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II SÉRIE-A — NÚMERO 11

O prosseguimento do processo de desinflação nos países industrializados, apoiado num conjunto de evoluções sectoriais positivas

Dificuldade em relançar a actividade económica devido ao ajustamento das situações patrimoniais nas empresas e nas famílias

O abrandamento da actividade económica e a lentidão na retoma deverão ser entendidos à luz de um conjunto de processos e tendências que caracterizaram a evolução recente da economia mundial. Salientam-se os seguintes:

• o prosseguimento do processo de desinflação no conjunto dos países industrializados, estando a atingir-se, de forma continuada, os níveis de inflação mais baixos das últimas três décadas. Este processo, iniciado com a alteração da política monetária dos EUA, em 1979, tem decorrido num contexto caracterizado por um conjunto de factores, de entre os quais se destacam, o comportamento dos preços da energia e das matérias primas, a baixa continuada dos preços do processamento da informação; a alta moderada de salários na generalidade dos países industrializados (com a excepção notável da Alemanha, no período a seguir à reunificacção), o aumento significativo da expressão, no comércio mundial, de um conjunto de produtores muito competitivos, nomeadamente da Ásia, especializados na exportação de bens de consumo; a existência de excessos de capacidade generalizados no sector industrial nos países desenvolvidos, após o período de investimento da segunda metade da década de 80, levando a uma agudização da concorrência, com efeito sobre o comportamento dos preços industriais. Esta contribuição dos sectores primário e secundário para o processo desinflacionista nos países industrializados tem contrastado, por sua vez, com o comportamento dos serviços, em que se verificaram crescimentos dos preços mais fortes (ex. serviços de saúde).

• o processo, ainda em curso, de ajustamento de contas de património associado à desinflação de activos (imobiliário, acções etc) desencadeada no final dos anos 80, nomeadamente nos EUA, Grã-Bretanha e Japão, após o endurecimento das respectivas politicas monetárias. A queda no valor dos activos imobiliários e, de forma mais circunscrita no tempo, no valor das acções, afectou a posição patrimonial das famílias e das empresas que tinham contraído níveis excessivos de endividamento na segunda metade daquela década, processo que foi facilitado pela