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0208 | II Série A - Número 010 | 01 de Junho de 2002

 

Atendendo a que a povoação de Recarei reúne os requisitos previstos na Lei n.º 11/82, de 2 de Junho, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, os Deputados abaixo assinados apresentam o seguinte projecto de lei:

Artigo único

A povoação de Recarei, no concelho de Paredes, é elevada à categoria de vila.

Assembleia da República, 15 de Maio de 2002. - Os Deputados do PSD: Marco António Costa - Teresa Patrício Gouveia - Abílio Almeida Costa -Ricardo Fonseca de Almeida - Diogo Luz - Jorge Neto - João Moura de Sá - António Montalvão Machado -Diogo Vasconcelos - Sérgio Vieira - Pinho Cardão - Adriana de Aguiar Branco -Maria do Rosário Águas - Pedro Duarte- Maria Aurora Vieira -mais uma assinatura ilegível.

PROJECTO DE LEI N.º 33/IX
ELEVAÇÃO DA POVOAÇÃO DE VILELA, NO CONCELHO DE PAREDES, À CATEGORIA DE VILA

I - Razões históricas

De Vilela chegam-nos notícias ainda antes da fundação da nacionalidade. Mas o seu povoamento é, sem dúvida, anterior a esses primeiros documentos escritos. Sugerem-nos esse facto topónimos como Aldarém, nome pessoal provavelmente germânico, ou Castro, que alude a uma civilização anterior ao domínio romano em Portugal.
De início, seria uma terra muito pequenina. O próprio nome da freguesia comprova-o. Vilela significaria uma pequena "villa" agrária, ou, num sentido ainda mais redutor, uma pequena casa de campo.
Com o aparecimento do Mosteiro de Santo Estevão de Vilela, com vastas propriedades nas terras em redor, tudo se alterou. Toda aquela região beneficiou de tão rica instituição, e assim progrediu na senda do crescimento.
Essencialmente rural, Vilela é uma freguesia com um povoamento disperso. Nos últimos anos, no entanto, começa a sentir-se a sobreposição da indústria à agricultura. Do passado tradicional agrícola, marca hoje o ritmo da povoação a indústria de madeiras, do mobiliário, lacticínios e linho, bem como destilarias de aguardente vínica.

Património histórico-cultural

- Igreja Matriz
Construída no século XII e reconstruída em 1873 e 1990. Interiormente foi reparada em 1876 e 1878. É do antigo Mosteiro.
Situa-se na encosta de um pequeno monte. Tem uma frontaria ladeada por duas torres com sinos e relógio, a igreja é de uma só nave. Tem guarda-vento, côro alto e muito espaçoso, altar-môr com um soberbo trono, retábulo de talha antiga dourada, dois altares ao lado do arco cruzeiro, também ambos com ricas decorações de talha antiga dourada e no corpo da igreja mais dois altares. Tem duas sacristias (uma que era primitiva dos frades e que pertence à fábrica, outra que é das confrarias do Santíssimo Sacramento e da Senhora do Rosário e das Almas).
Nesta igreja há uma cruz / custódia de ouro.

- Mosteiro de Santo Estevão
Foi fundado no século XI, pelo capitão D. Payo Guterres, que veio para Portugal com o conde D. Henrique.
Foi reconstruído em meados do século XVI e novamente em finais do mesmo século por D. Gaspar dos Reis. No começo do século XII (1118) estava na posse dos Cónegos Regrantes de S. Agostinho, sendo o seu prior Afonso Pais. Pouco tempo depois, em 1128, a Rainha D. Teresa coutou o Mosteiro, pelo estatuto que já aí tinha adquirido, e concedeu-lhe ainda maiores privilégios.
O convento não tem belezas arquitectónicas, sendo dignas de menção a sua ampla escadaria e a sacada da sala que, em 1886, era sala de visitas. Deste Mosteiro, destaca-se o brasão que encima o portal barroco. O brasão foi colocado pelo Dr. António Emílio Correia de Sá Brandão (digníssimo Juiz do Supremo Tribunal) no século XVI.

- Capela de Nossa Senhora da Saúde
Sito no Monte do Seixoso. Foi construída no século XV e teve uma reconstrução no século XIX (1873).
Está edificada sobre rocha de Quartzo. Tem altar-môr com retábulo de talha dourada, arco cruzeiro, púlpito com grades de ferro, côro, sacristia.

- Capela ou Ermida de Santo António
Foi construída por volta do ano de 1903.
Está localizada dentro do cemitério paroquial. É uma capela muito pequena e singela.

- Capela ou Ermida do Senhor dos Passos
Está unida à igreja desde 1878.

- Capela de S. José
Foi construída entre 1960 e 1970.
- Cruzeiro

Solares

- Solar de Varziela
Tem casa brasonada e capela contígua. Era de João Leite da Gama, moço fidalgo da casa real. Depois, passou para a posse de José Jorge da Costa, morador na freguesia de Agrela do concelho de Santo Tirso.

- Solar do Penedo
É a casa mais antiga da freguesia. Era de José Narciso Carneiro Leão e irmãos.
Esta casa foi riquíssima, mas dela, resta hoje uma casa velha, degradada e os vestígios de uma capela com portão em latão.

II - Breve caracterização geográfica e demográfica

Estando situada a norte do concelho, Vilela abrange uma área de 3,79 km2.
Confronta com as freguesias de Duas Igrejas e Sobrosa e com as vilas de Lordelo e Rebordosa.
Demograficamente, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, Vilela registou um aumento de 27,7% na taxa de variação. Em 1991 contabilizava 3906 habitantes e, de acordo com os Censos de 2001, este número evoluiu para 5066 pessoas. Neste momento, os eleitores recenseados são 3430.

III - Actividade económica

De passado tradicionalmente agrícola, começa hoje a sentir-se a sobreposição da indústria à agricultura, sendo a indústria de madeiras e do mobiliário as predominantes.
Devido ao aumento populacional o sector terciário tem vindo a expandir-se, devendo-se realçar os estabelecimentos de pequeno comércio de papelaria, pronto-a-vestir, fotógrafo, florista, supermercados e mini-mercados, oficinas de reparação automóvel, cabeleireiros e comércio de combustíveis.

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