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II SÉRIE-A — NÚMERO 174

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superiores, registaram-se 7068 civis mortos, dos quais 438 foram crianças e jovens, 11 415 civis feridos, dos

quais 838 foram crianças e jovens, e mais de 8 de milhões de refugiados. Os estragos causados à Ucrânia e à

sua economia ascendem já a 700 biliões de dólares, segundo os mais recentes dados do Governo ucraniano.

Logo na manhã do dia 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, num vídeo

dirigido ao povo ucraniano e à comunidade internacional, apelou ao apoio dos líderes de países democráticos.

Nessa intervenção, afirmou, de forma lapidar: «se vós, caros líderes europeus, caros líderes mundiais, líderes

do mundo livre, não nos ajudarem hoje, amanhã a guerra vai bater-vos à porta»1. Desta forma, Volodymyr

Zelensky deixou claro que a resistência e luta empreendidas pela Ucrânia e pelo seu Povo serviam para defender

a liberdade, os direitos humanos, a democracia e o Estado de direito na Ucrânia, na Europa e no mundo.

Em resposta a este apelo, Portugal, os seus órgãos de soberania e a sua sociedade civil têm desde a primeira

hora tido uma postura incansável no apoio à Ucrânia e ao seu povo, nomeadamente através do acolhimento de

refugiados, do envio da ajuda humanitária, do envio de apoio militar, da aplicação de sanções a oligarcas russos

e bielorrussos e da condenação da invasão em diversos organismos internacionais.

Um dos gestos políticos mais simbólicos da parte do nosso País surgiu por proposta do PAN: a realização

de uma sessão solene de boas-vindas ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Assembleia da

República, a 21 de abril de 2022. Perante a Assembleia da República, numa sessão realizada em direto por

videoconferência, Volodymyr Zelensky lembrou que o nosso País partilha com a Ucrânia «os mesmos valores e

a mesma visão de como deve ser a vida no nosso continente» e que a luta do povo ucraniano procura defender

a «liberdade, direitos humanos, Estado de direito, igualdade para todos e a oportunidade de viver livremente e

sem nenhuma ditadura, para que todos tenham sempre o seu tempo para a felicidade e para a saudade»2.

Volvido um ano desde o início da invasão russa da Ucrânia e atendendo àquela que tem sido a evolução

desta guerra, o PAN entende que a solidariedade para com o povo ucraniano e a sua luta por uma Ucrânia

soberana, independente, livre e europeia, e por um continente europeu que fique do lado da democracia, do

Estado de direito e dos direitos humanos, carecem de gestos políticos e diplomáticos mais simbólicos da parte

de todos os países empenhados em tais desígnios.

Depois de visitas diplomáticas de Chefes de Estado à Ucrânia, de receções do Presidente da Ucrânia nos

parlamentos de diversos países do mundo e de visitas de estado a vários países pelo Presidente da Ucrânia

e/ou de altos dignitários ucranianos, o mais recente gesto simbólico de diversos países para com a Ucrânia tem

sido a atribuição das mais altas condecorações ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, enquanto

representante máximo da luta do povo ucraniano por uma Europa democrática, livre e empenhada no Estado

de direito e dos direitos humanos e em agradecimento e reconhecimento de todos os esforços empreendidos

em defesa dessa Europa. Em concreto, neste âmbito, pode referir-se a atribuição ao Presidente da Ucrânia,

Volodymyr Zelensky:

● Da primeira classe da Ordem do Leão Branco, pelo Presidente da Chéquia, Milos Zeman, a 7 de março de

2022, na sequência de uma recomendação do Parlamento e em reconhecimento da sua bravura e

coragem;

● Da Grã-Cruz da Ordem de Viesturs, pelo Presidente da Letónia, em março de 2022, em reconhecimento

da «defesa inabalável do seu país e terra»;

● Da corrente de Ouro da Ordem de Vytautas, o Grande, pelo Presidente da Lituânia, Gitanas Nausėda, a 11

de março de 2022, pelos méritos na defesa da liberdade e dos valores democráticos na Europa e em

reconhecimento da contribuição pessoal para o desenvolvimento das relações interestatais lituano-

ucranianas;

● Do prémio de Estado de Alexander Dubcek, pelo Primeiro-Ministro da Eslováquia, Eduard Geger, a 27 de

março de 2022, por ter sido um símbolo de liberdade e de esperança;

● Do Prémio de Liderança Sir Winston Churchill, pelo então Primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson, a 26

de julho de 2022, por num «momento de crise suprema, ter enfrentado um teste de liderança que foi, a

seu modo, tão severo quanto o desafio de Churchill em 1940»; e

● Da Grã-Cruz da Ordem da Legião de Honra, pelo Presidente da França, Emmanuel Macron, a 9 de fevereiro

de 2023, em reconhecimento da coragem e comprometimento demonstrados e como saudação à Ucrânia

1 Volodymyr Zelensky – Pela Ucrânia. Atlântico Press, 2022. Vol. I, página 39. 2 Volodymyr Zelensky – Pela Ucrânia. Atlântico Press, 2022. Vol II, página 98

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