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0054 | I Série - Número 005 | 28 de Setembro de 2006

 

Parlamento, na rádio. Podem levar ao engano.
Por isso lhe recomendo, Sr. Deputado, um pouco mais de responsabilidade… e até um pouco mais de responsabilidade nessa intervenção sobre Espanha num momento em que o Presidente da República está nesse país.

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, desculpe, mas é de muito mau gosto referir-se a essa matéria - e perdeu uma grande oportunidade para o não fazer - numa altura em que o Presidente da República está - e bem! - a salientar a importância que tem para Portugal o mercado ibérico.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - Claro que tem! Toda!

O Orador: - É, portanto, absolutamente ridículo que o Sr. Deputado traga aqui essa matéria numa altura em que o Presidente da República está a lutar por uma política externa portuguesa que considera Espanha como a primeira das suas prioridades.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos entrar na terceira volta de perguntas.
Para formular a sua pergunta, tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Branquinho.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, agora, que estamos a chegar ao final deste debate, gostava de trazer um tema para discussão neste Plenário, gostava de falar sobre investimento.
Em primeiro lugar, vamos falar sobre investimento privado.
Sr. Primeiro-Ministro, durante 18 meses, ano e meio, o seu Governo - nós fizemos a contabilidade - apresentou um volume global de investimento privado no nosso país equivalente a 19 000 milhões de euros. E qual é a realidade, Sr. Primeiro-Ministro? A triste realidade é que, em seis trimestres consecutivos, o investimento está a baixar e, no segundo trimestre, o investimento privado em Portugal decresceu 7,2% - ano e meio sempre a baixar, apesar dos anúncios consecutivos de VV. Ex.as no Governo.
Ou seja, de um lado, temos o país virtual - o país dos anúncios e da propaganda - e, do outro lado, temos o país real, onde infelizmente aquilo que verificamos são as fábricas a fechar, os postos de trabalhos a serem questionados e, sobretudo, o investimento a cair.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Segunda questão, Sr. Primeiro-Ministro: o investimento público - algo que é importante e que os senhores elegeram como fundamental para o processo de desenvolvimento. Onde é que pára o investimento público?
No Orçamento do Estado para este ano, VV. Ex.as previram 700 milhões de euros de investimento público em Portugal. Sr. Primeiro-Ministro, qual é a realidade de hoje? A realidade é que, na execução orçamental a 31 de Agosto, o investimento público apenas ascendia a 218 milhões de euros. Sr. Primeiro-Ministro, menos de um terço daquilo que os senhores tinham previsto aquando da discussão do Orçamento do Estado!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): - É um dado objectivo!

O Orador: - Mas pior, Sr. Primeiro-Ministro, todos sabemos quais são as directivas que o Sr. Ministro das Finanças já deu sobre as matérias do investimento público - há cortes por todo o lado.
Sr. Primeiro-Ministro, não há mais investimento público porque os senhores não fazem aquilo que devia ser a política de verdade, ou seja, cortar na despesa corrente e fazer com que o investimento público permita o desenvolvimento da economia portuguesa.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Nesta matéria, Sr. Primeiro-Ministro, verifica-se exactamente a mesma coisa: de um lado, temos o país virtual do Governo, a fazer promessas e a aprovar aqui, na Assembleia da República, 700 milhões de euros para o investimento; do outro lado, temos um Governo que não cumpre sequer as promessas que faz aprovar nesta Assembleia da República.
Finalmente, Sr. Primeiro-Ministro, o investimento estrangeiro.
O Sr. Ministro da Economia habituou-nos, quase todas as semanas, a fazer anúncios sobre o investimento