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3 | II Série B - Número: 035S3 | 28 de Abril de 2007


Contudo, em 1886, quando a freguesia de Santa Iria de Azóia, na qual a Póvoa de Santa Iria se incluía, foi desanexada do concelho de Vila Franca de Xira, indo integrar-se no concelho de Loures, inexplicavelmente a parte do seu território constituída pela ilha do Mouchão da Póvoa não acompanhou tal mudança, ao que se crê por mero lapso.
A própria Câmara Municipal de Loures, em 1902, reclama a posse da ilha do Mouchão da Póvoa.
Em 1918 o Vereador António Simões propõe na Câmara Municipal de Loures o envio de uma representação aos poderes constituídos, a fim de que a ilha do Mouchão da Póvoa seja reincorporada na freguesia da Póvoa de Santa Iria.
Em 1926, quando é imposta a ditadura e a freguesia da Póvoa de Santa Iria regressa ao concelho de Vila Franca de Xira, a justa reivindicação de que a presente faz voz deixa de ser efectiva.
Com o regresso da democracia, em 25 de Abril de 1974, renasce a esperança da reposição da legalidade e da lógica autárquica para os povoenses, os quais teimam com grande justeza e determinação em não possuir a freguesia de Vila Franca de Xira uma autêntica colónia muito para além das suas fronteiras naturais e sociais, em pleno espaço, que, por direito e pela lógica, deverá pertencer à freguesia de Póvoa de Santa Iria.
Desde então os eleitos autárquicos da respectiva freguesia têm desenvolvido inúmeras acções no sentido da reposição da legalidade.

III — Razões de ordem social

Dom Eduardo Veiga de Araújo Júnior, descendente de António Teófilo de Araújo, 1.º Visconde dos Olivais, foi o herdeiro da propriedade designada por «Mouchão da Póvoa» aquando do falecimento de seu pai em 1918, tendo-se dedicado com grande entusiasmo à mecanização total da lavoura, onde desenvolveu processos de trabalho, tomando-se o impulsionador da exploração agrícola moderna mecanizada.
Administrador da «Sociedade Mouchão da Póvoa», Dom Eduardo Veiga de Araújo Júnior comercializou, com relevante êxito, a água minero-medicinal «Mouchão da Póvoa».
Os trabalhadores assalariados que trabalhavam no Mouchão da Póvoa eram, na sua maioria, residentes na Póvoa de Santa Iria.
O proprietário do Mouchão da Póvoa, residente nesta freguesia, onde exerceu o cargo de Comandante do Corpo de Salvação Pública da Póvoa de Santa Iria, foi homenageado petos povoenses, constando da toponímia local.
É a demonstração evidente que sempre houve um relacionamento efectivo e perpétuo desde 1805 entre os proprietários e o lugar da Póvoa de Santa lria.

Póvoa de Santa Iria, 26 de Abril de 2007.
O primeiro signatário, António Nabais.

Nota: — Desta petição foram subscritores 5177 cidadãos.

A Divisão de Redacção e Apoio Audiovisual.