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CAMARA DOS DIGNOS PARES DO REINO

Discurso do digno par José Maria Baldy, proferido na sessão de 23 de junho, publicada no Diario n.° 141, e que se lê em extracto a pag. 1470, col. 2.ª, lin. 25

O sr. Baldy: — Sr. presidente, tenho approvado a lei, cuja discussão, ha pouco, terminou, porque não faço opposição aos srs. ministros, porque tenho fé na sua probidade, e por isso acredito que hão de só usar, e nunca abusar, da faculdade que por ella se lhe concede; nem me assusta a falta de receita extraordinaria para o pagamento dos juros das inscripções, porque, sendo estes recebidos pelo thesouro, não ha, pelo fundo, augmento de despeza. Se infeliz mente chegasse a ser preciso lançar no mercado as inscripções, penhores concedidos aos prestamistas pelos abonos feitos ao governo para os reembolsar de seus creditos, pôr não poder o governo alcançar dinheiro por outro modo não seria a verba extraordinaria com destino ao pagamento dos juros d'estas inscripções que poderia salvar-nos da bancarota, que tenho por inevitavel se todos os prestamistas quizessem reembolsar seus creditos.

Comtudo, de passagem direi que, por emquanto, não me parece que este desastre esteja proximo; antes, francamente, creio que o governo obrando com prudencia póde conjurar, e de certo ha de conjurar, tão grande calamidade.

Sr. presidente, eu careço de continuar em minhas explicações; mas declaro que não é meu proposito excitar com ellas uma nova discussão.

Sr. presidente passara nas duas casas do parlamento, ha annos, e foi sanccionada pelo chefe supremo do estado, uma lei muito salutar, que pouco mais ou menos, segundo minha lembrança, diz: