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rltj Dezembro, que naturalmente »<_ de='de' questão='questão' lia='lia' occupar-me-hei='occupar-me-hei' do='do' tanto='tanto' pontos.='pontos.' forças='forças' se='se' affectado='affectado' camará='camará' finalmente='finalmente' torna='torna' permittirem='permittirem' soffrer='soffrer' ser='ser' a='a' mo='mo' questão.='questão.' e='e' poder='poder' fazenda='fazenda' n='n' o='o' p='p' estes='estes' as='as' radar='radar' minhas='minhas' pôde='pôde' nesta='nesta' t='t' benevolência='benevolência' todos='todos' da='da' porque='porque'>

A quentão Política, para mim, c uma questão de confiança, não e uma questão de legalidade, ou por outra a questão de legalidade e tão corrente, está de tal maneira resolvida pelos precedentes, que rne não occuparei delia. Tinha ou nào o Governo o direito de assumir a Dictadura ? Precisam ou não os Actos da Dictadura do voto de approvação do Parlamento ? Não me occupo da Dictadura debaixo deste ponto de vista. Para mim a questão c toda d»- confiança, e nesta questão de confiança voto plenamente a favor. Confio bastante nos Ministros para intender com elles que fizeram bem assumindo a Dictadura, e que as circumstancias cm que a assumiram, eram bastantes para os justificar. A confiança para rnirn e plena pelo que toca aos Actos do Governo, e não se pôde exigir mais. Fizeram bem, porque eram dignos desse Poder que assumiram, e as circuuiátancias, cm que o exerceram, legitimaram o uso que delle fizeram. Mas se rne perguntam, se os Ministros usaram bem, rectamente em tudo e por tudo de^se Poder, responderei francamente que não. E digo mais que nunca suppuz que podcsscm esperar de mim uma approvação implícita de todos os seus Actos, porque esta esperança seria extremamente caprichosa e pueril, e imprópria de homens sérios para homens sérios.

Mas dois Decretos ha censurados geralmente ua Camarn, e em que muitos dos homens conspícuos do Paiz não concordam, c que eu acho extremamente providenlcs: são n* Dcrrckv, do Conselho Ultramarino, e o das Misericórdias. Dcos, segundo creio, não rne deixou a vida. senão para d i/cr francamente a minha opinião; c só m'a cllc desse tirando-me csla grande prerogativa, não lh'a agradecia.

A Lei do Conselho Ultramarino foi providentis-sirna ; satisfez a uma necessidade publica. O Conselho Ultramarino c uma instituição excellente, magnifica, necessária, indispensável ; mas não se tomaram as bases sufficienles para o organisar. Não fallo uos escrúpulos de despeza, porque intendo que devemos ser desatados e largos para as dospezas úteis. As des-pezas que se fazem com aquelle Conselho, são todas necessárias e productivissimas, e as pessoa», que o compõem, são bastante dignas de consideração por todos os respeitos, para se estaria degladiar os seus ordenados. Mas tem o defeito de ser um Corpo inamovível; e não admilto que nenhum Ministro seja obrigado a aconselhar-se com os seus adversários. Os Corpos inamovíveis tendo do. estar em contacto sempre com a opinião movei dos Ministérios, como estos são sempre o Poder forte acabam ou pelos destruir, ou pelos annullar, dcspresando o seu voto, de maneira que quando se constituem esses Corpos inamovíveis, se se julga que se ostabelecv um anli-mural contra os Ministros, enganam-se, porque cstc-s fazem a sua vontade a despeito do voto desses Corpos. Cada Ministério e de um Partido, e e preciso que o seja ; o que não deve ser é Ministério de um Partido para governar só para esse Partido, e em proveito delle; se ess

sideração para com todos; mas querer-se que esse Ministério se vá aconselhar com os seus adversários, è muito disparatado, e é um principio anarchico, absurdo e imrnoral.

Qui/era por tanto que o Conselho Ultramarino fosse composto da seguinte maneira : declarando-se hábeis para serem Membros delle todos os indivíduos, que tivessem seguido certa carreira de serviço publico no Ultramar, ou na carreira administrativa, ou na carreira militar e administrativa de Governadores, ou na carreira fiscal, e que cada Ministério, ein subindo ao Poder, compozesse o Conselho Ultramarino dos seus Amigos. As escolhas foram excel-lentes, mas a administração das Colónias pôde variar conforme os Partidos, e conforme a Política de cada um delles; e assim como eu não quero que um Ministério da Esquerda, ou do Centro se aconselhe com os seus adversários, não quero ta m bem que aos Ministérios da Direita aconteça o mesmo. O principio de lealdade absoluta e completa não e muito natural, e não quero aconselhar-mo senão com as pessoas da minha confiança em Política; e a minha confiança Política, a maior, ninguém m'a merece senão os rneus Amigos íntimos, aquelles que partilham cm tudo e p