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licenças de carbono. A única componente que permanece deficitária é a balança de rendimentos primários, cujo saldo se deteriorou no primeiro semestre de 2023. Neste caso, o aumento do défice reflete a redução do montante de dividendos recebidos do exterior.

Melhoria do défice externo de bens e serviços associada à recuperação dos termos de troca

No primeiro semestre, o défice do saldo externo de bens foi de 10 257,9 milhões de euros. Este valor representa uma melhoria em 1210,7 milhões face ao mesmo período do ano anterior, em resultado de um maior crescimento das exportações do que das importações (4,6% e 1,2%, respetivamente). Esta melhoria, equivalente a 0,9% do PIB, é explicada pela recuperação dos termos de troca. Estes melhoraram 3%, em resultado da diminuição dos preços implícitos das importações (-1,2%) e da subida dos preços das exportações (1,7%).

A melhoria do saldo externo reflete em larga medida o alívio dos preços dos bens energéticos nos mercados internacionais. Em particular, a evolução da balança energética (que engloba combustíveis e óleos minerais, assim como matérias betuminosas) contribuiu em 18,6 pp para a melhoria do saldo externo de bens no primeiro semestre de 2023. Destaque-se contudo que o défice externo de bens permanece superior ao registado no mesmo período de 2019, sendo que o saldo energético explica 24% desta deterioração.

Relativamente ao saldo externo de serviços, registou-se uma melhoria de 3,2% do PIB no primeiro semestre de 2023. O principal contributo para esta evolução adveio do aumento do volume de exportações de serviços, refletindo também, embora em menor medida, a recuperação dos termos de troca. Esta recuperação, em 5,6%, resultou de um aumento do preço das exportações (6,7%) bastante superior ao crescimento do preço das importações (1,1%).

A recuperação registada nos termos de troca nos bens e serviços transacionados ao longo do ano tem permitido reverter a perda de rendimento real induzida pelo aumento dos preços internacionais em 2021 e 2022. Adicionalmente, no final do primeiro semestre de 2023, Portugal é um dos dez países da área do euro cujos termos de troca evidenciam ganhos face ao ano de 2019 (enquanto no conjunto da área do euro a variação permanece negativa), ficando apenas atrás da Grécia, da Estónia, da Letónia, de Espanha e do Luxemburgo.

Gráfico 1.54. Variação homóloga do saldo da balança de bens (pontos percentuais, percentagem do PIB)

Gráfico 1.55. Termos de troca, bens e serviços (taxa de variação homóloga no primeiro semestre de 2023 face a 2019)

FONTE: INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. FONTE: EUROSTAT (CONTAS NACIONAIS).

PERSPETIVAS MACROECONÓMICAS PARA 2024

HIPÓTESES EXTERNAS

A economia mundial deve abrandar ligeiramente em 2024, estando previsto um crescimento de 2,7% (3% em 2023) de acordo com as previsões intercalares da OCDE de setembro de 2023. Esta previsão indica uma revisão em baixa em 0,2 pp face à projeção anterior (junho de 2023).

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2019 2020 2021 2022 2023

Efeito Volume Efeito Preço Efeito T. de Troca Efeito Cruzado Efeito Total

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EL EE LV ES LU PT IE CY MT FI FR NL EA20 BE AT SI DE IT HR SK LT

17 DE OUTUBRO DE 2023 ______________________________________________________________________________________________________________

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