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Relatório Anual de Segurança Interna – Ano 2014 Página 5

Ameaças globais à segurança

CARATERIZAÇÃO

Em 2014 registaram-se fenómenos que sendo embora de natureza distinta, são ameaças

globais com reflexos na Segurança Interna tais como o terrorismo, a espionagem, a

proliferação de armas de destruição maciça, a criminalidade organizada, as ciberameaças e

os extremismos políticos e ideológicos

O terrorismo constitui uma das principais preocupações securitárias no espaço europeu,

nomeadamente no que se refere ao fenómeno do jihadismo, atendendo à reconfiguração

da praxis de ação, ao alcance da propaganda, à capacidade de recrutamento e, mais

recentemente, ao fenómeno dos “combatentes estrangeiros”, associados à radicalização,

embora marginal, de alguns sectores mais jovens das comunidades imigradas instaladas

nos países ocidentais. Esta ameaça, com natureza difusa, imprevisível e de difícil contenção,

exige uma articulada correlação de esforços das Forças e Serviços de Segurança, ao nível

nacional e internacional.

Também a espionagem, vocacionada para o acesso a informação sensível nos tradicionais

planos político e militar mas, também, no económico, tem feito uso de meios técnicos cada

vez mais sofisticados que lhe conferem maior capacidade de recolha de dados, ao mesmo

tempo que torna mais difícil identificar e localizar os seus agentes. Ao longo de 2014,

continuou a assistir-se ao reforço destas capacidades por parte de vários serviços de

informações em todo o mundo, realidade que se traduz, designadamente, num acréscimo

de riscos de ataques de natureza cibernética contra infraestruturas críticas, organismos

estatais, organizações internacionais de segurança e defesa, bem como de empresas e de

unidades académicas e de investigação de valor estratégico.

Os riscos de proliferação de armas de destruição maciça (ADM) pelos identificados como

países de risco, mantêm-se, apesar dos esforços da comunidade internacional. De facto, há

indícios de que países com programas de desenvolvimento de ADM continuam a envidar

esforços significativos na aquisição de bens e equipamentos de carácter sensível,

mostrando resiliência face às restrições internacionais e ao controlo das exportações dos

bens de uso dual, por exemplo com recurso a um número crescente de entidades de

cobertura, frequentemente localizadas em países terceiros. As dificuldades, nalguns destes

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