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II SÉRIE-B — NÚMERO 22

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Em 2005, foi eleito presidente da autarquia, cargo que desempenhou até ao fim da vida, como independente

nos últimos três anos, mas sempre como socialista convicto e como alguém que, tendo saído episodicamente

do PS, quis fazer do regresso ao seu partido o seu último ato cívico e político.

A persistência, a generosidade, a criatividade e a solidariedade são qualidades que tornam Guilherme Pinto

uma das figuras mais singulares e extraordinárias da nossa vida cívica.

Guilherme Pinto transformou radicalmente o perfil de Matosinhos, conferindo-lhe um estatuto de

modernidade de que a cidade se orgulha e as suas instituições e as suas gentes se devem honrar, divulgando

e perpetuando a sua obra e a sua memória, fazendo de si um exemplo para os vindouros.

O seu prestígio como homem público ultrapassa largamente as fronteiras do município que serviu com total

dedicação e devoção.

Para além das funções exercidas na Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto desempenhou ainda

cargos de grande relevo nacional e internacional, entre os quais a presidência da Casa da Arquitetura — Centro

Português de Arquitetura, a presidência do Fórum Europeu para a Segurança Urbana (EFUS) e a presidência

do Conselho de Administração da Rede Europeia das Cidades e Escolas de Segunda Oportunidade.

Guilherme Pinto foi ainda membro do Conselho Político do Programa Europeu para a Sustentabilidade das

Cidades e Regiões, membro do Gabinete de Estudos do PS e do Conselho de Jurisdição Nacional da JS,

Secretário Coordenador e Presidente da Comissão Política do PS de Matosinhos, presidente da Comissão de

Jurisdição da Federação Distrital do Porto do PS, membro da Comissão Nacional do PS e vice-presidente da

Junta Metropolitana do Porto.

Personalidade ímpar, Guilherme Pinto deixa um rasto de prestígio em Matosinhos, a sua cidade, a que

dedicou a sua vida de cidadão empenhado, intelectual de rara envergadura e democrata convicto.

A morte dos que partem cedo demais deixa uma mágoa que nenhuma palavra consegue agasalhar. Foi breve

a passagem de Guilherme Pinto, mas é enorme o legado e as memórias que nos deixa.

É, pois, com profunda tristeza que a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, assinala o seu

falecimento, transmitindo à sua família aqui presente o mais sentido pesar.

Assembleia da República, 12 de janeiro de 2017.

Os Deputados do PS, Carlos César — Luísa Salgueiro — Isabel Santos — Santinho Pacheco — Filipe Neto

Brandão — Elza Pais — Susana Amador — Carlos Pereira — Maria Augusta Santos — Alexandre Quintanilha

— Hortense Martins — Domingos Pereira — Lara Martinho — Tiago Barbosa Ribeiro — Ivan Gonçalves —

António Sales — Fernando Jesus — Norberto Patinho — Maria da Luz Rosinha — Odete João — Wanda

Guimarães — Eurídice Pereira — Ricardo Bexiga — Isabel Alves Moreira — Luís Graça — Ricardo Leão —

Joaquim Barreto — Edite Estrela — Renato Sampaio — Fernando Anastácio — Rosa Maria Bastos Albernaz —

André Pinotes Batista — Jamila Madeira — Pedro do Carmo — Gabriela Canavilhas — Francisca Parreira —

Hugo Costa — Sofia Araújo — Sandra Pontedeira — João Torres.

________

VOTO N.º 199/XIII (2.ª)

DE CONDENAÇÃO PELO ATAQUE TERRORISTA EM JERUSALÉM, ISRAEL

No dia 8 de janeiro, 4 pessoas israelitas morreram e 17 ficaram feridas vítimas de um cruel ataque terrorista,

depois de um condutor ter lançado deliberadamente o seu camião sobre um grupo de pessoas na Promenade

Armon Hanatziv, em Jerusalém.

Não existe qualquer justificação possível para atos terroristas e para a incitação a atividades terroristas.

A Assembleia da República, reunida em plenário, condena veementemente o recurso ao terrorismo em

qualquer circunstância e envia as suas condolências às famílias das vítimas e ao Governo de Israel.

A Assembleia da República reitera, ainda, que a violência e o terror em nada contribuem para a resolução

do conflito israelo-palestiniano; antes pelo contrário, somente o diálogo direito e construtivo entre as partes

conduzirá à paz e à estabilidade.

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13 DE JANEIRO DE 2017 7 Assembleia da República, 12 de janeiro de 2017.
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