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Quinta-feira, 14 de setembro de 2023 II Série-B — Número 103

XV LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2022-2023)

S U M Á R I O

Projetos de Voto (n.os 416 a 432/XV/1.ª):

N.º 416/XV/1.ª (PS) — De pesar pelas vítimas da ditadura chilena, nos 50 anos da morte de Salvador Allende e do golpe de Estado de 1973. N.º 417/XV/1.ª (CH) — De pesar pela morte de Herlander Felga Ribeiro. N.º 418/XV/1.ª (CH) — De congratulação pela prestação e medalhas conquistadas nos Campeonatos Paralímpicos Europeus 2023. N.º 419/XV/1.ª (PSD) — De saudação aos atletas Maria Inês de Barros e João Paulo Azevedo pela conquista do título de campeões do mundo de fosso olímpico em equipas mistas. N.º 420/XV/1.ª (PSD) — De saudação pelos resultados alcançados pela Missão Portuguesa nos Jogos Mundiais Universitários. N.º 421/XV/1.ª (CH) — De congratulação pela conquista do campeonato mundial da disciplina de tiro de fosso olímpico por Maria Inês de Barros e João Paulo Azevedo. N.º 422/XV/1.ª (CH) — De congratulação pela prestação e medalhas conquistadas pelos atletas portugueses no 9.º Campeonato Mundial de Wushu Kung Fu Tradicional. N.º 423/XV/1.ª (PSD) — De saudação pela prestação e

resultados alcançados pela Delegação Portuguesa nos Campeonatos Paralímpicos Europeus 2023. N.º 424/XV/1.ª (Comissão de Saúde) — De saudação a Maria da Graça Freitas por quatro décadas de dedicação ao serviço público na área da saúde. N.º 425/XV/1.ª (PSD) — De congratulação pela vitória da democracia e da liberdade na sequência dos ataques terroristas do 11 de setembro de 2001. N.º 426/XV/1.ª (PSD) — De pesar pelas vítimas do sismo ocorrido em Marrocos. N.º 427/XV/1.ª (PAR) — De saudação pelos 50 anos do Movimento dos Capitães. N.º 428/XV/1.ª (PCP) — De solidariedade com o povo chileno nos 50 anos do golpe militar fascista no Chile. N.º 429/XV/1.ª (PAR e subscrito por uma Deputada do PSD) — De pesar pelas vítimas do sismo ocorrido em Marrocos. N.º 430/XV/1.ª (PAR e subscrito por uma Deputada do PSD) — De pesar pelas vítimas das inundações na Líbia. N.º 431/XV/1.ª (PS, PSD) — De saudação pelos 75 anos da Rádio Altitude. N.º 432/XV/1.ª (PSD) — De pesar pelo falecimento de Maria Teodora Osório Pereira Cardoso.

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PROJETO DE VOTO N.º 416/XV/1.ª

DE PESAR PELAS VÍTIMAS DA DITADURA CHILENA, NOS 50 ANOS DA MORTE DE SALVADOR

ALLENDE E DO GOLPE DE ESTADO DE 1973

Há 50 anos, a 11 de setembro de 1973, o regime democrático constitucional chileno foi violentamente

derrubado por um golpe de Estado perpetrado pelo General Augusto Pinochet com o apoio de militares

nacionalistas, derrubando o Governo do Presidente Salvador Allende e causando milhares de vítimas, repressão

e supressão das liberdades e dos direitos fundamentais nos anos seguintes.

Allende, fundador do Partido Socialista chileno, foi o 57.º Presidente do Chile, eleito em 1970, concorrendo

com o apoio de uma ampla e vitoriosa coligação de esquerda, a União Popular, tendo ficado em primeiro lugar

no voto popular, com 36,2 % dos votos. Após a sua tomada de posse, e apesar de enfrentar substancial

resistência por parte de setores mais conservadores do espetro partidário e da sociedade chilena, Allende

conseguiu impulsionar o programa com que se apresentara a sufrágio e que ficou conhecido popularmente como

a «via chilena para o socialismo».

Não obstante o respeito pelo quadro constitucional e legal na implementação do novo programa de reformas,

a política chilena permaneceu polarizada, com conflitos que escalaram gradualmente entre 1970 e 1973,

instalando-se um clima de tensão fortemente influenciado pela Guerra Fria e o confronto dos blocos ideológicos.

Em 11 de setembro de 1973, a meio do seu mandato, e recusando a pressão para renunciar ao cargo para

o qual tinha sido democrática e constitucionalmente eleito, Allende acabaria deposto por um golpe de Estado

comandando pelo General Augusto Pinochet, que estabeleceu uma ditadura militar durante 17 anos (1973-

1990).

Allende acabaria por falecer nesse dia 11 de setembro, na sequência do cerco e assalto à sede da

presidência no Palácio de La Moneda, bombardeado pelas forças golpistas, como que tornando proféticas as

palavras que proferira anos antes, de que «vale apenas a pena morrer pelas coisas sem as quais não vale a

pena viver…».

A repressiva ditadura de Pinochet que se seguiu levou à supressão de direitos e liberdades, à dissolução de

partidos, à perseguição de dissidentes políticos e a brutais violações de direitos humanos, como são exemplo

as execuções no campo de concentração de Chacabuco, no Deserto do Atacama, e em pleno estádio nacional,

onde foram detidos e torturados milhares de chilenos nos primeiros dias da ditadura. No total, o regime fez mais

de 40 mil vítimas, entre executados, detidos, desaparecidos, torturados e presos políticos, forçando ainda cerca

de 200 mil chilenos ao exílio.

Hoje, 50 anos depois do golpe, ainda que os eventos que acabaram com a democracia em 1973 se afigurem

distantes, há um dever de memória que deve ser cumprido, honrando as vítimas e recordando que as forças e

movimentos autoritários e nacionalistas não são apenas um dado histórico do passado, mas uma realidade que

irrompe hoje em muitos pontos do globo, incluindo na Europa, ameaçando a democracia e as suas conquistas.

Assim, cumprindo um dever de memória em defesa da democracia e do Estado de direito, a Assembleia da

República manifesta o seu pesar pelas vítimas da ditadura de Augusto Pinochet, quando se assinalam os 50

anos da morte de Salvador Allende e do golpe de Estado de 1973, no Chile.

Palácio de São Bento, 11 de setembro de 2023.

As Deputadas e os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Jamila Madeira — Paulo Pisco — Francisco

César — Miguel Matos — Pedro Delgado Alves — Maria da Luz Rosinha — António Sales — Paulo Marques —

Carlos Pereira — Isabel Guerreiro — Sérgio Monte — Porfírio Silva — Berta Nunes — Mara Lagriminha Coelho

— João Miguel Nicolau — Sara Velez — Diogo Cunha — João Paulo Rebelo — José Rui Cruz — Luís Capoulas

Santos — Anabela Real — Marta Temido — Paula Reis — Paulo Araújo Correia — Norberto Patinho —

Fernando José — Maria João Castro — Rosário Gambôa — Palmira Maciel — Tiago Barbosa Ribeiro — Tiago

Brandão Rodrigues — Carla Sousa — Cristina Mendes da Silva — Susana Barroso — Ivan Gonçalves —

Eduardo Alves — Clarisse Campos — Rui Lage — Joaquim Barreto — Eurídice Pereira — Bárbara Dias —

Miguel Iglésias — Sérgio Ávila — Eduardo Oliveira — Lúcia Araújo da Silva — Ana Bernardo — Jorge Seguro

Sanches — Pedro Cegonho — Susana Correia — José Carlos Alexandrino — Ana Isabel Santos — Rita Borges

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Madeira — António Monteirinho — José Pedro Ferreira — João Azevedo — Anabela Rodrigues — Catarina

Lobo — Alexandra Leitão — Gilberto Anjos — Miguel Cabrita — Agostinho Santa — Jorge Botelho — Francisco

Pereira de Oliveira — Jorge Gabriel Martins — Pedro Anastácio — Joana Sá Pereira — Susana Amador —

Cristina Sousa — Sofia Andrade — António Pedro Faria — Irene Costa — João Azevedo Castro — Pompeu

Martins — Fátima Correia Pinto — Nelson Brito — Dora Brandão — Romualda Nunes Fernandes — Hugo

Oliveira — Luís Soares — Pedro Coimbra — Raquel Ferreira — Hugo Costa — José Carlos Barbosa — Tiago

Estevão Martins — Tiago Soares Monteiro — Miguel dos Santos Rodrigues — Patrícia Faro — Carlos Brás —

André Pinotes Batista — Edite Estrela — Marta Freitas.

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PROJETO DE VOTO N.º 417/XV/1.ª

DE PESAR PELA MORTE DE HERLANDER FELGA RIBEIRO

Nascido na cidade de Lisboa a 30 de maio de 1943, Herlander Felga Ribeiro foi um nadador olímpico que

representou a bandeira de Portugal nos Jogos Olímpicos de Roma em 1960 e de Tóquio em 1964, tendo

alcançado a marca de 59,60 segundos nos 100 metros livres a 6 de agosto de 1960, transformando-se assim

no primeiro nadador português a baixar a marca de 1 minuto nesta modalidade.

Atleta do icónico Sport Algés e Dafundo, Herlander Felga Ribeiro permaneceu ligado à natação como

treinador no Belenenses e no Benfica.

A cultura de piscina deste atleta vingou também através da sua filha Paula Alexandre Ribeiro Vital, Campeã

Nacional de Polo Aquático e do seu neto João Vital, também ele nadador internacional.

Um dos maiores símbolos da natação nacional morreu no passado dia 22 de agosto, aos 80 anos de idade.

Pelo exposto, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu pesar pelo

falecimento de Herlander Felga Ribeiro e transmite as mais profundas condolências aos seus familiares e

amigos.

Palácio de São Bento, 11 de setembro de 2023.

Os Deputados do CH: André Ventura — Bruno Nunes — Diogo Pacheco de Amorim — Filipe Melo — Gabriel

Mithá Ribeiro — Jorge Galveias — Pedro dos Santos Frazão — Pedro Pessanha — Pedro Pinto — Rita Matias

— Rui Afonso — Rui Paulo Sousa.

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PROJETO DE VOTO N.º 418/XV/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELA PRESTAÇÃO E MEDALHAS CONQUISTADAS NOS CAMPEONATOS

PARALÍMPICOS EUROPEUS 2023

Realizou-se entre os dias 8 e 20 de agosto, na cidade de Roterdão, nos Países Baixos, o Campeonato

Paralímpico Europeu.

Ao todo, a competição envolveu a participação de 1500 atletas de 45 países, sendo que Portugal esteve

representado por 26 atletas em seis das dez modalidades que o programa contemplava, nomeadamente nas

competições de badmínton, boccia, ciclismo, judo, tiro e ténis em cadeira de rodas.

Contas feitas, no final desta edição do Campeonato Paralímpico Europeu, a missão portuguesa conquistou

um total de 12 medalhas, duas de ouro, duas de prata e oito de bronze, deixando assim uma boa perspetiva

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para os Jogos Paralímpicos de 2024, em Paris, e prestigiando, logo numa primeira apresentação, o desporto

nacional com excelentes prestações tanto a nível individual como coletivo.

As medalhas conquistadas foram as seguintes:

De ouro:

– Miguel Vieira – -60kg J1 de judo;

– Carla Oliveira – boccia BC4.

De prata:

– Ana Correia – boccia BC2;

– Bernardo Vieira – ciclismo C1 (contrarrelógio).

De bronze:

– Djibrilo – -73 Kg J1 de judo;

– Carla Oliveira e Nuno Guerreiro – boccia BC4;

– André Ramos – boccia BC1;

– Cristina Gonçalves, David Araújo e André Ramos – boccia BC1/BC2;

– Beatriz Monteiro – badmínton SU5;

– Diogo Daniel – badmínton SL4;

– Bernardo Vieira – ciclismo C1 (prova em linha).

Assim, e pelo exposto, o Grupo Parlamentar do Chega congratula todos os atletas portugueses que

participaram no Campeonato Paralímpico Europeu 2023, em especial às 12 medalhas conquistadasque em

muito dignificam o nosso País ambicionando que todas as competições futuras continuem a espelhar o empenho

e dedicação ao desporto.

Palácio de São Bento, 11 de setembro de 2023.

Os Deputados do CH: André Ventura — Bruno Nunes — Diogo Pacheco de Amorim — Filipe Melo — Gabriel

Mithá Ribeiro — Jorge Galveias — Pedro dos Santos Frazão — Pedro Pessanha — Pedro Pinto — Rita Matias

— Rui Afonso — Rui Paulo Sousa.

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PROJETO DE VOTO N.º 419/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO AOS ATLETAS MARIA INÊS DE BARROS E JOÃO PAULO AZEVEDO PELA

CONQUISTA DO TÍTULO DE CAMPEÕES DO MUNDO DE FOSSO OLÍMPICO EM EQUIPAS MISTAS

A equipa portuguesa constituída por Maria Inês de Barros e João Paulo Azevedo sagrou-se, no passado mês

de agosto, campeã mundial ao conquistar a medalha de ouro na prova de equipas mistas de tiro com armas de

caça no Campeonato do Mundo que se disputou em Baku, no Azerbaijão.

Este grande feito internacional na modalidade tiro desportivo ocorre quando estes dois atletas oriundos de

Penafiel conseguiram uma marca extraordinária, superando todos os seus adversários, especialmente a equipa

dos Estados Unidos da América no shot-off pelo primeiro lugar, com uma notável prestação de tiros certeiros.

Esta brilhante vitória assume particular relevância uma vez que assegura a participação de mais dois atletas

portugueses nos próximos jogos olímpicos que terão lugar no próximo ano em Paris. Para além disso este título

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mundial foi obtido num campeonato mundial de tiro onde participaram mais de 1200 atletas provenientes de 101

países.

Assim, a Assembleia da República saúda os atiradores Maria Inês de Barros e João Paulo Azevedo pelo

título mundial de fosso olímpico conquistado em Baku, agradecendo a prestação digna e honrosa que

demonstraram neste campeonato do mundo. Aos atletas, treinador e Federação Portuguesa de Tiro com Armas

de Caça formula votos dos maiores sucessos futuros.

Palácio de São Bento, 12 setembro de 2023.

Os(as) Deputados(as) do PSD: Alexandre Poço — Carla Madureira — Fernanda Velez — Inês Barroso —

Guilherme Almeida — Cláudia Bento — Cristiana Ferreira — Dinis Ramos — Cláudia André — Firmino Marques

— João Montenegro — João Prata — Maria Emília Apolinário — Paulo Rios de Oliveira — Pedro Melo Lopes —

Rui Vilar.

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PROJETO DE VOTO N.º 420/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO PELOS RESULTADOS ALCANÇADOS PELA MISSÃO PORTUGUESA NOS JOGOS

MUNDIAIS UNIVERSITÁRIOS

Portugal alcançou a melhor participação de sempre nos Jogos Mundiais Universitários realizados em

Chengdu, na China, entre 28 de julho e 6 de agosto de 2023.

Naquela que é a maior competição de desporto universitário, os atletas portugueses conquistaram sete

medalhas, três de ouro e quatro de prata, um feito que nos enche a todos de orgulho.

As três medalhas de ouro foram conquistadas por João Coelho nos 400 metros (recorde nacional, recorde

da FISU e mínimos para Paris 2024), Gabriel Lopes nos 200 m estilos e Mariana Machado nos 5000 m.

Conseguiram medalhas de prata a nadadora Camila Rebelo, nos 100 e 200 metros costas, Eliana Bandeira no

lançamento de peso, e Décio Andrade no lançamento do martelo.

Nestes jogos, onde participaram cerca de 7500 estudantes-atletas de 1700 instituições de ensino superior

de todo o mundo, os estudantes-atletas portugueses demonstraram inequivocamente o seu valor, qualidade e

capacidade. Entre 111 países que participaram, Portugal ficou em 18.º lugar, à frente de países como os EUA,

Brasil e Espanha.

Está de parabéns o desporto universitário português com uma nova geração de estudantes de excelência e

atletas muito promissores, disponíveis para conciliar a sua carreira académica com a sua carreira desportiva,

colocando nessa conciliação e nessa ambição muito esforço e dedicação.

Assim, a Assembleia da República saúda a Missão Portuguesa que alcançou a sua melhor participação de

sempre nos Jogos Mundiais Universitários e conquistou sete medalhas, três de ouro e quatro de prata.

Palácio de São Bento, 12 setembro de 2023.

Os(as) Deputados(as) do PSD: Alexandre Poço — Carla Madureira — Fernanda Velez — Inês Barroso —

Guilherme Almeida — Cláudia Bento — Cristiana Ferreira — Dinis Ramos — Cláudia André — Firmino Marques

— João Montenegro — João Prata — Maria Emília Apolinário — Paulo Rios de Oliveira — Pedro Melo Lopes —

Rui Vilar.

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PROJETO DE VOTO N.º 421/XV/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELA CONQUISTA DO CAMPEONATO MUNDIAL DA DISCIPLINA DE TIRO

DE FOSSO OLÍMPICO POR MARIA INÊS DE BARROS E JOÃO PAULO AZEVEDO

No torneio que teve lugar em Baku, a dupla portuguesa de fosso olímpico, Maria Inês de Barros e João Paulo

Azevedo, conquistou o título mundial desta modalidade de tiro, superando a equipa dos Estados Unidos no

desempate1.

Ambas as equipas terminaram as três rondas com um total de 142 pontos. João Paulo Azevedo contribuiu

com 73 acertos, enquanto Maria Inês de Barros adicionou 69. No desempate, a equipa portuguesa superou a

norte-americana com 13 tiros certeiros contra 12. A dupla norte-americana era composta por Derrick Scott Mein

e Rachel Leighanne Tozier.

A notável prestação da equipa portuguesa de fosso olímpico, composta por Maria Inês de Barros e João

Paulo Azevedo, no campeonato mundial que teve lugar em Baku, que, com determinação, técnica e espírito

desportivo, elevou o nome de Portugal ao mais alto patamar nesta disciplina de tiro, conquistando o título

mundial, é exemplo de dedicação, esforço e talento que ambos os atletas representam para a juventude

portuguesa e para todos os desportistas nacionais.

Assim, e pelo exposto, o Grupo Parlamentar do Chega congratula a prestação de Maria Inês de Barros e

João Paulo Azevedo pela conquista do título mundial da disciplina de tiro de fosso olímpico, reconhecendo o

seu mérito e a importância deste feito para o desporto nacional, expressando o orgulho e admiração da nação

portuguesa por esta conquista, que reflete o empenho, a dedicação e a excelência dos nossos atletas no cenário

desportivo internacional.

Palácio de São Bento, 12 de setembro de 2023.

Os Deputados do CH: André Ventura — Bruno Nunes — Diogo Pacheco de Amorim — Filipe Melo — Gabriel

Mithá Ribeiro — Jorge Galveias — Pedro dos Santos Frazão — Pedro Pessanha — Pedro Pinto — Rita Matias

— Rui Afonso — Rui Paulo Sousa.

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PROJETO DE VOTO N.º 422/XV/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELA PRESTAÇÃO E MEDALHAS CONQUISTADAS PELOS ATLETAS

PORTUGUESES NO 9.º CAMPEONATO MUNDIAL DE WUSHU KUNG FU TRADICIONAL

O 9.º Campeonato Mundial de Wushu Kung Fu Tradicional teve lugar em Emeishan, província de Sichuan,

China, de 23 a 28 de agosto, tendo Portugal sido representado por um conjunto de talentosos atletas.

Entre eles, destacaremos Miguel Azevedo e Sérgio Almeida, ambos de Arouca, que participaram como

membros da Seleção Nacional de Artes Marciais Chinesas – UPD1.

Sérgio Almeida destacou-se ao tornar-se Vice-Campeão Mundial de Kung Fu Tradicional, arrecadando a

medalha de prata na categoria punhos, e ainda alcançou a medalha de bronze na categoria de armas,

especificamente no sabre.

Miguel Azevedo, por sua vez, garantiu a medalha de bronze na categoria de armas, com a lança, e alcançou

a quarta posição na categoria punhos.

Juntos, na competição de dulian (forma de dois homens), Miguel Azevedo e Sérgio Almeida conseguiram

uma notável 8.ª posição entre 25 pares concorrentes.

1 Vide https://www.ojogo.pt/modalidades/noticias/portugal-sagra-se-campeao-mundial-de-fosso-olimpico-16914334.html e https://www.publi co.pt/2023/08/25/desporto/noticia/tiro-equipa-portuguesa-campea-mundial-fosso-olimpico-2061257. 1 Vide https://discurso-directo.com/2023/09/04/atletas-arouquenses-medalhados-com-prata-e-bronze-no-campeonato-do-mundo-de-kung-fu/.

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Também o nosso atleta Daniel David, oriundo da Vidigueira, obteve uma medalha de prata no mesmo

campeonato mundial2.

O desportista alentejano destacou-se na categoria Men's other barehand routines – Group E, onde alcançou

a medalha de prata.

Este campeonato, sob a égide da International Wushu Federation (IWUF), contou com a participação de mais

de 6000 atletas em diversas categorias.

Este é o resumo de todas as medalhas obtidas pelos atletas portugueses3:

Two person duilian

• 8.º lugar: Miguel Azevedo e Sérgio Almeida – Medalha de Bronze

Men'scailifoquan (ChoyLeeFut) –GroupD

• 4.º lugar: Miguel Azevedo – Medalha de bronze

Men'sdao (broadsword) –GroupE

• 3.º lugar: Sérgio Almeida – Medalha de bronze

Men's gun (cudgel/staff) – Group C

• 15.º lugar: David Barja – Medalha de bronze

Men's other barehand routines – Group E

• 4.º lugar: Daniel David – Medalha de prata

Men's other nanquan routines – GroupE

• 2.º lugar: Sérgio Almeida – Medalha de prata

Men'sqiang (spear) –Group D

• 3.º lugar: Miguel Azevedo – Medalha de bronze

Men's shaolinquan – Group D

• 10.º lugar: Bruno Sousa – Medalha de bronze

Men's taijidao – Group E

• 3.º lugar: Marco Gonçalves – Medalha de bronze

Women's jian (straight sword) – Group E

• 1.º lugar: Mafalda Costa – Medalha de ouro

Women's other barehand routines – Group C

• 10.º lugar: Maria Videira – Medalha de bronze

Women's other barehand routines – Group E/F

• 8.º lugar: Mafalda Costa – Medalha de prata

• 12.º lugar: Irene Candeias – Medalha de bronze

Women's other double-weapon routines – Group E/F

• 2.º lugar: Irene Candeias – Medalha de prata

• 3.º lugar: Cristina Melo – Medalha de bronze

2 Vide https://www.radiocampanario.com/ultimas/regional/atleta-de-vidigueira-daniel-david-conquista-medalha-de-prata-no-campeonato-de-kung-fu-na-china. 3 Vide https://fpamc.com/noticias/selecao-nacional/mundial-de-kung-fu-na-china-a-finalizacao-de-uma-jornada-repleta-de-conquistas.

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Women's other single-weapon routines – Group D

• 6.º lugar: Silvia Cruz – Medalha de Bronze

Women's other southern routines – Group D

• 7.º lugar: Silvia Cruz – Medalha de Bronze

women's other taijiquan routines – Group F

• 4.º lugar: Cristina Melo – Medalha de Prata

É com grande orgulho que reconhecemos o mérito destes atletas, que elevaram o nome de Portugal no

panorama internacional das artes marciais, demonstrando a excelência e a dedicação com que se entregam à

sua paixão e disciplina.

Em especial, salientamos as 19 medalhas conquistadas, fruto do trabalho árduo, da perseverança e do

espírito de superação de cada um dos nossos atletas.

Assim, e pelo exposto, o Grupo Parlamentar do Chega congratula os atletas portugueses que, com

determinação, empenho e talento, representaram Portugal no 9.º Campeonato Mundial de Wushu Kung Fu

Tradicional.

Palácio de São Bento, 12 de setembro de 2023.

Os Deputados do CH: André Ventura — Bruno Nunes — Diogo Pacheco de Amorim — Filipe Melo — Gabriel

Mithá Ribeiro — Jorge Galveias — Pedro dos Santos Frazão — Pedro Pessanha — Pedro Pinto — Rita Matias

— Rui Afonso — Rui Paulo Sousa.

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PROJETO DE VOTO N.º 423/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO PELA PRESTAÇÃO E RESULTADOS ALCANÇADOS PELA DELEGAÇÃO

PORTUGUESA NOS CAMPEONATOS PARALÍMPICOS EUROPEUS 2023

Nos Campeonatos Paralímpicos Europeus 2023, realizados em Roterdão nos Países Baixos, entre 8 e 20 de

agosto, Portugal conquistou 12 medalhas, duas de ouro, duas de prata e oito de bronze.

A delegação portuguesa composta por 26 atletas de seis modalidades, atletismo, badmínton, boccia,

ciclismo, judo e ténis em cadeira de rodas, terminou estes campeonatos com dois campeões da Europa e dois

vice-campeões da Europa: Miguel Vieira, em judo, e Carla Oliveira, em individuais BC4 de Boccia, sagraram-se

campeões da Europa com as medalhas de ouro. Ana Correia, em individuais BC2 de boccia, e Bernardo Vieira,

no contrarrelógio C1 de ciclismo, alcançaram as medalhas de prata.

As medalhas de bronze foram conquistadas por Djibrilo Iafa, em judo, por André Ramos, em individuais BC1

de boccia, Carla Oliveira e Nuno Guerreiro, pela equipa BC1/BC2 de boccia, por Bernardo Vieira, na prova em

linha C1 de ciclismo, por Diogo Daniel, em singulares SL4 de badmínton, e por Beatriz Monteiro, em pares

femininos SL3-SU5 e em singulares SU5 também de badminton.

Graças a um forte empenho e uma enorme dedicação, os 26 atletas portugueses conseguiram resultados

notáveis que enobrecem e dignificam o nome de Portugal nestes campeonatos paralímpicos europeus que

envolveram um total de 10 modalidades, com a participação de 1500 atletas de 45 países.

Assim, a Assembleia da República saúda a participação dos atletas portugueses nos Campeonatos

Paralímpicos Europeus 2023, onde tiveram um desempenho notável, conquistando 12 medalhas em diversas

modalidades para as cores nacionais, enaltecendo também os restantes membros da delegação portuguesa

pelo seu contributo, orientação e organização. Mais uma vez o desporto paralímpico nacional está de parabéns

e estamos certos de que continuará a somar vitórias no futuro.

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Palácio de São Bento, 12 setembro de 2023.

Os(as) Deputados(as) do PSD: Alexandre Poço — Carla Madureira — Fernanda Velez — Inês Barroso —

Guilherme Almeida — Cristiana Ferreira — Dinis Ramos — Cláudia André — Firmino Marques — João

Montenegro — João Prata — Maria Emília Apolinário — Paulo Rios de Oliveira — Pedro Melo Lopes — Rui

Vilar.

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PROJETO DE VOTO N.º 424/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO A MARIA DA GRAÇA FREITAS POR QUATRO DÉCADAS DE DEDICAÇÃO AO

SERVIÇO PÚBLICO NA ÁREA DA SAÚDE

Maria da Graça Gregório de Freitas, nasceu em Angola, a 26 de agosto de 1957. Licenciou-se em Medicina

pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em 1980, concluindo a especialidade de saúde pública

em 1988.

Dedicada ao serviço público, mais de 40 anos, sempre em exclusividade, desempenhou funções de

assistente e assistente graduada de saúde pública, em Lisboa e em Macau, nos anos 90, passando a assistente

sénior de saúde pública em 1999.

Na Direção-Geral da Saúde (DGS) consolidará o seu percurso, coordenando cumulativamente as Direções

de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde, de Prevenção e Controlo de Doenças, de

Epidemiologia e Estatísticas da Saúde, a Unidade de Apoio às Emergências de Saúde Pública e o Programa

Nacional de Vacinação.

Ainda na DGS assumiu funções como subdiretora-geral por 12 anos e, entre 2017 e 2023, como diretora-

geral. Nessas funções, mobilizou a sua experiência de décadas de serviço no setor para enfrentar, entre 2020

e 2023, o maior desafio de saúde pública em mais de um século, sendo convocada para a linha da frente da

resposta à pandemia da COVID-19.

Internacionalmente, foi membro do Conselho de Administração do Centro Europeu de Prevenção e Controlo

das Doenças, representou Portugal nos grupos dos coordenadores dos Programas Nacionais de Vacinação e

das Comissões Técnicas de Vacinação da OMS e foi ponto focal para a Plataforma Europeia de Comunicação

de Alertas EWRS, para o Regulamento Sanitário da OMS e para a EPIS-FWD do ECDC.

Desenvolveu atividade académica, tendo sido assistente convidada da Faculdade de Medicina da

Universidade de Lisboa, de 1995 a 2017, e integrou o Conselho de Escola da Escola Nacional de Saúde Pública

da Universidade Nova de Lisboa. Publicou artigos científicos e de opinião, principalmente nas áreas da

vacinação, da prevenção e controlo de doenças transmissíveis, das emergências em saúde pública, da

comunicação e da influência da sazonalidade na saúde.

Em janeiro de 2023, foi agraciada com o Grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito, pelo Presidente da

República, tendo ainda recebido inúmeras distinções na área da saúde ao longo da sua carreira.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, saúda o percurso profissional de Maria da

Graça Freitas na área da saúde pública e a sua dedicação ao serviço público ao longo de mais de quatro

décadas, manifestando o seu reconhecimento pela sua dedicação e profissionalismo.

Palácio de São Bento, 15 de setembro de 2023.

O Presidente da Comissão de Saúde, António Maló de Abreu.

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PROJETO DE VOTO N.º 425/XV/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELA VITÓRIA DA DEMOCRACIA E DA LIBERDADE NA SEQUÊNCIA DOS

ATAQUES TERRORISTAS DO 11 DE SETEMBRO DE 2001

Há 22 anos, os EUA sofreram os maiores ataques terroristas da sua história com dois aviões comerciais a

colidir contra as torres gémeas em Nova Iorque e um outro contra o edifício do Pentágono, em Washington.

Esses hediondos ataques terroristas, pensado por Bin Laden e executado por operacionais da Al-Qaeda,

provocou mais de 3000 mortos e alterou, por completo, a ordem internacional e a perceção da segurança

internacional.

Dos destroços do World Trade Center ergueu-se o Ground Zero, numa manifestação de que a democracia e

os valores da liberdade e do direito de viver em paz e em segurança serão sempre mais fortes do que os atos

de terror levados a cabo por grupos extremistas.

As cerimónias que decorreram este ano foram mais uma demonstração disso mesmo. O respeito pelas

vítimas destes ataques foi, mais uma vez, expresso, ao mesmo tempo que, também, mais uma vez, foi reforçada

a certeza de que os ataques não foram esquecidos e de que todos aqueles que cometem atos de terror serão

perseguidos em nome da paz internacional.

Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, expressa a sua congratulação pela vitória da

democracia e da liberdade na sequência dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, sem deixar de

manifestar o seu pesar pelos milhares de vítimas provocados por estes e outros ataques terroristas.

Palácio de São Bento, 13 de setembro de 2023.

Os Deputados do PSD: Paula Cardoso — Tiago Moreira de Sá — Pedro Roque — Olga Silvestre — Francisco

Pimentel — Afonso Oliveira — António Cunha — Bruno Coimbra — Isabel Meireles — Paulo Ramalho.

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PROJETO DE VOTO N.º 426/XV/1.ª

DE PESAR PELAS VÍTIMAS DO SISMO OCORRIDO EM MARROCOS

No passado dia 8 de setembro, Marrocos foi atingido por um violento sismo, que provocou, até ao momento,

segundo os dados oficiais do Ministério do Interior marroquino, mais de 2800 mortos e 2500 feridos.

O terramoto, com epicentro a 70 quilómetros de Marraquexe, nas montanhas do Alto Atlas, atingiu 6,8 na

escala de Richter e foi um dos mais fortes registado no país, tendo sido mesmo sentido em Portugal e Espanha.

Este fenómeno deixou atrás de si um enorme rasto de destruição, afetando mais de 300 mil pessoas e

levando à derrocada de inúmeros edifícios, alguns dos quais com alto valor histórico, estando nas listas do

Património Mundial da UNESCO.

Esta catástrofe veio, mais uma vez, alertar para a importância dos mecanismos de prevenção e apoio, no

sentido de evitar a elevada perda de vidas humanas e todo o sofrimento provocado entre as populações.

Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, expressa o seu mais sentido pesar pelas vítimas

do sismo ocorrido em Marrocos, manifestando, ao mesmo tempo, toda a sua solidariedade com o povo

marroquino afetado por esta catástrofe natural, desejando uma rápida recuperação aos milhares de feridos dela

resultantes.

Palácio de São Bento, 13 de setembro de 2023.

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Os Deputados do PSD: Paula Cardoso — Tiago Moreira de Sá — Pedro Roque — Olga Silvestre — Francisco

Pimentel — Afonso Oliveira — António Cunha — Bruno Coimbra — Isabel Meireles — Paulo Ramalho.

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PROJETO DE VOTO N.º 427/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO PELOS 50 ANOS DO MOVIMENTO DOS CAPITÃES

Assinalou-se, a 9 de setembro, o 50.º aniversário da reunião que, simbolicamente, marcou a data de

nascimento do Movimento dos Capitães, que, cerca de oito meses mais tarde, viria a devolver Portugal à

democracia, com a revolução de 25 de Abril de 1974. Foi em Monte Sobral, Alcáçovas, no Alentejo, que cerca

de 130 oficiais das Forças Armadas se reuniram clandestinamente para debater a situação do setor militar,

decidindo lançar um abaixo-assinado a enviar à Presidência do Conselho, contestando designadamente

recentes alterações legislativas operadas pelo Governo ao serviço e carreira militares. A essa iniciativa, de carga

simbólica e histórica incontestável no caminho para o fim da ditadura em Portugal, juntava-se já a contestação

aberta de militares em serviço na Guiné e em Angola.

Estava assim dado o primeiro passo para a organização de um movimento – mais tarde rebatizado

Movimento das Forças Armadas – que, intensa e rapidamente, poria em marcha a complexa mobilização e

logística que conduziria, com sucesso, à operação da noite de 24 para 25 de Abril de 1974.

Fiel ao seu programa, o MFA haveria de proceder à destituição dos órgãos do Estado Novo, instalando um

Governo provisório e garantindo os direitos civis e políticos, a liberdade sindical, a liberdade dos partidos, a

extinção dos tribunais especiais e a independência do poder judicial, e abrindo caminho para o fim da guerra, a

solução política do conflito e a independência das antigas colónias.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, saúda intensamente os 50 anos do encontro

de Alcáçovas, evoca a memória do que ali se passou e a bravura de todos quantos ousaram sonhar Portugal

livre das amarras da ditadura e da Guerra Colonial, situando o nosso País na senda da democracia e do

desenvolvimento.

Palácio de São Bento, 13 de setembro de 2023.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

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PROJETO DE VOTO N.º 428/XV/1.ª

DE SOLIDARIEDADE COM O POVO CHILENO NOS 50 ANOS DO GOLPE MILITAR FASCISTA NO

CHILE

No passado dia 11 de setembro, assinalaram-se 50 anos do brutal e sangrento golpe militar no Chile que

derrubou o Governo democraticamente eleito, dirigido pelo Presidente Salvador Allende.

Durante três anos, de 1970 a 1973, o Governo da Unidade Popular implementou importantes medidas

económicas e sociais – como a nacionalização da indústria do cobre e de outros setores estratégicos da

economia ou a reforma agrária –, colocando os recursos do país ao serviço da melhoria das condições de vida

dos trabalhadores e do povo chileno, afirmando uma política de soberania e independência nacional e de

cooperação com os povos do mundo.

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Um processo de transformações profundamente democrático e participado, com destacado papel do

sindicalismo e da juventude, que uniu correntes democráticas em torno do programa patriótico e progressista da

Unidade Popular.

Desrespeitando a vontade democraticamente expressa pelo povo chileno e o caminho transformador que

este determinou, a 11 de setembro de 1973, um golpe executado pelos setores mais reacionários das forças

armadas chilenas, liderado pelo General Augusto Pinochet, impôs uma violenta e cruel ditadura fascista.

Um golpe que foi concebido e implementado pelos Estados Unidos da América, com o envolvimento da CIA,

das multinacionais norte-americanas e dos grupos económicos chilenos, que durante o Governo da Unidade

Popular promoveram um permanente boicote da economia e a desestabilização do país, incluindo com o recurso

ao assassinato e a outras criminosas operações e atentados.

Com o golpe passaram a ser impostas no Chile as conceções liberais ditadas pelos «Chicago boys».

Conceções que, servindo os interesses dos grupos económicos, constituíram a base da política económica da

ditadura fascista, com gravosas consequências para os trabalhadores e povo chileno e que se traduziram na

privatização de setores e empresas estratégicas, na redução drástica das funções sociais do Estado, na brutal

regressão nos direitos, no empobrecimento e endividamento das famílias, na concentração da riqueza e saque

das riquezas do país.

Conceções que hoje continuam a procurar confundir liberalismo com liberdade, esse liberalismo onde

assentaram os princípios e fundamentos do golpe fascista no Chile, com as suas nefastas consequências. Esse

mesmo liberalismo que mostrou e mostra ser incompatível com a democracia.

Os EUA não promoveram apenas o golpe que levou à instauração da ditadura no Chile, mas igualmente a

instauração de ditaduras na Argentina, na Bolívia, no Brasil, no Paraguai ou no Uruguai, entre outras, com quem

levaram a cabo a funesta «Operação Condor», cujas consequências perduram na atualidade com a exigência

do esclarecimento da situação de milhares de desaparecidos.

Logo em 1973, sob a repressão da ditadura em Portugal, foram realizadas por antifascistas portugueses

ações de denúncia e condenação do golpe no Chile e de solidariedade para com o povo chileno.

Mas foi com a Revolução de Abril, que em 1974 libertou o povo português de 48 anos de fascismo, que em

Portugal pôde ser expressa em liberdade uma imensa manifestação de solidariedade para com os democratas

e antifascistas chilenos então brutalmente assassinados, presos, torturados, perseguidos, que contribuiu para

abrigar exilados políticos, impedir assassinatos, libertar presos, animar a resistência antifascista.

Os democratas têm o dever e a responsabilidade de não deixar que sejam esquecidos os crimes cometidos

pelo fascismo no Chile, em Portugal ou noutros países. Um dever e uma responsabilidade de sempre, que

assume particular significado e importância na atualidade.

Num momento em que alguns procuram reescrever a História, branquear o que foi o fascismo e os seus

crimes, e em que são banalizadas, normalizadas e promovidas forças de extrema-direita e fascistas, assinalar

os 50 anos do golpe militar fascista no Chile é também alertar os democratas, os antifascistas, os defensores

da liberdade e da paz, de que o tempo é de ação face a conceções e projetos reacionários e fascizantes.

Em vésperas das comemorações do 50.º aniversário da Revolução de Abril, é momento de afirmar o que ela

representou de avanço libertador para o povo português e de apontar um caminho para Portugal assente nos

seus valores.

Como o Presidente Salvador Allende afirmou na sua última mensagem dirigida ao povo chileno: «Saibam

que, antes do que se pensa, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para

construir uma sociedade melhor.»

Assim, a Assembleia da República:

– Presta homenagem às vítimas da cruel repressão da ditadura fascista no Chile, aos milhares de homens,

mulheres, jovens perseguidos, presos, torturados, assassinados, desaparecidos, exilados e oprimidos;

– Recorda o exemplo de coerência e dignidade do Presidente Salvador Allende e de outros democratas e

antifascistas chilenos, sempre ao serviço e em defesa dos direitos, interesses e aspirações do seu povo;

– Rejeita a reescrita falsificadora da história, as tentativas para apagar o que foi o fascismo, os seus crimes,

a sua natureza de classe;

– Expressa a sua solidariedade ao povo chileno que aspira a pôr definitivamente fim ao legado do regime

fascista de Pinochet;

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– Reafirma a importância da defesa da liberdade, da democracia, dos direitos, do progresso social, da paz,

para que: fascismo nunca mais!

Assembleia da República, 13 de setembro de 2023.

Os Deputados do PCP: Paula Santos — Bruno Dias — Alma Rivera — Manuel Loff — Duarte Alves — João

Dias.

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PROJETO DE VOTO N.º 429/XV/1.ª

DE PESAR PELAS VÍTIMAS DO SISMO OCORRIDO EM MARROCOS

Na noite do dia 8 de setembro, um sismo, com magnitude de 6,8 na escala de Richter, atingiu fortemente a

região de Marraquexe-Safim e zonas vizinhas, no Reino de Marrocos, causando um cenário dramático de

destruição. O número de vítimas a lamentar é ainda incerto, sendo o balanço provisório de mortos e feridos

muito elevado, na ordem dos milhares.

De acordo com o Governo de Marrocos, a província mais afetada é a de Al Haouz, em particular a histórica

vila de Moulay Brahim, a sul de Marraquexe, onde se concentra o maior número de vítimas.

O sismo de 8 de setembro é considerado o maior da história recente de Marrocos, depois do grande sismo

de 1960 que atingiu a cidade de Agadir.

Além das vítimas a lamentar, o sismo afetou gravemente a medina de Marraquexe, classificada como

Património Mundial da UNESCO. Os primeiros relatórios dão conta da destruição de pontos importantes do

património histórico e cultural da cidade, além de vários edifícios públicos, como escolas e centros de saúde, na

região afetada pelo abalo sísmico.

Equipas de socorro de todo o país mobilizaram-se, desde a primeira hora, para salvar os sobreviventes ainda

debaixo dos escombros, missão que a comunidade internacional se disponibilizou para apoiar, num esforço de

solidariedade que inclui Portugal.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta às autoridades e ao povo do Reino de

Marrocos o seu sentido pesar pelas vítimas e a sua total solidariedade perante esta tragédia.

Palácio de São Bento, 13 de setembro de 2023.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

Outros subscritores: Sara Madruga da Costa (PSD).

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PROJETO DE VOTO N.º 430/XV/1.ª

DE PESAR PELAS VÍTIMAS DAS INUNDAÇÕES NA LÍBIA

No passado domingo, uma violenta tempestade atingiu o leste da Líbia, causando um pesado rasto de

destruição, cuja escala ainda está por conhecer inteiramente. O número de vítimas é ainda incerto, havendo a

lamentar, até à data, cerca de 7000 mortos, mais de 10 000 desaparecidos e dezenas de milhares de

deslocados.

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A tempestade Daniel, que afetara a Grécia na semana anterior, assolou particularmente a cidade costeira de

Derna, onde o colapso de duas barragens contribuiu de forma dramática para o elevado número de vítimas, bem

como para a sua destruição parcial.

Além de Derna, uma parte substancial da zona costeira líbia, na sua parte oriental, foi devastada pela

tempestade, como é o caso de Benghazi ou Albayda.

Equipas de salvamento procuram acudir à situação catastrófica, mas a circulação no terreno é dificultada

pela obstrução, ou mesmo destruição, das vias de comunicação, bem como pelas falhas generalizadas de

energia e nas redes de comunicação.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta às autoridades e ao povo da Líbia o seu

sentido pesar pelas vítimas desta tragédia, bem como a sua total solidariedade.

Palácio de São Bento, 14 de setembro de 2023.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

Outros subscritores: Sara Madruga da Costa (PSD).

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PROJETO DE VOTO N.º 431/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO PELOS 75 ANOS DA RÁDIO ALTITUDE

A Rádio Altitude, rádio local sedeada na Guarda, completou, em 29 de julho de 2023, setenta e cinco anos

de vida. É a mais antiga rádio local de Portugal, a emitir ininterruptamente desde a sua fundação, tendo iniciado

as suas transmissões em 1948, a partir do Sanatório Sousa Martins, na sede do distrito.

É interessante a génese desta rádio, pois ela surgiu para melhorar, através de entretenimento e informação,

a vida dos internados no sanatório, sujeitos a rigorosos tratamentos de saúde. A rádio nasce, pois, com uma

vocação solidária e de assistência. É, pois, uma rádio com uma especial raiz comunitária e, por isso, teve a sua

vida ligada à própria vida do sanatório até ao seu encerramento, em 1975, e ao nascimento do Parque da Saúde

da Guarda, no mesmo local, onde a Rádio Altitude tem a sua sede.

É hoje uma rádio privada ao serviço de uma comunidade mais ampla do que a originária, pois serve, através

de antenas de difusão de ondas rádio, não só o concelho e o distrito da Guarda, mas também os concelhos

limítrofes, em particular o de Viseu e o de Castelo Branco. Mas, como todos os meios de comunicação de hoje,

ela transmite também através da rede e chega, pois, a qualquer ponto do mundo, permitindo, assim, à diáspora

com raízes na Guarda seguir de perto a vida da sua comunidade de origem.

A evolução no tempo permitiu à Rádio Altitude passar de uma comunidade restrita de ouvintes, a dos doentes

de tuberculose, a uma audiência dispersa pelos cinco continentes, graças à transmissão via rede. O seu serviço

público pôde assim alargar-se e ganhar uma mais ampla relevância. Relevância não só pela amplitude e

diversidade geográfica das audiências, mas também pela qualidade da sua programação, que se estende da

música à informação, ao debate cultural e político, aos noticiários de pendor regional, mas também nacional.

A longa vida desta rádio e a consistência e coerência que foi mantendo ao longo dos tempos fazem dela um

importante instrumento da comunidade local e um seu importante meio de relacionamento com as estruturas

organizativas institucionais e associativas que organizam esta ampla comunidade do interior do País. Uma

função que somente os meios de comunicação locais podem exercer, pois os media nacionais não dispõem de

competências, de disponibilidade e de proximidade suficientes para garantir uma cobertura completa do que vai

acontecendo no território regional. É por isso que os meios de comunicação locais, ao darem resposta às

exigências e expectativas da comunidade no plano da democracia local, representam também eles uma

importante dimensão da própria democracia nacional. Por isso, é imperativo reconhecer a essencialidade da

sua função social, na mesma medida em que se reconhece aos meios de comunicação nacionais uma função

decisiva para o próprio funcionamento da democracia representativa.

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No ano do septuagésimo quinto aniversário da Rádio Altitude importa enaltecer a visão dos seus fundadores

e o empenho e dedicação de todos os responsáveis e colaboradores que foram contribuindo ao longo de sete

décadas e meia para o seu sucesso. Importa também destacar os relevantes serviços que a Rádio Altitude foi

prestando e presta às comunidades que serve, da originária comunidade do Sanatório Sousa Martins à

comunidade do Parque da Saúde, que continua a servir, até às longínquas comunidades da diáspora; mas

também à própria vitalidade da democracia local na sua dimensão política, ao tornar-se um importante fórum de

debate e de informação acerca do funcionamento das instituições que servem a comunidade.

Assim, a Assembleia da República, associando-se às suas bodas de diamante, manifesta ainda o seu

reconhecimento e saúda os responsáveis e colaboradores da Rádio Altitude, registando o seu contributo na

defesa da democracia, da cultura, do compromisso e responsabilidade cívica na construção uma comunidade

regional mais rica, informada e participativa.

Palácio de São Bento, 14 de setembro de 2023.

Os Deputados do PS e do PSD: António Monteirinho — Cristina Sousa — João Prata.

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PROJETO DE VOTO N.º 432/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE MARIA TEODORA OSÓRIO PEREIRA CARDOSO

Maria Teodora Osório Pereira Cardoso faleceu no passado dia 9 de setembro, aos 81 anos de idade.

Nascida em Estremoz, em 1942, Teodora Cardoso licenciou-se em Economia, em 1964, no Instituto Superior

de Ciências Económicas e Financeiras (atual ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa.

Teodora Cardoso iniciou a sua atividade na Fundação Calouste Gulbenkian e entrou para o Banco de

Portugal em 1973, instituição a que se manteve ligada ao longo de quase meio século, até à sua aposentação

em 2019.

No Banco de Portugal, integrou o Departamento de Estatística e Estudos Económicos, que dirigiu entre 1985

e 1990, passando depois a consultora da administração, em 1991 e 1992.

Em 2008, veio a pertencer ao Conselho de Administração do Banco de Portugal, de onde saiu para o

Conselho de Finanças Públicas, instituição que ajudou a conceber, fundou e dirigiu, entre 2012 e a sua

aposentação.

A par de uma carreira profissional por todos considerada brilhante, Teodora Cardoso manteve ao longo das

últimas décadas uma intervenção no debate público das políticas económicas da maior relevância. Há, na sua

biografia, uma dimensão cívica que importa recordar.

Certas personalidades têm características únicas e deixam legados exemplares. Teodora Cardoso juntava

ao elevado rigor analítico, à enorme riqueza de intelecto e à reconhecida acutilância de visão, coragem,

independência de espírito e fidelidade incondicional ao bem comum e ao serviço público.

Na rara conjunção de todas estas qualidades, a sua voz foi inconfundível nestas últimas décadas, tendo

contribuído várias vezes para alertar a opinião pública para perigosas derivas, nem sempre com sucesso, nem

sempre do agrado dos poderes instituídos.

Não fez nunca concessões a nada, nem ninguém, correu muitas vezes os riscos associados à heterodoxia,

foi incómoda quando julgou não poder deixar de o ser, mantendo intacto o seu compromisso com o que pensou

sempre ser o interesse maior do País. Por isso, a sua voz ganhou uma rara autoridade e era ouvida por todos,

até mesmo pelos seus contraditores circunstanciais.

Por tudo isto, há uma enorme dívida de gratidão que a morte de Teodora Cardoso impede de saldar.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu profundo pesar pelo falecimento de

Teodora Cardoso, transmitindo à sua família e amigos as mais sentidas condolências.

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Palácio de São Bento, 14 de setembro de 2023.

Os Deputados do PSD: Joaquim Miranda Sarmento — Adão Silva — Afonso Oliveira — Alexandre Poço —

André Coelho Lima — Andreia Neto — António Cunha — António Maló de Abreu — António Prôa — António

Topa Gomes — Artur Soveral Andrade — Bruno Coimbra — Carla Madureira — Carlos Cação — Carlos Eduardo

Reis — Catarina Rocha Ferreira — Clara Marques Mendes — Cláudia André — Cristiana Ferreira — Dinis Faísca

— Dinis Ramos — Duarte Pacheco — Emília Cerqueira — Fátima Ramos — Fernanda Velez — Fernando

Negrão — Firmino Marques — Firmino Pereira — Francisco Pimentel — Gabriela Fonseca — Germana Rocha

— Guilherme Almeida — Helga Correia — Hugo Carneiro — Hugo Martins de Carvalho — Hugo Maravilha —

Hugo Patrício Oliveira — Inês Barroso — Isabel Meireles — Isaura Morais — Joana Barata Lopes — João

Barbosa de Melo — João Dias Coelho — João Marques — João Montenegro — João Moura — João Prata —

Jorge Paulo Oliveira — José Silvano — Jorge Salgueiro Mendes — Lina Lopes — Márcia Passos — Maria Emília

Apolinário — Miguel Santos — Mónica Quintela — Nuno Carvalho — Ofélia Ramos — Olga Silvestre — Patrícia

Dantas — Paula Cardoso — Paulo Moniz — Paulo Mota Pinto — Paulo Ramalho — Paulo Rios de Oliveira —

Pedro Melo Lopes — Pedro Roque — Ricardo Sousa — Rosina Ribeiro Pereira — Rui Cristina — Rui Cruz —

Rui Vilar — Sara Madruga da Costa — Sofia Matos — Sónia Ramos — Tiago Moreira de Sá.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.

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