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Sessão de 9 de Fevereiro~_de 1920

ocasião em que essa proposta de lei se discuta, largamente falar sobre ela. Mas oxalá um tal trabalho não seja cometido exclusivamente ao Poder Executivo, porquanto não é este Poder o bastante para produzir obra de vulto em tal matéria. O Poder Executivo, no caso de querer chamar a si uma tal obra, ver-se-ia por tal forma enleado que em lugar de conseguir obra útil arranjaria prejuízos e um maior aumento de despesa. Não tenham dúvidas.

E ainda relativamente ao que se passa nas repartições do Estado, direi que todos conhecem o rifão popular «Mestre foraj dia santo na loja». Este rifão tem excelente cabimento aplicado às secretarias do Estado, principalmente quando os respectivos serviços são dirigidos por Senadores ou Deputados.

Não seria difícil a qualquer Sr. Senador verificar a verdade desta minha afirmativa dirigindo-se a algumas repartições depois das 14 horas. Veriam S. Ex.as como tem uma autêntica aplicação o rifão qne acabo de citar. •

Se formos às secretarias, onde faltem os superiores preguntar cousas, é muito possível não encontrarmos ninguém.

Pregunto se não é possível reagir contra isto?

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Os -serviços públicos podem-se fazer com menos um terço do pessoal.

As secretarias de Estado são frequentadas por inválidos, constituindo verdadeiros asilos, o que de certo modo se remediaria diminuindo os vencimentos de •categoria e aumentando os de exercício.

No dia em que isto se fizesse já eles eram mais assíduos.

Mas é que eu, Sr. Presidente, aprendi a cumprir os meus deveres numa modesta classe do professorado primário, para a qual toda a gente olha com olhos de ver; é que eu habituei-me a entrar para o exercício da minha profissão a horas e sair a horas, quando não depois.

jii preciso que o afirme, não porque tivesse receio de que os outros olhassem para a falta" de conhecimento dos meus deveres, não; é porque eu tenho de facto

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a consciência que me mandava que eu cumprisse os meus deveres.

Nunca necessitei que alguém fiscalizasse os meus actos, e assim é que eu nunca tive licença, nunca estive fora do serviço, que não lôsse realmente por motivo provado, apenas doença e mais nada.

A Câmara não forma um juízo da necessidade que há imediata de fazer normalizar os serviços públicos, e V. Ex.as ainda há pouco viram, por 0ésse estendal a que se referiram os Srs. Eodrigo de Castro e Ministro da Agricultura,, o que é a burocracia.

V. Ex.as viram o que era o Ministério das Subsistências; pois fiquem V. Ex.as sabendo que não é só no Ministério das' Subsistências que aquilo se dá, é em todos os Ministérios.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Celorico Palma: -r- Sr. Presidente : quando pedi a. palavra via nas cadeiras, do Governo o Sr. Ministro das Colónias, Sr. José Barbosa.

Queria aproveitar a ocasião para felicitar S. Ex.a por dois motivos.

S. Ex.a é aquele director de A Luta que no Governo da União Sagrada fez aquela campanha de amabilidade para o Partido Evolucionista, chamando aos evo-lucionistas democráticos milicianos.

Então era o. Sr. Dr. António José de Almeida Presidente do Ministério, e hoje, como o Presidente do Ministério é um democrático, e não estamos em. guerra, queria felicitar o Sr. José Barbosa, não por ser democrático miliciano, mas democrático efectivo.

O Sr. Presidente:— O que está em discussão é o projecto n.° 2.

O Orador: — Sobre o projecto n.° 2, devo dizer que lhe dou o meu voto, porque acho uma cousa moral, visto que não é possível deixar de eleger os funcionários.

Dou o meu voto ao projecto de lei n.° 2 porque o acho moral.