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26 DE JANEIRO DE 2023

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empregos para os jovens – 20227, «o emprego dos jovens continua a ser de baixa qualidade e particularmente

afetado pelas crises económicas.». Mais, acrescenta que «Desde 2015, o desemprego jovem é mais de 2,5

vezes superior ao desemprego total. A crise pandémica agravou a situação, levando ao aumento deste rácio

para 3,5. Encontram especiais dificuldades os jovens com menos de 25 anos, em idade de transição para o

mercado de trabalho, incluindo os mais instruídos. […] Embora até 2019 tenha havido uma diminuição da

contratação não permanente entre os jovens, nesse ano a percentagem de trabalhadores com menos de 25

anos com contratos a termo certo era de 56 %, enquanto na população total era de 18 %. A proporção de jovens

com contratos temporários involuntários em Portugal é muito superior à média europeia. Além do emprego

temporário, os jovens auferem salários baixos comparativamente à média europeia, e sem progressão salarial

na última década. Os mais escolarizados, os graduados do ensino superior, tendem a estar sobrequalificados

no emprego e, como tal, sujeitos a uma erosão das competências adquiridas.»

É, assim, fácil de perceber que a baixa qualidade do emprego, os vínculos precários, os baixos salários e a

falta de oportunidades não promovem a permanência dos jovens em Portugal, nem o empreendedorismo jovem.

Recorde-se que, segundo dados constantes no já mencionado Livro Branco, a taxa de desemprego jovem atingiu

os 38 % entre 2012-2013, o que provocou a emigração de quase 60 000 jovens com menos de 30 anos.

Se olharmos para os salários médios de outros países na Europa, que historicamente são países de

emigração portuguesa, facilmente se percebe por que razão os jovens (e não só) emigram.

Fonte: Livro Branco – Mais e melhores empregos para os jovens – 2022, disponível online em

livro_branco_compressed.4ce24c0c7a48.pdf

A verdade é que para além da falta de oportunidades e elevada taxa de desemprego, verifica-se uma

estagnação salarial em Portugal, que atualmente é agravada pela crise inflacionista e pelo aumento generalizado

dos preços da habitação.

Por outro lado, o referido Livro Branco alerta para os perigos da expansão do trabalho remoto que, numa

primeira perspetiva é algo de positivo pois permite aos jovens manterem-se em Portugal, no entanto, a verdade

é que saem na mesma do mercado de trabalho português, porque as empresas portuguesas não conseguem

competir com outras.

Um estudo da OCDE concluiu que Portugal poderia ter mais 280 000 empreendedores8, sendo que algumas

das razões para isso não acontecer é precisamente a falta de mão de obra qualificada, que em parte é justificada

7 livro_branco_compressed.4ce24c0c7a48.pdf 8 OCDE diz que Portugal podia ter mais 280 mil empreendedores – Empresas – Jornal de Negócios (jornaldenegocios.pt)

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