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1928 I SÉRIE - NÚMERO 58

até ao concelho de Ovar e se não está a ser possível utilizá-lo mais para norte não é por culpa dos aveirenses.
Neste momento decorrem em bom ritmo as obras de ligação deste ICI ao nó da auto-estrada em Santa Maria da Feira, através de via rápida com quatro faixas de rodagem; elaboração de um estudo prévio para continuação do 1C2 que, por enquanto, está "parado" à saída de S. João da Madeira, mas que urge continuar, designadamente para norte - pelo menos até aos Carvalhos - a fim de facilitar os acessos para o norte e para o interior e evitar o colapso da EN1 que, naquela zona, deve ser a estrada nacional mais congestionada do País; estudo para duplicação do IP5, provavelmente através da construção de um itinerário mais ou menos paralelo ao actual, ficando, de pois, cada itinerário com um único sentido de marcha; pólo do Parque de Ciência e Tecnologia, junto ao Europarque ( - estão negociados os terrenos e está aberto concurso para fazer as infra-estruturas).
Neste pequeno rol dos muitos investimentos de interesse regional que podia referir, deixei para o fim o novo Hospital de Santa Maria da Feira, não por ser menos importante que os outros, mas, ao contrário, por considerar que se trata do mais importante empreendimento público em execução no concelho que me viu nascer e crescer, por querer evidenciá-lo, referindo-me a ele mais detalhadamente e por pretender com essa abordagem, passar a referir-me, ainda que sucintamente, a alguns assuntos mais directamente relacionados com os cidadãos do meu concelho.
Sr. Presidente, Sr.ªs e Srs. Deputados: Um novo hospital para Santa Maria da Feira é uma carência sentida e reclamada há mais de 30 anos.
Houve cortejos de oferendas para angariação de fundos, houve terrenos postos à disposição dos mais diversos governos, antes e depois do 25 de Abril, houve decisões tomadas no sentido de avançar... Mas, tantas quantas as promessas foram as frustrações acumuladas durante 30 anos!...
Até que os governos do PSD e do Professor Cavaco Silva, dando razão e fazendo justiça a todos quantos se empenharam nesta nobre causa - e tantos foram -, deram o sim definitivo à construção do novo Hospital de Santa Maria da Feira, para servir toda a sub-região de Entre-Douro e Vouga - as chamadas Terras de Santa Maria - e para descongestionar os hospitais centrais do Porto e o de Vila Nova de Gaia.
Passada a fase burocrática, a construção iniciou-se o ano passado, estando as obras a decorrer em bom ritmo.
0 custo final previsto é de cerca de 8,5 milhões de contos, estando orçamentados para 1995 2,2 milhões de contos e, a manter-se a programação prevista, o hospital será posto ao serviço dos utentes em 1997, ou seja, daqui a dois anos, escassos para quem tanto esperou e quase desesperou.
Também o Hospital de S. Paio de Oleiros foi contemplado com 20 000 contos do Orçamento do Estado para este ano (e outros tantos do orçamento da Câmara), para obras inadiáveis, principalmente de recuperação do Serviço de Urgência.
Ainda neste sector da saúde, tem sido muito reclamada, penso que justamente, a abertura do SAP de Lobão, no nordeste do concelho. Trata-se de uma promessa que data da abertura do centro de saúde e que urge satisfazer, pois a população daquela zona do concelho é a que mais distante está de tudo e, por isso, a mais desprotegida.
Quanto ao ensino, em Setembro de 1993 foi posta ao serviço a Escola C+S de Arrifana e em Setembro de 1994 foi também posta a funcionar a Escola C+S da Corga.
Neste momento está em construção a nova Escola C+S de Santa Maria da Feira e espera-se que sejam postas a concurso, ainda este ano, a Escola C+S de Argoncilhe e a Escola Básica Integrada de Milheiros de Poiares.
Apesar do esforço que este Governo tem feito para minorar as grandes carências que havia neste domínio, é ainda grande a necessidade de escolas preparatórias e secundárias, designadamente no norte e no nordeste interior do concelho, onde ainda funcionam algumas Telescolas.
Há, no concelho, dois institutos superiores o ISVOUGA e o ISPAB -, que são frutos preciosos da iniciativa, do empenhamento e do investimento privado de empresários e de autarquias. Porém, a oferta disponível, apesar de meritória, é insuficiente.
E como explicar que não haja investimento público no ensino superior num concelho com mais de 120000 habitantes, que contribuem tão avultadamente para o erário público?
Um pólo universitário não seria um bom complemento para o pólo do Parque de Ciência e Tecnologia, já criado, que vai ser instalado junto ao Europarque?
Se é verdade e compreensível que não se pode criar tudo ao mesmo tempo - e ainda recentemente foi criado um pólo em Águeda, no sul do distrito -, já não será tão compreensível nem tão razoável se um pólo universitário, a criar no norte do distrito de Aveiro, não for sediado em Santa Maria da Feira, por tudo quanto se disse atrás e pela excelente centralidade do município, tanto em termos geográficos e de acessibilidades como em termos demográficos e de equipamentos complementares.
0 concelho de Santa Maria da Feira, com as suas 31 freguesias, tem sentido, ultimamente, um desenvolvimento assinalável e não apenas um aumento demográfico e/ou económico.
Com efeito, os feirenses também têm procurado cultivar uma "mente sã em corpo são", quer através do fomento e da prática desportiva, quer criando e pondo a funcionar instituições de lazer e de solidariedade social.
No âmbito desportivo, tem um clube que, há bem pouco tempo, chegou à 1.ª divisão nacional de futebol só com praticantes portugueses, tem, actualmente, 7 equipas nos nacionais de futebol, 14 equipas nos distritais seniores e 35 equipas nos campeonatos distritais para as camadas jovens, tem equipas que já foram campeãs nacionais em modalidades como o hóquei em campo e o voleibol, tem uma das melhores equipas nacionais de futebol feminino, com várias atletas na selecção nacional, tem jovens campeãs nacionais de salto, em mini-trampolim.
Quanto às instituições privadas de solidariedade social, basta dizer que no Orçamento do Estado para 1995 foram comparticipadas obras em 15 instituições, com um total de 96 000 contos. 15to significa que praticamente metade das freguesias do concelho têm obras destas em execução,
Se, entretanto, nos recordar-nos que as comparticipações do Estado são, infelizmente, em percentagens não muito significativas, será fácil avaliar quanto esforço local ainda é preciso fazer para levar por diante tais obras.