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Sessão de 7 de Setembro de 1921

Há pouco não tinha ouvido a leitura da acta.

Requeri que ela fosse lida novamente, porque os jornais de hoje publicam, a propósito do projecto de lei sobre os ferroviários, umas expressões que não são rigorosamente verdadeiras.

Não só a meu respeito foram publicadas essas expressões, como também a respeito de alguns Srs. Senadores.

Por esta razão eu quis ouvir bem a leitura da acta para saber se aí também se continham essas expressões, mas acabo de ver que não. Quis aléin disso que ficasse bem expresso que entre o relato da imprensa e o que se contém na acta não há a mínima harmonia.

Creio ter explicado suficientemente o meu gesto, ao pedir novamente a leitura da acta, e mostrando mais uma vez à Câmara a minha correcção de sempre.

O Sr. Ministro da Marinha (Ricardo Pais Gomes) — Sr. Presidente: em obediência à verdade, eu devo referir-me a uma passagem da leitura da acta.

Ontem o Sr. Fernandes Rego pediu a palavra para se me dirigir pedindo algumas informações, e pedindo também autorização para consultar nas estações competentes vários processos, autorização que foi concedida.

Não é verdade que S. Ex.a me tivesse pedido quaisquer documentos. Pediu-me apenas para consultar esses documentos nas várias repartições, sendo-lhe concedida essa autorização.

O Sr. Fernandes Rego: — Sr. Presi-dehto: pedi a palavra apenas para dizer que os esclarecimentos acabados de prestar pelo Sr. Ministro da Marinha são verdadeiros.

O Sr. Jacinto Nunes:— Sr. Presidentes pedi a palavra para dizer a V. Ex.a e ao Senado que se estivesse ontem presente^ quando se votou a proposta de congratulação pelas melhoras do grande poeta. Guerra Junqueiro, eu ter-me-ia associado com todo o prazer. 1 Desde 1864 que eu conheço Guerra Junqueiro o autor dos Simples a mais maravilhosa das suas obras, e do Terceto Camoneano que ele põe na boca do Con-destável.

Por isso, repito, seria com o maior pra-zes que me teria associado a essa proposta se estivesse presente.

Foi aprovada a acta.

O Sr. Presidente : —Vai ler-se o expediente.

Telegrama

Dos empregados da Companhia do s Tabacos, do Porto, pedindo para ser marcado para ordem do dia, antes das férias, a proposta dos tabacos.—Torcato Couto.

Antes da ordem do dia

O Sr. Herculano Galhardo : — Sr. Presidente : na sessão do dia 11 do mês passado, estando presente o Sr. Ministro do Trabalho, eu pedi a S. Ex»a que transmitisse as considerações que eu tinha feito ao Sr. Ministro do Comércio.

Referi-me eu ao desastre ocorrido na estação elevatória dos Barbadinhos de que resultou a morte de um operário, e ness-a ocasião eu pedi urgentes providências, quer da parte do Sr. Ministro do Trabalho, quer da do Sr. Ministro do Comércio.

S. Ex.a o Sr. Ministro do Comércio compareceu dias depois e disse-me que o caso a S. Ex.a afecto, seria resolvido logo que fosse aprovado o contrato que está patente da aprovação das Câmaras. Eu discordei desta maneira de ver do Sr. Ministro do Trabalho; as providências não têm de esperar pela aprovação do contrato.

O Sr. Ministro fez ontem o favor de me enviar o relatório que recebeu do sub-ins-pector do trabalho que foi mandado averiguar de como os factos se passaram.

Este relatório, e eu agradeço ao Sr. Ministro a sua gentileza, interessa menos a mim do que a S. Ex.a

O que me interessa é saber o que o Sr. Ministro tenciona fazer, em presença de um relatório cujas conclusões se me afiguram graves.

Eu torno a chamar a atenção do Sr. Ministro para este grave acontecimento e lamento que não esteja presente o Sr. Mi^ nistro do Comércio.