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çao absoluta, dizendo-se que as Collegiadas eram excrescências j não são: e não são, porque vivem do que e' seu, porque os Povos estão costumados á solemnisação do Culto, que aili se celebra corri a devida regularidade j e porque e necessário que esta soleiimisação se verifique em mais logares do que unicamente, na cabeça do Bispado.

A Religião lorna-se mais amável pela practica das Solem nidades Religiosas^ . '. -

Sr. Presidente, vou agora á segunda parte. Em quanto ás Collegiadas, que se diz vão crear-se, declaro que não vejo nenhum inconveniente ria sua creaçâo. Sr. Presidente, o artigo não obriga o Governo a crear Collegiadas ern toda a parte, aonde existiram Cathedraes. Ale'm de que dá^se nesta me* dida satisfarão á conveniência do Serviço Religioso, á utilidade dos Povos, e a necessidade de empregar os Ministros da Religião. Estes Ministros lêem direitos adquiridos pela sua Collação ,

Assim pois, Sr, Presidente, todas as considerações persuadem a adopção da medida proposta , e sobre tudo altendendo-se a que não haverá grande aijgmento de despeza. Haverá alguma, e certo í com tudo a economia não e a feição preeminente deste Projecto; e de mais-ostou intimamente convencido de que, se as Collegiadas se organizarem com a modéstia, que deve ser o que sobeja dos Bispados supprimidos, chegará para a sustentação vendo-se que n.ão se auginenta.a despeza das Collegiadas. (O Sr.' Jotf Estetiâo:-* Ora!) (O Orador :— Ora...) Entendo^!!" ora não e argumento.

Mas ? Sr. Presidente, fez*se esta observação: «o que se observa nisto , o que se yê, é a 'necessi- -dade de livrar-se de dimculdades Diplomáticas elo* « Ainda que fo-se este desejo quem move o Governo, quando ao mesmo tempo se dão as razoes que acabo de ponderar, era muito louvável adoptar esta~ medida, visto que delia, longe de inconveniência, vem vantagem oos Povos. ...

Sr. Presidente, sem vantagem para os Povos, eu nunca -approvarei que o Governo, para se livrar de uma rlifriculdade Diplomática, ou "de outra qualquer diiíiculdade atmpeile Dúeitos, e faça "violências; uias se elle se'poder livrar de*ta difficuldade adoptando uma. medida , que combine ao mesmo tempo com a Sol^/nnidacífe do Culto, t» da Réligiãs a cormnoiiicíade dos. Povos, eu, longe de pela 'ntii-nha parte censurar o Governo, hei de èlogia-ío. * .

Sr. Presidente, em vista das razões expostas, voto pelo artigo, e entendo que deve ser approyadó. •

O Sr. Dins eSfwsa: — Sr. Presidente, quasi que VOL,J.°—MAKÇO —1813.

estou arrependido de ter pedido a palavra; a ais* •eíissão (em caminhado de tal maneira que julgo rmiiti&simo difficulloso entrar nella , do modo que eu desejo, e que entendo que era pro.prio entrar, para que não viessem á discussão proposições que podem complicar a questão, em si mui simples, de que tractamos. Sr. Presidente , à discussão de hoje e' a prova mais cabal de que-.no Corpo Legís-lativo impropriamente se poderia tractar com miu-de/à de ne'gocios semilhanles áquelíe para que se pede a auctorisação ; é a prova rnais decisiva, se não houvesse outra , que por si só me decidiria a dar o voto de confiança de um. modo amplo, não digo a este Ministério, mas a qualquer outra Ad« .ministraç-ão.

Sr. Presidente, ,ba objectos que nós não podemos aqui tractar com. individuação , sob pena de cahir-mos na impropriedade, que se tern visto h.a discussão desta parte do Projecto, isto é, de parecer que nos erigimos em Aula de Controvérsia, ou Escola de Casuista». Mal do Paiz , Sr. Presidente , mal de todos os assumptos importantes-e delicados como p de que nos occupamos , .se os Membros desta As« semhlea Legislativa se convertessem em Controver-sistas sobre pontos de Dogma, de .Disciplina, e de Moral. Peço aos Srs. Deputados , que tem faltado até agora nesta questão, não tornem como censura particular a elles, o que eu digo ou disser; eu expresso opiniões minhas com a mesma liberdade com que os Srs. Deputados expressaram as suas; Sr. Presidente , para que vieram nesta questão envolver-se questões religiosas? Para que vieram questões tão importantes, e que tem feito escrever grossos volumes, e etn que ha a opinião de muitos Doutores pró e contra; questões que não podem ser aqui trazidas, questões que não tem nada para o caso que se discute? Tal , por exemplo, o ponto, sé o Papá e' ou não absolutamente livre em recusar os Bispos nomeados e apresentados pelos Reis, e Príncipes Soberanos, que gosam do direito dessas nomeações e apresentações. Muito pudera eu dizer contra o que neste ponto ouvi, mas guardarei silencio, para não peccar no mesmo vicio , que estou arguindo. Para que veiu aqui um illustre Deputado decía-

. rar-se^graduado em Theologia, e dizer que elle era o competente para quando se agitassem questões desta natureza lhes saltar j (expressões do nobre Deputado) roas que o não tinha feito nem faria ainda agora, por o julgar impróprio e inopporlunof e todavia depois que assim se expressou, seguiu caminho diverso; só fallou de Scisma religioso, e po« litoj de quebras , e erros arguidos na Disciplina, etc. etc. Tudo isto só serve para complicar uma discussão em si simples; um objecto de mera tem» poralidade. .Verei se entro nelíe, como e próprio. O artigo diz assim (leu.) Já se vê que o espirito

-da Commissão, ou dó Projecto, e querer deixar nas Calhedraes, aonde por séculos tern havido uma Corporação Ecclesias-tica distincta (como são os Collegios Capitulares) destinada a manter ò esplendor do Culto, e maior pompa nas solemnidades do Culto externo,a urna outra Corporação, que continue, quanto seja possível, .esse esplendor, e esse Culto, a quê os respectivos fieis se acham habitua* dos. Diz-se porém : se querem esplendor do Culto, não-, diminuam ,. augrnentèm antes o numero dos