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que explique quanto e' esta quantia, porque nenl todos teem obrigação de saber estas matérias: são32 mi! reis. (O Sr. J. M. Grande: — Lá teem outros interesses.) Também cá os teem. — Digo ainda mais : parece-me que vem ad odium o dizer os motivos,, por que eu linha feito os Tractadõs; foi perscrutar as minhas intenções. Oh ! Sr. Presidente! Eu peço ao illustre Deputado que os leia, que se informe; peco-lhe que pergunte quaes as vantagens, que podem de futuro resultar desses Tractadõs. — Tenho-os feito, quando me lenho convencido de que são de interesse para a Nação (Apoiados). Não acho razão para que o Sr. Deputado, que não sabe a importância desses Tractados, venha dizer, que eu tenho motivos vis e baixos para fazer essas transac-

ções.— Oh! Sr. Presidente! A Administração lem obrigação de soffrer toda a qualidade deopposiçào; mas ha de permittir-se-lhe, que lenha algum dês* abafo: que, quando se tracla de pôr o Governo no gral, e tritura-lo, elle tenha algum meio de responder.— Sobre a questão lenho a palavra; e então mostrarei, que a maior parte das proposições do Sr* Deputado são inapplicayeis ao estado presenle.

O Sr. Presidente: — Amanha conlinúa a mesma Ordem do Dia. Está levantada a Sessão. — Eram quatro horas da tarde.

O REDACTOR,

JOSÉ DE CASTRO FREIRE DE MACEDO.

N: n.

essã.0 em 21 be Itaoembro

1844.

Presidência do Sr. Gorjâo Henriques.

a — Presentes 72 Srs. Deputados. Abertura — Depois da uma hora da tarde. Acta — Approvada.

CORRESPONDÊNCIA.

Offício:' — Do Sr. Ministro da Guerra, enviando inais 40 exemplares da conta da gerência do Mi-nislerio a seu cargo, respectiva ao armo económico de 1841 — 1842. — Mandaram-se distribuir.

Também se mencionou na Mesa a seguinte

Representação: — Apresentada pelo Sr. Deputado João Bernardo de Sousa, em que os Fharmáceuli-cos estabelecidos no Concelho de Gaya reclamam contra algumas disposições do Decreto de 18 de Setembro ultimo. — A* Commissão de Saúde Publica.

O Sr. Gavião: — Sr. Presidente, queria pedir a V. Ex.a que tivesse a bondade de convidar a illus-tre Commissão, a qnem foi dirigido haverá quinze dias, um requerimento de cinco indivíduos, que se acham presos no Castello , sen) c.ulpa formada , ~ha 8 mezes, e que pedem providencias a esta Camará: para que haja de apresentar quanto antes o seu Parecer. Corji isto não pretendo eu irrogar a mais leve censura aos illustrcs Membros da Commissão.

O Sr. Presidente: — Os Srs. que fazem parle da Commissão acabam de ouvir a exigência do Sr. Deputado ; e farão o que julgarem conveniente.

ORDEM DO DIA.

Continua a Discussão do Projecto JV.° 135.

O Sr. José Maria Grande : — Sr. Presidente, vou entrar nesta questão simplesmente pelo motivo de não querer "dar um voto silencioso sobre o Projecto que se discute: eu não quero Sr. Presidente, partilhar da responsabilidade de votar um tributo, que se demonstrou ser evidentemente desnecessário ; quero sim habilitar o Governo com os meios necessários para fazer face aos encargos públicos, mas não quero que se lance sobre o Paiz o mais insignificante imposto sem que seja indispensável.

Vou ainda fazer um esforço apresentando as minhas ideas com aquelln franqueza, que a Camará cm mim conhece: muito provavelmente será inútil

esse esforço, mas embora o soja, eu façrt o meu dever. Que não se irritem conlra mim n-m o Ministério nem a Maioria por eu ir talvez perturbar o repouso agradável em que existem , por eu ir talvez desencantar com a triste realidade o porvir de lisongeiias illusões, com que é emballada essa feliz família governamental, que'não vê o abismo debaixo de si, nem ouve o vulcão que ruge debaixo de seus pés, e que ameaça vomitar torrentes de lava incendiada sobre sua» cabeças e sobre as nossas.

Eu entendo que depois de lermos ouvido sobre esto objecto o'victorioso discurso do Sr. Deputado Ávila , todos nos deveriariios callár (O Sr. Passos: — Apoiado.) ate que o Ministério se explicasse, ale que os seus defensores desfizessem os argumentos irresistíveis, que aqui foram apresentados. Eu entendo que seria ale' generoso deixar desbancar por algum ternpo os illuslres Cavalheiros, que se sentam nos .bancos dos Ministros, dar-lhes algurn respiro para que podessem curar as profundai feridas que o seu joveri , mas temível adversário, lhes fez com inimitável destreza — mas como o inimigo e'mais poderoso do que nos pede a prudência que o não poupemos, para libertarmos o Paiz do jugo que o op-prime; e então e'justo e necessário que empreguemos todos os mfios de vencer e convencer. -

Sr. Presidente, ha muito ternpo que eu estou convencido, que nada ha mais impolitico e incon» veniente do que ampliar a nossa contribuição directa : são tantos os vícios que ha nesta contribuição; (Apoiados) são tantas as violências , tantas as desigualdades que se fazem no seu lançamento e cobrança, que eu entendo que nada pôde ser mais funesto ao Paiz do que amplia-la ; e por isso que tenho sido severo em combater impostos desta na-lureza sempre que se tem apresentado no Parlamento ; não tenho porém lido a mesma severidade, quando se tem traclado das contribuições indirectas, e tenho concorrido para a votação de algumas, por as julgar necessárias, e menos bppressivas.