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de confiança relativamente á distribuição destas para Obras Publicas, obrará de modo que Camará não tenha a arrepend^r-se deter dado e voto: eu creio que o primeiro interesse d'um íhomem d'estado, e desempenhar as attribuiçôes que estão a seu cargo, na maior conveniência :pu-.blica ; e este e o moior estimulo que eu posso .conceber para s«bem obrar; entretanto não posso deixar de dixer, que com quanto «u tenha esta per?-;suasào , nem por isso approvo o modo porque os fundos votados para Obras Publicas, tem sido Ad-jn-inistardos até aqui; ou isto seja effeito de rotinas rvelhas que e necessário acabar, ou de condescen-cias que -a dizer a verdade não se compadecem jmuito rorn as conveniências publicas: (apoiados) •eu não sei se os fundos votados para os melhora-•ment.os niítteriaes do paiz, para-isto que se chamão •obras dViteresse publico, tem sido effectivamente convertidos, corno disse um Sr. Deputado em bim-íbiuelas para as Secretarias ou em moveis^de Juxo ; roas .o que sei e'que ha tempos ouço levantar queixumes n'esta Capilal , contra abusos feitos n'esta Repartição ,,e para fixar a alteuçào do Sr. Ministro sobre um exemplo, leinbrar-Uie-hei que é publico, que partidas das Obras Publicas, trabalham ha muito tempo na construcçào, reparos e em bei-lezamento da ca»a particular d'utn dos Srs. Ministros d'Ksiado. Sr. Prcsedenle, estas inversões de fundos públicos produzem, um 'grande descrédito para o Governo, é para osystema Representativo; (apoiados) n ao tanto pelo que ellas importam em si, como pela desconfiança que naturalmente nasce do que se pôde fazer em outros objectos; por-q,ue uma vez que se falte aos princípios de moralidade ou do dever, em uma parte, é fácil de sup-pôr que da mesma maneira se faltará nas outras;' (apoiados) ha muito tempo que ouço levantar queixumes n'esla Capital contra este facto, a casa é na Calçada d'Ajuda; escuso de dizor mais cousa alguma; espero que estes acontecimentos senão ré-pilão, porque sào um escândalo para o paiz, edes-liojuão systema Reprezentalivo. .. '(apoiados)

O Sr. Ministro do Heinò: — {ò'. Ex.* ainda não resliliiio o seu discurso).

. O Sr. -Scabra: — Quando eu toquei o negocio da Ponte de Kt monde, eu não qniz fazer naaia do que chamar a eitençâo de S. Ex.*: como esse negocio tela concluído, nada tenho que di/ter, e folgo que o Governo tenha considerado o negocio de urgência ; ora, Sr. Presidente, eu vi-uie obiig&do a citar um facto particular: nada mais repugnante com os meus sentimentos, mas ti-io pfcta nào ser arguido disto a que constanteiuente se chama declain.içòes vagas j mas quan o se sahe de declamaçòes vagas corre-se o pengo de cahir em outro escolho, 'que e o od:osò que resulta sempre de actusaçôes particulares. Repito , Si. Presidente, que nada me repugna tanto: mês que modo achará um Deputado para cumprir,o NS€U defal, n«m em particular do modo porque se fistalijào ou deci-pão o» fundos publjcos, ou se,executào as Leis ? De? ch.ro pois, Sr. Presidente, q>ie sempre que me vejo obíigado a gimilhanles indicações só tenho em vista orne» dever, e não sou de modo algum movido por autepaihias ou accusaçòes particulares, nào considero senão os interesses do Paiz. Eu creio que o mesmo Governo tem interesse em evitar stmilhanles ac-

cusaçòes, que não são cattijnnías, mas fartos leva* dos á evidencia pela-inspecção ocular de milhares de pessoas. Disse o Sr. Ministro que essa ca-a era do Estado, eu -não sei-se «rã ou não do Estado, o que sei é que -o uso-fructo foi concedido a'um particular, e até se diz q.ue por mais de uma Vida; por consequência desde esse momento quem tem o beneficio deve ter os encargos da ..reparação, e o Estado não devia, nem podia apphcar paia taes obras oâ fundos ahás tão necessários para outras obras de interesse Nacional. • ^

O Sr. Gavião: -~- Peço a V. Ex.a lenha a bondô-de de consultar a Camará se ella convém que essa Indicação ?eja remettida á Commissào dVAdminis* tíaçâo Publica, para esta declarar qual é a Lei, e porque systema se regula a superintendência do Mon« dego, attenta á actual Legislação do Paiz..