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da a industria I,UP emprega matarias primas pelas quaes só paga 1,2, 3 ou 4 por cento, em logar de 20 a 30 por cento dos direitos quazi geraes, que pá* e

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vinhos para Inglaterra; mas nem por isso se diga só se vigorasse o principio que se inculcou a respei-que a nossa agricultura ficou prejudicada, porque to da Navegação, viria também a applicar-se a toste não vão navios portugueses levar os vinhos, vão J~ " ''•"*.....:" ---- —""------""'•..... --:«*»= -»i«c

nos navios inglezes, porque o vinho importado em taes navios não tem maioresdireitos. Mas quiz-se imaginar que havia uma linha de navios portuguezesem gam outros géneros , e viria a ser mantida á custa lastro d'aqui para Inglaterra, e outra de navios x:ar- do Thesouro ; existindo a differença somente, uma regados-para Portugal: não e assim ; a exportação industria em pagar o beneficio ericubeno nas pau-de vinho>paia ínglcUerra é

por cento dos direi tos differenciaes. Diz-se que o acabamento do prémio fará atigmentar a Navegação» Parece-me que estamos ainda bem longe de poder tal acontecer; se nós podessemos navegar nossos Na* vios tão barato -como os Estrangeiros, podia adimiti r-se a asserção ; mas por ora não succede assim : as nossas armações dependem de maior numero de braços que os estrangeiros; as matérias que empregamos nas nossas construcções e aparelho dos Navios, (á excepção de madeiras) são todas estrangeiras e sobrecarregadas de direitos, e por isso os Navios salieui mais caros que o? Navios estrangeiros, e nestas cncurnslancias não podemos ainda competir •com elles ero barateza de fretes; e para que os nossos Navios uâo possam sehir baratos, basta saber-se que um operário Calafate ou Carpinteiro, hoje em Lisboa ganha oito tostões de jornal , e sendo o fa-brtco nos lumes d'agoa ganha dez tostões ; mãe no 1'orto ganham alguma cousa menos , creio que seis

a nossa bandeira ; porém todos os-mais artigos têem ido e continiram a irlna bandeira portugueza ; todos ofi dias estão partindo para Inglaterra navios portu-guezes com fructa, cortiça, sal, azeite-e outros géneros; porque, ainda que tenham alli uma maioria de direitos, essa maioria ainda dá margem para os navios ganharem o seu frete; o que íe segue e que fazem o frete mais barato, tanto quanto éoaugmen-to dos direitos que'têem a pagar os géneros que levam ; porém -ainda ganham alguma cousa, e ganham na volta a maioria.do frete das fazendas, que lhe carregam os commerciantes para gosarem essa differeaça de;direitos.. :

Quanto ao.commercio com o-Brasil -de-que o nobre Deputado acabou de faltar, temos tirado uma vantagem.,', porque o Brasil até hoje ainda não nos fez represálias por causa dos direitos differenciaes ; os navios pbrluguezes têem carregado effecti vá mente alli cora" mais 25 de frete -que 09 brasileiros; e de 40 e tantos navios..brasi|piros que navegavam antigamente, ipara aqui Vieram ultimamente^ no anno de 1340) para este porto de Lisboa somente 11; porque, trasendo géneros para consumo tinham de carregar ri) ai s barato por causa do direito ditfeien-cial, d^que gosava a carga nos navios estrangeiros;

tostões,

Kste salário c nus i Io forte para podermos construir Navios tão baratos como outras Nações, c por i§ao ainda não pormos concorrer com elles sem protec* cão ; alem desta? considerações deve attender-se tana-befii que em eon^quencia do Decreto de 16 de Já-

•e porque lhe não convinha fazer o desconto nos f ré- neiro de 1837 promoveram-se conslrucções, crea»

tes, deitavam o campo aos nossos navios-.

ram-se e dividiram-se variados interesses ao abrigo

Quando ha dous dnnos houve a exportação de tri-

senão exigissem fretes exorbitantes. Oreio ter de-monslrado nestas breves reflexões, que a agricultura não tem soffndo, como se quiz-inculcar; por is-•so que a exportação dos productos agricuios faz-se •da mesma maneira, e em nada lhe afectam os direitos differenciaes.

Quanto ao desfalque do Thesouio ; parece appa-rentemente que a perda dos200 contos é uma perda

Teur-se dito que a emenda que eu propuz dos 3 por cento não faz beneficio algum , 'e que então é melhor acabar os direitos differençiaes-no lodo.

Creio, não ser assnn ; a pratica tem ensinado que tnn Navio Porluguez não vai buscar géneros pobrej, oii de um direúo nuito módico; porque não lucrando também o carregador no direito differencial, não prefere o Navio Portuguez pagando maior frete; vai

effectjva-; inas não se vê que.a genie empregada na 'buscar os productos mais ricos, que lhe dão tnar-

.návegaçâo, s nos deferentes ramos de industria que gem para utilisar a differença do frete, e ao carre-

Ihe são relativos- toda paga tributos directos e indi- gador interessar nu minoria de direito: e artigos ha

rectos, e se for privada dos seus meids devida-, na- .em quu esses direitos são apenas sufficienieà para co-

-da pôde pagar; e então-ainda que por um lado pá- bfir as despesas r mas ha outros conforme já disse,

reça haver desfalque tambe.ru por outro lado; não J-ha um rendimento que deixará>d'existir pela miséria, a que ficarãovredusidos tantos braços, em consequência da -abolição total dos direitos differen-

ciaes

que dão .uma margem muito grande, que podem reduzir-se e com 8 por cento ainda pôde o importador ganhar; e assim conciliando os interesses, o Thesouro não fica prejudicado: porque o beneficio é rrie-

Ora á questão de ser-á custa do Thesouro que.a -«construêção e .Navegação Nacional é protegida direi ; que em todo o Paiz aonde se promove a industria Nacional , o Governo faz maiores ou menores sacrifícios.para â sua prosperidade,, porque dt-Ua dè-»pois deriva melhor resultado ero favor do Thesouro,

Entre nós mesmo , vemos que toda a industria é •protegida, mais ou menos pela difft-iença.dos direi-iOs d-» pauta nas matérias primas, daa qua^.i algumas ha que apenas p&gam l por cento,, e nesie ca-

nor, e o Navio e carregador ganham.

Além de que, se estamos próximos a fazer um Tratado com Inglaterra corno se di^, aça bani estes direitos diffeie-n&iaes' para com Inglaterra ; mas ficam ainda subsist ndo para1 todas as outras Nações; e se quuermos fazer Tratados Cutn ellas, en-•tào.-cederemos doste favor

para então o faswr essas concessões em troco d'outras rqup oos fuçiioi.