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11 DE MAIO DE 2018

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urbanas e não urbanas que coincidem com o troço da EN125, entre a rotunda da Aldeia Nova (limite dos

concelhos de Vila Real de Santo António e Castro Marim) e a zona de Olhão Nascente, sobre o péssimo e

inseguro estado do pavimento da mesma, bem como das respetivas bermas.

Quem aí transita diariamente depara-se com um pavimento muitíssimo degradado, repleto de muitos e

enormes buracos, e remendos – obrigando os condutores a constantes desvios de trajetória e a utilizarem o

lado oposto da faixa de rodagem, colocando em perigo a segurança rodoviária –, lençóis de água – onde o

fenómeno da aquaplanagem deixa de ser um acaso para passar a ser uma certeza e, dessa forma, aumentar

a perigosidade para quem aí transita –, bermas completamente intransitáveis para a circulação pedonal,

completamente enlameadas, cobertas de enormes poças de água e muitas zonas onde as bermas deixam de

existir, obrigando os peões a terem de transitar dentro da faixa de rodagem, continuando, neste caso, a

aumentar a probabilidade de acidente e de manifesta insegurança para o trânsito de veículos e pedonal.

As obras de requalificação da EN125, no troço acima referido, têm vindo constantemente a ser adiadas,

num «jogo do empurra» entre várias entidades: Estado português, Infraestruturas de Portugal e Rotas do

Algarve Litoral, SA, sem o desejado fim à vista. Fala-se também que, devido a este «jogo» irresponsável, o

Tribunal de Contas não pode dar luz verde para o início das obras de requalificação no Sotavento Algarvio, o

que nos indigna profundamente devido à dualidade de critérios em relação ao Barlavento onde as obras estão

concluídas em cerca de 95%.

As obras de requalificação da EN125 foram lançadas em 2009, com o objetivo de fazer desta estrada uma

via segura. A concessionária, Rotas do Algarve Litoral, a quem foi atribuída a subconcessão da obra pelas

Infraestruturas de Portugal, não cumpriu o que estava estipulado na Parceria Público-Privada, sendo que as

obras, por falta de financiamento, e por ordem do anterior Governo, pararam em meados de 2012. Nos últimos

anos, após várias negociações e alguns braços-de-ferro, os investimentos previstos foram diminuindo,

originando cortes financeiros nas obras anteriormente programadas e em algumas já iniciadas. Chegou a estar

programado o início das obras no Sotavento Algarvio para o ano de 2015, o que não se veio a verificar.

No passado mês de janeiro de 2017, o Sr. Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques,

veio ao Algarve e afirmou: «As primeiras obras de requalificação do troço da EN125 entre Olhão e Vila Real de

Santo António vão começar no terceiro trimestre de 2017 para estarem prontas em 2018» e «As intervenções

que avançam antes do final do ano são as consideradas prioritárias, nomeadamente a zona à saída de Olhão

para Sotavento, a ponte de Almargem e a criação de uma nova rotunda de acesso à Praia Verde». As

referidas obras ainda não iniciaram.

Consideramos que se trata de uma enorme injustiça para com os residentes e turistas do Sotavento

Algarvio, levando-nos a questionar se existem algarvios e turistas de primeira e de segunda. Não nos

podemos esquecer que este lado do Algarve é a porta de entrada de quase todo o turismo europeu, por via

terrestre, e o acesso diário dos turistas espanhóis à nossa região e, consequentemente, ao nosso País. Não

nos conformamos em dar esta péssima imagem a esses turistas, muito menos a nós residentes, obrigando-

nos a utilizar a A22 (Via do Infante) com custos monetários consideráveis, sendo este um dos motivos pelos

quais diminui o número de visitantes no Algarve, via terrestre.

Além disso, as nossas entidades responsáveis afirmam que a EN125 é a alternativa natural à A22, mas

consideramos que uma alternativa só o é se transmitir a todos os seus utilizadores a devida segurança

rodoviária e pedonal – o que se tem mostrado completamente o oposto, verificando-se um considerável

aumento de acidentes e mortes nos últimos anos na EN125. Note-se que nos primeiros três meses do ano,

ocorreram mais de 2000 acidentes nas estradas algarvias, resultando dos mesmos 9 vítimas mortais.

Sendo assim, lançamos uma petição pública, online e em suporte papel, para reunirmos o mínimo de 4000

assinaturas, por forma a levarmos este caso a plenário na Assembleia da República: o objetivo está cumprido

e estamos prontos para as entregar.

Felizmente, conseguimos reunir o apoio da população em geral, das autarquias de Castro Marim e Vila

Real de Santo António, das respetivas Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia dos dois concelhos e

dos Deputados pelo Algarve na Assembleia da República.

Esta causa não é apenas nossa, é de todos os algarvios em particular e de todos os que nos visitam e nos

permitem grande parte da nossa sustentabilidade económica.

Contamos com o seu inegável sentido de Estado e o apoio que entendemos que os algarvios do Sotavento

merecem.

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