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Sessão de 3 de Março de 1925 5

e que com o seu passamento se entristecem profundamente.

Apoiados.

Associando-me à proposta de V. Exa. e à do Sr. Jaime de Sousa, que a Câmara não deixará de aprovar, em nome do Grupo de Acção Republicana manifesto o meu mais profundo pesar e sentimento pela morte do Sr. Serafim de Barros.

Apoiados gerais.

O orador não reviu.

O Sr. Nuno Simões: - Fui surpreendido há pouco, antes de entrar na Câmara, pela notícia da morte do meu velho amigo, Sr. Serafim de Barros.

Tive, como é natural, hesitação em acreditá-la, pois tratava-se - parecia-me - de uma notícia que não viria a confirmar-se.

Infelizmente, como sempre sucede com as más novas, chegou a confirmação dolorosa da morte do Sr. Serafim de Barros.

E profundamente comovido que mo associo às palavras de sentimento de V. Exa. e de toda a Câmara.

Sou Deputado pelo Douro; fui companheiro durante muitos anos de Serafim do Barros, desde aqueles tempos em que Serafim de Barros ora, fora do Parlamento, o denodado batalhador do Douro, o seu intemerato o infatigável defensor.

Conhecia o Sr. Serafim de Barros há dezenas de anos, quando, como governador civil do Vila Real, teve a sua eclosão a chamada questão do Douro, a sua fase mais aguda e delicada.

Apreciei então a sua fé de grande trasmontano, generoso e forte no seu arcabouço.

Apesar de nesse momento representar o pensamento e a acção do Govêrno, tive de prestar desde logo a minha sincera a minha calorosa homenagem a um homem que tam galhardamente, tam generosamente defendia a sua terra.

Apoiados.

Desde então tive com Serafim de Barros a forte e firme solidariedade que nos dá uma cousa sagrada que era também uma causa regional que estava na consciência nacional.

Tive com S. Exa. as relações da mais estreita o carinhosa amizade, acompanhando os seus trabalhos e a sua acção política no Douro.

Foi o Sr. Serafim de Barros meu correligionário durante o tempo em que militei no Partido Democrático, e nem mesmo por ter saído dêsse partido deixei de ter em Serafim de Barros um querido amigo, um companheiro dos que na verdade são companheiros de toda a vida.

Serafim do Barros morre na plenitude da sua fôrça, das suas faculdades; morre até na plenitude do bem-estar material; porque Serafim do Barros, dedicado durante muitos anos aos interêsses do Douro, sofrendo as crises durienses, sentiu, como poucos, as suas asperezas, as suas dores; e, sacrificando-se, como poucos, pela sua região, começava exactamente agora a tirar das riquezas do Douro os frutos do seu labor, como todas as pessoas que ao Douro têm dedicado o melhor dos seus esfôrços.

Sentindo comovidamente o passamento de Serafim de Barros, Deputado pelo Douro, velho o dedicado amigo meu, associo-me às palavras de V. Exa., e à proposta do ilustro Deputado, Sr. Jaime de Sousa, convencido de que a Câmara se honra prestando esta justa homenagem a quem foi grande republicano, excelente companheiro o querido amigo meu.

Muitos apoiados.

Vozes: - Muito bem.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Costa Amorim: - Como Deputado por Vila Real associo-me comovidamente ao voto de sentimento proposto por V. Exa., bem como à proposta do meu ilustre correligionário o Sr. Jaime do Sousa.

Serafim de Barros, um grande homem do bem e um grande republicano, era muito inteligente, e pelo Douro tinha uma dedicação sem limites.

Muitos apoiados.

Estas circunstâncias são mais do que suficientes para me associar com extrema comoção ao voto de sentimento proposto por V. Exa.

Vozes: - Muito bem.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Justiça e dos Cultos (Adolfo Coutinho): - Não podendo o Sr. Presidente do Ministério comparecer nesta