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9 DE DEZEMBRO DE 1977 557

limitadíssima e as contradições do regime impediram que essa mesma estrutura industrial se desenvolvesse.

O Sr. Presidente: - ... Queira concluir, Sr. Deputado, porque já esgotou o seu tempo.

O Orador: - Tem razão, Sr. Presidente, peço desculpa.
Foi essa mesma estrutura industrial que com o 25 de Abril os trabalhadores portugueses e as forças políticas que se representam encontraram. As dissimetrias do desenvolvimento regional são manifestas, os desequilíbrios estruturais são também manifestos, a deficiência de produtividade é também evidente, competindo às forças políticas progressivas desenvolver, sem dúvida nenhuma, essas forças produtivas, através do investimento, através da iniciativa das próprias classes trabalhadoras, de através de todas as formas de iniciativa autogestionária e também, claro está, através da própria 'iniciativa privada.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, a partir de agora o seu tempo ser-lhe-á descontado.

O Orador: - Então Sr. Presidente, eu termino rapidamente.
É assim, Sr.ª Deputada Helena Roseta, que compete às forças políticas progressistas desenvolver essas forças produtivas. Mas não de maneia selvagem, sendo asse desenvolvimento capitalizado e feito por uma classe social exploradora, mas sem sob controlo das próprias classes trabalhadoras portuguesas, diminuindo os efeitos destruidores que possam ter sobre as relações de trabalho e aprofundado constantemente o bem-estar, o controlo e a intervenção das classes trabalhadoras.

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Tem-se visto!

O Orador: - Quanto à unidade de acção das classes trabalhadoras, Sr.ª Deputada Helena Roseta, ela é fundamental e não se pode confundir com a unidade de acção dos partidos políticos que até reclamam das classes trabalhadoras. Não vamos aqui, porque não temos tempo, dilucidar estes dois conceitos, mas para a prática política interessa separá-los, e não confundi-los.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - A Sr.ª Deputada Helena Roseta pediu novamente a palavra, mas antes da colega está inscrito o Sr. Deputado Furtado Fernandes.

A Sr.ª Helena Roseta (PSD): - Sr. Presidente, eu pretendia dar explicações a o meu camarada desejava fazer um protesto.

O Sr. Presidente: - Então V. Ex.ª pode dar explicações, visito que está na sequência da intervenção do Sr. Deputado Carlos Lage. O nosso colega Furtado Fernandes fará o favor de esperar* um pouco.

A Sr.ª Helena Roseta (PSD): - Sr. Presidente: quero muito rapidamente dar uma explicação muito simples, apenas para que não fique aqui confusa a nossa porção em relação a um ponto que o Sr. Deputado Carlos Lage acaba de frisar.
O PSD não é um partido marxista, eu não sou marxista. O nosso programa efectivamente reconhece a utilidade de algumas análises marxistas, somos estudiosos do marxismo...

Risos do PS.

O Orador: - ... mas não fazemos, nem nunca faremos, profusão de fé no marxismo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Furtado Fernandes.

O Sr. Furtado Fernandes (PSD): -Sr. Presidente e Srs. Deputados, é efectivamente para acumular um protesto que pedi a palavra, protesto relativo às palavras proferidas pelo Sr. Deputado Carlos Lage.
O Sr. Deputado acusou o Partido Social-Democrata de tentar operar uma clivagem entre o Partido Socialista e os trabalhadores. Devo dizer, em primeiro lugar, que essa clivagem que efectivamente se está operando se deve à política que tem sido seguida pelo Partido Socialista em matérias importantes do domínio económico e do domínio social.

O Sr. Magalhães Mota (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Desde logo o problema do emprego, como já foi destacado numa intervenção do nosso presidente Sousa Franco.

Risos do PS.

Sabemos do elevado número de desempregados e sabemos que o Governo não tem tido uma política de recursos humanos. Sabemos que não se têm feito cursos da reconversão proifíssionia1!, de modo a ajustar à oferta a. procura no m-srcado do trabalho. Sabemos também que não s: têm 'ViCens^cadò devidamente os cursos de reciclagem e aperfeiçoamento profi&-

Dos pedildoB dirigidos à Secretaria de Estado da População e do Emprego apenas 10% foram satisfeitos. Aqufo que o Govomo^prometeu no Plano para 1977, 'nomeadamente no que se refere à obrigatoriedade de ''inscrições nos serviços da Direcção de Emprego, quer de candidatos

Vozes do PSD: - Mutilo bem!

O Orador: - Falou muito o Sr. Deputado Carlos Lage de progre sïrismo e dtss-e- que o Partido Soccaáista é efocwvamcn^ um 'partido de squerda, um partido