O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

47 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009

europeias, dando, involuntariamente, razão aos que pretendem esconder, «sob o manto do desalinhamento» conjuntural e momentâneo dos portugueses, os verdadeiros motivos do desaire.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José Pedro Aguiar Branco (PSD): — A esperada rejeição, por parte do Partido Socialista, da moção de censura, poderia induzir a equívoca leitura de um prolongamento imerecido de vitalidade deste Governo.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

O Sr. José Pedro Aguiar Branco (PSD): — É para obstar a isso que o PSD é muito claro na censura a este Governo e irá expressar um voto favorável no final deste debate.

Aplausos do PSD.

Sr.as e Srs. Deputados: O Governo não foi digno da maioria absoluta que os portugueses, em 2005, lhe confiaram.

O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — Muito bem!

O Sr. José Pedro Aguiar Branco (PSD): — O Governo podia, e devia, ter cumprido as promessas com que animou a campanha eleitoral de 2005; mas caprichou em confirmar o que, já, então, muitos suspeitavam: a coerência, a autenticidade, a honra da palavra dada, o respeito e a verdade não se inscrevem no ADN deste Governo.
Por isso, desde logo, o Governo merece uma forte censura: a sua forma de estar e de exercer o poder desqualifica os políticos, afasta os eleitores, desprestigia as instituições e desacredita o Estado.

Aplausos do PSD.

Sr.as e Srs. Deputados: O Governo dispôs de condições ímpares para o bom cumprimento do seu mandato: uma maioria absoluta, uma Legislatura alargada de quatro anos e meio, um Pacto de Estabilidade e Crescimento flexibilizado, uma conjuntura económica europeia de crescimento, durante três anos e meio, quatro anos de trégua eleitoral e uma relação institucional exemplar por parte da Presidência da República.

O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — É verdade!

O Sr. José Pedro Aguiar Branco (PSD): — Não obstante, o fim deste ciclo de Governo socialista consolidou, dramaticamente, a divergência, face ao nível médio de vida europeu. Os portugueses estão, hoje, mais pobres e a viver com mais dificuldades do que há quatro anos atrás!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

O Sr. José Pedro Aguiar Branco (PSD): — O Governo retribuiu a confiança da maioria absoluta com a absoluta crispação social, com a absoluta degradação da autoridade do Estado, com a absoluta propaganda em torno de anúncios das suas iniciativas, com o absoluto desrespeito por condições básicas de liberdade, com a absoluta intervenção clientelar do Estado, com a absoluta incapacidade de enfrentar, com realismo e bom senso, os desafios que, por acréscimo, a crise internacional trouxe à crise interna e com a absoluta indiferença quanto às várias e sérias propostas que o PSD apresentou.

Aplausos do PSD.

Páginas Relacionadas
Página 0060:
60 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009 O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Es
Pág.Página 60
Página 0061:
61 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009 O Sr. Alberto Martins (PS): — Isso é falso
Pág.Página 61
Página 0062:
62 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009 É a censura dos agricultores, que, em vez
Pág.Página 62
Página 0063:
63 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009 É a censura também de todos quantos espera
Pág.Página 63