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3 | II Série B - Número: 080 | 8 de Janeiro de 2011

VOTO N.º 85/XI (2.ª) DE PESAR PELO FALECIMENTO DE PAULO LOWNDES MARQUES

No passado dia 1 de Janeiro faleceu Paulo Lowndes Marques.
А 19 de Julho de 1974 foi um dos fundadores do CDS, onde foi dirigente e sempre atento conselheiro, tendo deixado, na vida pública portuguesa, uma marca de serenidade e de cultura, aliadas a um forte sentido institucional e de compromisso, sempre sem abdicar dos seus valores.
Distinto advogado e especialista em relações internacionais, serviu como Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros no VIII Governo Constitucional. Presidente da British Historical Society of Portugal e da Câmara de Comércio Portuguesa no Reino Unido, Paulo Lowndes Marques deu um forte contributo para o fortalecimento das relações luso-britânicas e para o estudo diplomático da mais antiga aliança entre dois países europeus.
Homem de grande cultura, teve um papel preponderante em várias instituições, desde o Teatro Nacional de São Carlos à World Monuments Fund Portugal, de que era presidente e cuja primeira iniciativa — o projecto Torre de Belém — recebeu o prémio Europa Nostra. O seu envolvimento entusiástico foi sempre determinante para o sucesso de várias iniciativas, do património às artes do espectáculo.
A Assembleia da República exprime o seu pesar, presta homenagem à sua memória e apresenta à família de Paulo Lowndes Marques sentidas condolências.

Assembleia da República, 5 de Janeiro de 2011.
Os Deputados do CDS-PP: Pedro Mota Soares — Paulo Portas — José Ribeiro e Castro — Telmo Correia.

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VOTO N.º 86/XI (2.ª) DE PESAR PELO FALECIMENTO DE MALANGATANA VALENTE NGWENYA

Foi com enorme consternação e pesar que tomamos conhecimento do falecimento de Malangatana Valente Ngwenya.
Malangatana Valente Ngwenya um dos mais prestigiados pintores africanos da actualidade foi um homem do mundo, uma figura universal na área das artes.
Nasceu a 6 de Junho de 1936 em Matalana, uma povoação do distrito de Marracuene, às portas da então Lourenço Marques, hoje Maputo. Estudou até à terceira classe e aos 11 anos começou a trabalhar, foi pastor, aprendiz de curandeiro, apanhador de lenha, de bolas de ténis e empregado doméstico.
Foi no mundo das artes que se notabilizou e, nos últimos 50 anos, foi muito mais do que pintor.
Malangatana também ficou conhecido pelas suas obras de cerâmica, tapeçaria, gravura e escultura.
Contador de histórias, dinamizador cultural, poeta e actor, Malangatana começou a dedicar-se às artes com o apoio do arquiteto português Pancho Guedes, que lhe cedeu uma garagem para atelier.
Entre 1990 a 1994 foi deputado da FRELIMO e ao longo de décadas esteve ligado a causas sociais e culturais.
Criou o Museu Nacional de Arte de Moçambique e está representado em museus, galerias e colecções particulares de diversos países: Moçambique, Portugal, Alemanha, Áustria, Bulgária, Chile, Brasil, Angola, Cuba, Estados Unidos, Índia. Tem murais em Maputo e na Beira, na África do Sul e na Suazilândia, Suécia e Colômbia.
De entre muitas distinções internacionais recebidas em 50 anos de vida artística e dedicada à causa humanitária salienta-se o reconhecimento dado pela UNESCO, em 1997, ao considerar Malangatana - Artista pela Paz.
Em Fevereiro de 2010 foi distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Évora pelo seu contributo para a arte e cultura moçambicanas.

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