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4 Diário da Câmara dos Deputados

Sinto-o profundamente, e creio que interpreto o sentimento da Câmara propondo que na acta seja lançado um voto do profundo pesar pelo seu desaparecimento.

O Sr. Jaime de Sousa: - Sr. Presidente: em nome dêste lado da Câmara e em meu nome pessoal associo-me com profunda mágoa ao voto de sofrimento que V. Exa. acaba de propor.

Sr. Presidente: velho amigo de Serafim de Barros, for grande o choque que acabei de receber com a noticia da sua morte.

Não era só das bancadas parlamentares que eu conhecia o Deputado Serafim de Barros, mas sim mais intimamente, porque de há longos anos me habituei a consoderá-lo como grande amigo.

Sr. Presidente: trasmontano de qualidades excelsas, da melhor têmpera que os trasmontanos costumam mostrar, Serafim de Barros era um grande servidor da sua região.

V. Exa. frisou há pouco, e muito bem, o amor, carinho e demodo com que êle defendia os interesses da sua terra. E não há ainda muito tempo, a propósito dessa momentosa questão dos vinhos do Pôrto, nós vimos a competência com que êle aqui veio defender a boa doutrina.

Sr. Presidente: não é esta a ocasião mais própria para exaltar as qualidades de parlamentar de Serafim de Barros, mas simplesmente eu quero associar-me com profunda mágoa e grande sentimento ao voto proposto por V. Exa.

Sr. Presidente: o Sr. Serafim do Barros estava no exercício do um mandato, no exercício das suas funcções parlamentares; o ou julgo que, nestes termos, a homenagem a prestar pela Câmara devo sor qualquer cousa mais alta, mais elevada do que se costuma fazer, mais alguma cousa do que inscrever na acta um voto de sentimento.

Eu julgo que a Câmara se honrará e cumprirá mais uma vez o seu dever aprovando por unanimidade a proposta que vou fazer.

Sr. Presidente: proponho que seja levantada a sessão em sinal de pesar, visto que o Sr. Serafim de Barros estava no exercício pleno das suas funções parlamentares.

Assim termino estas palavras de homenagem à memória dum amigo e nosso colega.

O orador não reviu.

O Br. Carvalho da Silva: - Em nome dêste lado da Câmara associe me ao voto do sentimento proposto por V. Exa. e a qualquer outra manifestação de pesar pelo falecimento de Serafim de Barros.

Serafim de Barros foi um adversário político, mas isso não impedia nunca que fôssem o mais amistosas as nossas relações pessoais.

Serafim de Burros pelo seu carácter e pela sinceridade das suas palavras conquistou a amizade de todos os lados da Câmara.

É com o maior pesar que nos associamos às homenagens que prestem à sua memória.

O orador não reviu.

O Sr. Dinis de Carvalho: - Sr. Presidente: associo me se veio de sentimento pela mortes do ilustre parlamentar Sr. Serafim de Barros.

Poucas ocasiões tive de conviver com S. Exa., mas nessas, apreciei devidamente os seus primorosos dotes de inteligência e correcção.

Associo-me ao voto do sentimento em nome dos parlamentares independentes agrupados.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. António Correia: - Associo-mo com profundo pesar em nome dos parlamentares da acção republicana, ao voto proposto pelo falecimento do nosso ilustre colega, Sr. Serafim de Barros.

Está na memória de todos o papel que S. Exa. desempenhou nesta Camara, defendendo com acrisolado amor a torra que lhe foi berço, dando provas do profunda dedicação pela República, pugnando com rara inteligência e grande patriotismo pela região que representou no Parlamento e salientando qual o papel importante que lhe estava reservado fora do País.

O Sr. Serafim de Barros, além de todas estas qualidades, era um excelente colega, um bom companheiro, daqueles que se honravam com a sua convivência