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faclo de»tas cousas, e que poderá rtrctSficáf qualquer erro otn que eu esteja. Comtudo creio qu • as informações que tenho me não illudem.

AÍe'm disto, poiem, as especialidades deste Corpo sào tae» e tantas que elle e uma excepção; e assim mesmo l'>go que os seus 'destacamentos sahern de Lisboa são Iodos fornecidos pelo [Coinmissanado : isto assevero eu sem receio d« *er desmentido.

Sr. Presidente, fizeram-se os. maiores esforços para depreciar, e tornar aos olhos de todos odiosa a Ile-partiçâo do Commissariado ! Ale quando o sc*u il-lustre Chefe se levantou para agradecer ao digno Relator da Commissào de Guerra os elogios que lhe pareceu elle havia dirigido a um de seus Em-pregados, o mesmo digno Relator acudiu logo a desfazer o engano de S. Ex.a dizendo-lhes que os elogios que fizera se dirigiam Iodos a uui homem , que nada tinha com o Commiasariado!

Ora bem.: porque se clama tanto, Sr. Presidente,.contra esta desgiaçada Repartição?

Muitas vezes se levantam, e, su-tentarn do propósito, certas opiniões factícias, que são uma verdadeira desgraça publica !

Estas opiniões factícias uma vez levantadas, sustentam-se, e correm por .todo o Paiz sem funda» mento e sem exame; e comtudo, Sr. Piesidente, íào a origem de mil calamidade! (Apoiados).

Estas opiniões f.icticias levantam e fazem descarregar o machado destiuidor na raiz das melhores e mais úteis Inj-tiiuiçôe*! Sào um precipício horrível em que as Nações muitas vezes se de?penham ,-onde encontram m.iles que tarde e muito t d r d e podem 9 pp n as minorar! (Apoiados).

E •'Ias opiniões factícias sào as que tem sustentado entre nós a terrível mania de tudo destruir ! (Apoiados). Sào as que lançaram o machado aos nossos melhores Estabelecimentos t rase n do-n o» com a sua destruição as dífficuldades ern que nós ternos vUto! (tfpoiados). São a origem e o alimento dessa imprudência destnudora que nos trouxe o cahos em que tem estado a Administração dá Ju>tiça , a Administração da Fazenda, e todas as mais Reparti-coes Publica* ! (Apoiadas). Sào lambem a* que q u P ré m destruir o Commis«-triado!

E estes exemplos, Sr. Presidente, não nos hão

Por mim^ esta-lo-hei sempre: serapre clamarei contra essa inania; e farei guerra de morte a'todas as innoraçôei que vierem de machado alçado, embora me chamem retrogrado!

Clama-se contra o Commissariádo! E porque? Porque apresenta uma enorme despeza; mas nào se lembram -nem querem ver, o» que"assim clamam, a enormissima quantidade de rações (jue o Commis-sariado fomece, e o Exercito consome ! Mas não se lembram, nem querem ver, os que assim clamam , que essa enorniissima quantidade de rações ha de também custar uma enormissima. somma ! •/

Quer a Camará saber a quantia total de dinheiro que o Gommissariado tem etíeclivamente recebido de»de Janeiro de 1812 até Junho de 1842? Quer sabor o prodigioso numero de raçõr-í que elle tem fornecido nesle espaço de lompo? Eu lho mostro. (Leu). Desde Janeiro de 1812 em que principiou (í sua Administração até Julho de 1814, em que acabou a guerra da Península forneceu :, rações, de VOL. 5.° —MAIO— 1843.

pão,' 62.750:2.08 — d efa/xt, fi:-í:5l'2:Ç80 = £fe vi* nho, 42:939:996 —de grão, 0:031:268 = de palhat 5:567:148,

Desde Julho de 1814 até Maio de 184*2, exèlnin* do o tempo da usurpação, forneceu rações de pão , 229:063:851 = cte c/ape,,£6:884:198 —de temperos, 5:571:618 — de tiinho , 24 103:015 = de grão , 30:839:339== de palha, 30:962:622 = g de lenha, 1:62.8:879.

Durante o tempo du usurpação , forneceu rã» coes de pão, 93:250:675 =.- de etapc, 46:105:320 = de vinho, 42:084:152 = ^8 grão , 9:226:273 = e de palha, 9:002:154.

E em quanto sorrimam estes milhões de rações fornecidas pelo Commissariado durante o período da sua existência?

Sommam (leu) rações de pão, 385:069:734 = de etape, 136.511:798 = de temperos, 5.571:618 = de vinho: 109.l&7:163 =

Ora, Sr. Presidente, e quanto ha recebido ern dinheiro o Commissariado para fazer face ao pagamento desta espantosa e enormissima quantidade de rações, que elle tem fornecido e outros consumido? Quarenta ou quarenta e urn mil contos apenas; isto é, cem milhões de cruzados pouco mais ou menos.

Eu digo apenas, e com tudo esta quantia parece enormissima e causa espanto! Pois quer a Camará saber a quanto montam estas rações, de que lhe apresentei o mappa, computadas apenaâ pelo preço . por que ficaram as fornecidas no anno de 1836 a 1887 ? importam em nada menos de 45.078:745:575 re'is, isto e, cento e doze milhões e seis centos e noventa e tantos mil crusados ! quasi cento, e treze milhões de cruzados!

Mas não é esta ainda a sua importância: etla deve ser muito mais superior, por que a fornecimento do primeiro período do mappa foi todo feito naHis-panlía e nn França durante a guerra, e todos nós sabemos que hos altos Pyrineos o arrátel de pão custou a SOO réis; o arrátel de carne a 240 re'is; o alqueire de cevada a 1600: que em Eivas o trigo chegou a 3000 ie'is o alqueire, e em Lisboa o arrátel de pão a 80 reis, o arrátel de carne a â4Q réis, e p quartilho de vinho a 60 reis.

Que prodigiosa differença por tanto não deve haver entre a quantia que o Commissariado recebeu, e a importância dos géneros que tem fornecido! Pela conta que fiz dos preços mais favoráveis, a differença e' de quasi treze milhões de cruzados que tem recebido de menos do-que devera receber para as dcspezas que teín effectivamente feito e abonado ! ...

Isto é exacto; e aos Srs. Deputados que duvidarem da veracidade dos factos e Hás informações que aqui apresento , pedir-íhe-hei que vão ao Thesouro, que peçam, e examinem todas as contas que lá devem estar, e então com os seus olhos se desenganarão, conhecendo que não tenho sido exaggeradò. E quem é hoje, Sr. Presidente, que ignora que o Commissariado tem deixado de receber uma prodigiosa quantia de menos do que a necessária ' para as des-pezas a que tem occorrido ? E isto cousa que o ignora-1 a envergonha !

Mas, Sr. Presidente, como podia oCommissaria-^

do soccorrer a todas estas enormiasimas despezas t a

ponto de contrahir uma divida para cima de treze

milh5.es de crusados, e ainda ter quem prefira con-