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da Capital foi formada de génle dos naesmos fprin* eipios, que hoje professa o Governo,, e ò noj)re Peput^do, que tanto faMou contra as fraudes da eleição de Lisboa, disse uma verdade de que eu me quero aproveitar, Elle djsse, se me não en* gano, que tudo que foram formulas externas, fpj religiosamente guardado nas Mesas eleitpraes; que na composição das Mesas, houve regularidade $ e conservação da ordern. Tudo respirou ordem e legalidade , e as fraudes foram feitas cá fora, on* de os homens podem fallar uns com os outros, onde se fazem associações cívicas e incivicas, em que entram militares, sem o Governo lho prohi-bir, nem haver lei para,.-se culparem similhantes associações, e o resultado disto e' que naturalmente combatem umas ás outras pelos meios que tem á sua disposição. O resultado destes combates, que sempre houve e ha de haver, foi que a votação de Lisboa deu, não direi "o triumfp de um .partido ; eu não desejo mesmo que se diga de um jparli4o} q«e triumfou de outro, porque daqui vem o individualismo, e'o considerasse cada um superior ao Paiz.; os principips e que triumfaram ; 'tiveram mais sympathia, maior numero de appro-vad.ores os-princípios, .que representava um lado, os mesmos que representa hoje este lado da Cama* rã: este e e effeito das contestações políticas, alguém ha de vencer.

Mas o Sr. Deputado proferio uma frase fatídi-da, « os factos occorridos mostram que tem razão : ínãp abuzeis da victoria! Nisto está tudo, tem ra-•fcão. Os meus principios são conhecidos; eu lorna-ja dar a viçtpria á Nação Pprtugueza (apoiado) e nada mais-. Se obtivemos uma preferencia, que nos deu a opinião publica j sé nos anima o desejo de sairmos do caminho das perturbações", e in-quieXaições publicas , nãoabuzemos, não creiamos

Sr. Presidente, .pareceu-me quando as forças estavam muito contrabalançadas, quando se não .podia dizer: — qual de vós venceu ? — que era esse -ç B tão o melhor momento de chamar todos a um só Jadp ; porque na verdade e muito diffici-1 fazer>se d'putro modo. E diga-se, quem não quizl quem apresentem, i-ntoleran-cia? Eu não quero exprobar a ninguém a:s opiniões- que tem. tido.., mas, tenho direito de fazer avisos e dar conselhos, porque respondo a putros que me dão; e se os acceito de tão boa vontade, serei inculpado, por dá-los -de.' •boa fé"! Tenhamos sentido em.a-proveitar o senso profundo das expressões do nobre Deputado.

Agora, -Sr. Presidente, em quanto ás razões, em que urn dos nobres Deputados^se fundou para acusar, o Governo pelas violências, demissões, e ameaças, diz elle, que os fundamentos que' tem para o dizer são a voz publica e os joruaes do :íènxpo ! Qoasi nunca nós ouvimos senão uma voz publica:, a dos nossos amigos: não me aconteceu i-sso com os.jórnaes do tempo; mas ha muitos que •só têern os que quadram com á sua opinião.; ;por-;que se se lessem to.dos haviam de vêr-se combali-

das , e muito combatidas, e justificadamente com* batidas .as asserções dos jornaes desse tempo. Por consequência caduca ó fundarriento do Sr.. De.pu-lado; porque, pelo menos, as asserções de uns estão neutralisadas pelas dós outros.

Mas agora vamos á voz .publica. O Sr. Deputado, quanto á-voz publica, sabe o antigo rifão; mas a Cornmissão nã,o devia julgar da legalidade ou illegalidade das eleições pela voz publica, que pôde não te«r visto (O Sr. José Estevão: — Examine-se) Examinar a voz publica e' novo (O Sr, José Estevão: — Os factos) Os factos ? A Com-missão os examinou; são os que estão consignados nos documentos, são os que foram presentes á Cornmissão; e se-a Cornmissão fizesse d'outro modo, excedia as suas attribuições; iss,o todos, sabem. Mas em fim chama-se factos a tudo; porque tenho visto apresentar como factos protestos graci.osos. Sr. Presidente, todo ò mundi) que protesta podia protestar; mas por isso mesmo que a liberdade de protestar é amplíssima, por isso que cada um pôde protestar contra a maior e a mais evidente das verdades., é que deve haver muito cuidado no exame destes protestos; porque eu não «ei onde está o meio de obrigar um homern a não protestar se não o que e' verdade. Agora vou eu citar um facto, e não quero que o nobre Deputado lhe dê mais importância do' que eu dou aos seus; mas como facto'posso dizê°lo, e ha de ser sabido pelas pessoas a quem interessa, porque isto ha de ser escripto. Como fãcta sei eu, e sei-o do chefe d'u m , corpo, e este chefe que se senta'ao lado do Sr. Deputado podia ter-lho dito, e havia de acredita-lo, porque e seu amigo; eu o affirmo como certo e respondo por elle, porque eu acredito como facto verdadeiro o que me e' annunciado por ura homem de probidade publica ; e, já que citei um homem, digo que e o Sr. Cezar de Vasconcellos. Este Sr. mandou annunciar ás companhias do seu corpo, que a todos era livre o votar em quem . quizessem. O facto' e' este ; embora cause riso a quem se quker rir; é este facto prova ainda mais alguma cousa ; porque não fica aqui. Alguns indi-vidiiios desse corpo não quizeram votar se não em suas próprias listas, e esses indivíduos desse corpo não foram punidos, não houve tal calabouço, não houve varadas, não houve crurifragió.

Ora demais, esse Governo tyranico não fez nada contra os corpos que foram votar contra e!le. Pois não ha ctarpos inteiros, que foram votar contra a Governo ? Será isto um facto desconhecido? Ora quaes foram os Officiaes demittidos, os .Sargentos desauctorisadosl Oade se fez e&sa immenâidade de violências, ou de castigos depois que isto aconteceu ? Pois houve corpos, que votaram contra o Gorerno, e tornaram aseus.quarteis, e continuaram o seu serviço, com os mesmos Offrciaes, e Cornroandantes,, Também isto prova contra o que se disse; e se nât> prova, não sei o que prova. ,