O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

melhor, então o problema é mesmo das regras e do modelo. Não podia deixar de haver

uma extensa lista de recomendações. Não tenho em relação a cada uma delas qualquer

objecção. Mas, olhando para a legislatura que agora está a terminar ou apenas para a

última sessão legislativa, não posso deixar de as considerar, ainda por cima vindas do

PS, como um conjunto de piedosas intenções e apenas isso, eventualmente para efeitos

eleitorais. Basta recordar a posição do PS sobre os pára-quedas dourados, a divulgação e

taxação das remunerações dos gestores e administradores ou o levantamento do sigilo

bancário. Ou ainda as hesitações do PS sobre as sociedade offshore, aliás praticamente

ignoradas pelo relatório. Não identifico no PS a necessária vontade política para aplicar

e fazer o que àgora recomenda no Relatório.

14. Esta Comissão de Inquérito tem um saldo que nenhum relatório conseguirá

apagar: os portugueses ficaram a saber e a conhecer melhor o que se esconde por detrás

das belas e modernas fachadas dos bancos portugueses e do que é capaz gente tão

idónea e acima de qualquer suspeita, que até o Dr. Vítor Constâncio e sucessivos

ministros das finanças - invariavelmente do PS e do PSD, com um penetra do CDS, se

deixaram enganar pelas suas boas maneiras, pelo seu charme, pelo seu profissionalismo.

Tudo boa gente, tudo gente fina, tudo gente séria. Na realidade, a história do BPN,

sendo uma história de enganos, não é apenas uma história de enganos. É muito mais do

que isso, é uma história de protecção, protecção de banqueiros e do próprio sistema. O

caso BPN mostra a fragilidade das fronteiras entre o engano, o erro e a protecção e de

como é fácil a supervisão se confundir com protecção Mas, quando conhecerem as

Conclusões propostas pelo PS, os portugueses perceberão também que ainda não é desta

que alguma coisa vai mudar a sério na banca portuguesa.

Assembleia da República, 7 de Julho de 2009.

O Deputado do Bloco de Esquerda,

João Semedo

A Divisão de Redacção e Apoio Audiovisual.

15 DE JULHO DE 2009______________________________________________________________________________________________________________

363