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1828 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE N.º 60

Gonçalves diante da residência deste, exigindo o seu regresso ao Poder; é a ocupação do Regimento de Artilharia da Serra do Pilar, já com foros de subversão armada contra o poder democrático, procurando derrubar o Comando Militar do Norte, que é naquela região o braço armado da democracia e da autoridade legítima do VI Governo.

Vozes: - Muito bem!

A Sr.ª Hermenegilda Pereira (PCP): - Querias um fato de macaco e um capacete na cabeça ...

Outras vozes: - Fascista!

O Orador: - .., é a manifestação marcada para hoje na Amadora, em que se pretende atacar, pôr em causa e exercer pressão sobre a unidade dos Comandos aí aquartelados, fiel aos valores da disciplina e da honra militar; é a manifestação dos SUV marcada para amanhã em Coimbra; é toda a frenética actividade da FUR, em que o PCP continua presente, vivo e actuante, por intermédio desse seu obediente e submisso escravo que é o MDP/CDE.

Vozes: - Muito bem!

Burburinho na Sala.

O Orador: - É a violência desencadeada na Madeira pela FEC (m-l), comprovadamente manobrada a nível local pelo Partido Comunista Português.

Prosseguem as manifestações.

Uma voz: - Vai trabalhar!

A Sr.ª Hermenegilda Pereira (PCP): - Não vale a pena irritar-se tanto. Ainda agora começou ...

O Sr. Presidente: - Atenção, Srs. Deputados. Chamo a atenção dos Srs. Deputados.

Grande confusão na Sala.

Srs. Deputados, hão-de compreender ...

Continuam as manifestações.

Srs. Deputados, chamo a atenção da Assembleia!
Os Srs. Deputados hão-de compreender que a Presidência não tem outro poder senão apelar para a consciência, para o equilíbrio dos Srs. Deputados.
Não tenho outro poder, mas se me vir na obrigação, porventura - oxalá isso não aconteça -, de tomar medidas para conseguir que os trabalhos decorram normalmente, implacavelmente as tomarei.
Continua V. Ex.ª no uso da palavra.

O Orador: - Muito obrigado, Sr. Presidente.
São múltiplas operações de violência e de agitação que se integram numa estratégia global, conducente a um único objectivo: retirar ao VI Governo Provisório toda a possibilidade efectiva de governar, procurando a sua queda e a abertura de uma nova e muito mais grave crise política, que, devidamente explorada, com propósitos pretensamente populares e outros tipos de pressões e ameaças, permita fazer regressar à chefia do Poder o general Vasco Gonçalves...

Burburinho.

Uma voz: - Aqui há CIA ...

Outra voz: - Cala a boca!

O Orador: - Por detrás deste plano, a inspirá-lo, a comandá-lo e a alimentá-lo permanentemente, está o Partido Comunista.

Apupos.

É o facto que todos os democratas portugueses, seja qual for a sua opção partidária, precisam de ter presente.
É o que o povo português deve conhecer para orientação das suas atitudes e para definição concreta do seu comportamento em face dos gravíssimos acontecimentos que se estão a desencadear e que representam uma declarada manobra contra a vontade popular, pelo que podem vir a exigir até a intervenção do povo. Nesta estratégia global se incluem os violentos ataques que o PCP nos moveu nesta Assembleia e a que nem valerá a pena responder, tão ridículos são no seu verbalismo insultuoso, completamente destituído de seriedade e de qualquer fundamentação, mesmo que mínima.
Com esses ataques que nos faz, mais do que a nós próprios como Partido, o PCP visa, por mais essa via, atingir a frente democrática de apoio ao VI Governo, ...

Uma voz: - Acaba com a reacção!

O Sr. Costa Andrade (PPD): - Tu és um proletário ...

O Orador: - ... para mais facilmente derrubar este, porque sabe que Só dessa forma poderá reconquistar o Poder que já chegou a ter nas mãos.

Apupos.

Solenemente chamamos a atenção de todos os homens livres deste país para aquilo que o PCP, com a colaboração de outros grupos minoritários, que vem a manipular, tenta preparar nas costas do povo. Mantenham-se atentos e vigilantes! Não se deixem adormecer nesta morna expectativa em que se caiu!
Mais do que nunca e ao longo de todo o País a hora que passa exige uma atenção constante e alerta que seja capaz de desmontar todos os golpes e de se opor, com decisão e firmeza, a todas as manobras de subversão da legalidade e da ordem democráticas.
Ao VI Governo Provisório e de um modo geral aos responsáveis supremos pelas grandes decisões da vida nacional queremos dizer isto:
Estamos com o VI Governo.

Uma voz: - Fora com o PPD!

Outra voz: - Respeitinho!

O Orador: - Continuaremos a estar com o VI Governo enquanto ele governar.
Não por ser o VI ...

Manifestações diversas.