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35 | II Série B - Número: 091 | 25 de Março de 2009

actuais accionistas da CAMAC.
Esta possibilidade, a disponibilidade de apoios do Governo para a promoção das exportações e para apoio transitório à liquidez, a par de outras medidas que o Governo tem vindo a anunciar e a aprovar para grandes grupos económicos do sector automóvel, permitiria sem dúvida criar as condições de base para viabilizar a CAMA e impedir o despedimento definitivo de mais trezentos trabalhadores, ainda por cima de uma faixa etária média já elevada.
Tudo depende da vontade política do Governo que tem, neste caso da CAMAC, uma oportunidade privilegiada para confirmar o que está de facto a fazer para impedir o desemprego e para ajudar a viabilizar empresas nacionais com potencialidades e vocacionadas para a exportação.
Para sensibilizar o Governo, os trabalhadores da CAMAC têm, desde o início de Janeiro, insistido - até há pouco tempo infelizmente sem sucesso - marcar uma entrevista com o Ministro da Economia, com a finalidade de o sensibilizar para a necessidade de apoiar com muita rapidez a CAMAC, já que está marcada para o final deste mês de Março uma audiência em que pode ser decretada a insolvência da empresa. Causa enorme perplexidade que o Ministro da Economia não tenha sequer dado resposta a este pedido que procura encontrara uma saída para a situação preocupante da CAMAC.
Ainda esperamos que as palavras do Governo, (que reiteradamente se diz apostado na adopção de medidas que permitam combater a crise através da defesas do emprego e do apoio a empresas viáveis), não sejam ocas nem se destinem a "cair em saco roto". Por isso, e ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, solicito ao Governo que, por intermédio do Ministério da Economia e da Inovação, me responda às seguintes perguntas: 1. Quais as razões da insensibilidade inaceitável do Ministério da Economia para com os problemas e a situação económica que a CAMAC vem atravessando? 2. Porque razão o Ministério não aplica também à CAMAC todas ou algumas das medidas que tem anunciado para outros grupos do sector automóvel? 3. Porque motivos insondáveis o Ministério não desbloqueia apoios transitórios que permitam à CAMAC ter liquidez suficiente para retomar a produção e voltar a produzir para o mercado externo, tal como sempre fez ao longo de mais de quarenta anos de actividade? 4. Que razões incompreensíveis levaram o Ministério da Economia a não responder aos pedidos insistentes e dramáticos dos trabalhadores da CAMAC para serem recebidos pelo Governo a aí exporem as suas preocupações? Palácio de São Bento, 19 de Março de 2009.