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encontrar, a cada pa&so que dessem p^ía mn testemunho da necessidade de adoptar lema de organisação de Obras Publicas.

Que votámos nós para Obras Publicas ? Gera contos de reis; de_.que poderá servir esta somrna senão para obras pequenas? Quem pertenderá com cem conto* ,de reis, 'dosquaes s* ha de fazer a necessária subtraçào para as despezas impreteriveis e sempre at-tendiveis de preferencia, em Lisboa, quena pertenderá que ainda fique uma quaotla sutíiciente para grandes obras l Pois com cincoenta contos que se pôde fazer? Fax-se urn.encaineatodo Abisonda, don-, de resultam tantas e-tão grandes vantagens, que a primeira vez que ouçofallar a este respeito, e' agora ao Sr. Ministro do Reino, e a fatiar a verdade esta cornuiunicação não é a que faz maior pezo nesta matéria.

Sr. Presidente, á vista da quantia que sé pód&vo iar para obras publicas, ella não pôde ser empregada em cada Districto se não em, entupi r esses sorve-, douras, em que um homem e uma enfiada de carros se ato l a a», e eni.fa/er vima pequena ponte, que torna -incommunicavel um Concelho corn outro ; porque, quando os invernos são rigorosos, todos tem medo de passar por áhi, e todob os dias se dão noticias de que lá se'afogou um Jumento, uma Besta, que foi mais atrevida e quiz passar.

Sr. Presidente, o Sr. Ministro do Reino disse, cinco contos n'um Districto é perder tudo, é não votar nada; riias não são cinco contos por uma vez só^ são cinco contos successivos, cinco contos neste anuo, cinco rio outro, e cinco no outro. Pois cinco contos de re'ií, gastos n'uma ponte, que ás vezes é o transito principal de uma, Província, urna coni-ajunicaçâo commercial, uiua coímnunicação para todas as feiras, que, como todos sabem, são os nossos entrepostos de Cornmercio interno, pois cinco contos gastos todos os aunos n'iiina ponte desta*-, não bastarão para ella se fazer em pouco tempo? Não se fará uma ponte assim? E se o Sr. Ministro do Reino fizer por este systema 17 ou 18 pontes deste interesse eui todo o paiz, não terá tirado algum, fru-eto do seu plano de obras publicas, melhor do que tomando 50'contos e empregando-os no Rio Altíion-da , que ninguém conhece? Sr. Presidente, um Sr. Deputado disse: uns Districtos tem mais interesses .que outros, e mais necessidades, e preciso votar em altenção ás necessidades. Mas todos tem necessida-des% e e' preciso tomar ern alteuçâo essas necessidades, mas lambem ó direito que tem todos a prover-se ás suas necessidades, segundo asouimaque se pôde despender para ellas.

Sr. Presidente, as agoas de Portuga! tambein levam as lavouras e afundam as povoações; as agoas de Portugal também matam gados; 'são exactamente como as da Madeira; correndo por escarpados^ correm cote muita força, levam adiante de si ostro» pecos que encontram, se são vivos mntan>-nos, e se são inanimados accumulam-nos sobre as faz.endas e fasseia muitas ruínas. Por consequência também ca queremos alguns contos de réis para as nossas obras e para as nossas agoas.

Ora, Sr. Presidente, o illustre Deputado acabou propondo .uma transacção, porque elevou as obras da minha terra'á culhegoria das da Madeira e com» pr-ehendeu-as nesse b-ill de privilegio ; eu fico-lhe muir ío obrigado, rnas não aceeito a transacção; as obras

da Barra do meu Districto aão precisam de transacção para daverem ser altendidas por" esta Camará, .porquê'tem direito' a serem consideradas como o.u« Iras obras .de igual natureza, que eslãtf Votadas no Orçamento. '•'.

Agora, Sr. Presidente, pelo que toca ás despezas, que se tem feito' nas Secretarias , eu devo declarar que a solliciiude deSS.EE. aindachegaj por exemplo, ate Cintra ; mas ern Cintra também ha Secretarias, ou escreve-se lá ; chega até ás Caídas, e mais não disse. Eu, quando fallei dai despezas das Secrer tarias, entendia estas despezas deste pequeno grupo de obras, porque até ahi,ainda chegam os Srs. Ministros. Com tudo faço sempre este Requerimento, e espero que os Srs. Ministros satisfaçam ao seguinte

REQUERIMENTO. — Requeiro que o Governo i n-forme que quantias se gastaram nas Secretarias de Estado desde á restauração — José Estevão.

CO systema que "eu proponho, o systema futuro é indispensável para dar á acção fiscalisadora da Ca-ma«ra todos os meios de exeçussâa, e para tirar de cima dos Ministros toda a suspeita de perdulários, porque, embora se prejudiquem as suas pessoas, con-vern-oos a todos não prejudicar aquelleâ logares, porque, tlepois de sé deámoraliserésn, ern vez de se-, rem maçhmas de governo, são um elemento da corrupção.

Sr. Presidente, .do modo, porque estão organisa-das as obras publicas, os Miniàtros podem mandar fazer obras onde quizerem, e nas casas de quemqui-zerem, e dar ordem para se ir buscar madejra, mês* três pintores, tintas, e estucadores ás Obras Publir cãs para ser concertado o Palácio de tal, a casa de tal, fazer o pomba! de fulano, e arranjar-lhe uma bei-Ia casa. Eis-aqui, Sr. .Presidente , para que podem ser applicados os laes cem contos, dados ao, Governo ; e em quanto se gosam todas estas delicias, um viajante em Portugal vê-se Abrigado a resar o Ma* gnifícat, encpmmendar-se a Deos, o preparar-se a cada passo para fazer testamento.4

Sr. Presidente, qualquer que seja a votação da Camará , eu peço ao Sr. Ministro, que se tire do seu systerna eminehteíKente absurdo de querer com cem contos fazer grandes obras no Paiz, que carece tanto das mínimas, e faça S. Ex,a a sua administração remendeira, porqup grandes obras não se prxiecft fazer, e n'esta conformidade mando para a Mesa o seguinte

REQUERIMENTO. — Requeiro queda quantia vo-tada.para as Obras Publicas do Reino, sejam destinados trez contos de réis para as obras d'Áveiro, fora a quantia da parle da contribuição especial d'obras publicas do Districto.—/. Estevão,