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6 Diário da Câmara dos Deputados

ralização da guerra, e o Govêrno nada fez de forma a evitar a situação verdadeiramente crítica em que se encontram. Foi necessário que os industriais fossem ao estrangeiro entender-se com os nossos representantes na Conferencia da Paz, para que se tentasse a colocação dessas conservas nos mercados dos países vencidos, visto terem sido êles os causadores das grandes despesas de material que tinham sido obrigados a fazer...

O Sr. Presidente: - Advirto V. Exa. de que já passaram OH dez minutos do que pode dispor para falar antes da ordem do dia.

O Orador: - Agradeço a V. Exa. a advertência que acaba de me fazer e vou, por isso, concluir as minhas considerações.

O Sr. Costa Júnior: - V. Exa. a cousa de falar na questão da pesca que é, incontestavelmente, uma das mais importantes para os interêsses do Algarve.

O Orador: - Já não disponho de tempo para o fazer. Reservar-me hei para outra ocasião.

Termino, Sr. Presidente, enviando para a Mesa um projecto do lei pelo qual passam para o Estado os encargos resultantes da conservação e reparação das estradas de 3.ª ordem, n.° 119 de Albufeira a Pêra e n.° 99 de Albufeira a Mastenda. Chamo para êste projecto a atenção da Câmara, visto que o Algarve desde 1860 se encontra numa perfeita desgraça no que diz respeito a rêde de comunicações, passando as estiadas a 5 e 6 quilómetros de distância das povoações, o que obriga a construção de ramais de ligação e por consequência a constantes reparações, à custa dos municípios já de si bastante depauperados e sem recursos.

Por hoje tenho dito, Sr. Presidente, reservando, como disse, para outra ocasião, considerações sôbre pescarias, cortiças, comunicações, etc.

O Sr. Costa Júnior: - Rogo a V. Exa., Sr. Presidente, que providencie para que me sejam enviados os documentos que requeri.

O Sr. Eduardo de Sousa: - Sr. Presidente: pedi a palavra para solicitar de V. Exa. que, dê providências de forma a que eu receba os Diários das Sessões, pois até hoje ainda não recebi nenhum Diário das Sessões. Peço a V. Exa. para que se cumpra o § 3.° do artigo 173.° do Regimento.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - O Diário das Sessões, continua a ser distribuído juntamente com o Diário do Govêrno; todavia eu vou providenciar.

S. Exa. não reviu.

O Sr. Presidente: - Tenho a informar o Sr. Costa Júnior de que ainda não chegaram os documentos que V. Exa. pediu.

O Sr. Costa Júnior: - Peço a V. Exa. para instar por forma que êsses documentos me sejam enviados o mais brevemente possível.

O Sr. Alves dos Santos: - Sr. Presidente: podia a V. Exa. para transmitir ao Sr. Ministro da Guerra o desejo que o batalhão do infantaria n.° 35 tem de entrar em Coimbra, na sua máxima fôrça, da mesma forma por que de lá saiu.

O Sr. Presidente: - Eu já fiz essa comunicação ao Sr. Ministro da Guerra.

O Orador. - Eu desejava saber se êsse pedido era ou não satisfeito, pois há grande desejo da parte dêsse batalhão de entrar em Coimbra como de lá saiu, e foi um dos que mais heroicamente se bateram em França.

Já que estou no uso da palavra, vou enviar para a Mesa um projecto de lei que transforma os celeiros municipais em cooperativas de consumo. Êste projecto tem grande alcance. Nós vamos entrar numa situação económica que tínhamos antes da guerra, voltamos à liberdade de comércio, mas, em virtude dessa moral que ontem o Sr. Aboim Inglês nos veio trazer, temos de nos acautelar, pois hoje o comércio já não se contenta com os lucros que tinha em 1914. É uma verdadeira ganância. Todos pretendem enriquecer ràpidamente, sem consciência absolutamente alguma pelas dificuldades do consumidor. É a febre da riqueza!