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29 DE ABRIL DE 1983 1565

poderia ser o princípio de um conflito. Isso é alguma coisa que devemos continuar a cultivar.
Queria dizer-lhe, Sr. Vice Presidente, que do meu ponto de vista particular, como Presidente que também vai chegando ao termo das suas funções, lhe agradeço a sua colaboração muito directa, a sua disponibilidade e a competência com que sempre exerceu as funções para que foi eleito. Julgo que interpreto o sentir de toda a Comissão Permanente e de todos os deputados aqui representados se lhe disser que é também com uma emoção particular que o vemos afastar-se desta Casa. No entanto, esperamos voltar a vê-lo aqui um dia e desejamos-lhe as maiores felicidades.

O Sr. Américo de Sá (CDS): - Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Almeida Santos.

O Sr. Almeida Santos (PS): - Sr. Deputado Américo de Sá, o meu partido e eu próprio não queríamos que se fosse embora sem uma palavra de saudação da nossa parte e de agradecimento pela colaboração que deu quer ao Plenário em geral quer ao meu partido em particular, para lá das divergências que houve, mas que também eram normais.
Assim, queria dizer-lhe que o nosso contacto se pautou sempre por uma cordialidade verdadeiramente excepcional. Em parte isso ficou a dever-se às qualidades do Sr. Deputado e penso que em parte também se tenha ficado a dever à maneira como o meu partido e nós todos fazemos política. Lá fora tem-se a ideia de que a política tem que ser uma batalha campal, mas felizmente não o é, e provavelmente muitos dos nossos eleitores não nos perdoariam a cordialidade com que mantemos os nossos contactos pessoais.
Acho que o Parlamento fica mais pobre com a saída do Sr. Deputado e também lhe desejo as maiores prosperidades pessoais e creia que vamos sentir a sua falta.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Gostaria de dizer que também nos despedimos do Sr. Vice-Presidente Américo de Sá com aquele sentimento de saudade que ele referiu em relação a nós.
Não precisaria de dizer mais em relação a certas formas mais irónicas e mais polémicas que usámos aqui nos confrontos parlamentares com o Sr. Deputado Américo de Sá, quer enquanto exercendo as funções de Presidente da Assembleia da República, quer na representação da sua bancada, do que aquilo que ele próprio disse. São formas de combate político na Assembleia da República que não traduzem nenhuma ofensa pessoal nem nenhuma menor consideração pelas pessoas que aqui se encontram e que estão convencidas que estão a representar da melhor forma os interesses do nosso povo.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Silva Marques.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Deputado Américo de Sá, o meu grupo parlamentar também gostaria de o saudar. É lógico que isso estava implícito no meu silêncio, mas já que outros colegas desejaram manifestar aquilo que para todos nós era evidente, também quero usar dessa mesma forma para mostrar expressa e claramente a nossa consideração quer pelas nossas relações parlamentares quer pela relação de amizade e de consideração que ficará para futuro.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Coimbra.

O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, na última sessão da Comissão Permanente eu desejei as maiores felicidades no acto eleitoral para todos os presentes na Comissão. Regozijo-me de todos terem sido eleitos à excepção do Sr. Deputado Américo de Sá e eu próprio, que não éramos sequer candidatos. Portanto, reitero agora o meu aplauso por ver reeleitos deputados dos mais ilustres e brilhantes que a Assembleia da República tem tido.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Almeida Santos.

O Sr. Almeida Santos (PS): - Gostaria de dizer, que, para além do seu cunho pessoal, as palavras que dirigi ao Sr. Deputado Américo de Sá eram também dirigidas ao Sr. Deputado Luís Coimbra.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Fazemos nossas também as palavras do Sr. Deputado Almeida Santos.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Luís Coimbra, reproduzo também a seu respeito, com o mesmo calor e saudade, as palavras que dirigi ao Sr. Deputado Américo de Sá.
Tive ocasião de fazer com V. Ex.ª um óptimo relacionamento não apenas político, mas também pessoal. O político parece cessar por agora, mas espero que mantenhamos o pessoal, até porque suponho que, por circunstâncias de natureza não política, mas de concordância noutros planos, voltaremos a encontrar-nos com relativa frequência. Portanto, quero reafirmar-lhe a minha admiração e a minha estima pessoal muito vivida e muito entusiasticamente manifesta.
Srs. Deputados, penso que, nos termos do artigo 182.º da Constituição - que invoco só porque o artigo correspondente do Regimento ainda não foi adoptado -, a competência da Comissão Permanente, segundo as diferentes alíneas do n.º 3 desse mesmo artigo, faz com que, neste momento e pelas razões que de início expus, devamos sobrestar na realização regular e semanal de reuniões da Comissão Permanente. Aquilo que, em termos de ética política, nós podemos e devemos fazer neste momento é, na altura oportuna e com convocação minha, voltar a reunir para preparar a abertura da primeira sessão legislativa da próxima legislatura. Penso, pois, que não devemos ir além disto.
Algum Sr. Deputado deseja manifestar-se sobre esta minha sugestão, que não tem mais do que esse valor, sobre a próxima reunião? Aliás, penso que tanto os Srs. Deputados Américo de Sá como Luís Coimbra, ao fazerem as despedidas neste momento, é porque previam que esta reunião seria pelo menos muito próxima da última.