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88 | II Série GOPOE - Número: 009 | 25 de Fevereiro de 2010

fomos capazes de, colectivamente, estar atentos aos sinais da mudança internacional e não fizemos o que devíamos do ponto de vista de construir as bases da nossa autonomia energética, sendo que estamos hoje a pagar o preço — e ainda o pagaremos por um bom par de anos — desse esquecimento, dessa falência, dessa desistência.
Mas, Srs. Deputados, a agenda do Governo é feita pelo Governo e não aceitamos nenhuma afirmação que, vinda de qualquer bancada, seja feita no sentido de não podermos sair hoje daqui sem que o Governo responda a isto ou aquilo» Sr. Deputado, cada Deputado tem direito a fazer as suas perguntas e o Governo a assumir a responsabilidade das respostas. O Governo já disse que prosseguirá uma política de alienação de partes do capital que detém em algumas empresas. Fá-lo-á e as condições em que o fizer serão determinadas pelo interesse público, pela visão e pela perspectiva que o Governo tenha desse interesse público e não o faremos, e não identificaremos nem timings, nem dimensões, nem natureza desse processo a reboque das perguntas da oposição.
A oposição tem a sua agenda, fará as perguntas e o Governo, que tem a sua própria agenda, gerirá esse processo na defesa do interesse nacional.
Este é, como eu disse, um Orçamento de execução exigente e difícil. Nós, no Ministério da Economia, consideramos que temos condições, que este orçamento cria condições para dar resposta às preocupações fundamentais da economia portuguesa no que toca à resposta a uma crise duríssima, de que, mais uma vez, pouco se falou.
É certo que temos imensos problemas, é certo que olhar o nosso passado recente nos mostra as dificuldades de expandirmos o ritmo de crescimento, mas também é verdade que é incompreensível que não saibamos reconhecer aquilo que aconteceu, efectivamente, em Portugal em 2009, quando a Europa teve uma recessão de 4% e, em Portugal, essa recessão foi bem inferior.
Se isso aconteceu foi pelo esforço dos portugueses e, em particular, de muitas empresas que defenderam os mercados em condições extremamente difíceis, que alargaram o seu espaço de intervenção no mundo, que foram à procura de outros mercados, quando os tradicionais começaram a decair, e que são, em grande medida, os responsáveis pelo facto de a recessão não ter sido mais dura do que, efectivamente, foi e já foi bem dura.
Esse é, pois, um sinal positivo e mal vão os políticos que só sabem encontrar sinais negativos, pensando que com isso estão a atacar um Governo. De facto, estão a atacar um governo, mas não estão a assumir a sua responsabilidade para com o País!

O Sr. Presidente (José Gusmão): — Srs. Deputados, não havendo mais inscrições, dou por encerrados os nossos trabalhos de hoje.

Eram 19 horas e 2 minutos.
A DIVISÃO DE REDACÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.