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CAMARA DOS DIGNOS PARES.

EXTRACTO DA SESSÃO DE 11 DE ABRIL.

Presidencia do Exm.º Sr. Visconde de Algés, Vice-Presidente supplementar

Secretarios — os Srs.

Conde de Mello

Brito do Rio

(Assistiam os Srs. Ministros, do Reino, e da Marinha.)

Depois das duas horas da tarde, tendo-se verificado a presença de 36 dignos Pares, declarou o Ex.mo Sr. Presidente aberta a sessão. Leu-se a acta da antecedente, contra a qual não houve reclamação.

O Sr. Presidente — Não lia correspondencia. Vai ler-se a ultima redacção do projecto de lei que foi approvado hontem por esta Camara, e que já está redigido pela respectiva commissão, de accôrdo com a de redacção; e se fôr approvado passa para a outra Camara.

Foi approvada a redacção para se expedir.

O Sr. Secretario Brito do Rio — Tenho a honra de participar á Camara que fui desanojar, na fórma do estylo, ao Sr. Barão de Pernes, e S. Ex.ª pediu-me que dissesse á Camara que pelos seus padecimentos não podia comparecer ainda a algumas sessões.

O Sr. Conde de Thomar leu é mandou para a Mesa o seguinte requerimento:

Requeiro que o Governo remetta a esta Camara uma relação das presas feitas pela marinha de guerra estacionada em Macáo, qual a sua importancia, o qual a sua applicação.

Continúando — Aproveita esta occasião para dirigir uma pergunta ao Sr. Ministro do Reino. O orador leu n'um periodico da provincia o seguinte (leu).

Desejava, portanto, saber se o Sr. Ministro do Reino recebeu algumas informações a este respeito.

O Sr. Ministro do Reino tambem leu o artigo de que acabou de fazer a leitura o digno Par, mas pela sua Repartição até hoje não teve a menor participação dessa desordem; póde ser que chegasse hoje, porque não foi ainda á secretaria, mas parece-lhe que sobre objecto tão importante não haveria demora na sua communicação; e pelo Ministerio da Guerra tão-pouco houve participação a este respeito.

O Sr. Visconde da Luz — Peço a palavra.

O orador não póde portanto assegurar ao digno Par que seja ou não verdadeiro o que relata esse jornal, que, ou seu correspondente, não dá tambem por certo é seguro esse facto: em todo o caso, em quanto não houver participação oficial, não póde o Sr. Ministro saber se ha exaggeração, ou mesmo se existiu tal acontecimento; e poderá ser até que haja confusão desse acontecimento com o que houve ha mais tempo tambem com o regimento 13.

O Sr. Conde de Thomar não está habilitado para desenvolver este facto, porquê não tem outras informações além das do Jornal; mas o caso é muito grave, e precisa de Ser averiguado (apoiados).

Se o facto fôr verdadeiro, o que por em quanto ninguem póde asseverar, nem negar, em vista da resposta do Sr. Ministro, cumpre que S. Ex.ª exija informações ás authoridades administrativas; pois é notavel que, tendo logar este acontecimento em 11 de Março, não esteja o Governo ainda informado em 11 de Abril. Isso mostra que as authoridades não são das mais solicitas, e não devem merecer grande confiança a Governo (apoiados).

O orador vai aguardar ulteriores informações, e se se verificar que em 11 de Abril não estava o Governo informado de um facto occorrido um mez antes, ver-se-ha obrigado a tomar ainda a palavra nesta casa, em occasião opportuna,

O Sr. Visconde da Nossa Senhora Luz não teve participação alguma desse facto, pelo Cominando em Chefe, apesar de ter já dirigido uma