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52 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009

O crescimento da CDU, que obteve o seu melhor resultado dos últimos 15 anos em eleições para o Parlamento Europeu, é o elemento que dá confiança a uma vida melhor.
Esse é o caminho para um Portugal mais desenvolvido e mais justo, o qual vai ser possível com a participação, a luta e o voto dos trabalhadores e do povo português.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Também para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, viro-me para o CDS, o autor desta moção de censura.
Quero deixar claro que Os Verdes censuram o Governo. De resto, quem acompanha o trabalho parlamentar, designadamente do Grupo Parlamentar «Os Verdes», não tem dúvidas absolutamente nenhumas de que fomos insistentes na denúncia das injustiças provocadas pelo Governo ao longo de toda esta Legislatura, produzimos inúmeros alertas em relação às consequências destas políticas e fizemos propostas concretas alternativas, maioritariamente chumbadas pelo Partido Socialista. E aquelas que não foram chumbadas foram repescadas mais tarde pelo próprio Partido Socialista, porque o Partido Socialista vive com um eterno problema: o de querer ser autor de todas as propostas na Assembleia da República.
Feito este pequeno reparo, não há dúvida de que censuramos o Governo, como o País censura o Governo.
Porém, esta moção de censura vem associada a uma opção política do CDS-PP, que, aliás, está transposta na exposição de motivos, à qual Os Verdes, como é evidente, não se querem, nem de perto nem de longe, associar.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Excepto na parte da segurança!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Também é bom lembrar que o Governo PSD/CDS foi, igualmente, censurado pelos portugueses nas últimas eleições legislativas. Foi nessa altura que se criou, em Portugal, a expectativa de que era possível mudar e, por isso, o Partido Socialista obteve o resultado que obteve nas últimas eleições legislativas: uma maioria parlamentar absoluta.
Eis senão quando essa expectativa é completamente frustrada, porque o Governo do dito Partido Socialista e o Sr. Primeiro-Ministro, José Sócrates, começam a aproximar-se de tal maneira do lado direito deste Hemiciclo que já não é possível distinguir o anterior governo deste Governo. E, afinal, aquilo que era possível mudar seguiu uma lógica de continuidade, continuou, e as pessoas continuaram, evidentemente, a ser prejudicadas em função de opções políticas tão parecidas.
Em relação à resposta que o Sr. Primeiro-Ministro nos deu ainda há pouco, quero manifestar a nossa profunda apreensão.
O Sr. Primeiro-Ministro, agora, quer aligeirar o seu discurso, quer tornar o seu discurso mais simpático, mais apetecível, mas os portugueses não se contentam com isso, Sr. Primeiro-Ministro. De resto, o Sr.
Primeiro-Ministro mantém a sua arrogância, quando afirma, praticamente por estas palavras, «eu estou certo e o mundo, à minha volta, está errado».
Ora, quando as pessoas não conseguem ver, ouvir e sentir aquilo que se passa à sua volta e, estando no centro da decisão política, não conseguem perceber os resultados das suas políticas e o mal que fazem, por via dessas políticas, às pessoas em concreto, então, nada feito! Nada feito! Aquilo que o Sr. Primeiro-Ministro demonstrou aqui é que não está disposto a mudar absolutamente nada, faria exactamente igual tudo aquilo que fez! Foi o que acabou de dizer! Então, não há expectativa de mudança! Mas os portugueses precisam de respirar mudança e aquilo que já perceberam, também no decurso desta Legislatura, foi que as maiorias absolutas não trazem qualquer estabilidade ao País, as políticas correctas é que trazem estabilidade ao País. E quando essas maiorias absolutas protagonizam exactamente políticas erradas, então, não há estabilidade que se sustente.
Sr. Primeiro-Ministro, Os Verdes reafirmam que os portugueses estão fartos destas políticas! Os portugueses precisam de políticas de esquerda! Os portugueses precisam de justiça! Os portugueses

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