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II SÉRIE-B — NÚMERO 13

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VOTO N.º 447/XIII (3.ª)

DE SAUDAÇÃO À ASSOCIAÇÃO ANTÓNIO FRAGOSO

No ano de 2018 assinala-se o centenário da morte de António Fragoso, um caso admirável de talento musical

raro e maturidade precoce, ceifados na flor da juventude pela vaga de gripe pneumónica que há um século

dizimou as populações da Europa.

Em outubro de 1918, António Fragoso estava a trabalhar a sua última obra, uma sonata para violino e piano.

Pouco tempo antes, a 3 de julho, tinha concluído o curso de piano no Conservatório Nacional com 20 valores.

Já então era um pianista e compositor considerado, sobretudo pelos colegas, apesar de contar apenas 21 anos

e de estar inserido num meio modesto. Os concertos que tinha dado nesses dois últimos anos, 1917 e 1918,

tinham-lhe permitido tocar publicamente muitas das suas obras. A sua grande aspiração, nessa altura, era a ida

para Paris, para estudar composição com os grandes mestres. O seu falecimento prematuro travou um percurso

que, à época, se augurava impressionante.

António Lima Fragoso nasceu em 1897 na aldeia da Pocariça, concelho de Cantanhede, distrito de Coimbra,

e ali viveu os seus primeiros anos. A sua família, reconhecidamente culta — o único livro sobre a Pocariça foi

escrito e editado por seu pai —, permitiu-lhe aprender cedo as primeiras letras e notas musicais. O seu tio,

António Santos Tovim, médico em Cantanhede, ensinou-lhe a ler as pautas musicais e a tocar piano. Mais tarde,

em 1907, foi para o Porto, para frequentar o Curso Geral dos Liceus. Ficou a residir na casa de um tio e padrinho,

Professor Doutor José d’Oliveira Lima. É no Porto que frequenta o Conservatório e continua a estudar piano,

com Ernesto Maia.

Desde 2009 que o estudo, a revisão, a edição e a difusão das obras musicais deixadas por António Fragoso

são impulsionados pela Associação António Fragoso, que, sob a presidência de Eduardo Fragoso Martins

Soares, tem desenvolvido um trabalho assinalável para o conhecimento de Fragoso e da sua obra, contribuindo,

ainda, para perspetivar a relevância dessa obra no seu tempo.

Neste contexto, a Assembleia da República formula um voto de saudação à Associação António Fragoso no

momento em que esta assinala o centenário da morte do compositor, através de mais de uma centena de

iniciativas culturais a realizar em cerca de quarenta localidades do território nacional e catorze concertos no

estrangeiro, divulgando, ampla e dignamente, o legado musical e literário de António Fragoso

Palácio de S. Bento, 5 de dezembro de 2017.

Autores: Fernando Jesus (PS) — Santinho Pacheco (PS) — José Manuel Carpinteira (PS) — António Sales

(PS) — Maria da Luz Rosinha (PS) — João Azevedo Castro (PS) — Isabel Alves Moreira (PS) — Pedro do

Carmo (PS) — Sofia Araújo (PS) — Álvaro Batista (PSD) — José Silvano (PSD) — Elza Pais (PS) — Francisco

Rocha (PS) — José Rui Cruz (PS) — Idália Salvador Serrão (PS) — Rui Riso (PS) — Lúcia Araújo Silva (PS) —

Ana Passos (PS) — Cristóvão Crespo (PSD) — Heloísa Apolónia (Os Verdes) — Pedro Pimpão (PSD) — Berta

Cabral (PSD) — Palmira Maciel (PS) — José Miguel Medeiros (PS) — Carla Tavares (PS) — Edite Estrela (PS)

— António Ventura (PSD) — Luís Leite Ramos (PSD) — José Carlos Barros (PSD) — António Costa Silva (PSD)

— Ana Rita Bessa (CDS-PP) — Susana Lamas (PSD) — Maria Germana Rocha (PSD) — Carla Sousa (PS) —

Norberto Patinho (PS) — Eurídice Pereira (PS) — Jorge Paulo Oliveira (PSD) — Regina Bastos (PSD) — Luís

Graça (PS) — Ivan Gonçalves (PS) — João Torres (PS) — Cristóvão Norte (PSD) — Sandra Pereira (PSD) —

Vitalino Canas (PS) — Gabriela Canavilhas (PS) — Ângela Guerra (PSD) — Sara Madruga da Costa (PSD) —

João Gouveia (PS) — Carlos Silva (PSD).

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