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"amorlisar a divida estrangeira.. Eu digo ao illustre 'Deputado que ha de saber isso ; e digo desde já que se dispor desses uonds com muito vantagem para o Paiz.

Posso afíiançar á Camará, que nessa parle o "Governo, ou pelos esforços que fez para isso, ou pelas circumstaneias favoráveis, que acompanharam, essa transacção $ obteve bom resultado. Em todos "os outros pontos declaro novamente que o-.nobre Deputado será satisfeito, e que o Governo b a de apresentar a distribuição dos fundos; e desde já 'posso assegurar qu"e nessa disiribuiçào não-ha nada que não seja regai-. Pouco ou nada tenho que dizer "da Repartição-a meu cargo; não ha um só Empregado adtnittido que não seja do quadro, e por isso não tem ro ff r ido quebra a Constituição do. Estado, apesar de que se ferir espalhado cousas muito grades. co'n t rã a Administração, e eu -espero que sobre "todos os ponlos-em gerai, e a cada um delles em particular o Governo hu de dar todas' as explicações "Satisfatórias.

O1 Sr. Silva Sanches : -— Sr. Presidente, o nobre Ministro disse—- que no Relatório haviam mais ou menoSs explicações das operações, que sé tinham feito.— Eu peco licença a S. Ex.a para lhe clizer, que no Relatório senão acha uma só, que tenha a ré-, fere n cia aos fundos, que se levantassem dentro ou fora do Paiz para sustentar aemi.são dos .Bilhetes do Thesouro, senão o dizèr-se,"que- lhe .parecia , que bastariam aos fundos alguma cousa mais para pagar os prémios ou. impostos de taes corretagens e a estas se dariam uns tantos por cento. É por isso. que eu .ííz o meu Requerimento para pedir ao Governo algumas explicações a este respeito; rnas.como S. Ex.a declarou, que. o meu Requerimento séria satisfeito -"com a maior brevidade possível, nada mais tenho a dizer.

Julgado urgente foi approvado. O Sr. Costa Júnior: —É para mandar para a Mesa um Projecto de Lei, do qual peço a sua ur-v , gencia (e é o seguinte)

RELATÓRIO.—A causa dos infelizes acha todos os dias neste recinto mui conspícuos protectores; e a Camará ainda não deixou de ouvi-los com benevolência, e acompanha-los em suas meritórias fadigas. "Não tenho a louca temeridade de querer hom-brear cm saber com os distinctos Varões a quem al-ludo; desejo porem dar uma prova, de que o seu exemplo não e perdido para mini: ceder-lhe-hei vantagem em tudo, menos na intenção, e fervor que desenvolvem em-beneficio da humanidade desvalida. Chamareis hoje, Senhores,...a vossa attenção sobre n sorte de três estabelecimentos da Cidade de Braga, que honram indelevelmente.a memória de quem os fundou, e que por effeito de vicissitudes, mais, ou menos previstas, se acham actualmente reduzi-..dos ao ultimo termo do desamparo: fallo do Semi-• Viário dos Órfãos de S. Caetano, do Conservatório das Órfãs, e do Asylo dos Entrevados. Osdous primeiros, únicos que existem do seu género no Arcebispado Primaz, e communs aos Órfãos de todo el-le, deveram a sua fundação ao insigne, e sempre chorado Prelado daquella Diocese D. Francisco Cae-"tano Brandão. Cuidou o virtuoso fundador, com a "caridade Evangélica que lhe era natural, de votar amplamente estes. Estabelecimentos, que por muitos ;annos,- não só fizeram face ás despezas de sua man-

tença, mas até conseguiram áccurnuíar em cofre ai-, gum remanescente. Pela extincção dos dízimos, que formavam a principal origem da sua riqueza, ficaram os referidos Estabelecimentos quasi anniquHla-dos; e se felizmente -ainda vemos prolongada a sua existência (posto que mesquinha) devemos attribui-lo^unicamente "ao emprego de fundos que se achavam accumulados, e que estão quasi exhauridos — á caridade dos fieis — ao destino que em virtude da Carta Regia de 21 de Maio de 1835 se deu ás taxas impostas nas Dispensas Matrimoniaes, c ao zelo e caridade que destinguem o Reitor, e Superiora daquelles piisshnos Estabelecimentos. Q Asylo dos Entrevados, não chegou a ser dotado, ern razão da prematura moiie daquelle venerando Prelado, oc-corrida á quasi 40 annos.-Os infelizes que por sua idade, ou moléstias se acolhiam, ao Asylo, e achavam ahi um amparo liberal, e eífectivo, passaram a esperar debaixo das escadas do campo dos Touros, onde viviam noite e dia, as esmolas, que nem podiam procurar por diligencia própria!

Este lastimoso espectáculo com mo via, e envergonhava ao mesrno tempo os habitantes de Braga. Alguns delles movidos de uma caridade verdadeiramente christã, se resolveram em 1831. recolher aquellea desgraçados n'um Asylo, e prove-los de vestuário, e comida. Por quatro annos successivos caminhou o novo Asylo, mantido unicamente pelas pessoas bem-fazejas que tiveram o nobre pensamento de crea-lo. De 1835 em diante J*oi elle entregue ao cuidado de uma Commissão para quem. seriam diminutos quaes-quer elogios. Cumpre-me declarar, e nisto dou urn documento de verdade, e de justiça, que muito devem todos estes Estabelecimentos á solicitude, patriótico interesse, que em seu abono tem desenvolvido todas as Auctoridades Administrativas daquelle Districto, e com muita especialidade os dignos Deputados J. de Vasconcellos e Sá,, e Francisco Manoel da Costa.

Desnecessário será provar, Senhores, o que é sabido de todos". Extinctas as rendas ide que deiivava a subsistência daquelles Estabelecimentos, segue-âê rigorosamente, ou que hão de crear-se outras que as suppram , ou que taes estabelecimentos hão de em breve desapparecer com manifesto escândalo da moral publica, e com prejuiso irremediável para os desgraçado?, que alli tem ate agora recebido asylo, protecção, e amparo. Esta calamidade que está sem duvida imminente,, deve evitar-se com medidas promptas. '

A mirn lembra-me uma que não duvido offereccr á vossa consideração, ao menos como paliativo contra a ruina total dos sobredictos Estabelecimentos. Por muilo feliz rne daria eu, se-despregada a minha Proposta, occorrer á vossa sabedoria algum remédio que possa curar radicalmente ornai que acabo de trazer á vossa noticia.