O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 76

10

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês Domingos.

A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr. Ministro das

Finanças, o Programa de Estabilidade que nos traz aqui não nos satisfaz nem pelo caminho nem pela ambição.

Contrariamente àquilo que disse o Sr. Ministro, o caminho que este Governo escolheu é muito diferente

daquele que tinha previsto antes das eleições em 2015. Primeiro, e sobretudo, porque o Governo desistiu de

baixar a carga fiscal.

O Sr. Ministro tem uma estratégia fiscal muito clara e que tem três eixos: mais impostos, mais impostos e

mais impostos!

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — É uma estratégia cujo objetivo é atingir a maior carga fiscal — esse objetivo

efetivamente conseguiu-o! — da história da democracia, tanto quanto as empresas e as famílias aguentarem,

mas, Sr. Ministro, com a diferença de que é com impostos indiretos, que são menos visíveis que os impostos

diretos sobre os rendimentos.

Com o seu Governo, por cada euro que ganham, as famílias e as empresas pagaram, em 2017, mais

impostos do que alguma vez pagaram.

Diz agora o Sr. Ministro, nas suas próprias previsões, que, em relação a esta carga fiscal, vai diminuir

qualquer coisinha. É uma décima, Sr. Ministro, uma décima. E convenientemente essa décima seria reduzida,

eventualmente, em 2019. Curiosa e surpreendentemente, é um ano de eleições! Só que todos nos lembramos

que o Sr. Ministro já esteve sentado nessa cadeira a prometer que ia baixar a carga fiscal. E o que é que

aconteceu? A carga fiscal em 2017 atingiu o seu ponto máximo. Porque é que agora havemos de acreditar que

a carga fiscal vai baixar, Sr. Ministro? E este recorde de carga fiscal serve para quê, afinal?

O Governo desistiu do investimento público, Sr. Ministro. Os planos de investimento são sucessivamente

incumpridos.

Em 2016, prometeu um nível de investimento de 2% do PIB, mas baixou para 1,5%; em 2017, prometeu

2,2%, mas ficou em 1,8%, abaixo de qualquer dos anos do ajustamento. E já vamos no terceiro ano do seu

Governo! Portanto, a culpa não é do anterior Governo, os senhores governam há tempo suficiente para serem

responsáveis por isto…

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Pedro Nuno Santos): — Isto?!

A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — Agora, promete um aumento para 2,3% do PIB, em 2018. Como é que

vamos acreditar nisto, Sr. Ministro? Só que as consequências deste incumprimento são muito visíveis: os

serviços públicos básicos estão em deterioração — e não se ria, Sr. Ministro, porque não tem graça nenhuma;

o Sistema Nacional de Saúde está de joelhos, é uma tragédia; as escolas públicas têm condições que não

satisfazem os mínimos para as nossas crianças; e a carga fiscal só serviu para aumentar a despesa corrente.

Agora, o Governo promete, outra vez, que essa despesa vai baixar. Por exemplo, no consumo intermédio e

outra despesa prevê uma diminuição por causa do programa de revisão da despesa. Mas a UTAO (Unidade

Técnica de Apoio Orçamental) veio dizer, nos últimos dias, que isso não é credível porque o Programa é

demasiado vago e que se prevê, na realidade, que essas poupanças não se materializem. Essas poupanças

previstas são, no mínimo dos mínimos, extraordinariamente incertas.

Sr. Ministro, porque é que havemos de acreditar nos efeitos, que prevê, da revisão da despesa quando o Sr.

Ministro e este Governo incumpriram em muitas e todas as promessas fiscais e de despesa que fez nos anos

anteriores?

Mas, Sr. Ministro, mais preocupante é a ausência de ambição deste Governo relativamente ao futuro do País.

Não se vislumbram nenhumas medidas, nenhuma ambição para tornar Portugal um país mais competitivo, nem

que seja em termos fiscais.

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 76 2 O Sr. Presidente: — Sr.as Deputadas e Srs. Depu
Pág.Página 2
Página 0003:
26 DE ABRIL DE 2018 3 endereçar este problema. Hoje, regista-se já o início da redu
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 76 4 científico, tecnológico. Do que nós precisamos
Pág.Página 4
Página 0005:
26 DE ABRIL DE 2018 5 Há uma questão que, na perspetiva de Os Verdes, é fundamental
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 76 6 Quanto ao investimento público, sim, é possível
Pág.Página 6
Página 0007:
26 DE ABRIL DE 2018 7 Os resultados já alcançados permitem olhar para o futuro com
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 76 8 rendimento, em especial apostando na criação de
Pág.Página 8
Página 0009:
26 DE ABRIL DE 2018 9 antecipadas, o Governo traz aqui e envia a Bruxelas um docume
Pág.Página 9
Página 0011:
26 DE ABRIL DE 2018 11 As previsões de crescimento até 2022, as suas próprias previ
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 76 12 criação de emprego; e faz também uma proposta,
Pág.Página 12
Página 0013:
26 DE ABRIL DE 2018 13 O Sr. MinistrodasFinanças: — Toda a despesa foi execu
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 76 14 A Sr.ª Deputada fez uma grande digressão em re
Pág.Página 14
Página 0015:
26 DE ABRIL DE 2018 15 Não podem acusar este Programa de Estabilidade de esconder m
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 76 16 A Sr.ª InêsDomingos (PSD): — Ora bem! <
Pág.Página 16
Página 0017:
26 DE ABRIL DE 2018 17 Os senhores querem um apagão sobre o passado, mas isso não p
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 76 18 E em Évora e no Seixal? Talvez vá acontecer! E
Pág.Página 18
Página 0019:
26 DE ABRIL DE 2018 19 Esta é a realidade! Este é o investimento que temos feito na
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 76 20 Pela terceira vez, percebemos que não é o Gove
Pág.Página 20
Página 0021:
26 DE ABRIL DE 2018 21 E, Sr. Ministro das Finanças, não é sério, em 2018, perante
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 76 22 Sr. Deputado, não houve aumento do ISP
Pág.Página 22
Página 0023:
26 DE ABRIL DE 2018 23 Em primeiro lugar, em relação ao imposto sobre combustíveis,
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 76 24 estabilidade que exigimos. Porque adiar as des
Pág.Página 24
Página 0025:
26 DE ABRIL DE 2018 25 O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — O Bloco assume que a estratégi
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 76 26 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Queriam! Para
Pág.Página 26
Página 0027:
26 DE ABRIL DE 2018 27 É verdade que estamos longe do valor de 11% de défice, que f
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 76 28 Aliás, o próprio Governo reconhece que está es
Pág.Página 28
Página 0029:
26 DE ABRIL DE 2018 29 Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Tem a pala
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 76 30 trabalhadores e do povo fosse mais longe. Esta
Pág.Página 30
Página 0031:
26 DE ABRIL DE 2018 31 Cada décima do défice são 200 milhões de euros e a opção que
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 76 32 Um percurso com sucesso, mas um percurso ainda
Pág.Página 32
Página 0033:
26 DE ABRIL DE 2018 33 O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Não, não! Não ouviu
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 76 34 O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso é que é lame
Pág.Página 34
Página 0035:
26 DE ABRIL DE 2018 35 O Sr. João Oliveira (PCP): — Foi o PEC com o vosso voto cont
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 76 36 factos e análise dos procedimentos relacionado
Pág.Página 36