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reeducação vesico-esfincteriana)”.
Preconiza-se a realização de cerca de 22 mil consultas externas por ano em consultas de várias
especialidades, entre as quais Medicina Física e de Reabilitação, Neurologia, Ortopedia e
Traumatologia, Reumatologia, Medicina Interna, Psiquiatria, Cirurgia Plástica e Reconstrutiva,
Urologia ou Cirurgia Vascular, recomendando a implementação do conceito de “one day clinic”,
que permite a realização de diversos exames e consultas num só dia, de modo a evitar múltiplas
deslocações.
Enquanto instalações e equipamentos de reabilitação, este documento prevê a existência de
ludotecas de apoio nos espaços pediátricos, ginásios de fisioterapia /cinesiterapia e respetivas
salas de apoio, ginásio para reabilitação pediátrica e respetivas áreas de apoio, cabinas para
eletroterapia e massoterapia, cabinas para cinesiterapia respiratória, gabinetes/salas de terapia
ocupacional, sala de ortóteses e ajudas técnicas, gabinetes para terapia da fala, gabinetes para
neuropsicologia / reabilitação cognitiva, gabinetes para reeducação vesicoesfincteriana / bio
feedback e hidroterapia (piscina, tanque de marcha, turbilhões de Hubbard e Lo Boy).
O internamento prevê a disponibilização de 100 camas, sendo 15 para reabilitação geral, 10
para reabilitação pediátrica, 25 para reabilitação de lesões medulares, 15 para reabilitação de
traumatismos crânio-encefálicos (TCE) e 35 para reabilitação de acidentes vasculares cerebrais
(AVC) e outros doentes neurológicos.
Prevê-se igualmente a criação de um serviço de apoio comunitário, um centro de ensino e
formação permanente, destinado ao ensino pré-graduado e a formação pós-graduada, e uma
área de interação social.
Em abril de 2008, a ARS do Norte aprovou o “Estudo de viabilização económico-financeira do
Centro de Reabilitação do Norte” e, no dia 21 de maio de 2008, foi assinado o “Acordo
estratégico de Colaboração para o lançamento do Centro de Reabilitação do Norte”. A data
prevista para a conclusão do CRA era novembro de 2011; após alguns atrasos, o CRN
encontra-se agora quase pronto a entrar em funcionamento.
No entanto, o Bloco de Esquerda sabe que o projeto inicial de serviço público pode estar
comprometido. De facto, a ata nº 40 da ARS do Norte, referente a uma reunião decorrida no dia
3 de julho de 2012, menciona que o CRN “tem que assentar num modelo económico
sustentado” determinando para tal a “criação de um grupo de trabalho com vista à definição do
modelo de organização” do CRN. Este grupo, constituído por três pessoas, deverá elaborar este
estudo até ao dia 28 de setembro de 2012.
O Bloco de Esquerda vê com profunda incompreensão esta necessidade de estabelecimento de
um modelo sustentado visto que, por princípio constitucional, o SNS e as suas unidades são
suportadas pelo Orçamento de Estado. A esta incompreensão não são alheias afirmações
recentes à comunicação social, como sejam as do Ministro da Saúde, Paulo Macedo, referindo
que o CRN “só abrirá quando tiver claramente assegurada a sua viabilidade económicofinanceira” ou do Presidente da Câmara Municipal de Gaia, Luís Filipe Menezes, que afirmou
pretender estabelecer uma parceria internacional, europeia ou americana, tendo como objetivo
transformar o CRN numa unidade de turismo para a saúde, destinada a “muitos europeus da
classe A”.
Ora, o Bloco de Esquerda considera totalmente inaceitável qualquer tentativa de transformar o
2 DE OUTUBRO DE 2012
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