá exigir que a empresa de transporte aéreo identifique e apresente, clara
e separadamente, essas subvenções ou auxílios nas suas contas.
7. Se uma das Partes considerar, de forma consubstanciada, que as suas empresas de
transporte aéreo designadas estão a ser alvo de discriminação ou de práticas desleais,
ou que a subvenção ou auxílio concedidos pela outra Parte são suscetíveis de afetar ou
afetam adversamente as oportunidades justas e equitativas de concorrência oferecidas
às empresas de transporte aéreo da primeira Parte, na prestação de serviços aéreos
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
21
Página 22
internacionais, esta tem o direito de suspender o exercício dos direitos de tráfego,
especificados no artigo 2.º deste Acordo, concedidos à empresa de transporte aéreo
designada da outra Parte, revogar a autorização de exploração ou de sujeitar o
exercício desses direitos às condições que julgar necessárias.
ARTIGO 14.º
APROVAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE EXPLORAÇÃO
1. Os horários dos serviços aéreos acordados e as condições da sua exploração em
geral deverão ser notificados às autoridades aeronáuticas da outra Parte com, pelo
menos trinta (30) dias de antecedência em relação à data prevista para a sua
aplicação. Qualquer alteração significativa a esses horários ou às condições da sua
exploração deverá ser igualmente notificada às autoridades aeronáuticas. Em casos
especiais, o prazo acima indicado pode ser reduzido mediante acordo das referidas
autoridades.
2. Em caso de alterações menores ou de voos suplementares, as empresas de
transporte aéreo designadas de uma Parte deverão notificar as autoridades
aeronáuticas da outra Parte pelo menos cinco (5) dias úteis antes do início da
exploração pretendida. Em casos especiais, este prazo pode ser reduzido, mediante
acordo das referidas autoridades.
ARTIGO 15.º
SEGURANÇA AÉREA
1. Cada Parte pode, em qualquer momento, solicitar consultas sobre os padrões de
segurança adotados em qualquer área relacionada com a tripulação, a aeronave ou as
condições da sua operação. Tais consultas deverão realizar-se no prazo de trinta (30)
dias a contar desse pedido.
2. Se, em consequência dessas consultas, uma Parte concluir que a outra Parte não
mantém nem aplica efetivamente os padrões de segurança que sejam, pelo menos,
iguais aos padrões mínimos então estabelecidos de acordo com a Convenção, a
primeira Parte deverá notificar a outra Parte dessas conclusões e das medidas
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
22
Página 23
consideradas necessárias para a adequação a esses padrões mínimos, devendo a
outra Parte tomar as medidas corretivas necessárias. O facto da outra Parte não
adotar, no prazo de quinze (15) dias ou num prazo maior, conforme acordado, medidas
adequadas constitui fundamento para aplicação do artigo 4.º deste Acordo.
3. Sem prejuízo das obrigações referidas no artigo 33.º da Convenção, fica acordado
que qualquer aeronave operada pelas empresas de transporte aéreo designadas de
uma Parte em serviços de ou para o território da outra Parte pode, enquanto
permanecer no território da outra Parte, ser objeto de um exame realizado pelos
representantes autorizados da outra Parte, a bordo e no exterior da aeronave, a fim de
verificar não só a validade dos documentos da aeronave e da sua tripulação, mas
também o estado aparente da aeronave e do seu equipamento (denominada "inspeção
na plataforma de estacionamento"), desde que tal não implique atrasos desnecessários.
4. Se qualquer uma dessas inspeções na plataforma de estacionamento ou série de
inspeções na plataforma de estacionamento suscitar:
a) Preocupações sérias de que uma aeronave, ou de que a operação de uma
aeronave não cumpre os padrões mínimos então estabelecidos pela
Convenção; ou
b) Preocupações sérias quanto à falta de manutenção e aplicação efetiva dos
padrões de segurança então estabelecidos pela Convenção;
a Parte que efetuou a inspeção pode concluir, para os fins previstos no artigo 33.º da
Convenção, que os requisitos a que obedeceram a emissão e validação dos certificados
ou das licenças dessa aeronave ou da sua tripulação, ou que os requisitos de operação
dessa aeronave não são iguais ou superiores aos padrões mínimos estabelecidos pela
Convenção.
5. No caso do acesso para efeitos de uma inspeção na plataforma de estacionamento a
uma aeronave operada por uma empresa de transporte aéreo designada de uma Parte,
nos termos do número 3 deste artigo, ser negado pelos representantes dessa empresa
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
23
Página 24
de transporte aéreo designada, a outra Parte pode inferir que há preocupações sérias
do tipo referido no número 4 deste artigo e de tirar as conclusões nele referidas.
6. Cada Parte reserva-se o direito de suspender ou alterar de imediato a autorização de
exploração da empresa de transporte aéreo designada da outra Parte, caso a primeira
Parte conclua, em consequência de uma inspeção na plataforma de estacionamento, de
uma série de inspeções na plataforma de estacionamento, de uma recusa de acesso
para efeitos de inspeção na plataforma de estacionamento, de consultas, quer ainda de
qualquer outro facto, que uma ação imediata é imprescindível para a segurança da
operação da empresa de transporte aéreo.
7. Qualquer ação empreendida por uma Parte de acordo com os números 2 ou 6 deste
artigo, deverá ser interrompida quando deixe de existir fundamento para essa ação.
8. Caso a República Portuguesa tenha designado uma empresa de transporte aéreo
cujo controlo de regulação seja exercido e mantido por outro Estado-Membro da UE, os
direitos da outra Parte, previstos neste artigo, aplicam-se igualmente no que respeita à
adoção, ao exercício ou à manutenção dos padrões de segurança por esse outro
Estado-Membro da UE, bem como no que respeita à autorização de exploração dessa
empresa de transporte aéreo.
ARTIGO 16.º
SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL
1. Em conformidade com os direitos e obrigações que lhes incumbem ao abrigo do
Direito Internacional, as Partes reafirmam que a sua obrigação mútua de protegerem a
segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita constitui parte integrante
deste Acordo. Sem limitar a generalidade dos seus direitos e obrigações decorrentes do
Direito Internacional, as Partes deverão, em especial, agir em conformidade com o
disposto:
a) Na Convenção relativa às Infrações e a Certos Outros Atos Cometidos a
Bordo de Aeronaves, assinada em Tóquio, em 14 de setembro de 1963;
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
24
Página 25
b) Na Convenção para a Repressão da Captura Ilícita de Aeronaves, assinada
na Haia, em 16 de dezembro de 1970;
c) Na Convenção para a Repressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da
Aviação Civil, assinada em Montreal, em 23 de setembro de 1971;
d) No seu Protocolo Suplementar para a Repressão de Atos Ilícitos de Violência
nos Aeroportos servindo a Aviação Civil Internacional, assinado em Montreal,
em 24 de fevereiro de 1988; e
a) Na Convenção sobre a Marcação dos Explosivos Plásticos para Fins de
Deteção, assinada em Montreal, em 1 de março de 1991,
bem como em qualquer outro acordo multilateral que regule a segurança da aviação
civil e seja vinculativo para as Partes.
2. As Partes deverão nas suas relações mútuas, no mínimo, atuar em conformidade
com as disposições sobre segurança da aviação estabelecidas pela Organização da
Aviação Civil Internacional denominadas Anexos à Convenção, na medida em que
essas disposições sobre segurança se apliquem às Partes; elas deverão exigir que os
operadores de aeronaves registadas no seu território ou os operadores de aeronaves
que nele tenham o seu estabelecimento principal ou a sua residência permanente no
território das Partes ou que nele estejam estabelecidos, ou no caso da República
Portuguesa os operadores de aeronaves que se encontrem estabelecidos no seu
território nos termos dos Tratados UE e sejam detentores de licenças de exploração
válidas em conformidade com o Direito da União Europeia, e que os operadores de
aeroportos situados no seu território, atuem em conformidade com tais disposições
relativas à segurança da aviação civil.
3. As Partes deverão, a pedido, prestar-se toda a assistência mútua necessária com
vista a impedir atos de captura ilícita de aeronaves civis e outros atos ilícitos contra a
segurança dessas aeronaves, respetivos passageiros e tripulações, bem como de
aeroportos, instalações e equipamentos de navegação aérea, e ainda qualquer outra
ameaça à segurança da aviação civil.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
25
Página 26
4. Cada Parte concorda que se exija a esses operadores de aeronaves que cumpram
as disposições relativas à segurança da aviação, referidas no número 2 deste artigo,
impostas pela outra Parte à entrada no território dessa outra Parte e também à saída,
ou permanência, no território da outra Parte. Para a saída ou permanência no território
da República Portuguesa, exige-se que os operadores de aeronaves cumpram as
disposições relativas à segurança da aviação, em conformidade com o Direito da União
Europeia. Cada Parte deverá assegurar, no seu território, a aplicação efetiva de
medidas adequadas para proteger as aeronaves e inspecionar passageiros,
tripulações, bagagem de mão, bagagem, carga e aprovisionamentos, antes e durante o
embarque ou carregamento. Cada Parte também deverá considerar favoravelmente
qualquer pedido da outra Parte relativo à adoção de medidas especiais de segurança,
razoáveis, para fazer face a uma ameaça concreta.
5. Em caso de incidente ou ameaça de incidente de captura ilícita de aeronaves civis ou
de outros atos ilícitos contra a segurança de tais aeronaves, seus passageiros e
tripulações, de aeroportos ou de instalações de navegação aérea, as Partes deverão
ajudar-se mutuamente, facilitando as comunicações e outras medidas adequadas,
tendentes a pôr termo, de forma rápida e segura, a esse incidente ou ameaça de
incidente.
6. Quando uma Parte tiver preocupações razoáveis para crer que a outra Parte não
cumpre as disposições de segurança previstas neste artigo, a primeira Parte pode
solicitar consultas imediatas com as autoridades aeronáuticas da outra Parte.
ARTIGO 17.º
PROVISÃO DE ESTATÍSTICAS
As autoridades aeronáuticas de uma Parte deverão disponibilizar às autoridades
aeronáuticas da outra Parte, a pedido destas, as estatísticas que possam ser
razoavelmente exigidas para fins informativos.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
26
Página 27
ARTIGO 18.º
TARIFAS
1. As tarifas a serem cobradas pelas empresas de transporte aéreo designadas de uma
Parte para o transporte de ou para o território da outra Parte serão estabelecidas a
níveis razoáveis, tendo em devida conta todos os fatores relevantes, incluindo o custo
de exploração, um lucro razoável e as tarifas praticadas por outras empresas de
transporte aéreo que exploram a totalidade ou parte da mesma rota.
2. As tarifas devem ser submetidas à aprovação das autoridades aeronáuticas de
ambas as Partes com, pelo menos, trinta (30) dias de antecedência da data proposta
para a sua aplicação. Em circunstâncias especiais, este prazo pode ser reduzido,
mediante acordo das referidas autoridades.
3. Esta aprovação poderá ser dada por escrito. Se nenhuma das autoridades
aeronáuticas desaprovar as tarifas propostas no prazo de vinte e cinco (25) dias a partir
da data da sua submissão, em conformidade com o número 2 deste artigo, essas
tarifas serão consideradas aprovadas. No caso do período para submissão de tarifas
ser reduzido, de acordo com o número 2 deste artigo, as autoridades aeronáuticas
poderão acordar que o período de notificação de qualquer desaprovação será inferior a
vinte e cinco (25) dias.
4. Se, durante o período aplicável, em conformidade com o número 3 deste artigo, uma
autoridade aeronáutica notificar a outra autoridade aeronáutica da sua desaprovação
de qualquer tarifa, as autoridades aeronáuticas das duas Partes envidarão esforços
para fixar, de comum acordo, a tarifa.
5. Se as autoridades aeronáuticas não chegarem a acordo sobre a aprovação de
qualquer tarifa que lhes tenha sido submetida, em conformidade com o número 2 deste
artigo, ou sobre a fixação de qualquer tarifa, em conformidade com o número 4 deste
artigo, o diferendo deverá ser solucionado em harmonia com as disposições do artigo
21.º deste Acordo.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
27
Página 28
6. As tarifas estabelecidas em conformidade com as disposições deste artigo
continuarão em vigor até que novas tarifas sejam estabelecidas. A validade da tarifa
não poderá, no entanto, ser prorrogada, por força deste número, por um período
superior a doze (12) meses a contar da data em que teria expirado.
7. As Partes podem intervir para desaprovar uma tarifa. Essa intervenção ficará limitada
à:
a) Proteção dos consumidores em relação a tarifas excessivamente elevadas
em consequência do abuso de posição dominante;
b) Prevenção de tarifas cuja aplicação constitui um comportamento anti-
concorrencial que terá ou aparenta ter ou visa notoriamente ter o efeito de
obstaculizar, restringir ou distorcer a concorrência ou de excluir um
concorrente da rota.
ARTIGO 19.º
CONSULTAS
1. A fim de assegurar uma estreita cooperação em todas as questões relativas à
interpretação e aplicação deste Acordo, as autoridades aeronáuticas de cada Parte
deverão consultar-se, sempre que necessário, a pedido de qualquer uma das Partes.
2. Tais consultas deverão ter início no prazo de quarenta e cinco (45) dias a contar da
data de receção do pedido escrito, pela outra Parte.
ARTIGO 20.º
EMENDAS
1. Se qualquer uma das Partes considerar que é conveniente alterar qualquer
disposição deste Acordo pode, em qualquer momento, solicitar negociações à outra
Parte. Tais negociações deverão ter início no prazo de sessenta (60) dias a contar da
data em que a outra Parte tiver recebido um pedido escrito.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
28
Página 29
2. Se qualquer uma das Partes considerar que é conveniente alterar qualquer
disposição deste Acordo, tal emenda será acordada entre as Partes, confirmada por
escrito por via diplomática, e entrará em vigor em conformidade com o artigo 25.º deste
Acordo.
3. Não obstante o disposto no número 2 deste artigo, qualquer emenda ao Anexo a
este Acordo poderá ser acordada entre as autoridades aeronáuticas das Partes, e
confirmada por troca de notas diplomáticas. Entrará em vigor na data a determinar nas
notas diplomáticas. Esta exceção ao número 2 deste artigo não se aplica no caso de
serem adicionados direitos de tráfego ao Anexo.
ARTIGO 21.º
RESOLUÇÃO DE DIFERENDOS
1. Em caso de diferendo entre as Partes relativo à interpretação ou aplicação deste
Acordo, as Partes deverão, em primeiro lugar, procurar resolvê-lo através de
negociações, por via diplomática.
2. Se as Partes não conseguirem resolver o diferendo por via da negociação, podem
submetê-lo à decisão de uma entidade ou, a pedido de qualquer uma das Partes, pode
o diferendo ser submetido à decisão de um tribunal arbitral composto por três árbitros.
Cada Parte deverá nomear um árbitro e os dois árbitros assim nomeados deverão
designar o terceiro.
3. Cada uma das Partes deverá nomear um árbitro no prazo de sessenta (60) dias a
contar da data em que uma das Partes tenha recebido da outra Parte notificação por
via diplomática, do pedido de arbitragem do diferendo, devendo o terceiro árbitro ser
designado nos sessenta (60) dias subsequentes.
4. Se nenhuma das Partes nomear um árbitro no prazo estabelecido ou se o terceiro
árbitro não tiver sido designado no período especificado, o Presidente do Conselho da
Organização da Aviação Civil Internacional pode, a pedido de qualquer uma das Partes,
designar um ou mais árbitros conforme o exija o caso. Nesse caso, o terceiro árbitro
deverá ser nacional de um Estado terceiro e atuar como presidente do órgão arbitral.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
29
Página 30
5. As Partes comprometem-se a cumprir qualquer decisão tomada ao abrigo do número
2 deste artigo.
6. Se, e enquanto, qualquer uma das Partes ou as empresas de transporte aéreo
designadas de qualquer uma das Partes não cumprirem a decisão tomada ao abrigo do
número 2 deste artigo, a outra Parte pode limitar, suspender ou revogar quaisquer
direitos ou privilégios que, em virtude deste Acordo, tenha concedido à Parte em falta
ou às empresas de transporte aéreo designadas em falta.
7. Cada Parte deverá suportar as despesas do árbitro por ela nomeado. As restantes
despesas do tribunal arbitral deverão ser repartidas em partes iguais entre as Partes.
ARTIGO 22.º
VIGÊNCIA E DENÚNCIA
1. Este Acordo permanecerá em vigor por período indeterminado.
2. Cada Parte poderá, em qualquer momento, notificar por escrito a outra Parte, por via
diplomática, da sua decisão de denunciar este Acordo. Essa notificação será
simultaneamente comunicada à Organização da Aviação Civil Internacional.
3. O Acordo cessará doze (12) meses após a data de receção da notificação pela outra
Parte, salvo se essa notificação for retirada, por comum acordo, antes de terminado
esse período.
4. Caso a outra Parte não acuse a receção da notificação, esta deverá considerar-se
efetuada catorze (14) dias após a sua receção pela Organização da Aviação Civil
Internacional.
ARTIGO 23.º
REGISTO
Este Acordo e qualquer emenda ao mesmo deverão ser registados junto da
Organização da Aviação Civil Internacional.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
30
Página 31
ARTIGO 24.º
APLICABILIDADE DO ACORDO
No que se refere ao Reino dos Países Baixos, este Acordo apenas se aplica a Curaçao.
ARTIGO 25.º
ENTRADA EM VIGOR
Este Acordo entrará em vigor no primeiro dia do segundo mês seguinte à data de
receção da última notificação escrita, por via diplomática, através da qual as Partes
tenham notificado mutuamente ter concluído os procedimentos para a entrada em vigor
deste Acordo, em conformidade com os respetivos procedimentos legais.
EM FÉ DO QUE os signatários, devidamente autorizados para o efeito pelos respetivos
Governos, assinaram este Acordo.
FEITO em _______a ___ de ____ de _____, em dois originais, nas línguas portuguesa,
holandesa e inglesa, sendo todos os textos igualmente autênticos. Em caso de
divergência de interpretação, prevalecerá a versão inglesa.
PELA REPÚBLICA PORTUGUESAPELO REINO DOS PAÍSES BAIXOS, RELATIVAMENTE A CURAÇAO
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
31
Página 32
ANEXO
Quadro de Rotas Secção 1 Rotas a serem operadas nos dois sentidos pelas empresas de transporte aéreo designadas da República Portuguesa:
Pontos em Portugal
Pontos Intermédios
Pontos em Curaçao
Pontos Além
Quaisquer pontos
Quaisquer pontos
Curaçao
Quaisquer pontos
Secção 2 Rotas a serem operadas nos dois sentidos pelas empresas de transporte aéreo designadas de Curaçao:
Pontos em Curaçao
Pontos Intermédios
Pontos em Portugal
Pontos Além
Curaçao
Quaisquer pontos
Quaisquer pontos
Quaisquer pontos
Notas 1. Os pontos intermédios e além a operar pelas empresas de transporte aéreo designadas de cada Parte têm de ser acordados diretamente entre as autoridades aeronáuticas das duas Partes. 2. As empresas de transporte aéreo designadas de cada Parte podem, em quaisquer voos ou em todos eles, omitir escalas em quaisquer dos pontos intermédios e/ou além acima mencionados, desde que os serviços acordados nas rotas comecem ou terminem no território da Parte que designou as empresas de transporte aéreo. 3. As empresas de transporte aéreo designadas de cada Parte podem selecionar quaisquer pontos intermédios e/ou além da sua escolha e alterar a sua seleção na estação seguinte desde que não sejam exercidos direitos de tráfego entre esses pontos e o território da outra Parte. 4. O exercício dos direitos de tráfego de quinta liberdade em pontos intermédios e/ou além especificados será sujeito a aprovação pelas autoridades aeronáuticas de ambas as Partes e pode ser estabelecido num acordo.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
32
Página 33
VERDRAG INZAKE
LUCHTVERVOER
TUSSEN HET KONINKRIJK DER NEDERLANDEN,
TEN BEHOEVE VAN CURAÇAO,
EN
DE PORTUGESE REPUBLIEK
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
33
Página 34
Het Koninkrijk der Nederlanden, ten behoeve van Curaçao,
en
de Portugese Republiek (hierna te noemen "de partijen");
Partij zijnde bij het Verdrag inzake de internationale burgerluchtvaart, opengesteld
voor ondertekening te Chicago op 7 december 1944;
Geleid door de wens internationale luchtdiensten op veilige en ordelijke wijze te
organiseren en de internationale samenwerking met betrekking tot deze diensten in
de ruimst mogelijke mate te bevorderen; en
Geleid door de wens een verdrag te sluiten ter bevordering van de ontwikkeling van
geregelde luchtdiensten tussen en via hun grondgebieden;
Zijn het volgende overeengekomen:
Begripsomschrijvingen
Voor de toepassing van dit Verdrag:
a. wordt onder “het Verdrag van Chicago” verstaan het Verdrag inzake de
internationale burgerluchtvaart, opengesteld voor ondertekening te
Chicago op 7 december 1944, met inbegrip van alle overeenkomstig
artikel 90 van het Verdrag van Chicago aangenomen Bijlagen en alle
wijzigingen van de Bijlagen of van het Verdrag van Chicago ingevolge
de artikelen 90 en 94 daarvan, voor zover deze Bijlagen en wijzigingen
door beide partijen zijn aangenomen;
b. wordt onder "EU-verdragen" verstaan het Verdrag betreffende de
Europese Unie en het Verdrag betreffende de werking van de Europese
Unie;
c. wordt onder “luchtvaartautoriteiten” verstaan, wat de Portugese
Republiek betreft, de Burgerluchtvaartdienst; en, wat het Koninkrijk der
Nederlanden, ten behoeve van Curaçao, betreft, de minister
verantwoordelijk voor de burgerluchtvaart; of, in beide gevallen, elke
persoon of instantie die bevoegd is elke functie die thans wordt vervuld
door de genoemde autoriteiten of soortgelijke functies te vervullen;
d. wordt onder “aangewezen luchtvaartmaatschappij” verstaan een
luchtvaartmaatschappij die is aangewezen en gemachtigd
overeenkomstig artikel 3 van dit Verdrag;
e. heeft "grondgebied" de betekenis die eraan wordt toegekend in artikel 2
van het Verdrag van Chicago;
f. hebben "luchtdienst", "internationale luchtdienst",
"luchtvaartmaatschappij" en "landing anders dan voor
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
34
Página 35
verkeersdoeleinden" de betekenis die daaraan in artikel 96 van het
Verdrag van Chicago respectievelijk wordt toegekend;
g. wordt onder "tarief" verstaan de prijzen die in rekening worden gebracht
voor het vervoer van passagiers, bagage en vracht en de voorwaarden
waaronder deze prijzen van toepassing zijn, met inbegrip van de prijzen
en voorwaarden voor agentschappen en andere aanvullende diensten,
maar met uitzondering van de vergoedingen of voorwaarden voor het
vervoeren van post; en
h. wordt onder “Bijlage” verstaan: de routetabel die als bijlage bij dit
Verdrag is gevoegd en alle clausules of noten die in deze Bijlage zijn
vervat.
Artikel 2
Exploitatierechten
1. Elke partij verleent de andere partij de volgende rechten voor het verrichten
van internationale luchtdiensten door de aangewezen
luchtvaartmaatschappijen van de andere partij:
a. het recht zonder te landen over haar grondgebied te vliegen; en
b. het recht op haar grondgebied te landen anders dan voor
verkeersdoeleinden.
2. Elke partij verleent de andere partij de hierna in dit Verdrag omschreven
rechten ten behoeve van de exploitatie van geregelde internationale
luchtdiensten op de routes die omschreven zijn in de desbetreffende delen
van de routetabel die als Bijlage bij dit Verdrag is gevoegd. Deze diensten en
routes worden hierna respectievelijk de “overeengekomen diensten” en de
“omschreven routes” genoemd. Terwijl zij een overeengekomen dienst op een
omschreven route exploiteren, hebben de door elke partij aangewezen
luchtvaartmaatschappijen behalve de rechten genoemd in het eerste lid van
dit artikel en afhankelijk van de bepalingen van dit Verdrag, het recht op het
grondgebied van de andere partij te landen op de punten die omschreven zijn
in de routetabel bij dit Verdrag ten behoeve van het opnemen en afzetten van
passagiers, bagage, vracht en post.
3. Geen van de bepalingen in het tweede lid van dit artikel wordt geacht de
aangewezen luchtvaartmaatschappijen van de ene partij het recht te geven op
het grondgebied van de andere partij tegen vergoeding passagiers, vracht en
post op te nemen bestemd voor een ander punt op het grondgebied van die
andere partij.
4. Indien de aangewezen luchtvaartmaatschappijen van de ene partij niet in staat
zijn luchtdiensten op hun normale route te exploiteren vanwege een
gewapend conflict, politieke onlusten of bijzondere en ongewone
omstandigheden, stelt de ander partij alles in het werk om de voortgaande
exploitatie van dergelijke diensten te vergemakkelijken door passende
aanpassingen van degelijke routes, waaronder het verlenen van rechten voor
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
35
Página 36
zolang dit nodig is om een financieel haalbare exploitatie te vergemakkelijken.
De bepalingen van deze norm worden zonder onderscheid toegepast tussen
de aangewezen luchtvaartmaatschappijen van de partijen.
Artikel 3
Aanwijzing en exploitatievergunning van luchtvaartmaatschappijen
1. Elke partij heeft het recht door middel van een schriftelijke kennisgeving aan
de andere partij luchtvaartmaatschappijen aan te wijzen voor het verrichten
van de overeengekomen diensten op de in de Bijlage omschreven routes en
deze aanwijzingen in te trekken of te wijzigen. Dergelijke aanwijzingen
geschieden schriftelijk en de andere partij wordt hiervan langs diplomatieke
weg in kennis gesteld.
2. Na ontvangst van de kennisgeving van deze aanwijzing en van aanvragen van
een aangewezen luchtvaartmaatschappij, in de vorm en op de wijze die is
voorgeschreven voor exploitatievergunningen en technische vergunningen,
verleent de andere partij de aangewezen luchtvaartmaatschappij met een
minimum aan vertraging de passende exploitatievergunningen en technische
vergunningen, op voorwaarde dat:
a. in het geval van een luchtvaartmaatschappij aangewezen door de
Portugese Republiek:
(i) de luchtvaartmaatschappij gevestigd is op het grondgebied van de
Portugese Republiek overeenkomstig de EU-Verdragen en
beschikt over een geldige exploitatievergunning in
overeenstemming met het recht van de Europese Unie; en
(ii) de lidstaat van de Europese Unie die verantwoordelijk is voor de
afgifte van het bewijs luchtvaartexploitant daadwerkelijk controleert
of de luchtvaartmaatschappij de regelgeving naleeft en de
desbetreffende luchtvaartautoriteit duidelijk wordt vermeld in de
aanwijzing; en
(iii) de luchtvaartmaatschappij rechtstreeks of via een
meerderheidsbelang eigendom is van en daadwerkelijk onder
toezicht staat van lidstaten van de Europese Unie of de Europese
Vrijhandelsassociatie en/of van onderdanen van deze staten;
b. wat betreft een luchtvaartmaatschappij aangewezen door Curaçao:
(i) de luchtvaartmaatschappij gevestigd is op het grondgebied van
Curaçao en beschikt over een geldige exploitatievergunning in
overeenstemming met de van toepassing zijnde wetgeving van
Curaçao; en
(ii) Curaçao daadwerkelijk controleert of de luchtvaartmaatschappij de
regelgeving naleeft en Curaçao verantwoordelijk is voor afgifte van
het bewijs luchtvaartexploitant en de desbetreffende
luchtvaartautoriteit duidelijk wordt vermeld in de aanwijzing; en
(iii) de luchtvaartmaatschappij rechtstreeks of via een
meerderheidsbelang eigendom is van en daadwerkelijk onder
toezicht staat van Curaçao en/of van onderdanen van Curaçao;
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
36
Página 37
c. de aangewezen luchtvaartmaatschappij in staat is te voldoen aan de in
de wetgeving gestelde voorwaarden die de partij die de aanvraag of
aanvragen ontvangt gewoonlijk toepast op de exploitatie van
internationale luchtdiensten.
Artikel 4
Weigering, intrekking, schorsing of beperking van rechten
1. Elke partij heeft het recht de exploitatievergunningen of technische
vergunningen van een door de andere partij aangewezen
luchtvaartmaatschappij te weigeren, in te trekken, te schorsen of te beperken
van de rechten omschreven in artikel 2 van dit Verdrag of de uitoefening van
deze rechten te onderwerpen aan de noodzakelijk geachte voorwaarden
indien:
a) in het geval van een luchtvaartmaatschappij aangewezen door de
Portugese Republiek:
(i) de luchtvaartmaatschappij niet gevestigd is op het grondgebied
van de Portugese Republiek overeenkomstig de EU-Verdragen of
niet beschikt over een geldige exploitatievergunning in
overeenstemming met het recht van de Europese Unie; of
(ii) de lidstaat van de Europese Unie die verantwoordelijk is voor de
afgifte van het bewijs luchtvaartexploitant niet daadwerkelijk
controleert of de aangewezen luchtvaartmaatschappij de
regelgeving naleeft of de desbetreffende luchtvaartautoriteit niet
duidelijk wordt vermeld in de aanwijzing; of
(iii) de luchtvaartmaatschappij niet rechtstreeks of via een
meerderheidsbelang eigendom is van of niet daadwerkelijk onder
toezicht staat van lidstaten van de Europese Unie of de Europese
Vrijhandelsassociatie en/of van onderdanen van deze staten;
b) in het geval van een luchtvaartmaatschappij aangewezen door Curaçao:
(i) de luchtvaartmaatschappij niet gevestigd is op het grondgebied
van Curaçao of niet beschikt over een geldige
exploitatievergunning in overeenstemming met de van toepassing
zijnde wetgeving; of
(ii) de lidstaat van de Europese Unie die verantwoordelijk is voor de
afgifte van het bewijs luchtvaartexploitant niet daadwerkelijk
controleert of de aangewezen luchtvaartmaatschappij de
regelgeving naleeft of de desbetreffende luchtvaartautoriteit niet
duidelijk wordt vermeld in de aanwijzing; of
(iii) de luchtvaartmaatschappij niet rechtstreeks of via een
meerderheidsbelang eigendom is van of niet daadwerkelijk onder
toezicht staat van Curaçao en/of van onderdanen van Curaçao;
c. In het geval dat de aangewezen luchtvaartmaatschappij niet in staat is te
voldoen aan de in de wetgeving gestelde voorwaarden die de partij die
de aanwijzing(en) ontvangt gewoonlijk toepast op de exploitatie van
internationale luchtdiensten; of
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
37
Página 38
d. In het geval dat een dergelijke aangewezen luchtvaartmaatschappijen
de wetgeving van de partij die de exploitatievergunning of technische
vergunning verleent niet naleeft; of
e. in het geval dat de aangewezen luchtvaartmaatschappij de
overeengekomen diensten niet exploiteert in overeenstemming met de
voorwaarden die omschreven zijn in dit Verdrag en de hierbij gevoegde
Bijlage.
2. Tenzij onmiddellijke weigering, intrekking, schorsing, beperking of oplegging
van de in het eerste lid van dit artikel genoemde voorwaarden van wezenlijk
belang is om verdere inbreuken op de wetgeving te voorkomen, wordt het
recht van weigering, intrekking, schorsing, beperking of oplegging van
voorwaarden slechts uitgeoefend na overleg met de andere partij. Het overleg
vangt aan binnen een termijn van dertig (30) dagen na de datum van
ontvangst van een dergelijk verzoek, tenzij anders wordt overeengekomen.
Artikel 5
Toepassing van wetgeving en procedures
1. De wetgeving en procedures van de ene partij met betrekking tot de toelating
tot, het verblijf op of het vertrek uit haar grondgebied van luchtvaartuigen die
voor internationale luchtdiensten worden ingezet, of met betrekking tot de
exploitatie van en het vliegen met deze luchtvaartuigen die zich op haar
grondgebied bevinden, worden toegepast op luchtvaartuigen van beide
partijen wanneer zij het grondgebied van de eerste partij binnenkomen, erop
verblijven of het weer verlaten.
2. De wetgeving en procedures van de ene partij met betrekking tot de toelating
tot, het verblijf op, doorgaand verkeer via of het vertrek uit haar grondgebied
van passagiers, bemanning, bagage, vracht en post aan boord van
luchtvaartuigen, zoals wetgeving met betrekking tot binnenkomst, inklaring,
immigratie, paspoorten, douanecontrole en sanitaire maatregelen, worden
nageleefd door de luchtvaartmaatschappij van de andere partij of namens
deze passagiers, bemanning, rechtspersoon die het recht heeft met
betrekking tot de bagage, vracht en post bij binnenkomst in, verblijf op of het
verlaten van het grondgebied van deze partij.
Artikel 6
Vrijstelling van douanerechten en andere heffingen
1. Luchtvaartuigen die door de aangewezen luchtvaartmaatschappij van een van
de partijen voor internationale luchtdiensten worden gebruikt, alsmede hun
normale uitrustingsstukken, reserveonderdelen, voorraden brandstof en
smeermiddelen, andere technische verbruiksvoorraden en boordproviand
(waaronder etenswaren, dranken en tabaksartikelen) die zich aan boord van
deze luchtvaartuigen bevinden, zijn vrijgesteld van alle douanerechten,
inspectiekosten en andere soortgelijke heffingen bij aankomst op het
grondgebied van de andere partij, mits deze uitrustingsstukken, voorraden en
proviand aan boord van het luchtvaartuig blijven totdat zij weer worden
uitgevoerd of worden gebruikt tijdens het gedeelte van de vlucht dat wordt
afgelegd boven dat grondgebied.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
38
Página 39
2. Van deze rechten, kosten en belastingen, uitgezonderd heffingen in verband
met verleende diensten, zijn voorts vrijgesteld:
a) boordproviand aan boord genomen op het grondgebied van een partij,
binnen de grenzen die door de autoriteiten van genoemde partij zijn
vastgesteld, en bestemd voor gebruik aan boord van uitgaande
luchtvaartuigen die door de aangewezen luchtvaartmaatschappijen van
de andere partij worden ingezet voor internationale luchtdiensten;
b) reserveonderdelen en normale uitrustingsstukken die het grondgebied
van een van de partijen worden binnengebracht voor het onderhoud of
herstel van luchtvaartuigen die door de aangewezen
luchtvaartmaatschappijen van de andere partij worden ingezet voor
internationale luchtdiensten;
c) brandstoffen, smeermiddelen en andere technische verbruiksvoorraden
bestemd ter bevoorrading van uitgaande luchtvaartuigen die door de
aangewezen luchtvaartmaatschappijen van de andere partij worden
ingezet voor internationale luchtdiensten, zelfs wanneer deze voorraden
worden gebruikt op het deel van de vlucht boven het grondgebied van
partij waar zij aan boord zijn genomen.
3. Ten aanzien van alle in het tweede lid van dit artikel genoemde goederen kan
worden verlangd dat deze onder toezicht of beheer van de douane blijven.
4. Normale boorduitrustingsstukken alsmede de materialen en voorraden die aan
boord van het luchtvaartuig van een aangewezen luchtvaartmaatschappij van
een partij blijven, mogen op het grondgebied van de andere partij slechts
worden uitgeladen met toestemming van de douaneautoriteiten van die partij.
In een dergelijk geval kunnen deze goederen onder toezicht van genoemde
douaneautoriteiten worden geplaatst tot het tijdstip waarop ze weer worden
uitgevoerd of overeenkomstig de douanevoorschriften een andere
bestemming hebben gekregen.
5. De in dit artikel voorziene vrijstellingen zijn ook beschikbaar in situaties waarin
de aangewezen luchtvaartmaatschappijen van een van de partijen met een
andere luchtvaartmaatschappij of andere luchtvaartmaatschappijen regelingen
zijn aangegaan voor het op het grondgebied van de andere partij lenen of
overdragen van de in het eerste en tweede lid van dit artikel opgesomde
goederen, mits de andere luchtvaartmaatschappij of andere
luchtvaartmaatschappijen dezelfde vrijstelling(en) geniet(en) van de andere
partij.
6. Niets in dit Verdrag belet de Portugese Republiek op basis van non-
discriminatie belastingen, rechten, heffingen of accijnzen op te leggen op de
op zijn grondgebied geleverde brandstof voor gebruik in een luchtvaartuig van
een aangewezen luchtvaartmaatschappij van Curaçao dat vliegt tussen een
punt op het grondgebied van de Portugese Republiek en een ander punt op
het grondgebied van de Portugese Republiek of op het grondgebied van een
andere lidstaat van de Europese Unie.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
39
Página 40
Artikel 7
Gebruikersheffingen
1. Elke partij mag billijke en redelijke heffingen opleggen of toestaan dat deze
worden opgelegd voor het gebruik van luchthavens, andere voorzieningen en
luchtdiensten waarover zij zeggenschap heeft.
2. Deze heffingen mogen niet hoger zijn dan die worden opgelegd aan
luchtvaartuigen van de aangewezen luchtvaartmaatschappijen van elke partij
die vergelijkbare internationale diensten uitvoeren.
Artikel 8
Rechtstreeks doorgaand verkeer
Rechtstreeks doorgaand verkeer via het grondgebied van een van de partijen dat de
daarvoor gereserveerde zone van de luchthaven niet verlaat, wordt, behalve voor
wat betreft veiligheidsmaatregelen tegen de dreiging van wederrechtelijke
inmenging, zoals geweld en luchtpiraterij en incidentele maatregelen ter bestrijding
van de illegale handel in verdovende middelen, slechts aan een vereenvoudigde
controle onderworpen. Bagage en vracht in rechtstreeks doorgaand verkeer zijn
vrijgesteld van douanerechten, heffingen en andere vergelijkbare belastingen.
Artikel 9
Erkenning van bewijzen en vergunningen
1. Bewijzen van luchtwaardigheid, bewijzen van bevoegdheid en vergunningen
die zijn afgegeven of geldig verklaard in overeenstemming met de wetgeving
en procedures van de ene partij, met inbegrip van, in het geval van de
Portugese Republiek, de wet- en regelgeving van de EU en die nog niet zijn
verlopen, worden door de andere partij ten behoeve van de exploitatie van de
overeengekomen diensten als geldig erkend, mits de vereisten voor de afgifte
of geldigverklaring van de bewijzen en vergunningen ten minste gelijkwaardig
zijn aan of zwaarder zijn dan de in overeenstemming met het Verdrag van
Chicago vastgestelde minimumeisen.
2. Het eerste lid van dit artikel is tevens van toepassing op een door de
Portugese Republiek aangewezen luchtvaartmaatschappij waarbij een andere
lidstaat van de Europese Unie controleert of deze de regelgeving naleeft.
3. Elke partij behoudt zich het recht voor de erkenning van bewijzen van
bevoegdheid en vergunningen door de andere partij of een andere staat
verleend aan of geldig verklaard voor haar eigen onderdanen te weigeren voor
vluchten boven haar grondgebied.
Artikel 10
Commerciële vertegenwoordiging
1. Het is de aangewezen luchtvaartmaatschappijen van beide partijen
toegestaan:
a) op het grondgebied van de andere partij kantoren te vestigen ten
behoeve van de bevordering van luchtvervoer en verkoop van
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
40
Página 41
vliegtickets alsmede, in overeenstemming met de wetgeving van deze
andere partij, andere voorzieningen die nodig zijn voor het verzorgen
van luchtvervoer;
b) in overeenstemming met de wetgeving van de andere partij met
betrekking tot binnenkomst, verblijf en tewerkstelling, leidinggevend,
commercieel, technisch, operationeel alsmede ander gespecialiseerd
personeel naar het grondgebied van deze andere partij te brengen en te
doen verblijven voor het verzorgen van luchtvervoer; en
c) zich op het grondgebied van de andere partij rechtstreeks en, naar eigen
goeddunken, via hun agenten met de verkoop van luchtvervoer bezig te
houden.
2. De bevoegde autoriteiten van elke partij nemen alle noodzakelijke
maatregelen om te waarborgen dat de vertegenwoordiging van de door de
andere partij aangewezen luchtvaartmaatschappijen haar activiteiten op
ordelijke wijze kan uitvoeren.
Artikel 11
Commerciële activiteiten
1. De door elke partij aangewezen luchtvaartmaatschappijen hebben het recht,
op het grondgebied van de andere partij, luchtvervoer te verkopen en het staat
elke persoon vrij dit luchtvervoer te kopen in de valuta van dat grondgebied of
in vrij inwisselbare valuta van andere staten in overeenstemming met de van
kracht zijnde regelgeving inzake valutatransacties.
2. Voor wat betreft de commerciële activiteiten zijn alle principes vermeld in het
eerste lid van dit artikel van toepassing op de aangewezen
luchtvaartmaatschappijen van beide partijen.
Artikel 12
Omwisselen en overmaken van opbrengsten
1. Elke partij verleent de aangewezen luchtvaartmaatschappijen van de andere
partij het recht vrijgestelde inkomstenbelasting en het batig saldo van
inkomsten en uitgaven die verband houden met het vervoer van passagiers,
bagage, vracht en post op de overeengekomen diensten op haar grondgebied
vrijelijk over te maken tegen de officiële wisselkoers, en overeenkomstig de
toepasselijke nationale wetgeving van het grondgebied van de partij vanwaar
de overmaking plaatsvindt.
2. Voor de toepassing van dit artikel omvat de toepasselijke nationale wetgeving
van de Portugese Republiek alle maatregelen die zijn getroffen door de
Europese Unie.
Artikel 13
Eerlijke concurrentie
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
41
Página 42
1. Elke partij staat toe dat de aangewezen luchtvaartmaatschappijen van beide
partijen op eerlijke en gelijke wijze in de gelegenheid worden gesteld de
overeengekomen diensten op de omschreven routes te exploiteren.
2. Elke partij staat toe dat elke aangewezen luchtvaartmaatschappij de
frequentie en capaciteit van de internationale luchtdiensten die zij aanbiedt,
bepaalt op basis van commerciële marktoverwegingen. In overeenstemming
met dit recht beperkt geen van de partijen eenzijdig de omvang van het
verkeer, de frequentie of regelmatigheid van een dienst, of het type of de
typen van de door de aangewezen luchtvaartmaatschappij van de andere
partij geëxploiteerde luchtvaartuigen, tenzij dit nodig kan zijn om redenen op
het gebied van douane, techniek, exploitatie of milieu uit hoofde van uniforme
voorwaarden in overeenstemming met artikel 15 van het Verdrag van
Chicago.
3. Geen van de partijen staat haar aangewezen luchtvaartmaatschappij of
luchtvaartmaatschappijen toe, hetzij samen met een andere
luchtvaartmaatschappij of luchtvaartmaatschappijen hetzij afzonderlijk, haar of
hun marktmacht zodanig te misbruiken dat dit leidt tot ernstige verzwakking
van een concurrent of tot uitsluiting van een concurrent van een route, of dit
hoogstwaarschijnlijk tot gevolg of ten doel heeft.
4. Geen van de partijen verstrekt staatssubsidie of staatssteun aan haar
aangewezen luchtvaartmaatschappij of luchtvaartmaatschappijen, of staat
deze toe, die deze nadelige gevolgen zou hebben voor de wijze waarop de
luchtvaartmaatschappijen van de andere partij in de gelegenheid worden
gesteld eerlijk en op voet van gelijkheid te concurreren bij het verzorgen van
de internationale luchtdiensten.
5. Onder staatssubsidie of staatssteun wordt verstaan het op discriminatoire
basis geven van steun aan een aangewezen luchtvaartmaatschappij, direct of
indirect, door de staat of een publiek of privaat lichaam dat is aangewezen
door of beheerst wordt door de staat. Dit kan bijvoorbeeld, maar niet
uitsluitend, het volgende omvatten: compensatie voor bedrijfsverliezen, het
verschaffen van kapitaal, subsidies of leningen op gunstige voorwaarden, het
verlenen van financiële voordelen door het achterwege laten van de inning
van winsten of vorderingen, het afzien van een normale beloning voor de
aangewende openbare middelen, belastingvrijstellingen, vergoeding van door
overheden opgelegde financiële lasten, of discriminatoire toegang tot
luchthavenfaciliteiten, brandstoffen of andere faciliteiten die redelijkerwijs
noodzakelijk zijn voor de normale exploitatie van luchtdiensten.
6. Wanneer een partij staatssubsidie of staatssteun verleent aan een
aangewezen luchtvaartmaatschappij met betrekking tot diensten die uit hoofde
van dit Verdrag worden geëxploiteerd, verlangt zij dat de
luchtvaartmaatschappij de subsidie of steun duidelijk en afzonderlijk in haar
boekhouding vermeldt.
7. Indien een partij gegronde redenen heeft voor bezorgdheid dat haar
aangewezen luchtvaartmaatschappijen worden onderworpen aan
discriminatoire of oneerlijke praktijken, of dat subsidie of steun die door de
andere partij wordt overwogen of verleend nadelige gevolgen heeft of zou
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
42
Página 43
hebben voor de eerlijke en gelijke wijze waarop de luchtvaartmaatschappijen
van de eerste partij in de gelegenheid worden gesteld te concurreren bij het
verzorgen van de internationale luchtdiensten, heeft deze partij het recht de
uitoefening van de in artikel 2 omschreven rechten van dit Verdrag door de
door de andere partij aangewezen luchtvaartmaatschappij te schorsen, of de
exploitatievergunning in te trekken, of door haar nodig geachte voorwaarden
te verbinden aan de uitoefening van deze rechten.
Artikel 14
Goedkeuring van exploitatievoorwaarden
1. De luchtvaartautoriteiten van de andere partij worden ten minste dertig (30)
dagen voor de uitvoering ervan in kennis gesteld van de dienstregelingen van
de overeengekomen diensten en hun exploitatievoorwaarden in het algemeen.
De luchtvaartautoriteiten worden tevens in kennis gesteld van elke belangrijke
wijziging van dergelijke dienstregelingen of exploitatievoorwaarden. In
specifieke gevallen kan de hierboven vastgestelde termijn worden bekort
onder voorbehoud van toestemming door genoemde autoriteiten.
2. De door een partij aangewezen luchtvaartmaatschappijen stellen de
luchtvaartautoriteiten van de andere partij ten minste vijf (5) werkdagen voor
de beoogde uitvoering in kennis van kleine wijzigingen of in geval van
aanvullende vluchten. In specifieke gevallen kan deze termijn worden bekort
onder voorbehoud van toestemming door genoemde autoriteiten.
Artikel 15
Veiligheid
1. Elke partij kan te allen tijde verzoeken om overleg inzake door de andere partij
aanvaarde veiligheidsnormen op elk gebied met betrekking tot bemanning,
luchtvaartuigen of hun exploitatie. Dergelijk overleg vindt plaats binnen dertig
(30) dagen na dat verzoek.
2. Indien een partij na dergelijk overleg oordeelt dat de andere partij op een
willekeurig gebied niet op doeltreffende wijze veiligheidsnormen handhaaft en
toepast die ten minste gelijk zijn aan de minimumnormen die op dat moment
uit hoofde van het Verdrag van Chicago waren vastgesteld, stelt de eerste
partij de andere partij daarvan in kennis en van de noodzakelijk geachte
stappen om te voldoen aan die minimumnormen en neemt die andere partij
passende corrigerende maatregelen. Indien de andere partij nalaat binnen
vijftien (15) dagen of binnen een langere termijn als overeen te komen,
passende maatregelen te nemen, is dit aanleiding voor de toepassing van
artikel 4 van dit Verdrag.
3. Onverminderd de verplichtingen genoemd in artikel 33 van het Verdrag van
Chicago, wordt overeengekomen dat elk luchtvaartuig dat door een
aangewezen luchtvaartmaatschappij van de ene partij wordt gebruikt voor
diensten naar of vanuit het grondgebied van de andere partij, terwijl het zich
op het grondgebied van de andere partij bevindt, mag worden onderworpen
aan een inspectie door de bevoegde vertegenwoordigers van de andere partij,
aan boord en rond het luchtvaartuig om zowel de geldigheid van de
documenten van het luchtvaartuig als die van zijn bemanning en de kennelijke
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
43
Página 44
toestand van het luchtvaartuig en zijn uitrusting te controleren (aangeduid als
"platforminspectie"), mits dit niet leidt tot onredelijke vertraging.
4. Indien een dergelijke platforminspectie of reeks platforminspecties leidt tot:
a. ernstige bezorgdheid dat een luchtvaartuig of de exploitatie van een
luchtvaartuig niet voldoet aan de minimumnormen die op dat moment
zijn vastgesteld uit hoofde van het Verdrag van Chicago; of
b. ernstige bezorgdheid dat de op dat moment uit hoofde van het Verdrag
van Chicago vastgestelde veiligheidsnormen onvoldoende worden
gehandhaafd en vastgelegd,
staat het de partij die de inspectie verricht vrij, voor de toepassing van artikel
33 van het Verdrag van Chicago, de conclusie te trekken dat de vereisten
krachtens welke de bewijzen of de vergunningen ten aanzien van dat
luchtvaartuig of ten aanzien van de bemanning van dat luchtvaartuig zijn
afgegeven of geldig verklaard, of dat de vereisten uit hoofde waarvan dat
luchtvaartuig wordt geëxploiteerd niet gelijk zijn aan of zwaarder zijn dan de
minimumnormen die zijn vastgesteld uit hoofde van het Verdrag van Chicago.
5. Ingeval toegang ten behoeve van de uitvoering van een platforminspectie in
overeenstemming met het derde lid van dit artikel van een door een
luchtvaartmaatschappij van een partij geëxploiteerd luchtvaartuig door de
vertegenwoordiger van die aangewezen luchtvaartmaatschappij wordt
geweigerd, staat het de andere partij vrij daaruit af te leiden dat er aanleiding
is voor ernstige bezorgdheid als bedoeld in het vierde lid van dit artikel en de
conclusies te trekken zoals bedoeld in dat lid.
6. Elke partij behoudt zich het recht voor de exploitatievergunning van een
luchtvaartmaatschappij van de andere partij onmiddellijk te schorsen of
daarvan af te wijken, ingeval de eerste partij concludeert, hetzij naar
aanleiding van een platforminspectie of reeks platforminspecties, weigering
van toegang voor platforminspectie, overleg of anderszins, dat onverwijld
ingrijpen essentieel is voor de veiligheid van de exploitatie door de
luchtvaartmaatschappij.
7. Een maatregel door een partij in overeenstemming met het tweede of zesde
lid van dit artikel wordt beëindigd zodra de aanleiding voor die maatregel
ophoudt te bestaan.
8. Indien de Portugese Republiek een luchtvaartmaatschappij heeft aangewezen
en een andere lidstaat van de Europese Unie controleert of deze de
regelgeving naleeft, zijn de rechten van de andere partij uit hoofde van dit
artikel op dezelfde wijze van toepassing op de aanneming, uitoefening of
handhaving van veiligheidsnormen door die andere lidstaat van de Europese
Unie en op de exploitatievergunning van die luchtvaartmaatschappij.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
44
Página 45
Artikel 16
Beveiliging
1. Overeenkomstig hun rechten en verplichtingen ingevolge het internationale
recht, bevestigen de partijen opnieuw dat hun verplichting jegens elkaar tot
bescherming van de veiligheid van de burgerluchtvaart tegen daden van
wederrechtelijke inmenging een integrerend onderdeel uitmaakt van dit
Verdrag.
Zonder hun rechten en verplichtingen ingevolge het internationale recht in het
algemeen te beperken handelen de partijen in het bijzonder overeenkomstig
de bepalingen van:
a) het Verdrag inzake strafbare feiten en bepaalde andere handelingen
begaan aan boord van luchtvaartuigen, ondertekend te Tokio op 14
september 1963;
b) het Verdrag tot bestrijding van het wederrechtelijk in zijn macht brengen
van luchtvaartuigen, ondertekend te ‘s-Gravenhage op 16 december
1970;
c) het Verdrag tot bestrijding van wederrechtelijke gedragingen gericht
tegen de veiligheid van de burgerluchtvaart, ondertekend te Montreal op
23 september 1971;
d) het Aanvullend Protocol tot bestrijding van wederrechtelijke daden van
geweld op luchthavens voor de internationale burgerluchtvaart,
ondertekend te Montreal op 24 februari 1988; en
e) het Verdrag inzake het merken van kneedspringstoffen ten behoeve van
de opsporing ervan, ondertekend te Montreal op 1 maart 1991,
alsmede elk ander multilateraal verdrag inzake beveiliging van de luchtvaart
waardoor beide partijen gebonden zijn.
2. De partijen handelen in hun onderlinge betrekkingen minimaal in
overeenstemming met de bepalingen inzake beveiliging van de luchtvaart
vastgesteld door de Internationale Burgerluchtvaartorganisatie en aangeduid
als Bijlagen bij het Verdrag van Chicago, voor zover deze
beveiligingsbepalingen van toepassing zijn op de partijen; zij verlangen dat
exploitanten van luchtvaartuigen die in hun land geregistreerd zijn of die hun
voornaamste plaats van bedrijfsuitoefening hebben of gevestigd zijn op het
grondgebied van de partijen hebben of, in het geval van de Portugese
Republiek, exploitanten van luchtvaartuigen die op haar grondgebied
gevestigd zijn overeenkomstig de EU-verdragen en over een geldige
exploitatievergunning beschikken in overeenstemming met het recht van de
Europese Unie, en de exploitanten van luchthavens op hun grondgebied
handelen in overeenstemming met deze bepalingen inzake beveiliging van de
luchtvaart.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
45
Página 46
3. De partijen verlenen elkaar op verzoek alle nodige bijstand ter voorkoming van
gedragingen van het wederrechtelijk in zijn macht brengen van
burgerluchtvaartuigen en andere wederrechtelijke gedragingen gericht tegen
de veiligheid van deze luchtvaartuigen, de passagiers en bemanning ervan,
luchthavens en luchtvaartvoorzieningen, alsmede elke andere bedreiging voor
de veiligheid van de burgerluchtvaart.
4. Elke partij stemt ermee in dat van haar exploitanten van luchtvaartuigen kan
worden verlangd dat deze de in het tweede lid van dit artikel bedoelde
bepalingen inzake de beveiliging van de luchtvaart in acht nemen die door de
andere partij zijn voorgeschreven voor binnenkomst op het grondgebied van
de andere partij en voor vertrek uit of verblijf op het grondgebied van die
andere partij. Voor het vertrek uit of het verblijf op het grondgebied van de
Portugese Republiek wordt van exploitanten van luchtvaartuigen verlangd dat
zij de bepalingen inzake veiligheid van de luchtvaart in acht nemen
overeenkomstig het recht van de Europese Unie. Elke partij waarborgt dat op
haar grondgebied adequate maatregelen op doeltreffende wijze worden
uitgevoerd om de luchtvaartuigen te beschermen en dat passagiers,
bemanning, handbagage, bagage, vracht en proviand vóór en tijdens het aan
boord gaan of het laden aan controles worden onderworpen. Elke partij neemt
tevens elk verzoek van de andere partij binnen redelijke grenzen bijzondere
veiligheidsmaatregelen te nemen om een specifieke dreiging het hoofd te
bieden, in welwillende overweging.
5. Wanneer een incident van het wederrechtelijk in zijn macht brengen van een
burgerluchtvaartuig of andere wederrechtelijke gedragingen tegen de
veiligheid van een dergelijk burgerluchtvaartuig, zijn passagiers en
bemanning, luchthavens of luchtvaartvoorzieningen plaatsvindt of dreigt plaats
te vinden, verlenen de partijen elkaar bijstand door het vergemakkelijken van
de communicatie en andere passende maatregelen teneinde snel en veilig
een einde te maken aan een dergelijk incident of dergelijke dreiging.
6. Wanneer een partij redelijke gronden heeft om aan te nemen dat de andere
partij is afgeweken van de bepalingen inzake de beveiliging van de luchtvaart
in dit artikel, kan de eerste partij verzoeken om onverwijld overleg met de
luchtvaartautoriteiten van de andere partij.
Artikel 17
Verstrekken van statistieken
De luchtvaartautoriteiten van een partij voorzien de luchtvaartautoriteiten van de
andere partij op hun verzoek van de statistieken die redelijkerwijs verlangd kunnen
worden voor informatiedoeleinden.
Artikel 18
Tarieven
1. De tarieven die door de aangewezen luchtvaartmaatschappijen van een partij
in rekening worden gebracht voor vervoer naar en van het grondgebied van
de andere partij worden op een redelijk niveau vastgesteld, waarbij naar
behoren rekening wordt gehouden met alle relevante factoren, met inbegrip
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
46
Página 47
van de exploitatiekosten, een redelijke winst en de tarieven van andere
luchtvaartmaatschappijen die dezelfde route geheel of deels exploiteren.
2. De tarieven worden ten minste dertig (30) dagen voor de voorgestelde datum
van ingang ter goedkeuring ingediend bij de luchtvaartautoriteiten van beide
partijen. In specifieke gevallen kan deze termijn worden bekort onder
voorbehoud van toestemming door genoemde autoriteiten.
3. Deze goedkeuring kan schriftelijk worden gegeven. Indien geen van de
luchtvaartautoriteiten binnen vijfentwintig (25) dagen na de datum van
indiening overeenkomstig het tweede lid van dit artikel hun afkeuring van de
voorgestelde tarieven heeft uitgesproken, worden deze tarieven als
goedgekeurd beschouwd. In het geval van verkorting van de
indieningstermijn, zoals bepaald in het tweede lid van dit artikel, kunnen de
luchtvaartautoriteiten overeenkomen dat de termijn waarbinnen van elke
afkeuring kennis moet worden gegeven, minder dan vijfentwintig (25) dagen
bedraagt.
4. Indien tijdens de overeenkomstig het derde lid van dit artikel van toepassing
zijnde termijn een luchtvaartautoriteit de andere luchtvaartautoriteit in kennis
stelt van haar afkeuring van een tarief, trachten de luchtvaartautoriteiten van
beide partijen in onderling overleg het tarief vast te stellen.
5. Indien de luchtvaartautoriteiten geen overeenstemming kunnen bereiken over
een tarief dat hun krachtens het tweede lid van dit artikel wordt voorgelegd, of
over de vaststelling van een tarief krachtens het vierde lid van dit artikel, wordt
het geschil geregeld overeenkomstig de bepalingen van artikel 21 van dit
Verdrag.
6. Een tarief dat is vastgesteld in overeenstemming met de bepalingen van dit
artikel blijft van kracht totdat een nieuw tarief wordt vastgesteld. Een tarief
wordt echter niet langer dan twaalf (12) maanden na de datum waarop het
anders zou zijn verstreken, verlengd uit hoofde van dit lid.
7. De partijen kunnen ingrijpen om een tarief af te keuren. Dit recht is beperkt tot:
a) het beschermen van consumenten tegen tarieven die onredelijk hoog
zijn als gevolg van misbruik van marktmacht;
b) het voorkomen van tarieven waarvan de toepassing
concurrentiebeperkend gedrag vormt dat de concurrentie belemmert,
beperkt of verstoort of een concurrent buiten een route houdt, of dit
hoogstwaarschijnlijk tot gevolg heeft of uitdrukkelijk ten doel heeft.
Artikel 19
Overleg
1. De luchtvaartautoriteiten van elke partij voeren, wanneer het nodig is, overleg
om te waarborgen dat nauw wordt samengewerkt bij alle kwesties met
betrekking tot de uitlegging en toepassing van dit Verdrag, op verzoek van
een van de partijen.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
47
Página 48
2. Dergelijk overleg vangt aan binnen een termijn van vijfenveertig (45) dagen na
de datum van ontvangst van het schriftelijke verzoek.
Artikel 20
Wijzigingen
1. Indien een van de partijen het wenselijk acht een bepaling van dit Verdrag te
wijzigen, kan zij te allen tijde verzoeken om overleg met de andere partij.
Dergelijk overleg vangt aan binnen een termijn van zestig (60) dagen na de
datum van ontvangst van het schriftelijk verzoek door de andere partij.
2. Indien een partij het wenselijk acht een bepaling van dit Verdrag te wijzigen,
wordt deze wijziging door de partijen overeengekomen, schriftelijk langs
diplomatieke weg bevestigd en treedt zij in werking overeenkomstig artikel 25
van dit Verdrag.
3. Niettegenstaande de bepalingen van het tweede lid van dit artikel, kunnen
wijzigingen van de Bijlage bij dit Verdrag tussen de luchtvaartautoriteiten van
de partijen worden overeengekomen en bij diplomatieke notawisseling worden
bevestigd. Deze treden in werking op een in de diplomatieke notawisseling te
bepalen datum. Deze uitzondering op het tweede lid van dit artikel is niet van
toepassing indien er verkeersrechten worden toegevoegd aan de Bijlage.
Artikel 21
Regeling van geschillen
1. Indien er tussen de partijen een geschil ontstaat met betrekking tot de
uitlegging of toepassing van dit Verdrag, trachten de partijen dit in de eerste
plaats langs diplomatieke weg te regelen.
2. Indien de partijen er niet in slagen door middel van onderhandelingen tot een
regeling te komen, kunnen zij overeenkomen het geschil ter beslissing aan
een entiteit voor te leggen of het geschil kan op verzoek van een van de
partijen ter beslissing worden voorgelegd aan een gerecht van drie
scheidsmannen, van wie elke partij er een benoemt en de derde wordt
benoemd door de twee aldus benoemde scheidsmannen.
3. Elk van de partijen benoemt een scheidsman binnen een termijn van zestig
(60) dagen na de datum waarop de ene partij van de andere partij langs
diplomatieke weg een kennisgeving heeft ontvangen waarin om een
scheidsrechterlijke uitspraak wordt verzocht en de derde scheidsman dient te
worden benoemd binnen een volgende termijn van zestig (60) dagen.
4. Indien een van de partijen nalaat een scheidsman te benoemen binnen de
aangegeven termijn of indien de derde scheidsman niet binnen de
aangegeven termijn is benoemd, kan de President van de Raad van de
Internationale Burgerluchtvaart door een van de partijen worden verzocht een
scheidsman of scheidsmannen te benoemen, naargelang van het geval. In dat
geval dient de derde scheidsrechter onderdaan te zijn van een derde staat en
op te treden als voorzitter van het scheidsgerecht.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
48
Página 49
5. De partijen verplichten zich ertoe zich te houden aan elke beslissing genomen
op grond van het tweede lid van dit artikel.
6. Indien en zo lang een van de partijen niet voldoet aan een uit hoofde van het
tweede lid van dit artikel genomen beslissing, kan de andere partij alle rechten
of voorrechten die zij uit hoofde van dit Verdrag heeft toegekend aan de in
gebreke blijvende partij of in gebreke blijvende luchtvaartmaatschappij
beperken, schorsen of intrekken.
7. Elke partij betaalt de kosten van de door haar benoemde scheidsman. De
overige kosten van het scheidsgerecht worden door de partijen gelijkelijk
gedeeld.
Artikel 22
Duur en beëindiging
1. Dit Verdrag blijft voor onbepaalde tijd van kracht.
2. Elk van de partijen kan te allen tijde de andere partij langs diplomatieke weg
schriftelijk in kennis stellen van haar besluit dit Verdrag te beëindigen. Deze kennisgeving wordt tegelijkertijd toegezonden aan de Internationale Burgerluchtvaartorganisatie.
3. Dit Verdrag treedt twaalf (12) maanden na de datum waarop de kennisgeving
door de andere partij is ontvangen buiten werking, tenzij de kennisgeving van
beëindiging vóór het verstrijken van deze termijn met wederzijdse instemming
wordt ingetrokken.
4. Indien de andere partij nalaat de ontvangst van de kennisgeving te
bevestigen, wordt de kennisgeving geacht te zijn ontvangen veertien (14)
dagen na ontvangst van die kennisgeving door de Internationale
Burgerluchtvaartorganisatie.
Artikel 23
Registratie
Dit Verdrag en elke eventuele wijziging daarvan worden geregistreerd bij de
Internationale Burgerluchtvaartorganisatie.
Artikel 24
Toepasselijkheid van het verdrag
Wat het Koninkrijk der Nederlanden betreft, is dit Verdrag uitsluitend van toepassing
op Curaçao.
Artikel 25
Inwerkingtreding
Dit Verdrag treedt in werking op de eerste dag van de tweede maand na de datum
van ontvangst van de laatste schriftelijke kennisgeving langs diplomatieke weg
waarin de twee partijen elkaar ervan in kennis hebben gesteld aan de vereisten voor
de inwerkingtreding van dit Verdrag uit hoofde van hun onderscheiden wettelijke
procedures is voldaan.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
49
Página 50
TEN BLIJKE WAARVAN, de ondergetekenden, daartoe naar behoren gemachtigd
door hun respectieve regeringen, dit Verdrag hebben ondertekend.
GEDAAN te Lissabon, 25 juni 2019, in drie originelen, in de Engelse, de
Nederlandse en de Portugese taal, waarbij alle teksten gelijkelijk authentiek zijn. In
geval van verschil in interpretatie van de bepalingen van dit Verdrag is de Engelse
versie doorslaggevend.
VOOR DE PORTUGESE
REPUBLIEK
Alberto Souto de Miranda
Toegevoegd Staatssecretaris,
belast met Communicatie
VOOR HET KONINKRIJK DER
NEDERLANDEN, TEN BEHOEVE
VAN CURAÇAO
Zita A.M. Jesus Leito
Minister van Verkeer, vervoer en van
ruimtelijke planning
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
50
Página 51
BIJLAGE
Routetabel
Deel 1
Routes te exploiteren in beide richtingen door de aangewezen
luchtvaartmaatschappijen van de Portugese Republiek:
Punten in
Portugal
Tussenliggende
punten
Punten in
Curaçao
Verder gelegen
punten
Elk punt
Elk punt
Curaçao
Elk punt
Deel 2
Routes te exploiteren in beide richtingen door de aangewezen
luchtvaartmaatschappijen van Curaçao:
Punten in
Curaçao
Tussenliggende
punten
Punten in
Portugal
Verder gelegen
punten
Curaçao
Elk punt
Elk punt
Elk punt
Noten
1. De door de aangewezen luchtvaartmaatschappijen te exploiteren
tussenliggende en verder gelegen punten dienen door de
luchtvaartautoriteiten van de twee partijen rechtstreeks te worden
overeengekomen.
2. De aangewezen luchtvaartmaatschappijen van elke partij kunnen, tijdens een
of alle vluchten, elk bovengenoemd tussenliggend en/of verder gelegen punt
overslaan, mits de overeengekomen diensten op de routes beginnen of
eindigen op het grondgebied van de partij die de luchtvaartmaatschappijen
heeft aangewezen.
3. De aangewezen luchtvaartmaatschappijen van elke partij kunnen elk
tussenliggend en/of verder gelegen punten naar eigen keuze kiezen en deze
keuze in het volgende seizoen wijzigen, mits er geen verkeersrechten worden
uitgeoefend tussen deze punten en het grondgebied van de andere partij.
4. Het uitoefenen van vijfde vrijheidsverkeersrechten op aangegeven
tussenliggende en/of verder gelegen punten dient te worden goedgekeurd
door de luchtvaartautoriteiten van beide partijen en kan in een regeling
worden afgesproken.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
51
Página 52
AGREEMENT ON AIR TRANSPORT
BETWEEN THE PORTUGUESE REPUBLIC
AND THE KINGDOM OF THE NETHERLANDS,
IN RESPECT OF CURAÇAO
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
52
Página 53
The Portuguese Republic
and
the Kingdom of the Netherlands, in respect of Curaçao (hereinafter referred to as "the
Parties");
Being Parties to the Convention on International Civil Aviation, opened for signature at
Chicago on 7 December 1944;
Desiring to organize, in a safe and orderly manner, International Air Services and to
promote in the greatest possible measure international cooperation in respect of such
services; and
Desiring to establish an Agreement to foster the development of scheduled Air Services
between and beyond their Territories;
Have agreed as follows:
ARTICLE 1
DEFINITIONS
For the purpose of this Agreement:
a) the term "Convention" shall mean the Convention on International Civil Aviation, opened
for signature at Chicago on 7 December 1944, including any Annex adopted under Article
90 of the Convention and any amendment of the Annexes or the Convention under Articles
90 and 94 thereof, so far as those Annexes and amendments have been adopted by both
Parties;
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
53
Página 54
b) the term “EU Treaties” shall mean the Treaty on the European Union and the Treaty on
the Functioning of the European Union;
c) the term "Aeronautical Authorities" shall mean, in the case of the Portuguese Republic,
the Civil Aviation Authority; in the case of the Kingdom of the Netherlands, in respect of
Curaçao, the Minister responsible for Civil Aviation; or, in both cases, any person or body
authorized to perform any functions at present exercised by the said authorities or similar
functions;
d) the term "Designated Airline" shall mean any Airline, which has been designated and
authorized in accordance with Article 3 of this Agreement;
e) the term "Territory" shall have the meaning assigned to it in Article 2 of the Convention;
f) the terms "Air Service", "International Air Service", "Airline" and "Stop for Non-Traffic
purposes" shall have the meanings assigned to them in Article 96 of the Convention;
g) the term "Tariff" shall mean the prices to be paid for the carriage of passengers,
baggage and cargo and the conditions under which those prices apply, including prices
and conditions for agency and other ancillary services, but excluding remuneration or
conditions for the carriage of mail; and
h) the term "Annex" shall mean the Route Schedule attached to this Agreement and any
Clauses or Notes appearing in such Annex.
ARTICLE 2
OPERATING RIGHTS
1. Each Party grants to the other Party the following rights in respect of International Air
Services conducted by the Designated Airlines of the other Party:
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
54
Página 55
a) the right to fly across its Territory without landing; and
b) the right to make stops in its Territory for Non-Traffic purposes.
2. Each Party grants to the other Party the rights hereinafter specified in this Agreement
for the purpose of operating scheduled International Air Services on the routes specified in
the appropriate Section of the Route Schedule annexed to this Agreement. Such services
and routes are hereinafter called "the Agreed Services" and "the Specified Routes"
respectively. While operating an Agreed Service on a Specified Route the Airlines
designated by each Party shall enjoy in addition to the rights specified in paragraph 1 of
this Article and subject to the provisions of this Agreement, the right to make stops in the
Territory of the other Party at the points specified for that route in the Route Schedule to
this Agreement for the purpose of taking on board and disembarking passengers,
baggage, cargo and mail.
3. Nothing in paragraph 2 of this Article shall be deemed to confer on the Designated
Airlines of one Party the right of embarking, in the Territory of the other Party, traffic
carried for remuneration or hire and destined for another point in the Territory of that Party.
4. If the Designated Airlines of one Party are unable to operate Air Services on its normal
routing because of armed conflict, political disturbances, or special and unusual
circumstances the other Party shall make its best efforts to facilitate the continued
operation of such services through appropriate rearrangements of such routes, including
the grant of rights for such time as may be necessary to facilitate viable operations. The
provisions of this norm shall be applied without discrimination between the Designated
Airlines of the Parties.
ARTICLE 3
DESIGNATION AND OPERATING AUTHORIZATION OF AIRLINES
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
55
Página 56
1. Each Party shall have the right to designate in writing to the other Party, Airlines for the
purpose of operating the Agreed Services on the Specified Routes in the Annex and to
withdraw or alter such designations. Those designations shall be made in writing and shall
be transmitted to the other Party through diplomatic channels.
2. Upon receipt of the notice of such designation,and of applications from a Designated
Airline, in the form and manner prescribed for operating authorizations and technical
permissions,the other Party shallgrantto the Airline designated the appropriate operating
authorizations and permissions with minimum procedure delay, provided that:
a) in the case of an Airline designated by the Portuguese Republic:
(i) the Airline is established in the Territory of the Portuguese Republic
under the EU Treaties and has a valid Operating Licence in accordance
with the law of the European Union; and
(ii) effective regulatory control of the Airline is exercised and maintained by
the European Union Member State responsible for issuing its Air
Operator’s Certificate and the relevant Aeronautical Authority is clearly
identified in the designation; and
(iii) the Airline is owned, directly or through majority ownership, and it is
effectively controlled by Member States of the European Union or the
European Free Trade Association and/or by nationals of such States;
b) in the case of an Airline designated by Curaçao:
(i) the Airline is established in the Territory of Curaçao and has a valid
Operating Licence in accordance with the applicable law of Curaçao; and
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
56
Página 57
(ii) effective regulatory control of the Airline is exercised and maintained by
Curaçao and Curaçao is responsible for issuing its Air Operator’s
Certificate and the relevant Aeronautical Authority is clearly identified in
the designation; and
(iii) the Airline is owned, directly or through majority ownership, and it is
effectively controlled by Curaçao and/or by its nationals;
c) the Designated Airline is qualified to meet the conditions prescribed under the
legislation normally applied to the operation of International Air Services by the Party
considering the application or applications.
ARTICLE 4
REFUSAL, REVOCATION, SUSPENSION OR LIMITATION OF RIGHTS
1. Each Party shall have the right to refuse, revoke, suspend or limit the operating
authorizations or technical permissions of an Airline designated by the other Party of the
rights specified in Article 2 of this Agreement, or to submit the exercise of those rights to
the conditions considered necessary, where:
a) in the case of an Airline designated by the Portuguese Republic:
(i) the Airline is not established in the Territory of the Portuguese Republic
under the EU Treaties or does not have a valid Operating Licence in
accordance with the law of the European Union; or
(ii) effective regulatory control of the Designated Airline is not exercised or
not maintained by the European Union Member State responsible for
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
57
Página 58
issuing its Air Operator’s Certificate or the relevant Aeronautical Authority
is not clearly identified in the designation; or
(iii) the Airline is not owned, directly or through majority ownership, or it is not
effectively controlled by Member States of the European Union or the
European Free Trade Association and/or by nationals of such States;
b) in the case of an Airline designated by Curaçao:
(i) the Airline is not established in the Territory of Curaçao or does not have a
valid Operating Licence in accordance with the applicable law; or
(ii) effective regulatory control of the Designated Airline is not exercised or
not maintained by Curaçao or Curaçao is not responsible for issuing its Air
Operator’s Certificate or the relevant Aeronautical Authority is not clearly
identified in the designation; or
(iii) the Airline is not owned, directly or through majority ownership, or it is not
effectively controlled by Curaçao and/or by its nationals;
c) in the case the Designated Airline fails to meet the conditions prescribed under
the legislation normally applied to the operation of International Air Services by the Party
considering the application or applications; or
d) in the case of failure by such Designated Airline to comply with the legislation
of the Party granting the authorization or permission; or
e) in the case the Designated Airline fails to operate the Agreed Services in
accordance with the conditions prescribed under this Agreement and the Annex attached
hereto.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
58
Página 59
2. Unless immediate refusal, revocation, suspension, limitation or imposition of the
conditions mentioned in paragraph 1 of this Article is essential to prevent further
infringements of the legislation, the right to refuse, revoke, suspend, limit or impose
conditions shall be exercised only after consultation with the other Party. The consultations
shall take place within a period of thirty (30) days from the date of receipt of the request
unless otherwise agreed.
ARTICLE 5
APPLICATION OF LEGISLATION AND PROCEDURES
1. The legislation and procedures of one Party relating to the admission to, sojourn in or
departure from its Territory of aircraft engaged in International Air Services, or to the
operation and navigation of such aircraft while within its Territory, shall be applied to the
aircraft of both Parties upon entering into or departing from or while within the Territory of
the first Party.
2. The legislation and procedures of one Party relating to the admission to, sojourn in,
transit anddeparture from its Territory of passengers, crew, baggage, cargo and mail
transported on board the aircraft, such as legislationrelating to entry, clearance,
immigration, passports, customs and sanitary control, shall be complied with by the Airline
of the other Party, or on behalf of such passengers, crew, entity entitled of baggage, cargo
and mail upon entrance into or departure from or while within the Territory of this Party.
ARTICLE6
EXEMPTION FROM CUSTOMS DUTIES AND OTHER CHARGES
1. Aircraft operating on International Air Services by the Designated Airline of either Party,
as well as their regular equipment, spare parts, supplies of fuels and lubricants, other
consumable technical supplies and aircraft stores (including food, beverages and tobacco)
on board such aircraft shall be exempt from all customs duties, inspection fees and other
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
59
Página 60
similar charges on arriving in the Territory of the other Party, provided such equipment,
supplies and aircraft stores remain on board the aircraft up to such time as they are re-
exported or are used on the part of the journey performed over that Territory.
2. In addition, the following shall also be exempt from the same duties, fees and taxes,
with the exception of charges corresponding to the services performed:
a) aircraft stores taken on board in the Territory of a Party, within limits fixed by the
authorities of the said Party, and for use on board outbound aircraft engaged in an
International Air Service by the Designated Airlines of the other Party;
b) spare parts and regular equipment brought into the Territory of either Party for
the maintenance or repair of aircraft used on International Air Services by the Designated
Airlines of the other Party;
c) fuels, lubricants and other consumable technical supplies destined to the supply
outbound aircraft operated on International Air Services by the Designated Airlines of the
other Party, even when these supplies are to be used on the part of the journey performed
over the Territory of the Party in which they are taken on board.
3. All materials referred to in paragraph 2 of this Article may be required to be kept under
customs supervision or control.
4. The regular airborne equipment, as well as the materials and supplies retained on board
the aircraft operated by the Designated Airline of either Party, may be unloaded in the
Territory of the other Party only with the approval of the customs authorities of that Party.
In such cases, they may be placed under the supervision of the said customs authorities
up to such time as they are re-exported or otherwise disposed of in accordance with
customs regulations.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
60
Página 61
5. The exemptions provided for by this Article shall also be available in situations where
the Designated Airlines of either Party have entered into arrangements with another Airline
or Airlines for the loan or transfer in the Territory of the other Party of the items specified in
paragraphs 1 and 2 of this Article, provided such other Airline or Airlines similarly enjoy
such exemptions from such other Party.
6. Nothing in this Agreement shall prevent the Portuguese Republic from imposing, on a
non-discriminatory basis, taxes, levies, duties, fees or charges on fuel supplied in its
Territory for use in an aircraft of a Designated Airline of Curaçaothat operates between a
point in the Territory of the Portuguese Republic and another point in the Territory of the
Portuguese Republic or in the Territory of another European Union Member State.
ARTICLE 7
USER CHARGES
1. Each Party may impose or permit to be imposed just and reasonable charges for the
use of airports, other facilities and Air Services under its control.
2. Those charges shall not be higher than the charges imposed upon aircraft of the
Designated Airlines of each Party engaged in similar International Air Services.
ARTICLE 8
TRAFFIC IN DIRECT TRANSIT
Traffic in direct transit across the Territory of either Party and not leaving the area of the
airport reserved for such purpose shall, except in respect of security measures against the
threat of unlawful interference, such as violence and air piracy and occasional measures
for the combat of illicit drug traffic, be subject to no more than a simplified control.
Baggage and cargo in direct transit shall be exempt from custom duties, charges and other
similar taxes.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
61
Página 62
ARTICLE 9
RECOGNITION OF CERTIFICATES AND LICENCES
1. Certificates of airworthiness, certificates of competency and licences issued, or
rendered valid, in accordance with the legislation and procedures of one Party, including,
in the case of the Portuguese Republic, European Union laws and regulations, and
unexpired shall be recognised as valid by the other Party for the purpose of operating the
Agreed Services, provided always that the requirements under which such certificates and
licences were issued, or rendered valid, are equal to or above the minimum standards
established pursuant to the Convention.
2. Paragraph 1 of this Article also applies with respect to an Airline designated by the
Portuguese Republic whose regulatory control is exercised and maintained by another
European Union Member State.
3. Each Party reserves the right to refuse to recognize, for flights above its own Territory,
certificates of competency and licences granted to or validated for its own nationals by the
other Party or by any other State.
ARTICLE 10
COMMERCIAL REPRESENTATION
1. The Designated Airlines of each Party shall be allowed:
a) to establish in the Territory of the other Party offices for the promotion of air
transportation and sale of air tickets as well as, in accordance with the legislation of such
other Party, other facilities required for the provision of air transportation;
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
62
Página 63
b) to bring in and maintain in the Territory of the other Party – in accordance with
the legislation of such other Party relating to entry, residence and employment –
managerial, sales, technical, operational and other specialist staff required for the
provision of air transportation; and
c) in the Territory of the other Party to engage directly and, at the Airlines
discretion, through its agents in the sale of air transportation.
2. The competent authorities of each Party shall take all necessary steps to ensure that
the representation of the Airlines designated by the other Party may exercise their
activities in an orderly manner.
ARTICLE 11
COMMERCIAL ACTIVITIES
1. The Designated Airlines of each Party shall have the right to sell, in the Territory of the
other Party, air transportation and any person shall be free to purchase such transportation
in the currency of that Territory or in freely convertible currencies of other states in
accordance with the foreign exchange regulations in force.
2. For the commercial activities all principles mentioned in paragraph 1 of this Article shall
apply to the Designated Airlines of both Parties.
ARTICLE 12
CONVERSION AND TRANSFER OF REVENUES
1. Each Party grants to the Designated Airlines of the other Party the right of free transfer
at the official rate of currency exchange, of revenues tax exempted and of the excess
sums of receipts over expenditures achieved in connection with the carriage of
passengers, baggage, cargo and mail on the Agreed Services in its Territory, and in
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
63
Página 64
accordance with the applicable domestic law in the Territory of the Party from which the
transfer is made.
2. For the purpose of this Article, the applicable domestic law of the Portuguese Republic
includes all measures taken by the European Union.
ARTICLE 13
FAIR COMPETITION
1. Each Party shall allow fair and equal opportunity for the Designated Airlines of both
Parties to operate the Agreed Services on the Specified Routes.
2. Each Party shall allow each Designated Airline to determine the frequency and capacity
of the International Air Service it offers based upon commercial considerations in the
marketplace. Consistent with this right, neither Party shall unilaterally limit the volume of
traffic, frequency or regularity of service, or the aircraft type or types operated by the
Airlines designated by the other Party, except as may be required for customs, technical,
operational or environmental reasons under uniform conditions consistent with Article 15 of
the Convention.
3. Neither Party shall allow its Designated Airline or Airlines, either in conjunction with any
other Airline or Airlines or separately, to abuse market power in a way which has or is
likely or intended to have the effect of severely weakening a competitor or excluding a
competitor from a route.
4. Neither Party shall provide or permit state subsidy or support for or to its Designated
Airline or Airlines in such way that would adversely affect the fair and equal opportunity of
the Airlines of the other Party to compete in providing International Air Service.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
64
Página 65
5. State subsidy or support means the provision of support on a discriminatory basis to a
Designated Airline, directly or indirectly, by the state or by a public or private body
designated or controlled by the state. Without limitation, it may include the setting-off of
operational losses; the provision of capital, non-refundable grants or loans on privileged
terms; the granting of financial advantages by forgoing profits or the recovery of sums due;
the forgoing of a normal return on public funds used; tax exemptions; compensation for
financial burdens imposed by the public authorities; or discriminatory access to airport
facilities, fuels or other reasonable facilities necessary for the normal operation of Air
Services.
6. Where a Party provides state subsidy or support to a Designated Airline in respect of
services operated under this Agreement, it shall require that Airline to identify the subsidy
or support clearly and separately in its accounts.
7. If one Party has substantiated concerns that its Designated Airlines are being subjected
to discrimination or unfair practices, or that a subsidy or support being considered or
provided by the other Party would adversely affect or is adversely affecting the fair and
equal opportunity of the Airlines of the first Party to compete in providing International Air
Service, it shall have the right to suspend the exercise of the rights specified in Article 2 of
this Agreement by the Airline designated by the other Party, or to revoke the operating
authorization, or to impose such conditions as it may deem necessary on the exercise of
these rights.
ARTICLE 14
APPROVAL OF CONDITIONS OF OPERATION
1. The timetables of the Agreed Services and in general the conditions of their operation
shall be notified to the Aeronautical Authorities of the other Party, at least thirty (30) days
before the intended date of their implementation. Any significant modification to such
timetables or conditions of their operation shall also be notified to the Aeronautical
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
65
Página 66
Authorities. In special cases, the above set time limit may be reduced subject to the
agreement of the said authorities.
2. For minor modifications or in case of supplementary flights, the Designated Airlines of
one Party shall notify the Aeronautical Authorities of the other Party, at least five (5)
working days before their intended operation. In special cases, this time limit may be
reduced subject to agreement of the said authorities.
ARTICLE 15
SAFETY
1. Each Party may request consultations at any time concerning safety standards in any
area relating to aircrew, aircraft or their operation adopted by the other Party. Such
consultations shall take place within thirty (30) days of that request.
2. If, following such consultations, one Party finds that the other Party does not effectively
maintain and administer safety standards in any such area that are at least equal to the
minimum standards established at that time pursuant to the Convention, the first Party
shall notify the other Party of those findings and the steps considered necessary to
conform with those minimum standards, and that other Party shall take appropriate
corrective action. Failure by the other Party to take appropriate action within fifteen (15)
days or such longer period as may be agreed, shall be grounds for the application of
Article 4 of this Agreement.
3. Notwithstanding the obligations mentioned in Article 33 of the Convention it is agreed
that any aircraft operated by the Designated Airlines of one Party on services to or from the
Territory of the other Party may, while within the Territory of the other Party, be made the
subject of an examination by the authorized representatives of the other Party, on board
and around the aircraft to check both the validity of the aircraft documents and those of its
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
66
Página 67
crew and the apparent condition of the aircraft and its equipment (called “ramp inspection”),
provided this does not lead to unreasonable delay.
4. If any such ramp inspection or series of ramp inspections gives rise to:
a) serious concerns that an aircraft or the operation of an aircraft does not comply
with the minimum standards established at that time pursuant to the Convention; or
b) serious concerns that there is a lack of effective maintenance and administration
of safety standards established at that time pursuant to the Convention,
the Party carrying out the inspection shall, for the purposes of Article 33 of the Convention,
be free to conclude that the requirements under which the certificate or licences in respect
of that aircraft or in respect of the crew of that aircraft had been issued or rendered valid, or
that the requirements under which that aircraft is operated, are not equal to or above the
minimum standards established pursuant to the Convention.
5. In the event that access for the purpose of undertaking a ramp inspection of an aircraft
operated by a Designated Airline of one Party in accordance with paragraph 3 of this
Article is denied by the representative of that Designated Airline, the other Party shall be
free to infer that serious concerns of the type referred to in paragraph 4 of this Article arise
and draw the conclusions referred in that paragraph.
6. Each Party reserves the right to suspend or vary the operating authorization of a
Designated Airline of the other Party immediately in the event the first Party concludes,
whether as a result of a ramp inspection, a series of ramp inspections, a denial of access
for ramp inspection, consultations or otherwise, that immediate action is essential to the
safety of the Airlines’ operation.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
67
Página 68
7. Any action by one Party in accordance with paragraphs 2 or 6 of this Article shall be
discontinued once the basis for the taking of that action ceases to exist.
8. Where the Portuguese Republic has designated an Airline whose regulatory control is
exercised and maintained by another European Union Member State, the rights of the
other Party under this Article shall apply equally in respect of the adoption, exercise or
maintenance of safety standards by that other European Union Member State and in
respect of the operating authorization of that Airline.
ARTICLE 16
SECURITY
1. Consistent with their rights and obligations under international law, the Parties reaffirm
that their obligation to each other to protect the security of civil aviation against acts of
unlawful interference forms an integral part of this Agreement.
Without limiting the generality of their rights and obligations under international law, the
Parties shall in particular act in conformity with the provisions of:
a) the Convention on Offences and Certain Other Acts Committed on Board
Aircraft, signed at Tokyo on 14 September 1963;
b) the Convention for the Suppression of Unlawful Seizure of Aircraft, signed at
The Hague on 16 December 1970;
c) the Convention for the Suppression of Unlawful Acts against the Safety of Civil
Aviation, signed at Montreal on 23 September 1971;
d) its Supplementary Protocol for the Suppression of Unlawful Acts of Violence at
Airports Serving International Civil Aviation, signed at Montreal on 24 February
1988; and
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
68
Página 69
e) the Convention on the Marking of Plastic Explosives for the Purpose of
Detection, signed at Montreal on 1 March 1991,
and any other multilateral agreement governing aviation security binding upon both
Parties.
2. The Parties shall, in their mutual relations, act as a minimum, in conformity with the
aviation security provisions established by the International Civil Aviation Organization and
designated as Annexes to the Convention to the extent that such security provisions are
applicable to the Parties; they shall require that operators of aircraft of their registry or
operators of aircraft which have their principal place of business or permanent residence in
the Territory of the Parties or are established in the Territory of the Parties, or, in the case
of the Portuguese Republic, operators of aircraft which are established in its Territory
under the EU Treaties and have received valid Operating Licences in accordance with
European Union Law, and the operators of airports in their Territory act in conformity with
such aviation security provisions.
3. The Parties shall provide upon request all necessary assistance to each other to
prevent acts of unlawful seizure of civil aircraft and other unlawful acts against the safety
of such aircraft, their passengers and crew, airports and air navigation facilities, and any
other threat to the security of civil aviation.
4. Each Party agrees that its operators of aircraft shall be required to observe the aviation
security provisions referred to in paragraph 2 of this Article required by the other Party for
entry into the Territory of that other Party and also for departure from, or while within, the
Territory of the other Party. For departure from, or while within, the Territory of the
Portuguese Republic, operators of aircraft shall also be required to observe aviation
security provisions in conformity with European Union law. Each Party shall ensure that
adequate measures are effectively applied within its Territory to protect the aircraft and to
inspect passengers, crew, carry-on items, baggage, cargo and aircraft stores prior to and
during boarding or loading. Each Party shall also give sympathetic consideration to any
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
69
Página 70
request from the other Party for reasonable special security measures to meet a particular
threat.
5. When an incident or threat of an incident of unlawful seizure of civil aircraft or other
unlawful acts against the safety of such aircraft, their passengers and crew, airports or air
navigation facilities occurs, the Parties shall assist each other by facilitating
communications and other appropriate measures intended to terminate rapidly and safely
such incident or threat thereof.
6. When a Party has reasonable grounds to believe that the other Party has departed from
the security provisions of this Article, the first Party may request immediate consultations
with the Aeronautical Authorities of the other Party.
ARTICLE 17
PROVISION OF STATISTICS
The Aeronautical Authorities of one Party shall supply the Aeronautical Authorities of the
other Party, at their request, with such statistics as may be reasonably required for
information purposes.
ARTICLE 18
TARIFFS
1. The Tariffs to be charged by the Designated Airlines of one Party for carriage to or from
the Territory of the other Party shall be established at reasonable levels, due regard being
paid to all relevant factors, including cost of operation, reasonable profit and the Tariffs of
other Airlines operating the whole or part of the same route.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
70
Página 71
2. The Tariffs shall be submitted for the approval of the Aeronautical Authorities of both
Parties at least thirty (30) days before the proposed date of their introduction. In special
cases, this period may be reduced, subject to the agreement of the said authorities.
3. This approval may be given in writing. If neither of the Aeronautical Authorities has
expressed disapproval of the proposed Tariffs within twenty-five (25) days from the date of
submission, in accordance with paragraph 2 of this Article, these Tariffs shall be
considered as approved. In the event of the period for submission being reduced, as
provided for in paragraph 2 of this Article, the Aeronautical Authorities may agree that the
period within which any disapproval must be notified shall be less than twenty-five (25)
days.
4. If during the period applicable in accordance with paragraph 3 of this Article, one
Aeronautical Authority gives the other Aeronautical Authority notice of its disapproval of
any Tariff, the Aeronautical Authorities of the two Parties shall endeavour to determine the
Tariff by mutual agreement.
5. If the Aeronautical Authorities cannot agree on any Tariff submitted to them under
paragraph 2 of this Article, or on the determination of any Tariff under paragraph 4 of this
Article, the dispute shall be settled in accordance with the provisions of Article 21 of this
Agreement.
6. A Tariff established in accordance with the provisions of this Article shall remain in force
until a new Tariff has been established. Nevertheless, a Tariff shall not be prolonged by
virtue of this paragraph for more than twelve (12) months after the date on which it
otherwise would have expired.
7. The Parties may intervene to disapprove a Tariff. This intervention shall be limited to:
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
71
Página 72
a) the protection of consumers from Tariffs that are excessive due to the abuse of
market power;
b) the prevention of Tariffs whose application constitutes anti-competitive
behaviour which has or is likely to have or is explicitly intended to have the effect
of preventing, restricting or distorting competition or excluding a competitor from
the route.
ARTICLE 19
CONSULTATIONS
1. The Aeronautical Authorities of each Party shall consult each other whenever it
becomes necessary, in order to ensure close cooperation concerning all the issues related
to the interpretation and application of this Agreement, on request of either Party.
2. Such consultations shall begin within a period of forty five (45) days from the date the
other Party has received the written request.
ARTICLE 20
AMENDMENTS
1. If either Party considers it desirable to amend any provision of this Agreement, it may at
any time request negotiations with the other Party. Such negotiations shall begin within a
period of sixty (60) days from the date the other Party has received the written request.
2. If either Party considers it desirable to amend any provision of this Agreement, such
amendment shall be agreed upon by the parties, confirmed in writing through diplomatic
channels, and shall enter into force in accordance with Article 25 of this Agreement.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
72
Página 73
3. Notwithstanding the provisions of paragraph 2 of this Article, any amendment to the
Annex of this Agreement may be agreed upon between the Aeronautical Authorities of the
Parties, and confirmed through an exchange of diplomatic notes. They shall enter into
force on a date to be determined in the diplomatic notes. This exception to paragraph 2 of
this Article does not apply in case any traffic rights are added to the Annex.
ARTICLE 21
SETTLEMENT OF DISPUTES
1. If any dispute arises between the Parties relating to the interpretation or application of
this Agreement, the Parties shall in the first place endeavour to settle their dispute by
negotiation through diplomatic channels.
2. If the Parties fail to reach a settlement by negotiation, they may agree to refer the
dispute for decision to some entity, or the dispute may at the request of either Party be
submitted for decision to an arbitral tribunal of three arbitrators, one to be nominated by
each Party and the third to be appointed by the two so nominated.
3. Each of the Parties shall nominate an arbitrator within a period of sixty (60) days from
the date of receipt by either Party from the other of a notice through diplomatic channels
requesting arbitration of the dispute, and the third arbitrator shall be appointed within a
further period of sixty (60) days.
4. If either of the Parties fails to nominate an arbitrator within the period specified or the
third arbitrator is not appointed within the period specified, the President of the Council of
the International Civil Aviation Organization may be requested by either Party to appoint
an arbitrator or arbitrators as the case requires. In such case, the third arbitrator shall be a
national of a third State and shall act as president of the arbitral tribunal.
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
73
Página 74
5. The Parties undertake to comply with any decision given under paragraph 2 of this
Article.
6. If and as long as either Party or the Designated Airlines of either Party fail to comply
with the decision given under paragraph 2 of this Article, the other Party may limit,
suspend or revoke any rights or privileges which it has granted by virtue of this Agreement
to the Party in default or to a Designated Airline in default.
7. Each Party shall pay the expenses of the arbitrator it has nominated. The remaining
expenses of the arbitral tribunal shall be shared equally by the Parties.
ARTICLE 22
DURATION AND TERMINATION
1. This Agreement shall remain in force for an undetermined period. 2. Each Party may, at any time, give notice in writing through diplomatic channels to the other Party of its decision to terminate this Agreement. Such notice shall simultaneously
be communicated to the International Civil Aviation Organization. 3. The Agreement shall terminate twelve (12) months after the date of receipt of the notice by the other Party, unless the notice to terminate is withdrawn by mutual agreement before the expiry of this period. 4. In the absence of acknowledgement of receipt of the notification of the other Party, notice shall be deemed to have been received fourteen (14) days after the receipt of the notice by the International Civil Aviation Organization.
ARTICLE 23
REGISTRATION
This Agreement and any amendment thereto shall be registered with the International Civil
Aviation Organization.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
74
Página 75
ARTICLE 24
APPLICABILITY OF THE AGREEMENT
As regards the Kingdom of the Netherlands, this Agreement shall apply to Curaçao only.
ARTICLE 25
ENTRY INTO FORCE
This Agreement shall enter into force on the first day of the second month following the
date of receipt of the last written notification, through diplomatic channels, by which the
two Parties have notified each other that the requirements for the entry into force of this
Agreement under their respective legal procedures have been fulfilled.
IN WITNESS WHEREOF, the undersigned, being duly authorized thereto by their
respective Governments, have signed this Agreement.
DONE in Lisbon, on the 25th of June of 2019, in duplicate in the Portuguese, Dutch and
English languages, all texts being equally authentic. In case of divergence in interpretation
of the provisions of this Agreement, the English version shall prevail.
FOR THE PORTUGUESE REPUBLICFOR THE KINGDOM OF THE NETHERLANDS, IN RESPECT OF
CURAÇAO
Alberto Souto de Miranda
Assistant Secretary of State for Communications
Zita A.M. Jesus Leito
Minister of Traffic, Transport and Urban Planning
6 DE OUTUBRO DE 2020__________________________________________________________________________________________________________
75
Página 76
ANNEX
Route Schedule Section 1 Routes to be operated in both directions by the Designated Airlines of the Portuguese Republic:
Points in Portugal Intermediate Points
Points in Curaçao Beyond Points
Any points
Any points
Curaçao
Any points
Section 2 Routes to be operated in both directions by the Designated Airlines of Curaçao:
Points in Curaçao Intermediate Points
Points in Portugal Beyond Points
Curaçao
Any points
Any points
Any points
Notes 1. The intermediate and beyond points to be operated by the Designated Airlines of each Party have to be agreed upon directly between the Aeronautical Authorities of the two Parties. 2. The Designated Airlines of each Party may on any or all flights omit calling at any of the intermediate and/or beyond points mentioned above, provided that the Agreed Services on the routes begin or end in the Territory of the Party which has designated the Airlines. 3. The Designated Airlines of each Party may select any intermediate and/or beyond points at its own choice and may change its selection in the next season, provided that no traffic rights are exercised between those points and the Territory of the other Party. 4. The exercise of fifth freedom traffic rights on specified intermediate and/or beyond points shall be subject to approval by the Aeronautical Authorities of both Parties and may be agreed upon in an arrangement.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12__________________________________________________________________________________________________________
76
———
Página 77
6 DE OUTUBRO DE 2020
77
PROPOSTA DE RESOLUÇÃO N.º 14/XIV/2.ª APROVA A CONVENÇÃO SOBRE A REPRESSÃO DE ATOS ILÍCITOS RELACIONADOS COM A AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL, ADOTADA EM PEQUIM, EM 10 DE SETEMBRO DE 2010
A Convenção sobre a Repressão de Atos Ilícitos relacionados com a Aviação Civil Internacional, adotada em Pequim, no dia 10 de setembro de 2010, visa substituir a Convenção para a Repressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da Aviação Civil, concluída em Montreal, em 23 de setembro de 1971, e aprovada para ratificação pelo Decreto n.º 451/72, de 14 de novembro, bem como o Protocolo para a Repressão de Atos Ilícitos de Violência nos Aeroportos ao Serviço da Aviação Civil Internacional, complementar à Convenção de Montreal anteriormente referida, adotado em Montreal, em 24 de fevereiro de 1988, que foi aprovado para ratificação pela Resolução da Assembleia da República n.º 32/98, de 17 de junho, e ratificado pelo Decreto do Presidente da República n.º 22/98, de 17 de junho, inserindo todas as normas constantes destes dois instrumentos jurídicos num único documento.
Esta nova Convenção vem aumentar o conjunto de condutas típicas que devem considerar-se infrações penais, nomeadamente a utilização de aeronaves com o intuito de praticar crimes contra a vida, ofensas à integridade física graves ou com a finalidade de causar danos patrimoniais ou ambientais graves.
Acautela-se igualmente a punibilidade da tentativa, da autoria imediata, mediata, coautoria e instigação, bem como os casos de cumplicidade e de auxílio à fuga de pessoas que tenham cometido crimes.
Face ao exposto, e na medida em que a esta nova Convenção promove a uniformização do Direito Internacional aplicável a esta matéria, em claro benefício da segurança e certeza jurídicas, contribuindo igualmente para a dissuasão e para a punição dos respetivos crimes, afigura-se da maior importância a aprovação desta Convenção por parte do Estado português.
Assim: Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 197.º da Constituição, o Governo apresenta à Assembleia da
República a seguinte proposta de resolução: Aprovar a Convenção Sobre a Repressão de Atos Ilícitos relacionados com a Aviação Civil Internacional,
adotada em Pequim, em 10 de setembro de 2010, cujo texto, na versão autenticada da língua inglesa, e a respetiva tradução para língua portuguesa, se publicam em anexo.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de outubro de 2020.
Pel’ O Primeiro-Ministro, Pedro Siza Vieira — O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Ernesto Santos Silva — O Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, José Duarte Piteira Rica Silvestre Cordeiro.
Página 78
CONVENTION
ON THE SUPPRESSION OF UNLAWFUL ACTS RELATING TO
INTERNATIONAL CIVIL AVIATION
THE STATES PARTIES TO THIS CONVENTION,
DEEPLY CONCERNED that unlawful acts against civil aviation jeopardize the safety and
security of persons and property, seriously affect the operation of air services, airports and
air navigation, and undermine the confidence of the peoples of the world in the safe and
orderly conduct of civil aviation for all States;
RECOGNIZING that new types of threats against civil aviation require new concerted
efforts and policies of cooperation on the part of States; and
BEING CONVINCED that in order to better address these threats, there is an urgent
need to strengthen the legal framework for international cooperation in preventing and
suppressing unlawful acts against civil aviation;
HAVE AGREED AS FOLLOWS:
Article 1
1. Any person commits an offence if that person unlawfully and intentionally:
(a) performs an act of violence against a person on board an aircraft in flight if that act
is likely to endanger the safety of that aircraft; or
(b) destroys an aircraft in service or causes damage to such an aircraft which renders it
incapable of flight or which is likely to endanger its safety in flight; or
(c) places or causes to be placed on an aircraft in service, by any means whatsoever, a
device or substance which is likely to destroy that aircraft, or to cause damage to it
which renders it incapable of flight, or to cause damage to it which is likely to
endanger its safety in flight; or
(d) destroys or damages air navigation facilities or interferes with their operation, if any
such act is likely to endanger the safety of aircraft in flight; or
(e) communicates information which that person knows to be false, thereby
endangering the safety of an aircraft in flight; or
(f) uses an aircraft in service for the purpose of causing death, serious bodily injury, or
serious damage to property or the environment; or
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
78
Página 79
(g) releases or discharges from an aircraft in service any BCN weapon or explosive,
radioactive, or similar substances in a manner that causes or is likely to cause death,
serious bodily injury or serious damage to property or the environment; or
(h) uses against or on board an aircraft in service any BCN weapon or explosive,
radioactive, or similar substances in a manner that causes or is likely to cause death,
serious bodily injury or serious damage to property or the environment; or
(i) transports, causes to be transported, or facilitates the transport of, on board an
aircraft:
(1) any explosive or radioactive material, knowing that it is intended to be used to
cause, or in a threat to cause, with or without a condition, as is provided for
under national law, death or serious injury or damage for the purpose of
intimidating a population, or compelling a government or an international
organization to do or to abstain from doing any act; or
(2) any BCN weapon, knowing it to be a BCN weapon as defined in Article 2; or
(3) any source material, special fissionable material, or equipment or material
especially designed or prepared for the processing, use or production of special
fissionable material, knowing that it is intended to be used in a nuclear
explosive activity or in any other nuclear activity not under safeguards pursuant
to a safeguards agreement with the International Atomic Energy Agency; or
(4) any equipment, materials or software or related technology that significantly
contributes to the design, manufacture or delivery of a BCN weapon without
lawful authorization and with the intention that it will be used for such
purpose;
provided that for activities involving a State Party, including those undertaken by a person
or legal entity authorized by a State Party, it shall not be an offence under subparagraphs
(3) and (4) if the transport of such items or materials is consistent with or is for a use or
activity that is consistent with its rights, responsibilities and obligations under the
applicable multilateral non-proliferation treaty to which it is a party including those referred
to in Article 7.
2. Any person commits an offence if that person unlawfully and intentionally, using any
device, substance or weapon:
(a) performs an act of violence against a person at an airport serving international civil
aviation which causes or is likely to cause serious injury or death; or
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
79
Página 80
(b) destroys or seriously damages the facilities of an airport serving international civil
aviation or aircraft not in service located thereon or disrupts the services of the
airport,
if such an act endangers or is likely to endanger safety at that airport.
3. Any person also commits an offence if that person:
(a) makes a threat to commit any of the offences in subparagraphs (a), (b), (c), (d), (f),
(g) and (h) of paragraph 1 or in paragraph 2 of this Article; or
(b) unlawfully and intentionally causes any person to receive such a threat,
under circumstances which indicate that the threat is credible.
4. Any person also commits an offence if that person:
(a) attempts to commit any of the offences set forth in paragraph 1 or 2 of this Article;
or
(b) organizes or directs others to commit an offence set forth in paragraph 1, 2, 3 or
4(a) of this Article; or
(c) participates as an accomplice in an offence set forth in paragraph 1, 2, 3 or 4(a) of
this Article; or
(d) unlawfully and intentionally assists another person to evade investigation,
prosecution or punishment, knowing that the person has committed an act that
constitutes an offence set forth in paragraph 1, 2, 3, 4(a), 4(b) or 4(c) of this Article,
or that the person is wanted for criminal prosecution by law enforcement
authorities for such an offence or has been sentenced for such an offence.
5. Each State Party shall also establish as offences, when committed intentionally,
whether or not any of the offences set forth in paragraph 1, 2 or 3 of this Article is
actually committed or attempted, either or both of the following:
(a) agreeing with one or more other persons to commit an offence set forth in
paragraph 1, 2 or 3 of this Article and, where required by national law, involving an
act undertaken by one of the participants in furtherance of the agreement; or
(b) contributing in any other way to the commission of one or more offences set forth
in paragraph 1, 2 or 3 of this Article by a group of persons acting with a common
purpose, and such contribution shall either:
(i) be made with the aim of furthering the general criminal activity or purpose of
the group, where such activity or purpose involves the commission of an
offence set forth in paragraph 1, 2 or 3 of this Article; or
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
80
Página 81
(ii) be made in the knowledge of the intention of the group to commit an offence
set forth in paragraph 1, 2 or 3 of this Article.
Article 2
For the purposes of this Convention:
(a) an aircraft is considered to be in flight at any time from the moment when all its
external doors are closed following embarkation until the moment when any such
door is opened for disembarkation; in the case of a forced landing, the flight shall be
deemed to continue until the competent authorities take over the responsibility for the
aircraft and for persons and property on board;
(b) an aircraft is considered to be in service from the beginning of the preflight
preparation of the aircraft by ground personnel or by the crew for a specific flight until
twenty-four hours after any landing; the period of service shall, in any event, extend
for the entire period during which the aircraft is in flight as defined in paragraph (a) of
this Article;
(c) “Air navigation facilities” include signals, data, information or systems necessary for
the navigation of the aircraft;
(d) “Toxic chemical” means any chemical which through its chemical action on life
processes can cause death, temporary incapacitation or permanent harm to humans or
animals. This includes all such chemicals, regardless of their origin or of their method
of production, and regardless of whether they are produced in facilities, in munitions
or elsewhere;
(e) “Radioactive material” means nuclear material and other radioactive substances which
contain nuclides which undergo spontaneous disintegration (a process accompanied by
emission of one or more types of ionizing radiation, such as alpha-, beta-, neutron
particles and gamma rays) and which may, owing to their radiological or fissile
properties, cause death, serious bodily injury or substantial damage to property or to
the environment;
(f) “Nuclear material” means plutonium, except that with isotopic concentration
exceeding 80 per cent in plutonium-238; uranium-233; uranium enriched in the isotope
235 or 233; uranium containing the mixture of isotopes as occurring in nature other
than in the form of ore or ore residue; or any material containing one or more of the
foregoing;
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
81
Página 82
(g) “Uranium enriched in the isotope 235 or 233” means uranium containing the isotope
235 or 233 or both in an amount such that the abundance ratio of the sum of these
isotopes to the isotope 238 is greater than the ratio of the isotope 235 to the isotope
238 occurring in nature;
(h) “BCN weapon” means:
(a) “biological weapons”, which are:
(i) microbial or other biological agents, or toxins whatever their origin or method
of production, of types and in quantities that have no justification for
prophylactic, protective or other peaceful purposes; or
(ii) weapons, equipment or means of delivery designed to use such agents or
toxins for hostile purposes or in armed conflict.
(b) “chemical weapons”, which are, together or separately:
(i) toxic chemicals and their precursors, except where intended for:
(A) industrial, agricultural, research, medical, pharmaceutical or other peaceful
purposes; or
(B) protective purposes, namely those purposes directly related to protection
against toxic chemicals and to protection against chemical weapons; or
(C) military purposes not connected with the use of chemical weapons and not
dependent on the use of the toxic properties of chemicals as a method of
warfare; or
(D) law enforcement including domestic riot control purposes,
as long as the types and quantities are consistent with such purposes;
(ii) munitions and devices specifically designed to cause death or other harm
through the toxic properties of those toxic chemicals specified in subparagraph
(b)(i), which would be released as a result of the employment of such
munitions and devices;
(iii) any equipment specifically designed for use directly in connection with the
employment of munitions and devices specified in subparagraph (b)(ii).
(c) nuclear weapons and other nuclear explosive devices.
(i) “Precursor” means any chemical reactant which takes part at any stage in the
production by whatever method of a toxic chemical. This includes any key component
of a binary or multicomponent chemical system;
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
82
Página 83
(j) the terms “source material” and “special fissionable material” have the same meaning
as given to those terms in the Statute of the International Atomic Energy Agency,
done at New York on 26 October 1956.
Article 3
Each State Party undertakes to make the offences set forth in Article 1 punishable by
severe penalties.
Article 4
1. Each State Party, in accordance with its national legal principles, may take the
necessary measures to enable a legal entity located in its territory or organized under its
laws to be held liable when a person responsible for management or control of that
legal entity has, in that capacity, committed an offence set forth in Article 1. Such
liability may be criminal, civil or administrative.
2. Such liability is incurred without prejudice to the criminal liability of individuals having
committed the offences.
3. If a State Party takes the necessary measures to make a legal entity liable in accordance
with paragraph 1 of this Article, it shall endeavour to ensure that the applicable
criminal, civil or administrative sanctions are effective, proportionate and dissuasive.
Such sanctions may include monetary sanctions.
Article 5
1. This Convention shall not apply to aircraft used in military, customs or police services.
2. In the cases contemplated in subparagraphs (a), (b), (c), (e), (f), (g), (h) and (i) of
paragraph 1 of Article 1, this Convention shall apply irrespective of whether the
aircraft is engaged in an international or domestic flight, only if:
(a) the place of take-off or landing, actual or intended, of the aircraft is situated
outside the territory of the State of registry of that aircraft; or
(b) the offence is committed in the territory of a State other than the State of registry
of the aircraft.
3. Notwithstanding paragraph 2 of this Article, in the cases contemplated in
subparagraphs (a), (b), (c), (e), (f), (g), (h) and (i) of paragraph 1 of Article 1, this
Convention shall also apply if the offender or the alleged offender is found in the
territory of a State other than the State of registry of the aircraft.
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
83
Página 84
4. With respect to the States Parties mentioned in Article 15 and in the cases set forth in
subparagraphs (a), (b), (c), (e), (f), (g), (h) and (i) of paragraph 1 of Article 1, this
Convention shall not apply if the places referred to in subparagraph (a) of paragraph 2
of this Article are situated within the territory of the same State where that State is one
of those referred to in Article 15, unless the offence is committed or the offender or
alleged offender is found in the territory of a State other than that State.
5. In the cases contemplated in subparagraph (d) of paragraph 1 of Article 1, this
Convention shall apply only if the air navigation facilities are used in international air
navigation.
6. The provisions of paragraphs 2, 3, 4 and 5 of this Article shall also apply in the cases
contemplated in paragraph 4 of Article 1.
Article 6
1. Nothing in this Convention shall affect other rights, obligations and responsibilities of
States and individuals under international law, in particular the purposes and principles
of the Charter of the United Nations, the Convention on International Civil Aviation
and international humanitarian law.
2. The activities of armed forces during an armed conflict, as those terms are understood
under international humanitarian law, which are governed by that law are not governed
by this Convention, and the activities undertaken by military forces of a State in the
exercise of their official duties, inasmuch as they are governed by other rules of
international law, are not governed by this Convention.
3. The provisions of paragraph 2 of this Article shall not be interpreted as condoning or
making lawful otherwise unlawful acts, or precluding prosecution under other laws.
Article 7
Nothing in this Convention shall affect the rights, obligations and responsibilities under the
Treaty on the Non-Proliferation of Nuclear Weapons, signed at London, Moscow and
Washington on 1 July 1968, the Convention on the Prohibition of the Development,
Production and Stockpiling of Bacteriological (Biological) and Toxin Weapons and on
Their Destruction, signed at London, Moscow and Washington on 10 April 1972, or the
Convention on the Prohibition of the Development, Production, Stockpiling and Use of
Chemical Weapons and on Their Destruction, signed at Paris on 13 January 1993, of States
Parties to such treaties.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
84
Página 85
Article 8
1. Each State Party shall take such measures as may be necessary to establish its
jurisdiction over the offences set forth in Article 1 in the following cases:
(a) when the offence is committed in the territory of that State;
(b) when the offence is committed against or on board an aircraft registered in that
State;
(c) when the aircraft on board which the offence is committed lands in its territory
with the alleged offender still on board;
(d) when the offence is committed against or on board an aircraft leased without crew
to a lessee whose principal place of business or, if the lessee has no such place of
business, whose permanent residence is in that State;
(e) when the offence is committed by a national of that State.
2. Each State Party may also establish its jurisdiction over any such offence in the
following cases:
(a) when the offence is committed against a national of that State;
(b) when the offence is committed by a stateless person whose habitual residence is in
the territory of that State.
3. Each State Party shall likewise take such measures as may be necessary to establish its
jurisdiction over the offences set forth in Article 1, in the case where the alleged
offender is present in its territory and it does not extradite that person pursuant to
Article 12 to any of the States Parties that have established their jurisdiction in
accordance with the applicable paragraphs of this Article with regard to those
offences.
4. This Convention does not exclude any criminal jurisdiction exercised in accordance
with national law.
Article 9
1. Upon being satisfied that the circumstances so warrant, any State Party in the territory
of which the offender or the alleged offender is present, shall take that person into
custody or take other measures to ensure that person’s presence. The custody and
other measures shall be as provided in the law of that State but may only be continued
for such time as is necessary to enable any criminal or extradition proceedings to be
instituted.
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
85
Página 86
2. Such State shall immediately make a preliminary enquiry into the facts.
3. Any person in custody pursuant to paragraph 1 of this Article shall be assisted in
communicating immediately with the nearest appropriate representative of the State of
which that person is a national.
4. When a State Party, pursuant to this Article, has taken a person into custody, it shall
immediately notify the States Parties which have established jurisdiction under
paragraph 1 of Article 8 and established jurisdiction and notified the Depositary under
subparagraph (a) of paragraph 4 of Article 21 and, if it considers it advisable, any other
interested States of the fact that such person is in custody and of the circumstances
which warrant that person’s detention. The State Party which makes the preliminary
enquiry contemplated in paragraph 2 of this Article shall promptly report its findings
to the said States Parties and shall indicate whether it intends to exercise jurisdiction.
Article 10
The State Party in the territory of which the alleged offender is found shall, if it does not
extradite that person, be obliged, without exception whatsoever and whether or not the
offence was committed in its territory, to submit the case to its competent authorities for
the purpose of prosecution. Those authorities shall take their decision in the same manner
as in the case of any ordinary offence of a serious nature under the law of that State.
Article 11
Any person who is taken into custody, or regarding whom any other measures are taken or
proceedings are being carried out pursuant to this Convention, shall be guaranteed fair
treatment, including enjoyment of all rights and guarantees in conformity with the law of
the State in the territory of which that person is present and applicable provisions of
international law, including international human rights law.
Article 12
1. The offences set forth in Article 1 shall be deemed to be included as extraditable
offences in any extradition treaty existing between States Parties. States Parties
undertake to include the offences as extraditable offences in every extradition treaty to
be concluded between them.
2. If a State Party which makes extradition conditional on the existence of a treaty
receives a request for extradition from another State Party with which it has no
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
86
Página 87
extradition treaty, it may at its option consider this Convention as the legal basis for
extradition in respect of the offences set forth in Article 1. Extradition shall be subject
to the other conditions provided by the law of the requested State.
3. States Parties which do not make extradition conditional on the existence of a treaty
shall recognize the offences set forth in Article 1 as extraditable offences between
themselves subject to the conditions provided by the law of the requested State.
4. Each of the offences shall be treated, for the purpose of extradition between States
Parties, as if it had been committed not only in the place in which it occurred but also
in the territories of the States Parties required to establish their jurisdiction in
accordance with subparagraphs (b), (c), (d) and (e) of paragraph 1 of Article 8, and
who have established jurisdiction in accordance with paragraph 2 of Article 8.
5. The offences set forth in subparagraphs (a) and (b) of paragraph 5 of Article 1 shall,
for the purpose of extradition between States Parties, be treated as equivalent.
Article 13
None of the offences set forth in Article 1 shall be regarded, for the purposes of
extradition or mutual legal assistance, as a political offence or as an offence connected with
a political offence or as an offence inspired by political motives. Accordingly, a request for
extradition or for mutual legal assistance based on such an offence may not be refused on
the sole ground that it concerns a political offence or an offence connected with a political
offence or an offence inspired by political motives.
Article 14
Nothing in this Convention shall be interpreted as imposing an obligation to extradite or to
afford mutual legal assistance if the requested State Party has substantial grounds for
believing that the request for extradition for offences set forth in Article 1 or for mutual
legal assistance with respect to such offences has been made for the purpose of prosecuting
or punishing a person on account of that person’s race, religion, nationality, ethnic origin,
political opinion or gender, or that compliance with the request would cause prejudice to
that person’s position for any of these reasons.
Article 15
The States Parties which establish joint air transport operating organizations or
international operating agencies, which operate aircraft which are subject to joint or
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
87
Página 88
international registration shall, by appropriate means, designate for each aircraft the State
among them which shall exercise the jurisdiction and have the attributes of the State of
registry for the purpose of this Convention and shall give notice thereof to the Secretary
General of the International Civil Aviation Organization who shall communicate the notice
to all States Parties to this Convention.
Article 16
1. States Parties shall, in accordance with international and national law, endeavour to
take all practicable measures for the purpose of preventing the offences set forth in
Article 1.
2. When, due to the commission of one of the offences set forth in Article 1, a flight has
been delayed or interrupted, any State Party in whose territory the aircraft or
passengers or crew are present shall facilitate the continuation of the journey of the
passengers and crew as soon as practicable, and shall without delay return the aircraft
and its cargo to the persons lawfully entitled to possession.
Article 17
1. States Parties shall afford one another the greatest measure of assistance in connection
with criminal proceedings brought in respect of the offences set forth in Article 1. The
law of the State requested shall apply in all cases.
2. The provisions of paragraph 1 of this Article shall not affect obligations under any
other treaty, bilateral or multilateral, which governs or will govern, in whole or in part,
mutual assistance in criminal matters.
Article 18
Any State Party having reason to believe that one of the offences set forth in Article 1 will
be committed shall, in accordance with its national law, furnish any relevant information in
its possession to those States Parties which it believes would be the States set forth in
paragraphs 1 and 2 of Article 8.
Article 19
Each State Party shall in accordance with its national law report to the Council of the
International Civil Aviation Organization as promptly as possible any relevant information
in its possession concerning:
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
88
Página 89
(a) the circumstances of the offence;
(b) the action taken pursuant to paragraph 2 of Article 16;
(c) the measures taken in relation to the offender or the alleged offender and, in
particular, the results of any extradition proceedings or other legal proceedings.
Article 20
1. Any dispute between two or more States Parties concerning the interpretation or
application of this Convention which cannot be settled through negotiation, shall, at
the request of one of them, be submitted to arbitration. If within six months from the
date of the request for arbitration the Parties are unable to agree on the organization
of the arbitration, any one of those Parties may refer the dispute to the International
Court of Justice by request in conformity with the Statute of the Court.
2. Each State may at the time of signature, ratification, acceptance or approval of this
Convention or accession thereto, declare that it does not consider itself bound by the
preceding paragraph. The other States Parties shall not be bound by the preceding
paragraph with respect to any State Party having made such a reservation.
3. Any State Party having made a reservation in accordance with the preceding paragraph
may at any time withdraw this reservation by notification to the Depositary.
Article 21
1. This Convention shall be open for signature in Beijing on 10 September 2010 by States
participating in the Diplomatic Conference on Aviation Security held at Beijing from
30 August to 10 September 2010. After 27 September 2010, this Convention shall be
open to all States for signature at the Headquarters of the International Civil Aviation
Organization in Montréal until it enters into force in accordance with Article 22.
2. This Convention is subject to ratification, acceptance or approval. The instruments of
ratification, acceptance or approval shall be deposited with the Secretary General of
the International Civil Aviation Organization, who is hereby designated as the
Depositary.
3. Any State which does not ratify, accept or approve this Convention in accordance with
paragraph 2 of this Article may accede to it at any time. The instrument of accession
shall be deposited with the Depositary.
4. Upon ratifying, accepting, approving or acceding to this Convention, each State Party:
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
89
Página 90
(a) shall notify the Depositary of the jurisdiction it has established under its national
law in accordance with paragraph 2 of Article 8, and immediately notify the
Depositary of any change; and
(b) may declare that it shall apply the provisions of subparagraph (d) of paragraph 4
of Article 1 in accordance with the principles of its criminal law concerning family
exemptions from liability.
Article 22
1. This Convention shall enter into force on the first day of the second month following
the date of the deposit of the twenty-second instrument of ratification, acceptance,
approval or accession.
2. For each State ratifying, accepting, approving or acceding to this Convention after the
deposit of the twenty-second instrument of ratification, acceptance, approval or
accession, this Convention shall enter into force on the first day of the second month
following the date of the deposit by such State of its instrument of ratification,
acceptance, approval or accession.
3. As soon as this Convention enters into force, it shall be registered with the United
Nations by the Depositary.
Article 23
1. Any State Party may denounce this Convention by written notification to the
Depositary.
2. Denunciation shall take effect one year following the date on which notification is
received by the Depositary.
Article 24
As between the States Parties, this Convention shall prevail over the following instruments:
(a) the Convention for the Suppression of Unlawful Acts Against the Safety of Civil
Aviation, Signed at Montreal on 23 September 1971; and
(b) the Protocol for the Suppression of Unlawful Acts of Violence at Airports Serving
International Civil Aviation, Supplementary to the Convention for the Suppression
of Unlawful Acts Against the Safety of Civil Aviation, Done at Montreal on 23
September 1971, Signed at Montreal on 24 February 1988.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
90
Página 91
Article 25
The Depositary shall promptly inform all States Parties to this Convention and all signatory
or acceding States to this Convention of the date of each signature, the date of deposit of
each instrument of ratification, approval, acceptance or accession, the date of coming into
force of this Convention, and other relevant information.
IN WITNESS WHEREOF the undersigned Plenipotentiaries, having been duly
authorized, have signed this Convention.
DONE at Beijing on the tenth day of September of the year Two Thousand and Ten in the
English, Arabic, Chinese, French, Russian and Spanish languages, all texts being equally
authentic, such authenticity to take effect upon verification by the Secretariat of the
Conference under the authority of the President of the Conference within ninety days
hereof as to the conformity of the texts with one another. This Convention shall remain
deposited in the archives of the International Civil Aviation Organization, and certified
copies thereof shall be transmitted by the Depositary to all Contracting States to this
Convention.
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
91
Página 92
CONVENÇÃO
Sobre a Repressão de Atos Ilícitos relacionados com a Aviação Civil Internacional
Feita em Pequim, em 10 de setembro de 2010
CONVENÇÃO
SOBRE A REPRESSÃO DE ATOS ILÍCITOS RELACIONADOS COM A
AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL
OS ESTADOS PARTES NA PRESENTE CONVENÇÃO,
PROFUNDAMENTE PREOCUPADOS com o facto de os atos ilícitos contra a aviação
civil colocarem em perigo a segurança e a proteção das pessoas e bens, afetarem
gravemente a exploração dos serviços aéreos, dos aeroportos e da navegação aérea, e
comprometerem a confiança dos povos do mundo no desenvolvimento seguro e ordenado
da aviação civil de todos os Estados;
RECONHECENDO que os novos tipos de ameaças contra a aviação civil requerem
novos esforços concertados e políticas de cooperação por parte dos Estados; e
CONVENCIDOS de que, para melhor enfrentar tais ameaças, existe uma necessidade
urgente de reforçar o quadro legal para a cooperação internacional para a prevenção e
repressão de atos ilícitos contra a aviação civil;
ACORDAM O SEGUINTE:
Artigo 1.º
1. Qualquer pessoa comete uma infração penal se, ilícita e intencionalmente:
a) Praticar um ato de violência contra uma pessoa a bordo de uma aeronave em voo
se esse ato for suscetível de colocar em perigo a segurança da referida aeronave;
ou
b) Destruir uma aeronave em serviço ou provocar danos que a tornem incapaz para
o voo ou que sejam sucessíveis de colocar em perigo a sua segurança em voo; ou
c) Colocar ou faça colocar numa aeronave em serviço, por qualquer meio, um
dispositivo ou substância que seja suscetível de destruir a referida aeronave, ou de
lhe causar danos que a tornem incapaz para o voo ou de lhe causar danos que
sejam suscetíveis de colocar em perigo a sua segurança em voo; ou
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
92
Página 93
d) Destruir ou danificar instalações ou serviços de navegação aérea ou perturbar o
seu funcionamento, se tais atos forem suscetíveis de colocar em perigo a
segurança das aeronaves em voo; ou
e) Comunicar informações de que tenha conhecimento que são falsas, colocando
assim em perigo a segurança de uma aeronave em voo; ou
f) Utilizar uma aeronave em serviço com a finalidade de causar a morte, lesões
corporais graves ou danos patrimoniais e ambientais graves; ou
g) Lançar ou descarregar a partir de uma aeronave em serviço qualquer arma BQN
ou substâncias explosivas, radioativas ou similares de forma a causar, ou que seja
suscetível de causar, a morte, lesões corporais graves ou danos patrimoniais e
ambientais graves; ou
h) Utilizar contra ou a bordo de uma aeronave em serviço, quaisquer armas BQN,
ou substâncias explosivas, radioativas ou similares de forma a causar, ou que seja
suscetível de causar, a morte, lesões corporais graves ou danos patrimoniais e
ambientais graves; ou
i) Transportar, provocar o transporte, ou facilitar o transporte a bordo de uma
aeronave de:
1) Qualquer material explosivo ou radioativo, sabendo que se destina a ser
utilizado para provocar, ou ameaçar provocar, com ou sem a imposição de
condições, conforme estabelecido no Direito interno, morte ou lesão grave ou
danos com a finalidade de intimidar uma população, ou forçar um governo ou
organização internacional a realizar ou abster-se de realizar um determinado
ato; ou
2) Qualquer arma BQN, sabendo que a mesma é uma arma BQN conforme
definido no artigo 2.º; ou
3) Qualquer material em bruto, produto cindível especial, equipamento ou
material especialmente destinado ou preparado para o tratamento, utilização ou
produção de produto cindível especial, sabendo que se destina a ser utilizado
numa atividade explosiva nuclear ou em qualquer outra atividade nuclear não
sujeita a salvaguardas em conformidade com um acordo de salvaguardas com a
Agência Internacional de Energia Atómica; ou
4) Quaisquer equipamentos, materiais ou software ou tecnologia relacionada que
contribua significativamente para a conceção, fabrico ou lançamento de armas
BQN sem autorização legal e com a intenção de serem utilizados para tais fins;
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
93
Página 94
desde que, para as atividades que envolvam um Estado Parte, incluindo as realizadas por
uma pessoa singular ou coletiva autorizada por um Estado Parte, não constitua uma
infração penal prevista nas subalíneas 3) e 4) se o transporte de tais artigos ou materiais
estiverem em conformidade com ou forem destinados a uma utilização ou atividade
compatível com os seus direitos, responsabilidades e obrigações ao abrigo do tratado
multilateral aplicável de não proliferação de que tal Estado seja Parte, incluindo os referidos
no artigo 7.º.
2. Qualquer pessoa comete uma infração penal se, ilícita e intencionalmente, ao utilizar
qualquer dispositivo, substância ou arma:
a) Executar um ato de violência contra uma pessoa num aeroporto destinado à
aviação civil internacional que provoque ou seja suscetível de provocar lesão grave
ou morte; ou
b) Destruir ou provocar danos graves nas instalações de um aeroporto destinado à
aviação civil internacional, ou em aeronave que não esteja em serviço que se
encontre no aeroporto, ou perturbar o normal funcionamento dos serviços do
aeroporto,
se tal ato constituir perigo ou seja suscetível de colocar em perigo a segurança do
aeroporto.
3. Qualquer pessoa também comete uma infração penal se:
a) Ameaçar cometer uma das infrações penais previstas nas alíneas a), b), c), d), f), g) e
h) do n.º 1 ou no n.º 2 do presente artigo; ou
b) Ilícita e intencionalmente fizer com que qualquer pessoa receba tal ameaça,
em circunstâncias que indiquem que a ameaça é credível.
4. Qualquer pessoa também comete uma infração penal se:
a) tentar cometer uma das infrações penais previstas no n.º 1 ou no n.º 2 do presente
artigo; ou
b) organizar ou ordenar a terceiros que cometam uma infração penal prevista nos
números 1, 2 ou 3 ou na alínea a) do n.º 4 do presente artigo; ou
c) participar como cúmplice numa infração penal prevista nos números 1, 2 ou 3 ou
na alínea a) do n.º 4 do presente artigo; ou
d) auxiliar outra pessoa, ilícita e intencionalmente, a escapar à investigação, julgamento
ou punição, sabendo que a mesma cometeu um ato que constitui uma infração
penal prevista nos números 1, 2 ou 3 ou nas alíneas a), b) ou c) do n.º 4 do presente
artigo, ou que é procurada no âmbito de processo crime pelas autoridades
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
94
Página 95
competentes para a aplicação da lei por tal infração penal ou que foi condenada por
tal infração penal.
5. Cada Estado Parte também define como infrações penais, quando cometidas
intencionalmente, tendo ou não sido cometida ou tentada uma das infrações penais
previstas nos números 1, 2 ou 3 do presente artigo, um ou ambos dos atos seguintes:
a) Acordar com uma ou mais pessoas para cometer uma das infrações penais previstas
nos números 1, 2 ou 3 do presente artigo e, quando exigido pelo Direito interno,
que envolva um ato praticado por um dos participantes em cumprimento de tal
acordo; ou.
b) Contribuir, de qualquer outra forma, para a prática de uma ou mais infrações penais
previstas nos números 1, 2 ou 3 do presente artigo por um grupo de pessoas que
atua com um objetivo comum, e tal contribuição:
i) Seja feita com o propósito de promover a atividade criminosa geral ou a
finalidade do grupo, sempre que tal atividade ou finalidade envolva a prática de
uma das infrações penais previstas nos números 1, 2 ou 3 do presente artigo;
ou
ii) Seja feita com o conhecimento da intenção do grupo em cometer uma infração
penal prevista nos números 1, 2 ou 3 do presente artigo.
Artigo 2.º
Para efeitos da presente Convenção:
a) uma aeronave é considerada como estando em voo em qualquer altura a partir do
momento em que, terminado o embarque, tenham sido fechadas todas as portas
exteriores até ao momento em que uma dessas portas seja aberta para o
desembarque; no caso de uma aterragem forçada, o voo é considerado como
estando a decorrer até que as autoridades competentes se responsabilizem pela
aeronave e pelas pessoas e bens a bordo.
b) uma aeronave é considerada como estando em serviço desde o momento em que o
pessoal de terra ou a tripulação inicia as operações preparatórias para um
determinado voo até vinte e quatro horas após qualquer aterragem; o período de
serviço, em qualquer caso, estende-se por todo o tempo durante o qual a aeronave
esteja em voo, tal como definido na alínea a) do presente artigo;
c) “Instalações e serviços de navegação aérea” incluem sinais, dados, informações ou
sistemas necessários para a navegação da aeronave;
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
95
Página 96
d) “Produto químico tóxico” significa qualquer produto químico que através da sua
ação química nos processos de vida pode provocar a morte, incapacitação
temporária ou danos permanentes a seres humanos ou animais. Inclui todos os
produtos químicos deste tipo, independentemente da sua origem ou método de
produção, e independentemente de serem produzidos em instalações, em munições
ou em qualquer outra parte;
e) “Material radioativo” significa material nuclear e outras substâncias radioativas que
contenham nuclídeos que se desintegrem espontaneamente (processo
acompanhado de emissão de um ou vários tipos de radiações ionizantes, tais como
partículas alfa, beta e de neutrões e os raios gama) e que podem, face às suas
propriedades radiológicas ou físseis, causar a morte ou provocar lesões corporais
graves ou consideráveis danos materiais ou ambientais;
f) “Material nuclear” significa o plutónio, exceto aquele cuja concentração isotópica
em plutónio-238 ultrapassa 80%; o urânio-233; o urânio enriquecido nos isótopos
235 ou 233; o urânio contendo a mistura de isótopos presentes que ocorre na
natureza, para além daquele que não se encontre na forma de minério ou de resíduo
de minério; ou qualquer material contendo um ou mais elementos anteriormente
mencionados;
g) “Urânio enriquecido nos isótopos 235 ou 233” significa o urânio contendo os
isótopos 235 ou 233, ou ambos, em quantidade tal que a relação entre a soma
destes dois isótopos e o isótopo 238 seja superior à relação entre o isótopo 235 e o
isótopo 238 que ocorre na natureza;
h) “Arma BQN” significa:
a) “armas biológicas”, que são:
i) Agentes microbianos ou outros agentes biológicos, ou toxinas
independentemente da sua origem ou método de produção, de tipos e em
quantidades que não têm qualquer fundamentação para fins profiláticos, de
proteção ou outros fins pacíficos; ou
ii) Armas, equipamento ou meios de distribuição concebidos para utilizarem
tais agentes ou toxinas para fins hostis ou num conflito armado.
b) “armas químicas”, que são, em conjunto ou separadamente:
i) Químicos tóxicos e seus precursores, exceto os que se destinam a:
(A) Fins industriais, agrícolas, de investigação, médicos, farmacêuticos ou
outros fins pacíficos; ou
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
96
Página 97
(B) Fins de proteção, nomeadamente os fins diretamente relacionados com
a proteção contra os produtos químicos tóxicos e para a proteção
contra armas químicas; ou
(C) Fins militares não relacionados com a utilização de armas químicas e
não dependentes das propriedades tóxicas de químicos como um
método de guerra; ou
(D) manutenção da ordem, incluindo o controlo de motins a nível interno,
desde que os tipos e as quantidades sejam consistentes com tais fins;
ii) Munições e dispositivos especificamente concebidos para provocar a morte
ou outros danos através das propriedades tóxicas desses produtos químicos
especificados na subalínea i) da alínea b), que seriam libertados em resultado
da utilização de tais munições e dispositivos;
iii) Qualquer equipamento especificamente concebido para se utilizado em
associação direta com a utilização das munições e dispositivos especificados
na subalínea ii) da alínea b).
c) armas nucleares e outros dispositivos explosivos nucleares.
i) “Precursor” significa qualquer reagente químico que participa, em qualquer etapa,
na produção de um produto químico tóxico, independentemente do método
utilizado. Inclui qualquer componente chave de um sistema químico binário ou
multicomponentes;
j) Os termos “material em bruto” e “produto cindível especial” possuem o mesmo
significado atribuído pelo Estatuto da Agência Internacional de Energia Atómica,
assinado em Nova Iorque, em 26 de outubro de 1956.
Artigo 3.º
Cada Estado Parte compromete-se a estabelecer penas severas para as infrações penais
previstas no artigo 1.º.
Artigo 4.º
1. Cada Estado Parte, em conformidade com os seus princípios jurídicos de Direito
interno, poderá adotar as medidas necessárias para permitir que uma pessoa coletiva
localizada no seu território ou constituída de acordo com a sua legislação seja
responsabilizada quando uma pessoa responsável pela gestão ou controlo dessa
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
97
Página 98
entidade comete, nessa qualidade, uma das infrações penais previstas no artigo 1.º.
Essa responsabilidade poderá ser penal, civil ou administrativa.
2. Tal responsabilização é aplicada sem prejuízo da responsabilização penal das pessoas
singulares que tenham cometido tais infrações penais.
3. Se um Estado Parte adotar as medidas necessárias para que uma pessoa coletiva seja
responsabilizada em conformidade com o disposto no n.º 1 do presente artigo,
procurará assegurar que as sanções penais, civis ou administrativas aplicáveis são
eficazes, proporcionais e dissuasivas. Essas sanções podem incluir sanções pecuniárias.
Artigo 5.º
1. A presente Convenção não é aplicável às aeronaves utilizadas nos serviços militares,
aduaneiros ou policiais.
2. Nos casos previstos nas alíneas a), b), c), e), f), g), h) e i) do n.º 1 do artigo 1.º, a
presente Convenção aplica-se independentemente de a aeronave ser utilizada para voo
internacional ou doméstico, desde que:
a) O local, real ou previsto, de descolagem ou de aterragem da aeronave esteja situado
fora do território do Estado de matrícula dessa aeronave; ou
b) A infração penal seja cometida no território de um Estado distinto do Estado de
matrícula da aeronave.
3. Não obstante o disposto no n.º 2 do presente artigo, nos casos previstos nas alíneas a),
b), c), e), f), g), h) e i) do n.º 1 do artigo 1.º, a presente Convenção aplica-se igualmente
às situações em que o autor ou o presumível autor da infração penal é encontrado no
território de um Estado distinto do Estado de matrícula da aeronave.
4. No que se refere aos Estados Partes mencionados no artigo 15.º e nos casos previstos
nas alíneas a), b), c), e), f), g), h) e i) do n.º 1 do artigo 1.º, a presente Convenção não é
aplicável se os locais mencionados na alínea a) do n.º 2 do presente artigo estiverem
situados no território do mesmo Estado quando esse Estado seja um dos referidos no
artigo 15.º, a menos que a infração penal seja cometida ou o autor ou o presumível
autor da infração penal seja encontrado no território de um Estado distinto daquele
Estado.
5. Nos casos previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 1.º, a presente Convenção aplica-se
apenas se as instalações e serviços de navegação aérea forem utilizados na navegação
aérea internacional.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
98
Página 99
6. As disposições dos números 2, 3, 4 e 5 do presente artigo aplicam-se igualmente nos
casos previstos no n.º 4 do artigo 1.º.
Artigo 6.º
1. Nenhuma disposição da presente Convenção afeta outros direitos, obrigações e
responsabilidades dos Estados e das pessoas decorrentes do Direito Internacional, em
particular os objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas, da Convenção sobre a
Aviação Civil Internacional e do Direito Internacional Humanitário.
2. As atividades das forças armadas durante um conflito armado, no sentido que é
atribuído ao abrigo do Direito Internacional Humanitário, que sejam regidas por tal
Direito, não são regidas pela presente Convenção, e as atividades praticadas pelas
forças militares de um Estado no exercício das suas funções oficiais, na medida em que
sejam regidas por outras regras do Direito Internacional, não são regidas pela presente
Convenção.
3. As disposições do n.º 2 do presente artigo não se interpretam no sentido de aceitar ou
tornar lícitos atos que de outra forma seriam ilícitos, nem impeditivas do exercício da
ação penal ao abrigo de outra legislação.
Artigo 7.º
Nenhuma disposição da presente Convenção afeta os direitos, obrigações e
responsabilidades ao abrigo do Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares,
assinado em Londres, Moscovo e Washington a 1 de julho de 1968, da Convenção sobre a
Proibição do Desenvolvimento, da Produção e do Armazenamento das Armas
Bacteriológicas (Biológicas) ou Tóxicas e sobre a Sua Destruição, assinada em Londres,
Moscovo e Washington em 10 de abril de 1972, ou da Convenção sobre a Proibição do
Desenvolvimento, Produção, Armazenagem e Utilização de Armas Químicas e sobre a sua
Destruição, assinada em Paris, em 13 de janeiro de 1993, dos Estados Partes nesses
tratados.
Artigo 8.º
1. Cada Estado Parte adota as medidas necessárias para estabelecer a sua jurisdição sobre
as infrações penais previstas no artigo 1.º, nos seguintes casos:
a) Quando a infração penal é cometida no território desse Estado;
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
99
Página 100
b) Quando a infração penal for cometida contra ou a bordo de uma aeronave
matriculada nesse Estado;
c) Quando a aeronave, na qual foi cometida a infração penal, aterrar no seu território e
o presumível autor da infração penal ainda se encontrar a bordo;
d) Quando a infração penal for cometida contra ou a bordo de uma aeronave locada
sem tripulação a um locatário cujo estabelecimento principal ou, se o locatário não
tem estabelecimento principal, cuja residência permanente seja nesse Estado;
e) Quando a infração penal for cometida por um nacional desse Estado.
2. Cada Estado Parte também pode estabelecer a sua jurisdição sobre qualquer uma das
referidas infrações penais nos seguintes casos:
a) Quando a infração penal for cometida contra um nacional desse Estado;
b) Quando a infração penal for cometida por apátridas cuja residência habitual se situa
no território desse Estado.
3. Cada Estado Parte adota igualmente as medidas necessárias para estabelecer a sua
jurisdição sobre as infrações penais previstas no artigo 1.º, nos casos em que o
presumível autor da infração penal se encontra no seu território e quando o dito
Estado não extradita essa pessoa ao abrigo do artigo 12.º para nenhum dos Estados
Partes que tenham estabelecido a sua jurisdição em conformidade com os números
aplicáveis deste artigo em relação a tais infrações penais.
4. Esta Convenção não exclui nenhuma jurisdição penal exercida de acordo com o
Direito interno.
Artigo 9.º
1. Se considerar que as circunstâncias o justificam, qualquer Estado Parte em cujo
território se encontre o autor ou o presumível autor da infração penal, procede à
detenção dessa pessoa ou toma outras medidas para garantir a sua presença. A
detenção e outras medidas são aplicadas em conformidade com o Direito desse
Estado mas só podem ser mantidas pelo tempo necessário para permitir o início de
procedimento penal ou de extradição.
2. Esse Estado procede imediatamente a um inquérito preliminar para apurar os factos.
3. A qualquer pessoa que tenha sido detida ao abrigo do disposto no n.º 1 do presente
artigo é prestada assistência para comunicar imediatamente com o representante
apropriado do Estado da sua nacionalidade que se encontrar mais próximo.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
100
Página 101
4. Quando um Estado Parte, ao abrigo do presente artigo, efetuar a detenção de uma
pessoa, comunica imediatamente tal detenção aos Estados Partes que tenham
estabelecido a sua jurisdição nos termos do n.º 1 do artigo 8.º e estabelecido a sua
jurisdição e notificado o Depositário ao abrigo da alínea a) do n.º 4 do artigo 21.º e, se
considerar conveniente, a qualquer outro Estado interessado sobre o facto de essa
pessoa se encontrar detida e sobre as circunstâncias que justificam a detenção dessa
pessoa. O Estado Parte que proceder ao inquérito preliminar previsto no n.º 2 do
presente artigo comunica imediatamente as suas conclusões aos referidos Estados
Partes e indica se pretende exercer a sua jurisdição.
Artigo 10.º
O Estado Parte em cujo território se encontre o presumível autor da infração penal, caso
não proceda à sua extradição, está obrigado, sem exceção e quer a infração penal tenha
sido cometida ou não no seu território, a submeter o caso às suas autoridades
competentes, para efeitos de exercício da ação penal. Estas autoridades tomam a sua
decisão em termos idênticos aos aplicáveis às infrações penais comuns de natureza grave
em conformidade com a lei desse Estado.
Artigo 11.º
A qualquer pessoa que seja detida, ou sobre a qual quaisquer outras medidas ou
procedimentos sejam adotados em conformidade com a presente Convenção, é garantido
um tratamento justo, incluindo o exercício de todos os direitos e garantias em
conformidade com a lei do Estado em cujo território essa pessoa se encontre e com as
disposições aplicáveis do Direito Internacional, incluindo o Direito Internacional dos
Direitos Humanos.
Artigo 12.º
1. As infrações penais previstas no artigo 1.º consideram-se incluídas nas infrações penais
passíveis de extradição em quaisquer tratados de extradição existente entre os Estados
Partes. Os Estados Partes comprometem-se a incluir as infrações penais como
passíveis de extradição em qualquer tratado de extradição que venha a ser celebrado
entre eles.
2. Sempre que um Estado Parte que condiciona a extradição à existência de um tratado
receber uma solicitação de extradição de outro Estado Parte com o qual não possui
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
101
Página 102
nenhum tratado de extradição, poderá, a seu critério, considerar a presente Convenção
como a base jurídica para extradição em relação às infrações penais previstas no artigo
1.º. A extradição estará sujeita às outras condições previstas na lei do Estado
requerido.
3. Os Estados Partes que não condicionem a extradição à existência de um tratado
reconhecem as infrações penais previstas no artigo 1.º como infrações penais passíveis
de extradição entre si com sujeição às condições estabelecidas pela lei do Estado
requerido.
4. Cada uma das infrações penais considera-se, para efeitos de extradição entre os
Estados Partes, como se tivesse sido cometida não apenas no local de ocorrência mas
também no território dos Estados Partes obrigados a estabelecer a sua jurisdição de
acordo com as alíneas b), c), d) e e) do n.º 1 do artigo 8.º, e que tenham estabelecido a
sua jurisdição em conformidade com o n.º 2 do artigo 8.º.
5. As infrações penais previstas nas alíneas a) e b) do n.º 5 do artigo 1.º, para efeitos de
extradição entre os Estados Partes, são tratadas como equivalentes.
Artigo 13.º
Nenhuma das infrações penais previstas no artigo 1.º será considerada, para efeitos de
extradição ou de auxílio judiciário mútuo, como uma infração política ou como uma
infração relacionada com uma infração política ou como uma infração inspirada por
motivos políticos. Por conseguinte, um pedido de extradição ou de auxílio judiciário mútuo
com base em tal infração não pode ser recusado apenas com base no facto de se tratar de
uma infração política, ou uma infração relacionada com uma infração política ou uma
infração inspirada por motivos políticos.
Artigo 14.º
Nenhuma disposição da presente Convenção é interpretada como implicando uma
obrigação de extraditar ou de prestar auxílio judiciário mútuo se o Estado Parte requerido
tiver motivos substanciais para crer que o pedido de extradição por infrações penais
previstas no artigo 1.º ou de auxílio judiciário mútuo em relação a tais infrações penais
tenha sido formulado com o propósito de processar ou de punir uma pessoa em razão da
sua raça, religião, nacionalidade, origem étnica, opinião política ou género, ou que o
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
102
Página 103
cumprimento do pedido poderia prejudicar a situação dessa pessoa por qualquer um destes
motivos.
Artigo 15.º
Os Estados Partes que constituam organizações de exploração conjunta do transporte
aéreo ou organismos internacionais de exploração que utilizem aeronaves que sejam objeto
de uma matrícula comum ou internacional designam, pelos meios adequados, para cada
aeronave, qual dos Estados entre si exercerá a jurisdição e assumirá as atribuições do
Estado de matrícula para efeitos da presente Convenção e comunica tal facto ao Secretário-
Geral da Organização da Aviação Civil Internacional, o qual notificará todos os Estados
Partes da presente Convenção.
Artigo 16.º
1. Os Estados Partes, em conformidade com o Direito internacional e com o seu Direito
interno, procurarão adotar todas as medidas exequíveis para impedir a prática das
infrações penais previstas no artigo 1.º.
2. Quando, em consequência da prática de uma das infrações penais previstas no artigo
1.º, um voo seja atrasado ou interrompido, qualquer Estado Parte em cujo território se
encontrarem a aeronave, os passageiros ou a tripulação facilita a continuação da
viagem dos passageiros e tripulação logo que possível, e devolve, sem demora, a
aeronave e a sua carga aos seus legítimos possuidores.
Artigo 17.º
1. Os Estados Partes acordam em conceder-se mutuamente o mais amplo auxílio
judiciário possível para os procedimentos criminais relativos às infrações penais
previstas no artigo 1.º. A lei do Estado requerido será aplicada em todos os casos.
2. As disposições do n.º 1 do presente artigo não afetam as obrigações decorrentes de
qualquer outro tratado bilateral ou multilateral, que regule ou venha a regular, total ou
parcialmente, o auxílio mútuo em matéria penal.
Artigo 18.º
Qualquer Estado Parte que tenha motivos para acreditar que será cometida uma das
infrações penais previstas no artigo 1.º fornece, de acordo com o seu Direito interno,
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
103
Página 104
quaisquer informações relevantes de que disponha àqueles Estados Partes que, em sua
opinião, sejam os Estados previstos nos números 1 e 2 do artigo 8.º.
Artigo 19.º
Cada Estado Parte comunica, em conformidade com o seu Direito interno, ao Conselho da
Organização da Aviação Civil Internacional, o mais rapidamente possível, qualquer
informação relevante de que disponha relativa:
a) Às circunstâncias da infração penal;
b) Às medidas adotadas ao abrigo do n.º 2 do artigo 16.º;
c) Às medidas adotadas em relação ao autor ou ao presumível autor da infração penal
e, em particular, sobre os resultados de quaisquer procedimentos de extradição ou
de outros procedimentos judiciais.
Artigo 20.º
1. Qualquer diferendo entre dois ou mais Estados Partes relativo à interpretação ou
aplicação da presente Convenção que não possa ser solucionado por meio de
negociação, será, a pedido de um deles, submetido à arbitragem. Se, no prazo de seis
meses a partir da data do pedido de arbitragem, as Partes não chegarem a acordo sobre
a organização da arbitragem, qualquer uma delas pode submeter o diferendo ao
Tribunal Internacional de Justiça, mediante pedido formulado em conformidade com
o Estatuto do Tribunal.
2. Qualquer Estado pode, no momento da assinatura, ratificação, aceitação, aprovação ou
adesão à presente Convenção, declarar que não se considera vinculado pelo disposto
no número anterior. Os outros Estados Partes não estão vinculados pelo disposto no
número anterior perante qualquer Estado Parte que tenha formulado uma tal reserva.
3. Qualquer Estado Parte que tenha formulado uma reserva de acordo com o número
anterior pode, a qualquer momento, retirar a reserva notificando-a ao Depositário.
Artigo 21.º
1. A presente Convenção estará aberta à assinatura em Pequim em 10 de setembro de
2010 pelos Estados que participaram na Conferência Diplomática sobre a Segurança
da Aviação, realizada em Pequim de 30 de agosto a 10 de setembro de 2010. Após o
dia 27 de setembro de 2010, a presente Convenção estará aberta a todos os Estados
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
104
Página 105
para assinatura na Sede da Organização da Aviação Civil Internacional em Montreal,
até à sua entrada em vigor, de acordo com o artigo 22.º.
2. A presente Convenção estará sujeita à ratificação, aceitação ou aprovação. Os
instrumentos de ratificação, aceitação ou aprovação serão depositados junto do
Secretário-Geral da Organização da Aviação Civil Internacional, que é pelo presente
designado por Depositário.
3. Qualquer Estado que não ratificar, aceitar ou aprovar esta Convenção, de acordo com
o n.º 2 do presente artigo, poderá aderir à mesma em qualquer momento. O
instrumento de adesão será depositado junto do Depositário.
4. No momento da ratificação, aceitação, aprovação ou adesão à presente Convenção,
cada Estado Parte:
a) Notificará o Depositário sobre a jurisdição que tiver estabelecido ao abrigo do seu
Direito interno e em conformidade com o disposto no n.º 2 do artigo 8.º e
notificará imediatamente o Depositário de qualquer alteração; e
b) Poderá declarar que aplicará as disposições da alínea d) do n.º 4 do artigo 1.º, de
acordo com os princípios do seu Direito penal em matéria de exclusão da
responsabilidade por razões familiares.
Artigo 22.º
1. A presente Convenção entrará em vigor no primeiro dia do segundo mês após a data
de depósito do vigésimo segundo instrumento de ratificação, aceitação, aprovação ou
adesão.
2. Para cada um dos Estados que ratificar, aceitar, aprovar ou aderir à presente
Convenção após o depósito do vigésimo segundo instrumento de ratificação,
aceitação, aprovação ou adesão, a presente Convenção entrará em vigor no primeiro
dia do segundo mês após a data do depósito por esse Estado do seu instrumento de
ratificação, aceitação, aprovação ou adesão.
3. Após a entrada em vigor da presente Convenção, a mesma será registada junto das
Nações Unidas, com a maior brevidade possível, pelo Depositário.
Artigo 23.º
1. Qualquer Estado Parte pode denunciar a presente Convenção mediante notificação
por escrito ao Depositário.
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
105
Página 106
2. A denúncia produzirá efeitos um ano após a data em que a notificação tiver sido
recebida pelo Depositário.
Artigo 24.º
Entre os Estados Partes, a presente Convenção prevalece sobre os seguintes instrumentos:
a) A Convenção para a Repressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da Aviação
Civil, concluída em Montreal, em 23 de setembro de 1971; e
b) O Protocolo para a Repressão de Atos Ilícitos de Violência nos aeroportos ao
Serviço da Aviação Civil Internacional, Complementar à Convenção para a
Repressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da Aviação Civil, concluída em
Montreal, em 23 de setembro de 1971, adotado em Montreal em 24 de fevereiro de
1988.
Artigo 25.º
O Depositário informará imediatamente todos os Estados Partes da presente Convenção e
todos os Estados signatários ou que adiram à presente Convenção, da data de cada
assinatura, da data de depósito de cada instrumento de ratificação, aceitação, aprovação ou
adesão, da data de entrada em vigor da presente Convenção, e outras informações
relevantes.
EM TESTEMUNHO DO QUAL os Plenipotenciários abaixo assinados, devidamente
autorizados, assinaram a presente Convenção.
FEITA em Pequim, no décimo dia de setembro do ano de dois mil e dez, nas línguas
inglesa, árabe, chinesa, francesa, russa e espanhola, fazendo todos os textos igualmente fé, e
cuja autenticidade ficará confirmada após a verificação efetuada pelo Secretariado da
Conferência, sob a autoridade do Presidente da Conferência, dentro de noventa dias após a
data da verificação dos textos entre si. A presente Convenção ficará depositada nos
arquivos da Organização da Aviação Civil Internacional, e o Depositário remeterá cópias
certificadas da mesma a todos os Estados Contratantes da presente Convenção.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
106
———
Página 107
6 DE OUTUBRO DE 2020
107
PROPOSTA DE RESOLUÇÃO N.º 15/XIV/2.ª APROVA O ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DO PARAGUAI SOBRE
A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS, ASSINADO EM LISBOA, EM 11 DE MAIO DE 2017
A República Portuguesa e a República do Paraguai assinaram um Acordo sobre a transferência de pessoas condenadas, em Lisboa, a 11 de maio de 2017.
Este Acordo é o primeiro celebrado entre as Partes na presente matéria e insere-se num esforço que tem vindo a ser desencadeado para o reforço da cooperação internacional em matéria de Direito Penal, neste caso em concreto visando a possibilidade de nacionais paraguaios e portugueses cumprirem pena no Estado do qual são nacionais.
Perante a relevância de facilitar a reabilitação e reinserção social das pessoas condenadas por decisões judiciais, permitindo-lhes o cumprimento das suas condenações no Estado de que são nacionais, revela-se de particular importância proceder à aprovação do Acordo em questão.
Assim: Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 197.º da Constituição, o Governo apresenta à Assembleia da
República a seguinte proposta de resolução: Aprovar o Acordo entre a República Portuguesa e a República do Paraguai sobre a Transferência de
Pessoas Condenadas, assinado em Lisboa, em 11 de maio de 2017, cujo texto, nas versões autênticas nas línguas portuguesa e castelhana, se publica em anexo.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de outubro de 2020.
Pel’ O Primeiro-Ministro, Pedro Siza Vieira — O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Ernesto Santos Silva — O Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, José Duarte Piteira Rica Silvestre Cordeiro.
Página 108
ACORDO ENTRE
A REPÚBLICA PORTUGUESA E
A REPÚBLICA DO PARAGUAI SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS
A República Portuguesa e a República do Paraguai, doravante designadas por “Partes”; Animadas pelos laços de fraternidade, amizade e cooperação que presidem às relações entre os dois Estados; Desejando aprofundar as relações, especialmente no campo da cooperação internacional em áreas de interesse comum, em particular em matéria de Direito Penal; Cientes de que essa cooperação deve, em atenção aos interesses da boa administração da justiça, contribuir para a reinserção social das pessoas condenadas; Considerando que, para a realização destes objetivos, é importante que os nacionais de ambas as Partes que se encontram privados da liberdade por decisão judicial transitada em julgado no âmbito de um processo penal tenham a possibilidade de cumprir a condenação no seu ambiente social de origem; Considerando que a melhor forma de alcançar tal desiderato é possibilitar a efetivação da transferência das pessoas condenadas para os seus respetivos Estados; Desejando materializar os objetivos atrás identificados, tendo em conta o compromisso de ambas as Partes na promoção e na proteção dos direitos humanos; Reconhecendo os princípios da igualdade, da soberania do Estado e do respeito mútuo; Animadas pelo desejo de facilitar a reabilitação das pessoas condenadas por decisões judiciais, permitindo-lhes o cumprimento das suas condenações no Estado de que são nacionais, Acordam no seguinte:
Artigo 1.º Objeto
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
108
Página 109
O presente Acordo estabelece o regime jurídico aplicável entre as Partes em matéria de transferência de pessoas condenadas.
Artigo 2.º Definições
1. Para os fins do presente Acordo:
a) «Condenação» designa qualquer pena ou medida privativa da liberdade, incluindo medida de segurança, de duração determinada, proferida por um juiz ou um tribunal, em virtude da prática de uma infração penal;
b) «Sentença» designa uma decisão judicial transitada em julgado pela qual é
imposta uma condenação; c) «Estado da condenação» designa o Estado no qual foi condenada a pessoa
que pode ser ou do qual foi já transferida; d) «Estado de execução» designa o Estado para o qual a pessoa é ou foi já
transferida a fim de cumprir pena; e) «Nacional» designa, relativamente às Partes, a pessoa a quem é reconhecida
esta qualidade nos termos do respetivo Direito interno; f) «Representante legal» significa a pessoa como tal considerada de acordo com
os procedimentos estabelecidos pelo Direito interno das Partes. g) «Pessoa condenada» significa o nacional de uma das Partes que se encontra
a cumprir uma condenação no território da outra Parte. 2. A qualidade de nacional, a que se refere a alínea e) no número anterior será apreciada no momento da apresentação do pedido de transferência.
Artigo 3.º Princípios gerais
1. As Partes comprometem-se a cooperar mutuamente com o objetivo de possibilitar a transferência de uma pessoa condenada no território de uma delas para o território da outra, para nele cumprir ou continuar a cumprir uma condenação que lhe foi imposta por sentença transitada em julgado. 2. A transferência pode ser pedida por qualquer das Partes ou pela pessoa condenada.
Artigo 4.º Condições para a transferência
A transferência pode ter lugar quando:
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
109
Página 110
a) A pessoa condenada no território de uma das Partes for nacional da outra Parte;
b) A sentença tiver transitado em julgado e que não se encontrem pendentes procedimentos extraordinários de revisão no momento em que são invocadas as disposições do presente Acordo;
c) A duração da condenação a cumprir ou que restar para cumprir for de, pelo
menos, um ano, na data da apresentação do pedido ao Estado da condenação;
d) Os factos que originaram a condenação constituírem infração penal e que não
constituam uma infração exclusivamente militar face ao Direito interno de ambas as Partes;
e) A pessoa condenada ou o seu representante legal, quando em virtude da sua
idade ou do seu estado físico ou mental uma das Partes o considere necessário, consentirem na transferência;
f) As Partes estiverem de acordo quanto à transferência.
g) Em situações excecionais as Partes podem acordar sobre uma transferência,
inclusivamente se o tempo a ser cumprido pela pessoa condenada for inferior a 1 ano ou se os danos resultantes do facto punível não tenham sido indemnizados na totalidade.
Artigo 5.º
Casos especiais
As Partes podem atribuir carácter de urgência à transferência de pessoa condenada por razões humanitárias e nos casos em que a pessoa condenada sofra de doença grave ou se encontre em estado terminal, devidamente comprovada por relatório médico.
Artigo 6.º
Informações 1. As Partes comprometem-se a informar as pessoas condenadas a quem o presente Acordo possa aplicar-se acerca do seu conteúdo, bem como dos termos em que a transferência se pode efetivar. 2. A Parte junto à qual a pessoa condenada manifestou o desejo de ser transferida deve informar a outra Parte deste pedido no mais curto prazo possível. 3. Se esse pedido for feito ao Estado da condenação, a informação é acompanhada de indicação da decisão deste quanto à transferência. 4. A informação referida no número anterior deve conter:
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
110
Página 111
a) Nome completo, documento de identidade, data e local de nascimento da pessoa condenada;
b) Indicação da infração penal pela qual a pessoa foi condenada, da duração da
pena ou medida aplicada e do tempo já cumprido e tempo por cumprir;
c) Certidão ou cópia autenticada da sentença, com menção expressa da data dessa sentença e da data em que ocorreu o trânsito em julgado, e o texto das disposições legais aplicadas;
d) Declaração por escrito da pessoa condenada relativa ao seu consentimento
para efeitos de transferência;
e) Sendo caso disso, qualquer relatório médico ou social sobre a pessoa interessada, sobre o tratamento de que foi objeto no Estado da condenação e quaisquer recomendações relativas ao prosseguimento desse tratamento no Estado de execução;
f) Exposição detalhada do comportamento da pessoa condenada, que permita
determinar se pode beneficiar dos benefícios previstos no direito interno do Estado de execução;
g) Outros elementos de interesse para a execução da condenação.
5. A Parte para a qual a pessoa deve ser transferida pode solicitar informações complementares que considerar necessárias. 6. A pessoa condenada deve ser informada da decisão relativa ao pedido de transferência.
Artigo 7.º Aceitação e recusa da transferência
1. As Partes apreciam o pedido de transferência de pessoa condenada, e comunicam entre elas a decisão de aceitar ou de recusar a transferência no mais curto prazo possível. 2. A recusa da transferência de pessoa condenada deve ser devidamente fundamentada.
Artigo 8.º
Autoridades centrais 1. Para efeitos de receção e de transmissão dos pedidos de transferência, bem como para todas as comunicações que lhes digam respeito, as Partes designam como autoridades centrais:
a) Pela República Portuguesa, a Procuradoria-Geral da República;
b) Pela República do Paraguai, o Ministério da Justiça.
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
111
Página 112
2. Os pedidos de transferência são transmitidos directamente, ou por via diplomática, entre as autoridades centrais das Partes.
Artigo 9.º Consentimento
1. O consentimento é prestado em conformidade com o Direito interno da Parte onde se encontra a pessoa a transferir. 2. As Partes devem assegurar-se de que a pessoa cujo consentimento para a transferência é necessário o presta voluntariamente e com plena consciência das consequências daí decorrentes.
Artigo 10.º Transferência
1. Decidida a transferência, a pessoa condenada é entregue ao Estado de execução em local acordado entre as Partes. 2. No ato de entrega da pessoa, o Estado da condenação fornece aos agentes do Estado de execução uma certidão ou relatório atualizados sobre o tempo de condenação já cumprido, os relatórios médico e social e as recomendações sobre o tratamento penitenciário.
Artigo 11.º Efeitos da transferência
1. A execução da sentença fica suspensa no Estado da condenação logo que as autoridades do Estado de execução tomem esta a seu cargo. 2. No caso de a pessoa condenada, depois de transferida, se subtrair à execução da sentença, o Estado de condenação recupera o direito de executar o remanescente da condenação que aquela teria de cumprir no Estado de execução. 3. Cumprida a condenação no Estado de execução, o Estado da condenação não pode mais executá-la.
Artigo 12.º Execução
1. A transferência de qualquer pessoa condenada somente será efetuada se a sentença for exequível no Estado de execução. 2. O Estado de execução deve assegurar ao Estado da condenação a completa execução da sentença, de acordo com o previsto no seu Direito interno. 3. O Estado de execução não pode:
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
112
Página 113
a) Agravar, aumentar ou prolongar a pena ou a medida aplicada no Estado da condenação, nem privar a pessoa condenada de qualquer direito para além do que resultar da sentença proferida no Estado da condenação;
b) Alterar a matéria de facto constante da sentença proferida no Estado da
condenação;
c) Converter uma pena privativa da liberdade em pena pecuniária. 4. Na execução da pena, observa-se o Direito interno do Estado de execução. 5. Se a duração da pena aplicada pelo Estado da condenação for superior ao limite máximo estabelecido pelo Direito interno do Estado da execução, este último executará essa sanção até ao limite máximo previsto pelo respetivo Direito interno.
Artigo 13.º Despesas
O Estado de execução é responsável pelas despesas resultantes da transferência, a partir do momento em que tomar a seu cargo a pessoa condenada, não podendo, em caso algum, reclamar o reembolso dessas despesas.
Artigo 14.º Jurisdição
O Estado da condenação mantém a exclusividade de jurisdição relativamente à sentença aplicada e a qualquer outro procedimento relativo à revisão ou modificação das sentenças proferidas pelas suas autoridades judiciárias.
Artigo 15.º Indulto, amnistia, perdão e comutação
1. As Partes podem conceder o indulto, amnistia, perdãoou a comutação da pena ou da medida de segurança, de acordo com o respetivo Direito interno. 2. Para os efeitos do número anterior, as autoridades centrais devem consultar-se previamente à concessão do indulto, amnistia, perdãoou a comutação da pena ou da medida de segurança.
Artigo 16.º
Recurso de revisão 1. Apenas o Estado da condenação pode conhecer e julgar um recurso de revisão. 2. A decisão é comunicada à outra Parte, devendo esta executar as modificações introduzidas na condenação.
Artigo 17.º Cessação da execução
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
113
Página 114
O Estado de execução deve cessar a execução da condenação quando for informado pelo Estado da condenação de qualquer decisão ou medida que tenha como efeito retirar à condenação o seu carácter executório.
Artigo 18.º Non bis in idem
1.A pessoa transferida para o território de uma das Partes não pode ser nele julgada ou condenada pelos mesmos factos por que tiver sido julgada ou condenada no território da outra Parte. 2. Todavia, uma pessoa transferida pode ser detida, julgada e condenada no Estado de execução por qualquer outro facto que não aquele que deu origem à condenação no Estado da condenação, desde que esse facto seja sancionado penalmente pelo Direito interno do Estado de execução.
Artigo 19.º Informações relativas ao cumprimento da condenação
O Estado de execução deve informar o Estado da condenação quando:
a) A condenação tiver sido cumprida ou a pessoa transferida se evadir antes de a ter terminado;
b) O Estado da condenação solicitar informação sobre o cumprimento da pena,
incluindo a concessão de liberdade condicional e a libertação do condenado.
Artigo 20.º Facilidades de trânsito
1. Se qualquer das Partes celebrar um Acordo para a transferência de pessoas condenadas com um terceiro Estado, a outra Parte deve colaborar, facilitando o trânsito através do seu território das pessoas condenadas ao abrigo do referido Acordo.
2. O Estado que tenha a intenção de proceder à transferência deve avisar previamente a outra Parte.
Artigo 21.º Aplicação no tempo
O presente Acordo aplica-se também à execução das condenações proferidas antes da sua entrada em vigor.
Artigo 22.º Língua
1. A documentação apresentada por uma das Partes ao abrigo do presente Acordo deve ser sempre acompanhada de uma tradução na língua da outra Parte.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
114
Página 115
2. Todos os documentos que sejam utilizados no quadro do presente Acordo estão isentos de qualquer formalidade de autenticação.
Artigo 23.º Entrada em vigor
O presente Acordo entra em vigor no trigésimo dia após a data da receção da segunda notificação, por escrito e por via diplomática, de que foram cumpridos os requisitos de Direito interno das Partes necessários para o efeito.
Artigo 24.º Solução de controvérsias
Qualquer controvérsia relativa à interpretação ou à aplicação do presente Acordo é solucionada através de negociação, por via diplomática.
Artigo 25.º Revisão
1. O presente Acordo pode ser objeto de revisão a pedido de qualquer das Partes. 2. As emendas entram em vigor nos termos previstos no artigo 23º do presente Acordo.
Artigo 26.º Vigência e denúncia
1. O presente Acordo permanece em vigor por período indeterminado. 2. Cada uma das Partes pode, a qualquer momento, denunciar o presente Acordo. 3. A denúncia deve ser notificada à outra Parte, por escrito e por via diplomática, produzindo efeitos 6 meses após a data de receção da respetiva notificação. 4. Não obstante a denúncia, as disposições do presente Acordo continuam a aplicar-se ao cumprimento das condenações das pessoas que tenham sido transferidas ao seu abrigo.
Artigo 27.º Registo
A Parte em cujo território o presente Acordo for assinado, no mais breve prazo possível após a sua entrada em vigor, submetê-lo-á para registo junto do Secretariado das Nações Unidas, nos termos do artigo 102.º da Carta das Nações Unidas, devendo, igualmente, notificar a outra Parte da conclusão deste procedimento e indicar-lhe o número de registo atribuído.
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
115
Página 116
Feito em Lisboa, em 11 de maio de 2017, em dois originais, nas línguas portuguesa e castelhana, fazendo ambos os textos igualmente fé.
Pela República Portuguesa Pela República do Paraguai Jorge Costa Oliveira Secretário de Estado da Internacionalização
Eladio Loizaga Ministro das Relações Exteriores
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
116
Página 117
ACUERDO ENTRE
LA REPÚBLICA PORTUGUESA Y LA REPÚBLICA DEL PARAGUAY
SOBRE TRASLADO DE PERSONAS CONDENADAS
La República Portuguesa y la República del Paraguay en adelante designados
como “Partes”;
Animadas por los lazos de fraternidad, amistad y cooperación que presiden la
relación entre los dos Estados;
Deseando profundizar las relaciones, especialmente en el campo de la cooperación
internacional en áreas de interés común, en particular en materia de derecho penal;
Conscientes de que esa cooperación debe, en atención a los intereses de la
administración de justicia, contribuir a la reinserción social de las personas
condenadas;
Evaluandoque, para el logro de estos objetivos es importante que los nacionales
de las Partes que se encuentran privados de libertad por sentencia judicial firme
dentro de un proceso penal, tengan la posibilidad de cumplir la condena en su
ambiente social de origen;
Considerando que la mejor manera de lograr este objetivo es permitir la
transferencia efectiva de las personas condenadas a sus respectivos Estados;
Deseando materializar los objetivos antes mencionados, teniendo en cuenta el compromiso de ambas Partes en la promoción y protección de los derechos humanos; y
Reconociendo los principios de igualdad, de soberanía de Estado y de respeto
mutuo; y
Animadas por el deseo de facilitar la rehabilitación de las personas condenadas
por decisiones judiciales, permitiéndoles el cumplimiento de sus condenas en el
Estado del cual son nacionales,
Acuerdan lo siguiente:
Artículo 1º
Objeto
El presente Acuerdo establece el régimen jurídico aplicable entre las Partes en
materia de traslado de personas condenadas.
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
117
Página 118
Artículo 2º
Definiciones
1. Para los fines del presente Acuerdo:
a) “Condena” significa cualquier pena o medida que involucre la privación de
libertad, incluyendo una medida de seguridad dictada por un juez o un tribunal
competente, por un periodo limitado de tiempo, en virtud de la comisión de un
hecho punible;
b) "Sentencia" significa fallo judicial firme y en estado de ejecución por la cual se
impone una condena;
c) “Estado de Condena” significa el Estado que haya impuesto una condena y del
cual la persona puede ser trasladada o lo haya sido ya;
d) "Estado de Cumplimiento" significa el Estado al cual la persona condenada podrá ser trasladada o lo haya sido con el fin de cumplir su condena; e) “Nacional” significa, con relación a las Partes, la persona a quien se reconoce esta calidad en virtud a su derecho interno; f) “Representante legal” significa la persona determinada como tal conforme al procedimiento establecido por el derecho interno de las Partes;
g) “Persona condenada” significa el nacional de una de las Partes, que se
encuentra cumpliendo una condena en territorio de la otra Parte.
2. La calidad de nacional a que se refiere el párrafo e) del numeral anterior será
considerada en el momento de la presentación de la solicitud de traslado.
Artículo 3º
Principios generales
1. Las Partes se comprometen a cooperar mutuamente con el objetivo de
posibilitar el traslado de una persona condenada en el territorio de una de las
Partes o hacia el territorio de la otra, para cumplir o continuar cumpliendo la
condena que le fuera impuesta por sentencia firme.
2. El traslado podrá ser solicitado por cualquiera de las Partes, o por la persona
condenada.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
118
Página 119
Artículo 4º
Condiciones para el traslado
El traslado se podrá otorgar cuando:
a) La persona condenada en el territorio de una de lasPartes sea nacional de la
otra Parte;
b) La sentencia sea firme o definitiva y que no queden pendientes procedimientos
extraordinarios de revisión en el momento de invocar las disposiciones del
Acuerdo;
c) La duración de la condena a ser cumplida o lo que le reste por cumplir sea de,
por lo menos un año, desde la fecha de presentación del pedido al Estado de
Condena.
d) Los hechos que originaron la condena constituyan un hecho punible y no
constituyan un hecho punible exclusivamente de carácter militar de acuerdo con el
derecho interno de ambas Partes.
e) La persona condenada debe prestar su consentimiento para realizar el traslado,
o en su defecto su representante legal, cuando, en virtud de su edad, de su estado
físico o mental, una de las Partes lo considere necesario.
f) Las Partes estuvieran de acuerdo con el traslado.
g) En casos excepcionales, las Partes podrán ponerse de acuerdo sobre un
traslado, incluso si el tiempo a ser cumplido por la persona condenada fuere
inferior a un año o si los daño, incurridos en el hecho punible, no hubieren sido
indemnizados por el monto total.
Artículo 5º
Situaciones especiales
Por razones humanitarias y en casos donde la persona condenada sufra una
enfermedad grave o en fase terminal, debidamente acreditada mediante informe
médico, las Partes podrán dar carácter de urgencia a los trámites de traslado.
Artículo 6º
Informaciones
1. Las Partes se comprometen a informar a las personas condenadas a quienes el
presente Acuerdo se pueda aplicar, sobre su contenido, así como de los términos
en que el traslado se puede hacer efectivo.
2. La Parte ante la cual la persona condenada manifestó el deseo de ser trasladada,
debe informar, al otra Parte de este pedido en el más corto plazo posible.
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
119
Página 120
3. Si el pedido fuera hecho al Estado de Condena, la información estará
acompañada de la indicación de la decisión de éste en cuanto al traslado.
4. La información referida en el numeral anterior debe contener:
a) Nombre completo, documento de identidad, fecha y lugar de nacimiento de la
persona condenada;
b) Indicación de los hechos punibles por los cuales la persona fue condenada, la
duración de la pena o medida aplicada y el tiempo ya cumplido y tiempo por
cumplir;
c) Certificado o copia autenticada de la sentencia, con mención expresa de su
fecha de emisión y la fecha que adquirió calidad de cosa juzgada, y el texto de las
disposiciones legales aplicadas;
d) Declaración por escrito de la persona condenada expresando su consentimiento
para efectos del traslado;
e) De ser el caso, cualquier informe médico o social sobre la persona interesada,
sobre el tratamiento del que fue objeto en el Estado de Condena y cualquieras
recomendaciones relativas a la continuación de ese tratamiento en el Estado de
Cumplimiento;
f) Exposición detallada del comportamiento de la persona condenada, que permita
determinar si puede acogerse a los beneficios previstos en la legislación del estado
de Cumplimiento;
g) Otros elementos de interés para la ejecución de la condena.
5. La Parte a la cual la persona debe ser trasladada puede solicitar informaciones
complementarias que considere necesarias.
6. La persona condenada será informada de la decisión relativa a la solicitud de
traslado.
Artículo 7º
Aceptación e denegación de traslado
1. Las Partes analizarán la solicitud de traslado de persona condenada, y se
comunican entre ellas la decisión de aceptar o denegar el traslado en la brevedad
posible.
2. La denegación del traslado de persona condenada deberá ser debidamente
fundamentada.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
120
Página 121
Artículo 8º
Autoridades centrales
1. Para los efectos de recepción y de transmisión de las solicitudes de traslado, así
como para todas las comunicaciones a este respeto, las Partes designan como
autoridades centrales:
a) Por la República Portuguesa: la Procuraduría General de la República;
b) Por la República del Paraguay: el Ministerio de Justicia.
2. Las solicitudes de traslados serán transmitidas directamente o, por vía
diplomática, a las autoridades centrales de las Partes.
Artículo 9º
Consentimiento
1. El consentimiento es otorgado de conformidad con el derecho interno de la
Parte donde se encuentra la persona a ser trasladada.
2. Las Partes deben asegurarse de que la persona, cuyo consentimiento para el
traslado es necesario, lo preste voluntariamente y con plena conciencia de las
consecuencias del traslado.
Artículo 10º
Traslado
1. Decidido el traslado la persona condenada es entregada al Estado de
Cumplimiento en el lugar acordado entre las Partes.
2. En el acto de entrega de la persona, el Estado de Condena entrega a los agentes
del Estado de Cumplimiento un certificado o informe actualizado sobre el tiempo
ya cumplido de condena, así como los informes médico y social y las
recomendaciones sobre tratamiento penitenciario.
Artículo 11º
Efectos del traslado
1. La ejecución de la sentencia queda suspendida en el Estado de Condena luego
que las autoridades del Estado de Cumplimiento la tomen a su cargo.
2. En caso de que la persona condenada, una vez trasladada, se sustraiga a la
ejecución de la condena, el Estado de Condena recuperará el derecho de ejecutar
el resto de la condena que ella hubiese tenido que cumplir en el Estado de
Cumplimiento.
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
121
Página 122
3. Cumplida la condena en el Estado de Cumplimiento, el Estado de Condena ya
no puede ejecutarla.
Artículo 12º
Ejecución
1. El traslado de cualquier persona condenada solamente será efectuada si la
sentencia es ejecutable en el Estado de Cumplimiento.
2. El Estado de Cumplimiento, de acuerdo a su derecho interno, deberá asegurar al
Estado de Condena la completa ejecución de la condena.
3. El Estado de Cumplimiento no puede:
a) Agravar, aumentar o prolongar la pena o medida aplicada en el Estado de
Condena, ni privar a la persona condenada de cualquier derecho más allá de lo que
resulte de la sentencia emitida en el Estado de Condena;
b) Modificar la materia de hecho que conste en la sentencia dictada en el Estado
de Condena;
c) Convertir una pena privativa de libertad en pena pecuniaria.
4. En la ejecución de la condena se observará el derecho interno del Estado de
Cumplimiento.
5. Si la duración de la condena dictada por el Estado de Condena supera el límite
máximo establecido en el derecho interno del Estado de Cumplimiento, este
último ejercerá la condena hasta el límite máximo previsto por su derecho interno.
Artículo 13º
Gastos
El Estado de Cumplimiento es responsable por los gastos resultantes del traslado,
a partir del momento en que se efectúe la entrega de la persona condenada para el
traslado y no podrá, en ninguna circunstancia, reclamar la devolución de dichos
gastos.
Artículo 14º
Jurisdicción
El Estado de Condena mantendrá jurisdicción exclusiva sobre la condena
impuesta y cualquier otro procedimiento que disponga la revisión o modificación
de las sentencias dictadas por sus órganos judiciales.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
122
Página 123
Artículo 15º
Indulto, amnistía, perdón y conmutación
1. Las Partes pueden conceder el indulto, la amnistía, el perdón o la conmutación
de la pena o medida de seguridad aplicada de conformidad con su respectivo
Derecho interno.
2. A los efectos del numeral anterior, las autoridades centrales deberán consultarse
previamente antes de que el indulto, la amnistía, el perdón o la conmutación de la
pena o medida de seguridad puedan ser concedidas.
Artículo 16º
Recurso de revisión
1. Solo El Estado de Condena puede conocer y resolver un recurso de revisión.
2. La decisión será comunicada a la otra Parte, debiendo ésta ejecutar las modificaciones introducidas en la condena.
Artículo 17º
Cesación de la ejecución
El estado de Cumplimiento deberá cesar la ejecución de la condena en caso de ser
informado por el Estado de Condena de cualquier decisión o medida que tenga por
objeto dejar sin efecto el resto de la condena.
Artículo 18º
Non bis in idem
1. La persona trasladada para el territorio de una de las Partes no puede ser
juzgada en él o condenada por los mismos hechos por los que fue juzgada o
condenada en el territorio de la otra Parte.
2. Sin embargo, una persona trasladada podrá ser detenida, juzgada y condenada
en el Estado de Cumplimiento por cualquier otro hecho que no sea aquel que dio
origen a la condena en el Estado de Condena, siempre que ese hecho sea
sancionado penalmente por el derecho interno del Estado de Cumplimiento.
Artículo 19º
Informaciones relativas al cumplimiento de la condena
El Estado de Cumplimiento debe informar al Estado de Condena cuando:
a) La condena haya sido cumplida o la persona trasladada se evada antes de haberla terminado:
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
123
Página 124
b) El Estado de Condena solicite información sobre el cumplimiento de la pena, incluyendo la concesión de libertad condicional y la libertad del
Condenado.
Artículo 20º
Facilidades de Tránsito
1. Si cualquiera de las Partes celebrara un Acuerdo para el Traslado de personas condenadas con un tercer Estado, la otra Parte deberá colaborar
facilitando el tránsito por su territorio de las personas condenadas en virtud
de dicho Acuerdo.
2. El Estado que tenga intención de efectuar tal traslado, deberá dar aviso previo de ello a la otra Parte.
Artículo 21º
Aplicación en el tiempo
El presente Acuerdo se aplica también a la ejecución de las condenas dictadas
antes de su entrada en vigor.
Artículo 22º
Idioma
1. Los recaudos presentados por una de las Partes al amparo del presente Acuerdo
deben estar siempre acompañados de una traducción en el idioma de la otra Parte.
2. Todos los documentos que se utilicen en aplicación del presente Acuerdo
estarán exentos de las formalidades de la legalización.
Artículo23º
Entrada en vigor
El presente Acuerdo entrará en vigor treinta días después de la fecha de recepción
de la última notificación, por escrito y por vía diplomática, de que fueron
cumplidos los requisitos del derecho interno de las Partes necesarios a estos
efectos.
Artículo 24º
Solución de controversias
Cualquier controversia relacionada con la interpretación o la aplicación del
presente Acuerdo es resuelta mediante negociación, por vía diplomática.
II SÉRIE-A — NÚMERO 12______________________________________________________________________________________________________
124
Página 125
Artículo 25º
Revisión
1. El presente Acuerdo puede ser objeto de revisión a petición de cualquiera de las
Partes.
2. Las enmiendas entrarán en vigencia de acuerdo con el artículo 23º del presente
Acuerdo.
Artículo26º
Vigencia y denuncia
1. El presente Acuerdo tendrá vigencia por un período de tiempo indeterminado.
2. Cualquiera de las Partes podrá denunciar, en cualquier momento, el presente
Acuerdo.
3. La denuncia deberá ser notificada a la otra Parte, por escrito y por vía
diplomática, produciendo efectos seis meses después de la fecha de recepción de
la respectiva notificación.
4. No obstante la denuncia, las disposiciones del presente Acuerdo continuarán
aplicándose al cumplimiento de las condenas de las personas que hayan sido
trasladadas bajo este régimen.
Artículo 27º
Registro
La Parte en cuyo territorio se firme el presente Acuerdo, en el plazo más breve
posible posterior a su entrada en vigencia, lo someterá para su registro ante la
secretaria de las Naciones Unidas, en los términos del Artículo 102º de la Carta de
las Naciones Unidas. Asimismo, deberá notificar a la otra Parte de la conclusión
de este procedimiento e indicarle el número de registro asignado.
Hecho en Lisboa, el 11 de mayo del 2017, en dos originales, redactados en
idiomas portugués y castellano, siendo ambos igualmente auténticos.
Por la República Portuguesa Por la República del Paraguay
Jorge Costa Oliveira Eladio Loizaga
Secretario de Estado de Internacionalización Ministro de Relaciones
Exteriores
6 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________
125
A DIVISÃO DE REDAÇÃO.