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S. Ex.a ignora que havendo questão, sobre qual dos dois contractos devia valer a respeito dos in-•dividuos, quu tinham estado ao serviço de Portugal , se o contracto chamado Sertorius, se o con--tracto chamado Saavedra j esse arbitro decidiu ap-provar as partes d*ambos os contractos, que fossem vantajosas aos indivíduos, q-ue tiniram servido em Portugal ] Não sabe S. Ex.a que um desses contractos dava rnais vantagens aos Officiaes de qtie o outro? Não sabe S. Ex.a que o contracto Saavedra que dá mais vantagem aos Officiaes, foi appiovada a parte que e' relativa aos Officiaes; e o contracto Sertorius, que dá mais vantagem aos soldados, foi approvada a parte relativa aos soldados, quando um ou outro contracto e que se devia approvar, e não uma parte de cada contracto ?!

.......S. Ex.a ignora que por este modo se com-

promelteram a pagar três milhões da Fazenda Pu-

íblira Pòrtugueza ?!......Agora, Sr. Presidente ,

itfvalie a Camará a confiança que merecem os factos citados por S. Ex.% e a confiança'que merece o seu patriotismo á vista das suas declarações, e á vista do -modo porqiie elle tracta os homens que •defenderam ' os' interesses da Nação com honra e •dignidade. Creio ter dito bastante para mostrar que •S. Ex.a não merece confiança alguma. Sr. Presidente, esta questão espero eu que ha de ser. aqui -trazida por este lado da Cornara; por essa occa-sião, -que e' a occasião mais opportuna, nós mostraremos que o Gtfverno sacrificou os interesses do •Paix , e sacrificou-os por condescendencias diplo-çjnali>cas, condescendencias qjeo Governo, que fos-^e verdadeiramente Porluguez, não devia ter por rnodo algum. Eu paro aqui, S\r. Presidente, porque julgo ter dito bastante*

• O Sr. J. A. de Campos:— Sr. Presidente, nas ^circunstancias em que se acha a questão parece--me que conve'm mais precisa-la , de que espraiar-nos em Jogares communs, que posto que podessem aproveitar, talvez se não possam tolerar no estado actual: a discussão acha-se adiantada bastante, então eu pedi a palavra para fazer algumas ponderações sobre a ultima moção apresentada pelo illustre Deputado.

-, Sr. Prcsidenle, o Governo tem feito umas poucas de declarações importantes, que devem decidir da sorte d'esta questão, se a Camará estiver resolvida a apprecia-las. As declarações do Governo têm sido explicitas, têm sido umas poucas de vezes repetidos de tal modo claras, que me parece que esta Caruara não deixa nesta conjunctura de lhe dar o devido vaíoi. •

Quando n'outra occasião se traclou a questão dos Batalhões, disse o Sr. Presidente do Conselho, —•que o estado do Pajz visinho reclamava a conservação destes Batalhões — hoje o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros acaba de declarar — que no-Paiz visinho tem cessado esse motivo, que a ordem se acha estabelecida, e que as circumslancias des?e Paiz não-são de nenhum modo .próprias para nos incutir receio, e isso que era oulr'oia motivo para a conservação dos'Batalhões tem cessado — por ianlo, Sr. Presidente, o Governo é o primeiro

ate' hoje, todos Cesses motivos têm hoje cessado á vista das suas próprias declarações.

Ora, Sr. Presidente, nestes termos é preciso estabelecer qual é a situação do Governo, e qual é a situação da Camará, O Governo não quer hoje Batalhões, mas o Goveino encerrou-se n'um campo do qual não pode sahir; o Governo não quer Batalhões, mas nào quer cahir com a medida dos Batalhões; o Governo não acha um expediente airoso por onde se escapar á difiiculdade parlamentar era que se tem collocado: a discussão approxima-se ao seu fim; ainda não appareceu um desses expedientes, um desses alvitres que por mais d'uma vez tem salvado o Governo; se elle apparecer, os Batalhões cahem no mesmo momento; appaieça um expediente que separe o Governo dos Batalhões, os Batalhões cahem, e o Governo fica : portanto não deve inquie-tar-se a politica do Governo a este respeito; o Governo não quer Batalhões, mus não quer cahir com os Batalhões; esta é a posição do Governo.'O expediente dos foraes está usado, não pôde ser repetido: o expediente de que o Governo tem u&ado em taes circumstancias não lhe foi hoje suggendo; não me importa saber o motivo porque esse expediente não apparece; mas não apparece, e então o Governo está collocado na necessidade de não poder icti-rar os Batalhões por um expediente, que não comprometia a sua existência; esta é a situação cio Governo; a sua política nesta parte já não inquieta; mas vamos ver qual é a nossa situação.