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3134 I SÉRIE - NÚMERO 91

crise à custa do seu próprio esforço, do talento e do trabalho dos portugueses.

Aplausos do PSD.

Na verdade, o crescimento económico, apesar da recessão ocorrida, está garantido - o próprio líder do partido da oposição reconhece-o -,...

O Sr. Silva Marques (PSD): - Exacto!

O Orador: -... a inflação foi contida a um nível já próximo da média comunitária - o que dizia a oposição há três ou quatro anos atrás - e a taxa de desemprego, apesar de um ligeiro agravamento nos dois últimos anos, continua a ser, quer queiram ou não, a segunda mais baixa da Europa.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - No domínio das acessibilidades, da educação ou da saúde, o País hoje está modernizado, numa aposta que era imperioso vencer para aproximar os portugueses, para acentuar o princípio da igualdade de oportunidades e para garantir mais solidariedade a todos os cidadãos. A fortíssima aposta feita nas infra-estruturas básicas do desenvolvimento constitui, só por si, um marco do presente século e uma ponte segura para o século XXI.

Aplausos do PSD.

Mas o desenvolvimento, Srs. Deputados, não ficou por aqui, porque ao mesmo tempo diminuíram as desigualdades sociais e acentuou-se a solidariedade, quer pelos avanços registados ao nível dos índices de conforto, quer pelas decisões tomadas ao nível do apoio aos idosos ou à integração social dos mais jovens. Tem assim vindo a ser cumprido permanentemente, e de forma continuada, o ideal que Francisco Sá Carneiro nos legou: Portugal, dizia ele, tem de ser um País em que os mais velhos tenham presente e os mais novos tenham futuro. E Portugal hoje é esse país.

Aplausos do PSD.

E se isto é assim no plano interno, também no plano externo Portugal hoje é um país radicalmente diferente do passado. Um País com uma voz respeitada e escutada, um País considerado, ouvido e prestigiado no seio da União Europeia e da Comunidade internacional.
Seguramente que temos problemas. Seguramente que existem dificuldades. Seguramente que há portugueses ainda insatisfeitos, ansiosos e com legítimas aspirações por realizar.
Os problemas que temos, Srs. Deputados, resultam, do esforço despendido durante este tempo para vencer os atrasos acumulados. Os problemas que temos, Srs. Deputados, são residuais, decorrentes dos efeitos de uma crise económica internacional de proporções gravíssimas. Os problemas que temos, Srs. Deputados, são inerentes a uma sociedade em mudança e em transformação estrutural.

O Sr. Mário Tomé (Indep.): - Ir ao fundo!

O Orador: - Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, por entre estes problemas é possível vislumbrar dois factos, que são verdades indiscutíveis.
O primeiro é que os problemas de hoje já não são os do passado, de há cinco, 1O ou 15 anos atrás, o que significa que não acumulamos problemas e que fomos capazes de os ir resolvendo, de forma dinâmica e continuada.

Aplausos do PSD.

O segundo, ligado àquele, é que cada vez menos temos problemas próprios das sociedades subdesenvolvidas e cada vez mais os nossos problemas são os dos países mais evoluídos, das nações mais avançadas da Europa e do mundo. E este, Srs. Deputados, é um outro dado a reter sobre o estado da Nação.
O que discutimos hoje não são os velhos problemas nem a forma de os ultrapassar, o que prende hoje a nossa atenção são os problemas novos, as dificuldades que uma mudança, ainda que conseguida, arrasta sempre consigo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Apostando claramente no desenvolvimento e fazendo-o em competição aberta já não no grupo dos pobres, com os quais nós comparávamos sempre, mas, antes, integrando o grupo restrito dos países industrializados, a que agora nos juntamos, Portugal teve de se afirmar em prestígio, vencer o tradicional espírito de improviso, ganhar credibilidade, garantir rigor e, sobretudo, mostrar capacidade no cumprimento dos compromissos assumidos.

Aplausos do PSD.

Srs. Deputados, tudo isso foi conseguido. Poucos acreditariam em que, apenas 1O anos volvidos, tanto e tão bem fosse possível fazer-se para Portugal. E isso, por muito que custe aos nossos adversários, a grande, a esmagadora maioria dos portugueses não deixará de o reconhecer ao Partido Social Democrata e aos Governos de um homem com a dimensão e a estatura do Professor Aníbal Cavaco Silva.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Deputados: Mas o julgamento dos portugueses não será apenas um julgamento do PSD e do seu Governo. O julgamento dos portugueses recairá também sobre as acções, os comportamentos e as omissões dos partidos da oposição.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Não se faz o julgamento de um cicio político sem o julgamento dos seus protagonistas, os que lhe deram forma, corpo e realidade e os que por todos os meios, de forma permanente e sistemática, tentaram comprometer ou inviabilizar a sua concretização.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - O País levou a cabo, durante estes anos, profundas reformas estruturais, necessárias, indispensáveis e urgentes. O que fizeram, então, os partidos da oposição, em particular o PS? Votaram praticamente contra todas essas reformas, tentaram impedi-las, adiá-las ou inviabilizá-las.

Vozes do PSD: - Muito bem!

Vozes do PS: - Quais?!

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