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de se fazerem mais prompiamente os pagamento?, aclio muito louvável esse desejo, mas não é possivel fazer-se um sallo nesses pagamentos; havemos de chegar ao ponto que desejamos, sem que haja nem sallo, nem hancarota; havemos de ir pouco a pouco seguindo o syslema que eu reputo o melhor, até chegarmos ao fim desejado.
Posto á votação o art. 1.° foi ápprovado, e seguidamente tambem foi ápprovado sem discussão o art. a*
O Sr./. /. Guedes: — Pedi a palavra sobre a Ordem para mandar para a Mesa uma Proposla, a fim de acabar com o precedente funesto, de se darem por findas as discussões, sem eslar desenvolvida a maleria, e sem teiem fallado os Oradores, que a podiam ler desenvolvido convenientemente. Sr. Pie-sidente, ainda ha pouco vimos....
O Sr. Presidente: — Pu peço ao Sr. Depulado, que reserve a sua Proposta para a primeira parle da Ordem do Dia da Sessão de amanhã, porque é uma dispensa do Regimento, o que só tem logar de se propor na primeira parte da Ordem do Dia.
Õ Orador: — Sr. Presidente, eu concluo com uma Moção de Ordem, e esta Moção de Ordem é de muita importância, alé talvez para a questão de que ¦>e tracta, e vem a ser, que quando se julgue a maleria discutida, sem lerem fallado os Oradores, que estavam inscriptos, lhe sejam admiltidas as Propostas de Addilamenlos, ou Substituições, que offere-ceriam, se lhes chegasse a palavra ; islo parece-me quo é dc bastante importância, por conseguinte julgo que a Camara não deve ter duvida-cm admiltir a minha Proposta, com a urgência que o negocio pede; seV. lix." mo dá licença, eu mando a minha Proposta para a Mesa, e se é necessário consultar a Camara, peço a V. lix." que a consulte.
A Camara resolveu que o Sr. Deputado não apresentasse agora a sua Proposta.
O Sr. Xavier da Silva: — Sr. Presidente, por parlo da Commissão de Fazenda tenho a declarar, que ella se conforma inteiramente com a redacção do Projecto n.° 70, e por isso a approva, e n propõe como ultima redacção.
Leu-se na Mesa o Projeclo n." 70, e foi approvada sem discussão a ultima redacção.
O Sr. Cunha Sotto Maior:—Sr. Presidente, eu tenho ha mais de oito dias uma Interpellação an-nunciada ao Sr. Minisiro da Fazenda; por lanto se ¦ » S. Ex." agora tivesse a bondade dc me dizer, se podia responder, pedia a V. lis.' que consultasse a Camara, se eu podia dirigir-lhe a minha Interpellação agora, apezar do não ser á hora competente, por isso que S. Ex." me ncaba de dizer, quo tem de sair da Camara.
O Sr. Presidente : — Segundo o Regirnenlo as lnlerpellações teem logar na ullima hora; mas como o Sr. Deputado requer que cu consulte a Camara, se lhe permitte desde já fazer a sua Interpellação ao Sr. Minisiro da Fazenda, em consequência de S. Ex." declarar, que precisa sair desta Casa, eu vou consultar a Camara, se dispensa o Regimento para esle fim.
A Camara resolveu affirmativamente.
O Sr. Cunha Solto Maior: — Sr.. Presidente, o objeclo da minha Interpellação é muito simples, é uma exposição de factos. Sr. Piesidcnle, eslamos hoje no fim dn Junho, e ainda se não acabaram de Stv.Ào V" 19.
pagar os quinzenas de Março, e se eslou bem Informado algumas ha de Fevereiro, o alé de Janeiro, que ainda não estuo pagas. Ha uma grande accumulação de divida ; o Governo deve á Praça de Londres um milhão de libras esterlinas, dez milhões de erusados deve Ires mil contos, pouco mais ou menos, á Junta do Credito Publico; as Societárias, e todas as Repartições Publicas eslão, por a-sim dizer, reduzidas a Asylos de Mendicidade, os Empregados, e Credores do listado vivem da Divina Providencia, lisln siluação nâo deve continuar. 'Poda a Sciencia do Sr. Ministro da Fazenda se reduz a deixar inoirer á fome os Empregados Publicos; não ha Sciencia mais fácil; desse modo Ioda a gente em Portugal está habilitada para ser Ministro da Fazenda ; eu entendia que a Sciencia do Sr. Ministro da Fazenda devia ser outra, e nâo limitar-se secca-menle a din-r— uNão pago, porque não tenho dinheiro.»— Ora S. lix." uàoMcm pago a ninguém, os Cofres do listado,teem continuado n receber, por tanto para onde é que vai esle dinheiro? A Junla do Credilo Publico diz que nâo paga os juros, por que o Governo lho tem fallado com ns niezadas; o Governo teve auctorisação para levantar 500 contos; lem o rendimento das Sele Casas, das Alfandegas, do Conlraclo do Tabaco, sempre vai recebendo ai-guina cousa da decima, e estamos nó fim do mez de Junho, e devem-se ainda quinzenas de Janeiro, Fevereiro, e Março; ora, depois dos faclos arbitrários, que eu já aqui referi, e de, por uma simples Portaria, se reduziíem a metades os ordenados dos Servidores (io listado, depois de se estar Ires semestres, sem se pagar dividendo algum, é realmente uma cousa insólita esta administração de Fazenda; en nâo pertendo invectivar o actual Sr. Ministro; mas peço a S. Ex.a que olhe para este estado, peço pro-vidência?, mas providencias incessantes para hoje, para já; porque o Paiz pôde talvez esperar por uma Lei uma semana, um mez, mas a fome não pôde espera r.
Sr. Presidenle, estamos em vésperas de ver os Empregados Publicos a pedirem esmola, ou irem para a portaria de Santo Antonio com uma tigella reclamar a sopa económica. Sr. Presidenle, se toda a Sciencia cm negócios de Fazenda se limita a propor uma Lei de Meios, a'não pagar, e a impor Ires, e quatro decimas, então em Portugal toda a gente eslá habilitada para exercer esse encargo ; porque, não sa pagando, lodos podem ser Ministros, e_ eu que na maleria sou mais incompetente que ninguém, repu-to-me mais que habilitado para ser Ministro; limi-tava-me a não pagar. Por consequência, cm nomo da ordem, e da humanidade, eu pedia no Sr. Ministro da Fazenda, que visse se era possivel pagar alguma cousa aos Empregados Publicos; pois já não basta pagar quinzenas, será preciso ninda reduzir essas quinzenas a Ires ou quatro dias ! Ora, eu perguntaria, se os Empregados Públicos abandonaiem os seus logares, o que fará o Governo? liu se fosse Empregado Publico, de cerlo que abandonava o logar; porque ser Empregado de graça — não lef nenhum beneficio, e ler os ónus lodos, é exigir muito! Corta o coração ver o eslado de miséria, a que eslão reduzidos os Servidores do Eslado.