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Sábado, 1 de fevereiro de 2025 II Série-B — Número 55

XVI LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2024-2025)

S U M Á R I O

Votos (n.os 25 e 26/2025): N.º 25/2025 — De congratulação pela participação de empresas, operários e artesãos portugueses na reconstrução da Catedral de Notre Dame de Paris. N.º 26/2025 — De congratulação pelo Dia Mundial da Educação. Projetos de voto (n.os 539 a 548/XVI/1.ª): N.º 539/XVI/1.ª (IL e subscrito por uma Deputada do PS) — De pesar pelo falecimento de Nuno Roby Amorim: — Texto inicial; — Alteração do texto inicial do projeto de voto. N.º 540/XVI/1.ª (PSD, PS, CH, IL, BE, L, CDS-PP e PAN) — De saudação pelo Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. N.º 541/XVI/1.ª (PCP) — De saudação pelos 80 anos da libertação pelo Exército Soviético do Campo de Concentração de Auschwitz. N.º 542/XVI/1.ª (IL) — De condenação pela fraude eleitoral nas eleições presidenciais de 2025 na Bielorrússia.

N.º 543/XVI/1.ª (PSD) — De pesar pelo falecimento de Filipe Manuel da Silva Abreu: — Texto inicial; — Alteração do texto inicial do projeto de voto. N.º 544/XVI/1.ª (CH) — De condenação das eleições presidenciais realizadas na República da Bielorrússia a 26 de janeiro. N.º 545/XVI/1.ª (Comissão de Educação e Ciência) — De congratulação pelo Dia Mundial da Educação. N.º 546/XVI/1.ª (PSD) — De pesar pelo falecimento do guarda-florestal da GNR André Jesus. N.º 547/XVI/1.ª (CH) — De pesar com o povo dos Estados Unidos da América pelos incêndios de Los Angeles, no Estado da Califórnia. N.º 548/XVI/1.ª (CDS-PP) — De condenação pela manipulação eleitoral nas presidenciais de 2025 na Bielorrússia. Interpelação n.º 4/XVI/1.ª (BE): Partidarização do SNS e degradação do acesso à saúde.

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VOTO N.º 25/2025

DE CONGRATULAÇÃO PELA PARTICIPAÇÃO DE EMPRESAS, OPERÁRIOS E ARTESÃOS

PORTUGUESES NA RECONSTRUÇÃO DA CATEDRAL DE NOTRE DAME DE PARIS

A Assembleia da República congratula-se pela participação portuguesa de empresas, artesãos, técnicos e

operários na reconstrução da Catedral de Notre Dame de Paris, reconhecendo a sua importância para a

valorização da comunidade portuguesa em França e para a projeção de Portugal.

Apreciado e votado na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas em 29 de janeiro

de 2025.

Nota: Aprovado, por unanimidade, com votos a favor do PSD, do PS, do CH e da IL, tendo-se registado a

ausência do L, do BE, do PCP e do CDS-PP.

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VOTO N.º 26/2025

DE CONGRATULAÇÃO PELO DIA MUNDIAL DA EDUCAÇÃO

A Assembleia da República saúda esta data e compromete-se a defender os princípios da liberdade de

educação, consagrados na legislação em vigor.

Apreciado e votado na Comissão de Educação e Ciência em 29 de janeiro de 2025.

Nota: Aprovado, por unanimidade, com votos a favor do PSD, do PSD, do CH, da IL, do BE e do L, tendo-se

registado a ausência do PCP e do CDS-PP.

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PROJETO DE VOTO N.º 539/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE NUNO ROBY AMORIM

(Texto inicial)

Faleceu no passado dia 26 de janeiro, aos 62 anos, Nuno Gonçalo Domingos de Faria Roby Amorim.

Nascido em Lisboa, estudou arqueologia, uma paixão nunca negligenciada, mas foi o jornalismo que acabou

por marcar o seu percurso pessoal e profissional.

Fez o primeiro curso de formação de jornalistas da TSF no final dos anos 80, integrou a redação durante os

últimos momentos da clandestinidade e nos primeiros anos das emissões já «legais». No dia 25 de agosto de

1988, foi o primeiro jornalista a informar o País sobre o incêndio nos Armazéns do Chiado, em Lisboa. Nuno

Roby Amorim foi a voz desse momento que marcou a história do País e também da estação, contribuindo

decisivamente para a afirmar como incontornável no panorama da informação radiofónica nacional. Através do

seu microfone, levava-nos ao fim da rua e ao fim do mundo.

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Sete anos volvidos, mudou-se para a televisão. Numa altura em que apenas existiam três canais, Nuno Roby

Amorim transportou consigo, para a reportagem televisiva, a irreverência da rádio, o instinto do relato de rua, a

velocidade única e vertiginosa com que expunha ideias e raciocínios, ajudando, desta forma, a levar aos ecrãs

uma nova modernidade. Com um faro inato para a notícia, era quase sempre o primeiro a chegar aos locais de

reportagem.

Trabalhou nas três estações portuguesas, RTP, TVI e SIC, mas também na Euronews e no Independent

Television News (ITN). Especializou-se em política nacional e cobriu todas as grandes campanhas eleitorais.

Radicado em Bruxelas, como correspondente da TVI, foi enviado especial a dezenas de países, do Paquistão à

Venezuela, de Israel a Angola, dos EUA ao Brasil, do Egipto à Colômbia.

Foi o primeiro português a entrar no Afeganistão após a invasão americana, em 2003, e esteve presente em

todos os Estados-Membros da União Europeia, sempre com o seu estilo inconfundível, rigor irrepreensível e

inconformismo irrenunciável.

A sua prática e empenho num jornalismo livre e independente tem, ainda hoje, repercussões nas redações

por onde passou, mas, num sentido mais amplo, também no reconhecimento e admiração de colegas de

profissão que ao longo dos últimos dias lhe prestaram tributo e evocaram alguns dos seus vastos trabalhos. A

carreira de Nuno Roby Amorim ilustra na perfeição o papel vital que o jornalismo deve ter em qualquer sociedade

democrática.

Em 2010, deixou o jornalismo, especializando-se em comunicação e assessoria de imprensa. Esteve na

Embaixada do Reino de Marrocos em Lisboa e fez assessoria política no âmbito municipal, na autarquia de

Lisboa. Era consultor de comunicação e assessor de imprensa da Iniciativa Liberal desde 2022, mas a sua

contribuição para o projeto liberal começou muito antes da formação do partido.

Amante e praticante de remo, era no Tejo que começava grande parte dos dias, muitas vezes a acompanhar

os primeiros raios de sol.

Viveu a vida com intensidade. Impaciente e intuitivo, possuía um refinado sentido de humor e, fruto das suas

viagens e da leitura compulsiva, uma vasta cultura, que nunca deixou de transmitir sempre que o momento o

propiciava, para satisfação dos que o ouviam.

Nuno Roby Amorim foi sempre um grande amante da liberdade. Foi e será sempre um espírito livre.

Por onde passou deixou a sua inconfundível marca de atitude inquieta, convicta, culta e apaixonada face à

vida e aos seus inúmeros prazeres. Ficará para sempre nas nossas memórias.

Assim, reunida em Plenário, a Assembleia da República expressa o seu profundo pesar pelo falecimento de

Nuno Roby Amorim, destacando o seu relevante contributo para o universo do jornalismo e da comunicação, e

endereça à sua família, em especial às suas filhas, Maria e Benedita, e aos seus amigos as mais sentidas

condolências.

Palácio de São Bento, 27 de janeiro de 2025.

(Substituição do texto inicial a pedido do autor)

Faleceu a 26 de janeiro, aos 62 anos, Nuno Gonçalo Domingos de Faria Roby Amorim. Nascido em Lisboa,

estudou arqueologia, mas foi o jornalismo marcou a sua vida.

Fez o primeiro curso de formação da TSF, integrando a redação. A 25 de agosto de 1988 foi o primeiro

jornalista a informar sobre o incêndio no Chiado, em Lisboa, marcando a história do País e da estação.

Sete anos depois mudou-se para a televisão. Com um faro inato para a notícia, levou consigo a irreverência

da rádio e o instinto do relato de rua. Trabalhou na RTP, TVI e SIC, Euronews e ITN. Especializou-se em política

e cobriu todas as grandes campanhas eleitorais. Correspondente da TVI em Bruxelas, foi enviado especial a

dezenas de países e o primeiro português a entrar no Afeganistão após a invasão americana, em 2003, sempre

com o seu estilo, rigor e inconformismo inconfundíveis.

A sua prática e empenho num jornalismo livre e independente deixou repercussões por onde passou, com

reconhecimento e admiração de colegas de profissão. A sua carreira ilustra na perfeição a função vital que o

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jornalismo deve ter numa sociedade democrática.

Em 2010 trocou o jornalismo pela assessoria. Esteve na Embaixada de Marrocos e na autarquia de Lisboa.

Era assessor de imprensa da Iniciativa Liberal desde 2022.

Amante e praticante de remo, começava grande parte dos dias no Tejo.

Nuno Roby Amorim foi sempre um grande amante da liberdade.

Viveu a vida com intensidade. Impaciente e intuitivo, possuía um refinado sentido de humor e uma vasta

cultura. Por onde passou deixou a sua marca inquieta, convicta, culta e apaixonada face à vida e aos seus

muitos prazeres. Ficará para sempre nas nossas memórias.

A Assembleia da República expressa o seu profundo pesar pelo falecimento de Nuno Roby Amorim,

destacando o seu relevante contributo para o universo do jornalismo, e endereça à sua família, em especial às

suas filhas, Maria e Benedita, e aos seus amigos as mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 28 de janeiro de 2025.

Os Deputados da IL: Rui Rocha — Mariana Leitão — Rodrigo Saraiva — Bernardo Blanco — Joana Cordeiro

— Patrícia Gilvaz — Mário Amorim Lopes — Albino Ramos.

Outra subscritora: Edite Estrela (PS).

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PROJETO DE VOTO N.º 540/XVI/1.ª

DE SAUDAÇÃO PELO DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO

A 27 de janeiro assinala-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto – data que marca o

momento da libertação do campo de concentração de Auschwitz, que ocorreu em 1945, assinalando-se em 2025

os 80 anos da data.

Instituído em 2005 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, este dia visa prestar homenagem aos milhões

de vítimas das perseguições e do genocídio perpetrados pelo regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial.

Volvidos 80 anos desta tragédia, importa preservar a memória daquele que foi um episódio negro da história

da Humanidade e do povo judaico, um momento em que se questionou radicalmente todos os valores nos quais

assenta a civilização humana: o respeito pela vida, a igualdade e dignidade de todos os seres humanos, a

compaixão e a fraternidade, a responsabilidade pelo outro, a tolerância e a liberdade individual e coletiva.

Auschwitz – e todos os campos de extermínio nazis – não foi assim tão longe, nem assim há tanto tempo. É

inquietante observar, nos dias de hoje, os sinais profundamente perturbadores de recrudescimento do

antissemitismo e de outras formas de ódio e preconceito. O seu agravamento justifica uma reflexão ponderada,

mas urgente, sobre a necessidade de adaptação da resposta dos Estados de direito democráticos a estes

fenómenos.

Deste modo, importa garantir que promovemos a educação das gerações mais novas sobre o holocausto e

sobre como os vários regimes totalitários têm perpetrado os mais horrendos crimes contra a Humanidade. O

futuro da nossa civilização depende da preservação da memória coletiva e da defesa dos valores fundamentais

sobre os quais assenta a democracia. Esta missão deve continuar a passar, na primeira linha, pela recusa dos

extremismos que se alimentam do ódio e que optam deliberadamente por fazer por um discurso negacionista e

de esquecimento sobre as lições do passado.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, presta homenagem a todas as vítimas do

holocausto, defendendo a memória do que representaram os crimes do nazismo e promovendo os valores da

liberdade, da democracia e da paz, associando-se à comemoração desta data.

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Palácio de São Bento, 27 de janeiro de 2025.

Autores: Alberto Fonseca (PSD) — Alberto Machado (PSD) — Alexandre Poço (PSD) — Almiro Moreira

(PSD) — Amílcar Almeida (PSD) — Ana Gabriela Cabilhas (PSD) — Ana Oliveira (PSD) — Ana Santos (PSD)

— Andreia Bernardo (PSD) — Andreia Neto (PSD) — Ângela Almeida (PSD) — António Alberto Machado (PSD)

— António Rodrigues (PSD) — Bruno Ventura (PSD) — Bruno Vitorino (PSD) — Carla Barros (PSD) — Carlos

Cação (PSD) — Carlos Eduardo Reis (PSD) — Carlos Reis (PSD) — Carlos Silva Santiago (PSD) — Clara de

Sousa Alves (PSD) — Cristóvão Norte (PSD) — Dinis Faísca (PSD) — Dulcineia Catarina Moura (PSD) —

Emídio Guerreiro (PSD) — Emília Cerqueira (PSD) — Eva Brás Pinho (PSD) — Flávio Martins (PSD) —

Francisco Covelinhas Lopes (PSD) — Francisco Pimentel (PSD) — Francisco Sousa Vieira (PSD) — Germana

Rocha (PSD) — Gonçalo Lage (PSD) — Gonçalo Valente (PSD) — Hugo Carneiro (PSD) — Hugo Patrício

Oliveira (PSD) — Hugo Soares (PSD) — Inês Barroso (PSD) — Isabel Fernandes (PSD) — Isaura Morais (PSD)

— João Antunes dos Santos (PSD) — João Vale e Azevedo (PSD) — Joaquim Barbosa (PSD) — Jorge Paulo

Oliveira (PSD) — José Pedro Aguiar-Branco (PSD) — Liliana Reis (PSD) — Luís Newton (PSD) — Marco

Claudino (PSD) — Margarida Saavedra (PSD) — Martim Syder (PSD) — Maurício Marques (PSD) — Miguel

Guimarães (PSD) — Miguel Santos (PSD) — Nuno Jorge Gonçalves (PSD) — Ofélia Ramos (PSD) — Olga

Freire (PSD) — Paula Cardoso (PSD) — Paula Margarido (PSD) — Paulo Cavaleiro (PSD) — Paulo Edson

Cunha (PSD) — Paulo Moniz (PSD) — Paulo Neves (PSD) — Pedro Alves (PSD) — Pedro Coelho (PSD) —

Pedro Neves De Sousa (PSD) — Pedro Roque (PSD) — Regina Bastos (PSD) — Ricardo Araújo (PSD) —

Ricardo Carvalho (PSD) — Ricardo Oliveira (PSD) — Salvador Malheiro (PSD) — Sandra Pereira (PSD) —

Silvério Regalado (PSD) — Sofia Carreira (PSD) — Sónia dos Reis (PSD) — Sónia Ramos (PSD) — Telmo

Faria (PSD) — Teresa Morais (PSD) — Alexandra Leitão (PS) — Ana Abrunhosa (PS) — Ana Bernardo (PS) —

Ana Mendes Godinho (PS) — Ana Sofia Antunes (PS) — André Pinotes Batista (PS) — André Rijo (PS) —

António Mendonça Mendes (PS) — Carlos Brás (PS) — Carlos Pereira (PS) — Carlos Silva (PS) — Clarisse

Campos (PS) — Cláudia Santos (PS) — Davide Amado (PS) — Edite Estrela (PS) — Eduardo Pinheiro (PS) —

Elza Pais (PS) — Eurico Brilhante Dias (PS) — Eurídice Pereira (PS) — Fátima Correia Pinto (PS) — Fernando

José (PS) — Fernando Medina (PS) — Filipe Neto Brandão (PS) — Francisco César (PS) — Gilberto Anjos (PS)

— Hugo Costa (PS) — Hugo Oliveira (PS) — Irene Costa (PS) — Isabel Alves Moreira (PS) — Isabel Ferreira

(PS) — Isabel Oneto (PS) — Jamila Madeira (PS) — Joana Lima (PS) — João Azevedo (PS) — João Paulo

Correia (PS) — João Paulo Rebelo (PS) — João Torres (PS) — Jorge Botelho (PS) — José Carlos Barbosa

(PS) — José Costa (PS) — José Luís Carneiro (PS) — José Rui Cruz (PS) — Lia Ferreira (PS) — Luís Dias

(PS) — Luís Graça (PS) — Manuel Pizarro (PS) — Mara Lagriminha Coelho (PS) — Marcos Perestrello (PS) —

Maria Begonha (PS) — Mariana Vieira da Silva (PS) — Marina Gonçalves (PS) — Miguel Cabrita (PS) — Miguel

Iglésias (PS) — Miguel Matos (PS) — Nelson Brito (PS) — Nuno Fazenda (PS) — Palmira Maciel (PS) — Patrícia

Caixinha (PS) — Patrícia Faro (PS) — Paulo Pisco (PS) — Pedro Coimbra (PS) — Pedro Delgado Alves (PS)

— Pedro Nuno Santos (PS) — Pedro Sousa (PS) — Pedro Vaz (PS) — Raquel Ferreira (PS) — Ricardo Costa

(PS) — Ricardo Lima (PS) — Ricardo Lino (PS) — Ricardo Pinheiro (PS) — Rosário Gambôa (PS) — Sérgio

Ávila (PS) — Sérgio Sousa Pinto (PS) — Sofia Andrade (PS) — Sofia Canha (PS) — Susana Correia (PS) —

Tiago Barbosa Ribeiro (PS) — Walter Chicharro (PS) — André Ventura (CH) — António Pinto Pereira (CH) —

Armando Grave (CH) — Bernardo Pessanha (CH) — Bruno Nunes (CH) — Carlos Barbosa (CH) — Cristina

Rodrigues (CH) — Daniel Teixeira (CH) — Diogo Pacheco De Amorim (CH) — Diva Ribeiro (CH) — Eduardo

Teixeira (CH) — Eliseu Neves (CH) — Felicidade Vital (CH) — Filipe Melo (CH) — Francisco Gomes (CH) —

Gabriel Mithá Ribeiro (CH) — Henrique Rocha de Freitas (CH) — João Paulo Graça (CH) — João Ribeiro (CH)

— João Tilly (CH) — Jorge Galveias (CH) — José Barreira Soares (CH) — José Carvalho (CH) — José Dias

Fernandes (CH) — Luís Paulo Fernandes (CH) — Luísa Areosa (CH) — Madalena Cordeiro (CH) — Manuel

Magno (CH) — Manuela Tender (CH) — Marcus Santos (CH) — Maria José Aguiar (CH) — Marta Martins da

Silva (CH) — Nuno Gabriel (CH) — Nuno Simões de Melo (CH) — Patrícia Carvalho (CH) — Pedro Correia (CH)

— Pedro dos Santos Frazão (CH) — Pedro Pessanha (CH) — Pedro Pinto (CH) — Raul Melo (CH) — Ricardo

Dias Pinto (CH) — Rita Matias (CH) — Rodrigo Alves Taxa (CH) — Rui Afonso (CH) — Rui Cristina (CH) — Rui

Paulo Sousa (CH) — Sandra Ribeiro (CH) — Sónia Monteiro (CH) — Vanessa Barata (CH) — Albino Ramos

(IL) — Bernardo Blanco (IL) — Joana Cordeiro (IL) — Mariana Leitão (IL) — Mário Amorim Lopes (IL) — Patrícia

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Gilvaz (IL) — Rodrigo Saraiva (IL) — Rui Rocha (IL) — Fabian Figueiredo (BE) — Joana Mortágua (BE) — José

Moura Soeiro (BE) — Mariana Mortágua (BE) — Marisa Matias (BE) — Filipa Pinto (L) — Isabel Mendes Lopes

(L) — Paulo Muacho (L) — Rui Tavares (L) — João Pinho de Almeida (CDS-PP) — Paulo Núncio (CDS-PP) —

Inês de Sousa Real (PAN).

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PROJETO DE VOTO N.º 541/XVI/1.ª

DE SAUDAÇÃO PELOS 80 ANOS DA LIBERTAÇÃO PELO EXÉRCITO SOVIÉTICO DO CAMPO DE

CONCENTRAÇÃO DE AUSCHWITZ

No passado dia 27 de janeiro, assinalaram-se os 80 anos da libertação pelo Exército Soviético do Campo de

Concentração de Auschwitz, onde foram assassinados – nas câmaras de gás, pela fome e a doença, nos

fuzilamentos e sob a tortura – mais de um milhão e cem mil seres humanos.

Em resultado da política nazi de extermínio foram assassinados, incluindo nos campos de concentração,

milhões de seres humanos, prisioneiros de guerra e civis soviéticos, comunistas e demais antifascistas, judeus,

eslavos, ciganos, entre muitos outros.

Os campos de concentração nazis foram também campos de trabalho escravo ao serviço dos monopólios

alemães que desempenharam um papel decisivo na ascensão de Hitler e do nazismo ao poder na Alemanha.

Campos de concentração onde a exploração do trabalho era levada ao extremo – até à morte – e onde aqueles

que eram considerados inaptos para o trabalho eram cruelmente eliminados.

Ao assinalar-se a libertação do Campo de Concentração de Auschwitz, é justo recordar o contributo da URSS

e do povo soviético – que sofreu mais de 20 milhões de mortos – para a vitória sobre o nazi-fascismo na Segunda

Guerra Mundial.

Em 2005, a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu como Dia Internacional em Memória das Vítimas

do Holocausto o dia 27 de janeiro, visando prestar homenagem aos milhões de vítimas do nazi-fascismo durante

a Segunda Guerra Mundial.

Oitenta anos depois, só pode ser motivo de preocupação e de indignação o surgimento e a promoção,

nomeadamente em países na Europa, de forças que reabilitam o fascismo e glorificam os colaboradores com o

nazismo, ao mesmo tempo que destroem monumentos ao exército soviético e perseguem os comunistas e

outros democratas.

É inquietante observar, nos dias de hoje, os sinais profundamente perturbadores de recrudescimento e

promoção do racismo, da xenofobia, do antissemitismo, do anti-islamismo, do anticomunismo e de outras formas

de ódio e preconceito.

Para que nunca mais se repitam os horrores de Auschwitz, do nazi-fascismo e da guerra, é premente a

consciencialização e mobilização dos democratas em defesa da paz e da verdade, denunciando o que foi o nazi-

fascismo, os interesses que representou e os crimes pelos quais foi responsável, rejeitando o branqueamento

do fascismo e a banalização de conceções reacionárias, retrógradas, obscurantistas e fascistas, dando combate

à reescrita e à falsificação histórica.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária:

1 – Recorda e homenageia todas as vítimas do nazi-fascismo, assim como todos quantos resistiram, lutaram

e derrotaram a barbárie nazi-fascista à custa de inenarráveis sacrifícios;

2 – Repudia o branqueamento do fascismo, a banalização de conceções reacionárias, retrógradas,

obscurantistas e fascistas e a promoção de forças de cariz fascista;

3 – Apela à defesa da paz e da democracia.

Assembleia da República, 28 de janeiro de 2025.

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Os Deputados do PCP: Paulo Raimundo — Paula Santos — António Filipe — Alfredo Maia.

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PROJETO DE VOTO N.º 542/XVI/1.ª

DE CONDENAÇÃO PELA FRAUDE ELEITORAL NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2025 NA

BIELORRÚSSIA

No passado dia 26 de janeiro de 2025, a Bielorrússia realizou mais um ato eleitoral profundamente marcado

por irregularidades e pela ausência de condições mínimas de liberdade e transparência, consolidando o padrão

de repressão que tem caracterizado o regime de Aleksandr Lukashenko.

Este ato, descrito pelas forças democráticas bielorrussas como uma «autorrecondução de Lukashenko»,

decorreu num ambiente de intimidação, medo e perseguição. Nenhum candidato da oposição foi autorizado a

participar, e os quatro candidatos «de papel» presentes no boletim de voto foram apenas uma encenação para

legitimar uma eleição sem pluralismo e que não representa a agregação de vontades do povo bielorrusso.

A repressão na Bielorrússia agravou-se nos últimos anos, especialmente após as eleições presidenciais

fraudulentas de 2020, quando o regime ignorou os resultados dos inquéritos independentes que indicavam a

vitória de Sviatlana Tsikhanouskaya. Desde então, milhares de pessoas têm sido alvo de detenções arbitrárias,

tortura e condições desumanas nas prisões do regime. Atualmente, o país conta com pelo menos 1249 presos

políticos, incluindo jornalistas, defensores de direitos humanos e figuras da oposição.

O processo eleitoral de 2025 foi mais uma demonstração do desprezo de Lukashenko pelos valores

democráticos e pelos direitos humanos. A ausência de observadores internacionais independentes e a

repressão contínua contra a sociedade civil, a imprensa livre e os opositores políticos tornam evidente que estas

eleições não podem ser consideradas justas, livres ou legítimas.

É especialmente importante recordar que a Bielorrússia, sob o regime de Lukashenko, se tornou um

participante ativo no apoio à invasão russa da Ucrânia, violando o direito internacional e colocando em risco a

segurança regional, europeia e mundial. Esta cumplicidade agrava ainda mais a situação do regime, que se

mantém como uma ameaça para a estabilidade na região.

A Assembleia da República reafirma o seu compromisso com os valores universais de democracia, liberdade

e respeito pelos direitos humanos, instando a que a luta pela liberdade do povo bielorrusso continue a merecer

o apoio inequívoco de Portugal e da comunidade internacional.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária:

1 – Condena veementemente o processo eleitoral presidencial de 2025 na Bielorrússia, classificando-o

como fraudulento e ilegítimo;

2 – Manifesta a sua solidariedade para com o povo bielorrusso, que continua a resistir contra um regime

opressivo e autoritário;

3 – Exorta o Governo português a não reconhecer os resultados deste processo eleitoral e a apoiar

ativamente as forças democráticas da Bielorrússia em todas as instâncias internacionais;

4 – Apela à União Europeia e à comunidade internacional para que reforcem as sanções contra o regime

de Lukashenko, exijam a libertação imediata de todos os presos políticos e promovam o uso de mecanismos de

jurisdição universal para responsabilizar os responsáveis pelos crimes cometidos.

Palácio de São Bento, 28 de janeiro de 2025.

Os Deputados da IL: Rodrigo Saraiva — Mariana Leitão — Albino Ramos — Bernardo Blanco — Joana

Cordeiro — Mário Amorim Lopes — Patrícia Gilvaz — Rui Rocha.

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PROJETO DE VOTO N.º 543/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE FILIPE MANUEL DA SILVA ABREU

(Texto inicial)

Filipe Manuel da Silva Abreu nasceu a 24 de julho de 1947, em Paços de Ferreira, filho de Henrique Abreu

e Deolinda Silva. Era o que hoje se chamaria uma família numerosa. Eram 11 irmãos. O avô paterno, Eduardo

de Abreu, foi Deputado no período monárquico e na I República. O tio paterno, Miguel de Abreu, foi Deputado

na Assembleia Constituinte e na Assembleia Nacional e Governador Civil de Braga.

O pai, exilado político e opositor de Salazar, transmitiu a Filipe os valores da democracia e da liberdade de

expressão. A vocação política de Filipe Abreu era-lhe inata.

A carreira no turismo e hotelaria começou no Hotel Turismo da Guarda, mas cedo rumou ao Algarve, com

apenas 20 anos, para o Hotel Algarve, na Praia da Rocha.

Assumiu-se político por inteiro, social-democrata, humanista, personalista, interclassista, tolerante, mas

determinado. Rejeitou o medo e desafiou o comodismo. Entusiasta de Francisco Sá Carneiro, já desde o tempo

da Ala Liberal, aderiu ao PPD/PSD a 28 de agosto de 1974 e foi, por isso, seu fundador no Algarve.

Frontal, com destemor físico e coragem moral, personalidade vertical, de princípios e de valores, bateu-se

galhardamente na rua pela democracia e pelo pluralismo nos tempos mais desafiantes de entorses

revolucionárias sonhados em Portugal.

Foi com Filipe Abreu à cabeça que teve lugar a 1.ª Festa do Pontal, com Francisco Sá Carneiro, em 29 de

agosto de 1976. É, por isso, fundador de uma das mais importantes e perenes manifestações de cariz partidário

no nosso País.

Exerceu destacados cargos como dirigente partidário do PPD/PSD a nível local em Portimão, a nível distrital

e ao nível nacional.

Foi Deputado à Assembleia da República durante cerca de nove anos, nas V, VI e VII Legislaturas, entre

1987 e 1995, onde se destacou pela intrépida defesa do Algarve e dos algarvios.

Viveu os últimos 25 anos com uma saúde muito debilitada. Ainda assim, conservou luminoso o sentido cívico,

a docilidade no trato e o entusiasmo em construir o futuro. Quando o corpo esmorecia, o espírito reluzia.

Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, expressa o seu profundo pesar pela morte de Filipe

Manuel da Silva Abreu Ricardo e endereça à sua família e amigos os mais sentidos pêsames.

Palácio de São Bento, 29 de janeiro de 2025.

(Substituição do texto inicial a pedido do autor)

Filipe Manuel da Silva Abreu nasceu a 24 de julho de 1947, em Paços de Ferreira, filho de Henrique Abreu

e Deolinda Silva.

O pai, exilado político e opositor de Salazar, transmitiu a Filipe os valores da democracia e da liberdade de

expressão. A vocação política de Filipe Abreu era-lhe inata.

Assumiu-se político por inteiro, social-democrata, humanista, personalista, interclassista, tolerante, mas

determinado. Rejeitou o medo e desafiou o comodismo. Entusiasta de Francisco Sá Carneiro, aderiu ao

PPD/PSD a 28 de agosto de 1974 e foi, por isso, seu fundador no Algarve.

Frontal, com destemor físico e coragem moral, personalidade vertical, de princípios e de valores, bateu-se

galhardamente pela democracia e pelo pluralismo nos tempos mais desafiantes de entorses revolucionárias em

Portugal.

Foi com Filipe Abreu à cabeça que teve lugar a 1.ª Festa do Pontal, com Francisco Sá Carneiro, 29 de agosto

de 1976. É, por isso, fundador de uma das mais importantes manifestações de cariz partidário no nosso País.

Exerceu destacados cargos como dirigente partidário do PPD/PSD a nível local, distrital e nacional.

Foi Deputado à Assembleia da República nas V, VI e VII Legislaturas, entre 1987 e 1995, onde se destacou

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pela intrépida defesa do Algarve.

Viveu os últimos anos com uma saúde debilitada. Ainda assim conservou luminoso o sentido cívico, a

docilidade no trato e o entusiasmo em construir o futuro. Quando o corpo esmorecia, o espírito reluzia.

A Assembleia da República, reunida em Plenário, expressa o seu profundo pesar pela morte de Filipe Manuel

da Silva Abreu Ricardo e endereça à sua família e amigos os mais sentidos pêsames.

Palácio de São Bento, 29 de janeiro de 2025.

Os Deputados do PSD: Hugo Soares — Alberto Fonseca — Alberto Machado — Alexandre Poço — Almiro

Moreira — Amílcar Almeida — Ana Gabriela Cabilhas — Ana Oliveira — Ana Santos — Andreia Bernardo —

Andreia Neto — Ângela Almeida — António Alberto Machado — António Rodrigues — Bruno Ventura — Bruno

Vitorino — Carla Barros — Carlos Cação — Carlos Eduardo Reis — Carlos Reis — Carlos Silva Santiago —

Clara de Sousa Alves — Cristóvão Norte — Dinis Faísca — Dulcineia Catarina Moura — Emídio Guerreiro —

Emília Cerqueira — Eva Brás Pinho — Flávio Martins — Francisco Covelinhas Lopes — Francisco Pimentel —

Francisco Sousa Vieira — Germana Rocha — Gonçalo Lage — Gonçalo Valente — Hugo Carneiro — Hugo

Patrício Oliveira — Inês Barroso — Isabel Fernandes — Isaura Morais — João Antunes dos Santos — João

Vale e Azevedo — Joaquim Barbosa — Jorge Paulo Oliveira — José Pedro Aguiar-Branco — Liliana Reis —

Luís Newton — Marco Claudino — Margarida Saavedra — Martim Syder — Maurício Marques — Miguel

Guimarães — Miguel Santos — Nuno Jorge Gonçalves — Ofélia Ramos — Olga Freire — Paula Cardoso —

Paula Margarido — Paulo Cavaleiro — Paulo Edson Cunha — Paulo Moniz — Paulo Neves — Pedro Alves —

Pedro Coelho — Pedro Neves de Sousa — Pedro Roque — Regina Bastos — Ricardo Araújo — Ricardo

Carvalho — Ricardo Oliveira — Salvador Malheiro — Sandra Pereira — Silvério Regalado — Sofia Carreira —

Sonia dos Reis — Sónia Ramos — Telmo Faria — Teresa Morais.

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PROJETO DE VOTO N.º 544/XVI/1.ª

DE CONDENAÇÃO DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS REALIZADAS NA REPÚBLICA DA

BIELORRÚSSIA A 26 DE JANEIRO

Tiveram lugar no dia 26 de janeiro eleições presidenciais na República da Bielorrússia. O ato, que foi

denunciado pela líder da oposição bielorrussa Sviatlana Tsikhanouskaya como «uma farsa» e «um ritual»,

terminou no anúncio de um triunfo esmagador para Alexander Lukashenko, presidente do país há mais de trinta

anos. De acordo com os dados publicados pela Comissão Eleitoral Central da República, Lukashenko teria

obtido mais de 88 % dos votos num ato em que a participação foi estimada em 82 %.

Na verdade, as eleições presidenciais bielorrussas foram um embuste. Realizadas sob estrita censura e o

controlo asfixiante de um regime policial, este sufrágio fez-se, mais ainda do que os anteriores, sem a

participação de qualquer oposição real.

Ao contrário das eleições de 2020, em que a Sviatlana Tsikhanouskaya foi permitida a representação do seu

marido detido, o candidato liberal Sergei Tikhanovsky, estas eleições foram limitadas ao próprio Lukashenko e

a um curto sortido de candidatos lealistas.

Nem Portugal nem as nações do Ocidente podem atribuir qualquer credibilidade a esta eleição fraudulenta e

aos resultados que o governo de Minsk lhe atribui.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República condena veementemente o governo

bielorrusso pela censura, fraude e repressão que rodearam a eleição presidencial de 26 de janeiro de 2025.

Palácio de São Bento, 29 de janeiro de 2025.

Página 10

II SÉRIE-B — NÚMERO 55

10

Os Deputados do CH: Pedro Pinto — Ricardo Dias Pinto — Diogo Pacheco de Amorim — Manuel Magno —

José Dias Fernandes.

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PROJETO DE VOTO N.º 545/XVI/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELO DIA MUNDIAL DA EDUCAÇÃO

A 24 de janeiro celebra-se o Dia Mundial da Educação, uma data que nos deve recordar da importância que

a escola e o ensino têm para o desenvolvimento presente e futuro da sociedade.

Nas últimas décadas, o nosso País trilhou um caminho de avanços significativos no combate ao

analfabetismo e absentismo escolar, garantindo aos pais a liberdade da educação, e o progressivo alargamento

da escolaridade obrigatória.

No entanto, é importante também salientar, que existe ainda um longo caminho a percorrer para a valorização

da escola: a carência de professores, a imperiosa necessidade de se prestigiar a carreira docente, a melhoria

das condições infraestruturais das escolas.

Só com um trabalho articulado e sistemático entre o poder político e os agentes educativos é que será

possível alcançar os objetivos nacionais e internacionais, preparando cidadãos conscientes, responsáveis e

empenhados na construção de um futuro melhor para a nossa sociedade.

Assim, a Assembleia da República saúda esta data e compromete-se a defender os princípios da liberdade

de educação consagrados na legislação em vigor.

Palácio de São Bento, 29 de janeiro de 2025.

A Presidente da Comissão de Educação e Ciência, Manuela Tender.

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PROJETO DE VOTO N.º 546/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO GUARDA-FLORESTAL DA GNR ANDRÉ JESUS

Na passada quarta-feira dia 29 de janeiro faleceu em serviço, vítima de um trágico acidente de viação ocorrido

no concelho de Benavente, o Guarda Florestal da Guarda Nacional Republicana, André Filipe Rodrigues de

Jesus.

André Jesus, de 25 anos de idade, era natural da Golegã e servia a GNR no Destacamento Territorial de

Coruche. O fatídico acontecimento que lhe ceifou a vida nesta noite de intempérie deixou ainda gravemente

ferido o seu companheiro de turno, o Guarda Florestal Brendon Lopes.

A morte do jovem Guarda Florestal André Jesus, que ocorreu enquanto desempenhava as suas funções em

prol da segurança do País, é um momento de profundo pesar para quem reconhece um papel determinante das

forças de segurança nas funções de proteção civil e soberania do Estado.

Pelo exposto, a Assembleia da República decide:

1 – Apresentar as mais sentidas condolências à família enlutada, à Guarda Nacional Republicana, aos

militares e civis do Comando Territorial de Santarém, particularmente aos que prestam serviço no Serviço de

Proteção da Natureza e do Ambiente do Destacamento Territorial de Coruche.

Página 11

1 DE FEVEREIRO DE 2025

11

Assembleia da República, 30 de janeiro de 2025.

Os Deputados do PSD: Hugo Soares — António Rodrigues — Ricardo Oliveira — Miguel Guimarães — Pedro

Alves — Regina Bastos — Hugo Carneiro — Andreia Neto — Silvério Regalado — Hugo Patrício Oliveira —

Isaura Morais — Cristóvão Norte — João Vale e Azevedo — Alexandre Poço — Almiro Moreira — Dulcineia

Catarina Moura — Alberto Fonseca — Alberto Machado — Amílcar Almeida — Ana Gabriela Cabilhas — Ana

Oliveira — Ana Santos — Andreia Bernardo — Ângela Almeida — António Alberto Machado — Bruno Ventura

— Bruno Vitorino — Carla Barros — Carlos Cação — Carlos Eduardo Reis — Carlos Reis — Carlos Silva

Santiago — Clara de Sousa Alves — Dinis Faísca — Emídio Guerreiro — Emília Cerqueira — Eva Brás Pinho

— Flávio Martins — Francisco Covelinhas Lopes — Francisco Pimentel — Francisco Sousa Vieira — Germana

Rocha — Gonçalo Lage — Gonçalo Valente — Inês Barroso — Isabel Fernandes — João Antunes dos Santos

— Joaquim Barbosa — Jorge Paulo Oliveira — José Pedro Aguiar-Branco — Liliana Reis — Luís Newton —

Marco Claudino — Margarida Saavedra — Martim Syder — Maurício Marques — Miguel Santos — Nuno Jorge

Gonçalves — Ofélia Ramos — Olga Freire — Paula Cardoso — Paula Margarido — Paulo Cavaleiro — Paulo

Edson Cunha — Paulo Moniz — Paulo Neves — Pedro Coelho — Pedro Neves de Sousa — Pedro Roque —

Ricardo Araújo — Ricardo Carvalho — Salvador Malheiro — Sandra Pereira — Sofia Carreira — Sónia dos Reis

— Sónia Ramos — Telmo Faria — Teresa Morais.

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PROJETO DE VOTO N.º 547/XVI/1.ª

DE PESAR COM O POVO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA PELOS INCÊNDIOS DE LOS

ANGELES, NO ESTADO DA CALIFÓRNIA

Os incêndios que assolaram, no início deste ano, vastas áreas do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos

da América, têm fomentado o caos e espalhado o terror, a morte e o sofrimento a milhares de pessoas.

A cidade de Los Angeles foi particularmente afetada por esta vaga de incêndios de grande dimensão e de

raro precedente, cujas consequências englobam a morte de, pelo menos, dez pessoas e a retirada de 180 mil

pessoas, sendo que outros 200 mil civis aguardam apoio.

Quanto aos danos materiais, as estimativas são muito elevadas, a apontar para uma soma de 150 mil milhões

de dólares, o que reflete a onda de devastação que acabou por atingir mais de dez mil edifícios.

Perante estes graves acontecimentos e a natureza especial das relações luso-americanas, Portugal não

pode deixar de manifestar o seu abalo pelas perdas e a sua solidariedade para com o povo norte-americano.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República expressa o seu profundo pesar pela

destruição de bens e vidas americanas nos incêndios que têm afetado o Estado da Califórnia, bem como a

solidariedade da nação portuguesa para com este povo que se encontra, neste momento, a passar por uma

fase muito difícil.

Palácio de São Bento, 30 de janeiro de 2025.

Os Deputados do CH: Pedro Pinto — Ricardo Dias Pinto — Diogo Pacheco de Amorim — Manuel Magno —

José Dias Fernandes.

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Página 12

II SÉRIE-B — NÚMERO 55

12

PROJETO DE VOTO N.º 548/XVI/1.ª

DE CONDENAÇÃO PELA MANIPULAÇÃO ELEITORAL NAS PRESIDENCIAIS DE 2025 NA

BIELORRÚSSIA

No passado dia 26 de janeiro de 2025, a Bielorrússia assistiu a mais um processo eleitoral comprometido

pela falta de transparência e liberdade democrática. Sob o regime de Aleksandr Lukashenko, a votação

presidencial decorreu num ambiente de repressão generalizada, sem possibilitar a participação de qualquer

candidatura genuinamente livre e de oposição ao regime.

Num cenário de intimidação e silenciamento da sociedade civil, este escrutínio foi concebido para perpetuar

o poder de Lukashenko. Os candidatos formalmente apresentados não representavam alternativas reais,

existiram apenas para tentar legitimar um processo sem credibilidade democrática.

Nos últimos anos, a repressão tem-se intensificado na Bielorrússia, sobretudo desde as eleições

presidenciais de 2020, quando foram ignoradas as evidências de uma clara vitória de Sviatlana Tsikhanouskaya.

O regime tem multiplicado detenções arbitrárias, a tortura e outras formas de perseguição política, mantendo

atualmente mais de 1200 presos políticos, entre os quais jornalistas, ativistas e líderes da oposição.

As eleições de 2025 foram mais um exemplo da erosão dos valores democráticos na Bielorrússia. A ausência

de observadores independentes, a censura total dos meios de comunicação e a repressão contínua contra os

opositores confirmam que este processo eleitoral foi uma farsa, carecendo de legitimidade.

Adicionalmente, o regime bielorrusso tem sido um aliado ativo da Rússia na invasão da Ucrânia,

comprometendo ainda mais a sua posição internacional e agravando a instabilidade na região. O apoio militar e

logístico prestado a Moscovo demonstra a subserviência de Lukashenko a um projeto de agressão contra a

soberania ucraniana e os princípios do direito internacional.

Neste contexto, a Assembleia da República reafirma o seu compromisso com a democracia, os direitos

humanos e o Estado de direito, defendendo um apoio firme às forças democráticas bielorrussas e a condenação

inequívoca do regime ditatorial de Lukashenko.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, repudia a manipulação eleitoral nas eleições

presidenciais de 2025 na Bielorrússia, classificando-as como antidemocráticas e ilegítimas. Apela ao Governo

português, à União Europeia e à comunidade internacional para reforçar as sanções contra o regime de

Lukashenko e exigir a libertação imediata dos presos políticos.

Palácio de São Bento, 30 de janeiro de 2025.

Os Deputados do CDS-PP: Paulo Núncio — João Pinho de Almeida.

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INTERPELAÇÃO N.º 4/XVI/1.ª

PARTIDARIZAÇÃO DO SNS E DEGRADAÇÃO DO ACESSO À SAÚDE

Vem o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, para os devidos efeitos, informar V. Ex.ª que o tema da

interpelação ao Governo no dia 6 de fevereiro será «Partidarização do SNS e degradação do acesso a saúde».

Palácio de São Bento, 23 de janeiro de 2025.

O Presidente do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.

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