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11 DE MARÇO DE 2023

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da Cooperativa Pragma, editor dos Cadernos GEDOC, Presidente do Centro Nacional de Cultura e colaborador

da Revista O Tempo e o Modo. Em 1969, assumiria ainda uma candidatura a Deputado nas listas da oposição,

integrando a lista da CDE por Lisboa.

Após o 25 de Abril, logo em 1974 e 1975 chefiou a delegação portuguesa em várias missões de natureza

política e económico-financeira, designadamente em Angola e Moçambique. Mais tarde, entre 1975 e 1976, num

período de especial complexidade e exigência, exerceu as funções de Embaixador de Portugal junto das Nações

Unidas, acompanhando o processo de descolonização e afirmando a firme oposição portuguesa à ocupação de

Timor-Leste.

Militante pelos ideais socialistas, logo após a Revolução contou-se entre os fundadores do Grupo de

Intervenção Socialista, de que foi dirigente, aderindo posteriormente ao Partido Socialista, de que permaneceu

dirigente nacional até à década de 90 e que o fez, como bem observou o atual Presidente da República:

«presente praticamente em todos os momentos essenciais da vida política portuguesa dos últimos 50 anos».

No quadro do apurado sentido de Estado que o norteou em todas as funções públicas que exerceu ao longo

da vida, integraria ainda o Conselho de Estado, de 1996 a 2006, por designação do Presidente da República.

A par do exercício da advocacia, que muito honrou — e cuja Ordem viria a distingui-lo com a sua Medalha

de Honra, em 2010 —, José Manuel Galvão Teles manteve uma atividade cívica da maior relevância, oferecendo

o seu contributo em diversas entidades ligadas à cultura, de que são exemplo as Fundações de Serralves, Mário

Soares, as Casas de Fronteira e Alorna e Júlio Pomar.

Foi agraciado pelo Presidente da República Jorge Sampaio, em 2005, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de

Cristo e, no final de 2022, pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

José Manuel Galvão Teles foi um dos homens que sonhou e ajudou a conquistar a nossa Liberdade. Desde

muito jovem combatente contra a ditadura, a ele ficamos também a dever parte da construção da democracia

plural que hoje somos.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República expressa o seu pesar pela morte de José

Manuel Galvão Teles saudando o seu percurso cívico na construção da democracia e endereça aos seus

familiares e amigos as suas mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 7 de março de 2023.

Os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Filipe Neto Brandão — Pedro Delgado Alves — Francisco

Rocha — Ricardo Lima — Joaquim Barreto — Cristina Mendes da Silva — Anabela Real — Jorge Gabriel Martins

— Palmira Maciel — António Sales — Maria João Castro — Luís Capoulas Santos — Maria da Luz Rosinha —

Diogo Cunha — Eduardo Oliveira — Eurídice Pereira — Lúcia Araújo da Silva — António Pedro Faria — Gilberto

Anjos — Susana Amador — Susana Correia — Ana Isabel Santos — Pedro Coimbra — Rui Lage — Irene Costa

— Pedro do Carmo — António Monteirinho — Tiago Brandão Rodrigues — Ana Bernardo — Jorge Seguro

Sanches — Rosário Gambôa — Miguel Iglésias — Eunice Pratas — Sofia Andrade — Paulo Marques — João

Miguel Nicolau — Fátima Correia Pinto — Cristina Sousa — Fernando José — Romualda Nunes Fernandes —

Francisco Pereira de Oliveira — Pedro Anastácio — Sara Velez — Agostinho Santa — Pedro Cegonho — Tiago

Estevão Martins — Nelson Brito — João Azevedo — José Rui Cruz — José Carlos Alexandrino — Sérgio Monte

— Marta Freitas — Eduardo Alves — João Azevedo Castro — Edite Estrela — Norberto Patinho — Carlos

Pereira — Ivan Gonçalves.

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PROJETO DE VOTO N.º 288/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ANTÓNIO SALVADO

Faleceu no passado dia 5 de março, aos 87 anos, o poeta e escritor António Salvado.

Nascido a 20 de fevereiro de 1936 em Castelo Branco, António Salvado concluiu o curso liceal na sua cidade